Foto: Pyerre Cabral

Diplomático – característica que marcou sua ascensão no meio político e social –, o ex-vice-prefeito Sérgio “Coisa Querida” Cardoso (PSD) esteve no gabinete do prefeito Maickon Campos Sgrott (PP) nesta tarde.

A visita rendeu uma postagem nas redes sociais do mandatário tijuquense, que não fica atrás nos quesitos sensatez e educação. “O ex-vice-prefeito passou para um papo rápido, daqueles cheios de respeito e boas lembranças”, publicou o chefe do Executivo municipal.

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SEM RETROVISOR

Coisa Querida cumpriu a vice-prefeitura durante o segundo mandato de Eloi Mariano Rocha (PSD), sucedido por Campos Sgrott. Na campanha de 2024, no entanto, preferiu apoiar a chapa do PL, composta por Thiago Peixoto dos Anjos e Fernando Fagundes.

Os desencontros do pleito, contudo, não foram suficientes, ao que parece, para que a gentileza, tão presente em ambos, se perdesse no caminho.

Foto: Divulgação

A prova dos 100 dias – período estabelecido por governos para avaliar o desempenho da equipe administrativa – foi concluída, mas as mudanças na gestão de Tijucas seguem ocorrendo a toque de caixa. O secretário de Finanças, Rogério Rabelo de Faria, já comunicou os colegas de que deve permanecer no cargo por apenas mais alguns dias.

Mas a cadeira nem deve esfriar. O prefeito Maickon Campos Sgrott (PP) designou a atual diretora de Tributos, Ana Cristina da Silva Rodrigues, para o comando da pasta. Servidora comissionada, do rol de confiança do mandatário tijuquense, ela reúne qualificação e experiência adequadas para a função, segundo justificativa interna.

Rabelo deixa o posto em acordo com Campos Sgrott, apoiado em pretexto pessoal, e deve se dedicar à iniciativa privada, de onde vem e para a qual quer voltar. Não seria surpresa, a propósito, se surgisse no quadro funcional da TCA Transportes, empresa da família do chefe do Executivo municipal.

Foto: Divulgação/PMT

Sobre o reajuste de quase 45% nos vencimentos dos vereadores, polemizado na cidade e que pautou a coluna do conceituado jornalista Cacau Menezes, no ND, o prefeito Maickon Campos Sgrott (PP) se defende. Segundo o mandatário tijuquense, a correção dos subsídios da Câmara passou a ser uma necessidade – para que não haja, no futuro, sanções do Tribunal de Contas, inclusive.

“Os vereadores estão desde 2014 sem reposição. Diferentemente dos demais servidores do município, que têm remuneração corrigida anualmente”, explica. A questão, de acordo com Campos Sgrott, passa a ser ainda mais urgente por conta do aumento populacional de Tijucas, uma vez que a legislação exige que os vencimentos do parlamento sejam compatíveis com os de municípios que tenham mais de 50 mil habitantes.

O prefeito reforça, ainda, que a proposta nada tem a ver com convenções políticas de qualquer natureza, e que o projeto, embora tenha origem no Executivo, partiu do Legislativo.

Foto: Pyerre Cabral

Foi-se o tempo em que vereadores de oposição sequer pisavam na prefeitura. Por consciência da classe política local ou destreza do prefeito Maickon Campos Sgrott (PP), o que se tem visto em Tijucas foge à regra. Os encontros periódicos no paço municipal com todos os parlamentares – e não somente os da base, como praticado historicamente – surpreendem militâncias e condicionam movimentos partidários a novas estratégias.

A bem da verdade, os opositores tinham a faca e o queijo nas mãos. Formam a maioria absoluta do parlamento e, se quisessem, isolariam o Legislativo da gestão de Sgrott. Nas atitudes, contudo, a vereança contraditora abandonou o estigma do “quanto pior, melhor” e, ao que parece, prefere conviver em harmonia com a prefeitura.

O convite, ainda no início da gestão, para que Erivelto “Danone” Leal dos Santos (PL) assumisse o departamento de Esportes do município, mais a preferência incubada por Cláudio Eduardo de Souza (MDB) no comando da Câmara e a atração matreira de Flávio Henrique Souza (MDB) para o plano situacionista deram o tom. O chefe do Executivo municipal se afastou das bandeiras e rusgas eleitoreiras, e abraçou a governabilidade.

A consideração constrangida de um dos mais severos repreensores do governo de Eloi Mariano Rocha (PSD), de que “este pelo menos conversa com a gente”, mostra que as reuniões ecléticas na prefeitura devem continuar agradando a gregos e troianos. Pois então…

Foto: Luan Lucas | Linha de Frente

Distante das urnas há mais mais de duas décadas, o ex-prefeito Uilson Sgrott, de Tijucas, nunca esteve longe da política. Desde 2020, aliás, participa diariamente das articulações e decisões, sobretudo nas incursões eleitorais do filho, o prefeito Maickon Campos Sgrott (PP).

O notável empresário, embora seja o primeiro tijuquense a comandar o Executivo municipal e, anos mais tarde, ver um herdeiro ocupar o mesmo cargo, garante que a participação de Maickon na política nunca foi programada e aconteceu naturalmente.

“Não foi nada programado. Quando perdi a reeleição em 2004, fui para a empresa trabalhar. O Maickon foi trabalhar comigo. Não tinha nada programado para um dia ele ser candidato. Nem filiado a partido ele era. Um dia veio o convite e ele saiu a vereador. Foi atrás dos amigos, conversou e teve sucesso”, contou o ex-mandatário, em entrevista ao programa LINHA DE FRENTE.

A disposição de Campos Sgrott em concorrer à prefeitura, no ano passado, surgiu durante o mandato de vereador, entre 2021 e 2024. Segundo o ex-prefeito, a barreira partidária foi o primeiro empecilho e fez com que o então parlamentar recuasse. Porém, números de pesquisas de opinião popular mudaram a rota.

“Quando ele foi vereador, claro que pensava em, um dia, se tivesse a oportunidade, ir a prefeito. Como somos do 11 (PP) e o prefeito era do 55 (PSD), a tendência seria um candidato do mesmo partido. O Maickon pensou que não ia dar, não queria mais ser vereador e decidiu recuar. O Eloi (Mariano Rocha) trabalhou outros nomes do 55. Fez pesquisa, fez isso e aquilo, viu a rejeição e, nesse trabalho, aparecia o nome do Maickon. Era importante fazer o sucessor e as pesquisas mostravam que pra fazer um sucessor tinha que ser o Maickon. Não articulamos nada, aconteceu naturalmente”, pontuou o ex-prefeito.

Foto: Larissa Martinelli | Divulgação

Em noite regada a vinho Girola, do vice-prefeito de Nova Trento, Laerci Girola (PP), e com polenta carbonara no cardápio – preparada pelo anfitrião, ex-vereador e atual assessor parlamentar Valdemir Quaiatto (PP) – o deputado estadual Altair Silva (PP) reuniu amigos e correligionários na Terra de Santa Paulina, anteontem, para reafirmar as raízes locais e solidificar as bases do partido.

Silva, natural de Major Gercino, assumiu como tarefa especial a manutenção – e, obviamente, elevação – do capital político do PP na região. O momento da legenda, aliás, por consequência das eleições de 2024, sugere esse trabalho. Afinal, os progressistas registraram uma das suas melhores marcas eleitorais de todos os tempos no Vale, com prefeitos em Tijucas e Major Gercino, e vice-prefeitos em São João Batista e Nova Trento.

As principais lideranças do partido nos cinco municípios, a propósito, estiveram no evento. A comitiva tijuquense (foto) foi encabeçada pelo prefeito Maickon Campos Sgrott e contou com a secretária municipal de Obras, Loisiane dos Santos, com o vereador Júlio César Bucoski e com a suplente de vereadora Fernanda Rocha.

Foto: Arquivo pessoal

Os rumores sobre uma suposta viagem que o prefeito Maickon Campos Sgrott (PP) e o vice Rudnei de Amorim (PSD) fariam juntos ao exterior – e, consequentemente, deixariam a prefeitura aos cuidados do presidente da Câmara Municipal, Cláudio Eduardo de Souza (MDB) – nunca passaram de especulação oposicionista. Pelo menos tem sido o que o chefe do Executivo municipal vem reafirmando a quem pergunta.

De acordo com os boatos, Sgrott e Amorim, torcedores do Flamengo, teriam marcado itinerário com as famílias para os Estados Unidos em junho, justamente para acompanhar in loco os jogos do Rubro-Negro na Copa do Mundo de Clubes. Nesse caso, com a falta do titular e do adjunto, a cadeira ficaria, por Lei, ao encargo do presidente do Legislativo, que defende corrente partidária rival.

O assunto foi levantado em coletiva de imprensa com o prefeito, dias atrás, no primeiro gabinete do paço, e teve resposta imediata. “Não sei de onde tiraram isso. Não procede”, contrapôs o mandatário tijuquense. “Eu até ficaria chateado com o Rudnei se ele fosse para o Mundial e me deixasse de fora”, brincou, em seguida, em tom de chacota, e arrancou gargalhadas dos jornalistas. Pois então!

Foto: Luan Lucas | Arquivo Linha de Frente

Se nas coxias da prefeitura de Tijucas os desabonos à herança da gestão anterior têm sido constantes, sobretudo no setor de Finanças – e partem, inclusive, de antigos aliados do ex-prefeito Eloi Mariano Rocha (PSD) –, o vice-prefeito Rudnei de Amorim (PSD) parece alheio aos comentários inversos. Recorrentemente, aliás, ele rememora nas redes sociais benfeitorias, obras e conquistas da administração passada, valendo-se do TBT.

Na postagem mais recente, Amorim destacou a assinatura da ordem de serviço para construção da Ponte Bulcão Viana, cartão postal do município. Na foto, reunindo todo o time de secretários da época, o adjunto, vereador governista no período do registro, escreveu: “motivo de muita alegria e orgulho”.

As publicações, no entanto, poderiam ser apenas engodo para a militância digital escolhidas aleatoriamente por assessores de marketing pessoal do vice-prefeito não fossem os burburinhos nos corredores do paço e a necessidade latente de um contraponto aos crescentes dissentimentos que vêm tomando conta da seara governista.

Os mais céticos avaliam, ainda, que a defesa velada pode ter como pano de fundo a gratidão ao ex-prefeito pela articulação que garantiu Amorim na chapa vencedora nas eleições de 2024, quando boa parte do grupo – inclusive o então candidato a prefeito Maickon Campos Sgrott (PP) –, demonstrava preferência por outras opções. Pois então!

Foto: Divulgação

O pacto entre o secretário de Estado do Meio Ambiente e Economia Verde, Emerson Stein (MDB), e o prefeito Maickon Campos Sgrott (PP) – que, surpreendendo tantos e quantos, alinharam-se politicamente – continua rendendo frutos em Tijucas. Ontem, a propósito, o portobelense esteve mais uma vez na Capital do Vale com cheque de R$ 1,5 milhão para pavimentações no município.

O que as obras de infraestrutura na seara tijuquense têm a ver com a pasta que Stein comanda no governo estadual? Nada! A verba partiu de pedido formal do ex-prefeito de Porto Belo ao governador Jorginho Mello (PL), que, por conta da relação estreita que nutrem, assentiu.

O secretário, no entanto, embora prestigie o mandatário cola-branca, não esquece dos correligionários locais. Para o ato de entrega do recurso, ele fez questão das presenças dos três vereadores emedebistas em Tijucas, Cláudio Eduardo de Souza, Fabiano Morfelle e Flávio Henrique Souza, que teriam, ainda no trâmite, reforçado a solicitação.

De acordo com informações preliminares, o repasse estaria destinado ao asfaltamento do primeiro trecho da Estrada Geral da localidade de Terra Nova, no interior.

Foto: Luan Lucas | Arquivo Linha de Frente

Oriundo de família tradicionalmente emedebista, o empresário Thiago Peixoto dos Anjos, de Tijucas, pode retornar ao ninho periquito, onde nasceu e cresceu, após experiências eleitorais e partidárias no PDT e, mais recentemente, no PL.

Atento aos movimentos da cúpula estadual da legenda, Peixoto dos Anjos já sabe que o governador Jorginho Mello fez cortejos ao prefeito Maickon Campos Sgrott (PP) e que o presidente estadual do PL vê com bons olhos a adesão do mandatário tijuquense.

Embora as lideranças liberalistas e o próprio prefeito neguem a possibilidade, o candidato a prefeito vencido no pleito recente já avalia os próximos passos e não descarta deixar o PL, caso o movimento se confirme. E o MDB, na equação, torna-se caminho natural.

“Não tenho qualquer coisa contra o prefeito Maickon, por quem tenho muito respeito. Porém, preciso respeitar quem me apoiou e em mim votou como contraponto ao modelo da admistração atual. Se a filiação for oficializada, seguirei meu caminho em outra legenda. Com certeza poderia ser o MDB”, revelou Peixoto dos Anjos, em atenção ao Blog.

APOIO IRRESTRITO

O empresário, inclusive, garante que apoiará o projeto de reeleição de Jorginho Mello, em 2026, independentemente de uma eventual mudança. “Entendo o governador, que precisa de apoio dos prefeitos para a eleição estadual. Tijucas não é mais uma cidade pequena e certamente ajudaria o projeto”, ponderou.