sexta-feira, 16 de maio de 2025 VALE DO RIO TIJUCAS E COSTA ESMERALDA

“Candidato a candidato”

Postado em 26 de abril de 2024
Foto: Luan Lucas

Contrariando boa parte de suas explanações públicas nos últimos três anos, quando afirmava, sempre que questionado, que não pretendia concorrer novamente à prefeitura de São João Batista, o prefeito Pedro Alfredo Ramos (MDB) decidiu, agora, que quer disputar novamente o pleito.

O mandatário batistense reavaliou o cenário e chegou a conclusão de que poderia fazer “muito mais” pelo município em um segundo mandato. Pedroca pontuou, em entrevista ao programa LINHA DE FRENTE, que “aprendeu” a ser prefeito durante o exercício do cargo.

“Tenho certeza que faria o dobro do que fiz. Eu trabalhei muito. Eu tenho orgulho do meu trabalho e sei o que fiz pela minha cidade. Vejo que não posso desistir. Com a minha humildade, transparência e honestidade, tenho certeza que eu teria que ser mais quatro anos prefeito da cidade. Só tenho medo de não conseguir, por me sentir cansado e, às vezes, decepcionado”, justificou o mandatário.

A candidatura à reeleição, entretanto, estaria condicionada a um acordo prévio com o ex-prefeito Daniel Netto Cândido (PSD), de quem Pedroca se reaproximou recentemente. O prefeito garantiu que uma pesquisa deve ser fator decisivo na escolha.

“Daniel sempre foi fiel ao MDB e o MDB ama o Daniel. Tive problema com o Daniel, ele não foi legal comigo. Depois que fui candidato, ele me apoiou. Eu me arrependo muito do que fiz pra ele. Se o Daniel for candidato, apoio de coração com um vice do MDB. Eu e ele prometemos uma coisa: ninguém vai jogar. Vamos fazer uma pesquisa, se ele ganhar com 1% eu vou respeitar e ele vai ser o candidato. Se eu ganhar, o candidato sou eu. Temos que estar juntos”, revelou.

O VICE PERFEITO

Embora garanta a existência deste alinhamento, Pedroca prefere que seu vice, caso sua candidatura seja oficializada, não seja do PSD. O adjunto perfeito, na visão do mandatário, tem nome, sobrenome e integra um grupo oposicionista: o ex-presidente da Câmara de Vereadores e recém-chegado ao PL batistense, Mário Antônio Garcia Teixeira.

“Quando decidi ser candidato a prefeito, escolhi meu vice. Eu disse que era o Déi do Gás (Almir Peixer) e foi ele. Hoje, meu vice se chama Mário Teixeira. Eu vou lutar por isso. Confio em mim. Meu candidato é ele. Jovem, acompanhei esse guri atrás de emenda. Lembro muito do Aurino Teixeira, pai dele. Antes dele falecer, prometi a ele que o filho dele seria meu vice. Ele chorou e perguntou se eu faria isso por ele. Eu adoro aquele guri e confio nele”, contou o prefeito.

Amplo domínio

Postado em 6 de fevereiro de 2018

Por estratégia ou coincidência, os vereadores de situação dominaram as Comissões Parlamentares em Tijucas, eleitas ontem. Os oposicionistas, enfurecidos, renunciaram qualquer papel nos órgãos internos.

Meia hora antes da sessão – a primeira do ano, em que seriam escolhidas as Comissões –, o presidente Juarez Soares (PPS) convocou todos os vereadores para uma reunião. Nessa assembleia, se formariam as equipes num acordo previamente estabelecido. E assim aconteceu. Cartas na mesa, olhos nos olhos, e contentamento geral. Os opositores, a propósito, ficariam com a CAA (Comissão de Agricultura e Meio Ambiente), sob a tutela de Fernando Fagundes (MDB), Odirlei Resini (MDB) e Oscar Lopes (MDB). Mas, já no plenário, a história foi outra.

Arrependida, a vereadora Elizabete Mianes da Silva (PSD) decidiu voltar atrás. Soares, o presidente, (aparentemente) surpreso, concedeu cinco minutos de recesso para que o consenso fosse restabelecido. Mas não houve jeito. No anúncio de que as Comissões seriam refeitas, eleitas democraticamente, voto a voto, os oposicionistas sentiram-se atraiçoados e comunicaram a renúncia. Pois, então?!