Foto: Divulgação

Uma licitação aberta na prefeitura de São João Batista vem chamando atenção por conta do objetivo e do alto valor envolvido. O montante incutido na proposta se equipara, por exemplo, aos custos da reconstrução da ponte da Colônia Nova Itália, que sucumbiu às enchentes de 2022.

O polemizado pregão eletrônico prevê o empenho de R$ 7,7 milhões na aquisição futura de materiais gráficos, que atenderiam as demandas da administração municipal, autarquias, fundos e fundações.

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RECORRENTE

Nas primeiras semanas da gestão de Juliano Peixer (UNIÃO), a prefeitura lançou edital para a contratação de uma produtora de vídeos institucionais e pagaria R$ 12 mil mensais à empresa vencedora. Com a repercussão negativa do ato, o processo foi cancelado.

Outra licitação, a propósito, foi aberta com a mesma finalidade – serviços publicitários – e dispenderia cerca de R$ 21 mil para o trabalho.

Foto: PMSJB/Divulgação

Representantes do PP de São João Batista são taxativos ao afirmar que não fizeram qualquer indicação ao prefeito Juliano Peixer (UNIÃO) para o primeiro escalão do governo municipal – embora, aliados, estivessem no direito –, e que o conflito entre os progressistas e o chefe do Executivo batistense tem outro motivo.

Eles cobram unicamente que Peixer cumpra o acordado em campanha e faça uma gestão sem amarras ao passado, e, principalmente, com caras novas na prefeitura. “Não queremos que ele nomeie os nossos, mas que prestigie quem ajudou, quem tem qualidade e vontade de trabalhar, e que tire aquela turma do Pedroca”, revela uma liderança do PP municipal ao Blog.

A manutenção de figuras ligadas ao governo do ex-prefeito Pedro Alfredo Ramos (MDB), do qual o atual mandatário participou como chefe de gabinete, tem sido o ponto de colisão com a claque aliada. Os indícios foram escancarados no discurso do vereador Fábio Norberto Sturmer, presidente municipal do PP, semanas atrás, na Câmara, ao criticar publicamente o reemprego do servidor efetivo Carlos Gonzaga Silveira – principal entusiasta da reeleição de Pedroca nas coxias do paço – no atendimento ao público.

Foto: Arquivo pessoal

Conforme antecipado no Blog, a advogada Viviane Favero Kamers assume a Procuradoria Geral do município de São João Batista. Ela substitui o colega Cássio Lucas Gaboardi – que decidiu deixar o cargo e, funcionário efetivo, voltar ao serviço de carreira no departamento jurídico da prefeitura – e marca a primeira mudança no alto escalão do governo de Julaino Peixer (UNIÃO).

Viviane comandou a mesma pasta durante a gestão de Valmor Pedro Kammers (REPUBLICANOS), em Major Gercino.

Foto: Divulgação

O governo de Juliano Peixer (UNIÃO), em São João Batista, registra a primeira baixa. O advogado Cássio Lucas Gaboardi deixou a procuradoria geral do município.

De acordo com informações preliminares, o pedido foi entregue na quinta-feira (29) e teria ordem pessoal. Gaboardi é servidor de carreira e pretende voltar ao cargo de origem, no departamento jurídico da prefeitura.

A confirmar, ainda, o nome da advogada Viviane Favero Kamers como substituta na função. Segundo fontes do Blog, ela já teria recebido sondagens de interlocutores do Executivo batistense para o cargo. No currículo, a jurista traz a experiência no município de Major Gercino, durante a gestão de Valmor Pedro Kammers (REPUBLICANOS), quando comandou a mesma pasta.

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EM MEIO À CRISE

Nas últimas semanas, a gestão de Peixer vem dando sinais de fadiga entre os aliados. Líderes do PP, partido de sustentação do governo, passaram a criticar publicamente os atos do mandatário.

Não se pode afirmar, no entanto, que a saída de Gaboardi tenha relação com as contendas políticas da administração.

Ilustração de campanha

O enlace político entre o prefeito Juliano Peixer (UNIÃO) e o PP, partido do vice-prefeito Mateus Galliani, dá sinais cada vez mais evidentes de desgaste em São João Batista. Embora os ruídos não sejam exatamente uma novidade – surgiram nos primeiros dias pós-eleições, ainda em 2024 –, recentemente o desentendimento deixou os bastidores e ganhou os microfones.

Em entrevista à Rádio Super, ontem, o vereador Jardel Corrêa (PP) decidiu escancarar. “Se para governar ele não precisa de uma equipe ao redor, na campanha precisou. Ou sozinho ele chegaria a algum lugar?”, provocou.

Para o líder do PP na Câmara, os quatro anos de governo deveriam refletir a fraternidade do período eleitoral. “Qual a diferença entre uma equipe que trabalha 90 dias e depois, passada a eleição, é descartada como se não tivesse mais serventia? Para subir no palanque, bater de porta em porta, quem deu a cara?”, questionou Corrêa em tom de desabafo.

O caso, por enquanto, é o de estremecimento nas relações. E não seria inédito. Na Capital Catarinense do Calçado, alianças políticas costumam ser frágeis, e poucos governos terminaram com os mesmos personagens que os fizeram vitoriosos nas urnas abraçados. Pois então…

Foto: Arquivo

Para o prefeito Juliano Peixer (UNIÃO), de São João Batista, o pronunciamento do vereador Fábio Norberto Sturmer (PP) na sessão de segunda-feira (19) – que criticou publicamente a designação do servidor efetivo Carlos Gonzaga Silveira no atendimento ao público –, trata-se de “coisa pequena”. A resposta foi expressa, em entrevista à Rádio Clube, na sequência da reclamação.

“Tenho tantos problemas grandes para resolver, e não posso me preocupar com coisas menores. Têm muitas coisas que tenho que escutar, entrar em um ouvido e sair no outro”, rebateu o chefe do Executivo no microfone da emissora.

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PUBLICAMENTE

A comunicação atravessada expõe, mais uma vez, a dificuldade institucional e política entre Peixer e seu principal aliado, o PROGRESSISTAS – partido, a propósito, que Sturmer preside no município.

Antes, o tema era tratado internamente, sem margem para a troça oposicionista, mas, nas últimas semanas, tem sido publicizado a partir dos alto-falantes e inflamado a aliança.

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LEI DO RETORNO

Fontes do Blog afiançam que a resposta do prefeito teria sido muito mal recebida no seio progressista e que, caso a contenda não seja reparada com brevidade, o bloco de oposição ganharia coro nas próximas reprimendas ao governo na Câmara. A conferir.

Foto: Luan Lucas/Arquivo LDF

O que antes era tratado com cautela, apenas entre as partes, tem ficado cada vez mais evidente. O distanciamento entre o prefeito Juliano Peixer (UNIÃO), de São João Batista, e seu principal aliado, o PROGRESSISTAS, cresce diuturnamente.

Ontem, a propósito, o presidente municipal do PP, vereador Fábio Norberto Sturmer, usou a tribuna do Legislativo para criticar a atuação do servidor de carreira Carlos Gonzaga Silveira, que tem auxiliado Peixer no atendimento ao público. “Nem sei o motivo de ainda estar ali”, questionou o parlamentar, e justificou o descontentamento alegando que o funcionário não trata a todos igualmente.

A ausência de um chefe de gabinete legalmente constituído, aliás, tem sido uma das principais divergências entre o prefeito e os progressistas. Enquanto o mandatário batistense argumenta sobre a economia na folha, os coligados reprovam o modelo adotado e exigem a nomeação de um correligionário no cargo.

Para mediar ações políticas, que tem sido uma dificuldade latente nesse início de governo, Peixer tem recorrido informalmente aos ditames de um ex-prefeito de município vizinho. Antes que a aliança com o PP imploda de uma vez por todas, diga-se de passagem.

Foto: VipSocial

O prometido reajuste nos vencimentos dos motoristas da administração municipal tem posto o prefeito Juliano Peixer (UNIÃO), de São João Batista, em rota de colisão com parte do funcionalismo. A medida era um compromisso de campanha e, passados quatro meses de gestão, ainda não cumprido.

As cobranças têm sido duras. Um representante da categoria, que levou a reclamação a aliados políticos de Peixer, fixou terça-feira (13) como prazo para a resolução do problema. Caso o projeto não entre no expediente da Câmara Municipal na primeira sessão da semana, a relação entre prefeito e condutores da frota pode azedar de vez.

PROMESSA EM QUESTÃO

O ex-prefeito Pedro Alfredo Ramos (MDB) havia concedido aumento salarial para os servidores do município nos primeiros meses de 2024, mas, por alguma razão, os motoristas não foram contemplados. E quando quis reparar o erro, não havia mais tempo. A legislação impediu o benefício por se tratar de ano eleitoral.

Ciente da situação, e para angariar o apoio da classe, Peixer, ainda candidato, prometeu que se iniciasse 2025 na chefia do Executivo batistense trataria o reajuste devido como prioridade. Até agora, entretanto, apesar das reclamações, o caso continua na gaveta.

Foto: Arquivo Pessoal

Longe da prefeitura após 12 anos de presença governista, o MDB de São João Batista tem enfrentado dificuldades em encontrar conforto e aconchego na ala de oposição ao prefeito Juliano Peixer (UNIÃO).

A tradicional legenda, aliás, corre risco de enfrentar um processo eleitoral interno para definir quem comandará as ações do grupo no próximo biênio. A disputa, aliás, divide o partido em três partes.

Em um dos blocos, o ex-prefeito Pedro Alfredo Ramos, o Pedroca, quer manter o protagonismo entre os emedebistas e presidir o partido. Porém, enfrenta na outra ponta um de seus principais aliados no governo, o ex-secretário municipal Gélio de Oliveira. A tríade é completa pelo suplente de vereador, Milson da Silva, que também se coloca no pleito.

ESPECULAÇÕES

No ninho emedebista, especula-se que a pré-candidatura de Pedroca à presidência do partido tenha relação direta com os objetivos do notável empresário Laudir José Kammer, o Alemão, que estaria propenso a retomar o prestígio de outrora junto à legenda.

Oliveira, por sua vez, teria a intenção de disputar a Prefeitura de São João Batista em 2028 e, para pavimentar o caminho até a candidatura, precisaria trabalhar pelo fortalecimento do grupo. Alcançar o comando do partido seria o primeiro passo.

BOMBEIROS

Lideranças emedebistas foram acionadas e já trabalham para evitar um racha e encontrar um consenso que agrade as partes. Entre os envolvidos, está o ex-prefeito Tiago Dalsasso, de Nova Trento, enviado pelo secretário de Estado da Infraestrutura e deputado estadual licenciado, Jerry Comper, para evitar a cizânia. Pois então…

Foto: Prefeitura de SJB

O descontentamento da representação progressista com as ações do prefeito Juliano Peixer (UNIÃO), apesar da aliança, corre em rastilho de pólvora na seara política de São João Batista. E, com o assunto em pauta, pipocam evidências nas reuniões de botequim e rodas de esquina.

A “absurda” inexistência de um chefe de gabinete na prefeitura – reclamada veladamente por caciques do PP – tem, nos bastidores, razão de ser o calcanhar de Aquiles da coalizão. Os pepistas ansiavam que o cargo fosse destinado a Angela Maria Soares, candidata a vereadora do partido em 2024, a quem antes teriam tentado encaixar no comando da Secretaria de Assistência Social. Peixer, no entanto, deu de ombros à primeira indicação e tem feito o mesmo nos apelos derradeiros.

Não bastasse, o prefeito, ainda que oficialmente mantenha o posto inabitado, tem usado o servidor de carreira Carlos Gonzaga Silveira na função. Questão que agrava a reprimenda do PP, uma vez que o disposto funcionário era, assumidamente, cabo eleitoral e dos principais entusiastas da reeleição do ex-prefeito Pedro Alfredo Ramos (MDB).

O acolhimento fraterno a Gonzaga e o enjeitamento de Angela Soares, mais a postergação do prometido pente fino nos atos administrativos do antecessor – cobrado sistematicamente por situacionistas na Câmara –, colocam a pulga na orelha dos aliados e sugerem que a oposição entre Peixer e Pedroca, que dividiram parte da gestão passada, tenha sido apenas engodo de campanha para militâncias emocionadas.