A prefeitura de São João Batista decidiu esticar o feriado por seis dias. A folga começou na quinta-feira (19) com a celebração de Corpus Christi e se estende até amanhã (24), dia do padroeiro do município. O retorno dos servidores ao trabalho foi marcado apenas para quarta-feira (25).
Nesse meio, calcula-se um fim de semana e dois pontos facultativos: sexta-feira (20) e hoje.
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AGENDA RABISCADA
Sempre polêmicos, os pontos facultativos foram extintos do calendário do governo batistense na segunda gestão de Daniel Netto Cândido (PSD), entre 2017 e 2020, mas restabelecidos durante a administração de Pedro Alfredo Ramos (MDB) – da qual o atual prefeito, Juliano Peixer (UNIÃO), participou como chefe de gabinete –, a partir de 2021.
Suplente de deputado estadual, ex-secretário adjunto de Estado do Desenvolvimento Social e ex-prefeito de São João Batista, Daniel Netto Cândido (PSD) apareceu no Diário Oficial da Assembleia Legislativa no início da semana. Ele foi nomeado pelo presidente Júlio Garcia (PSD) para a coordenação dos Serviços Gerais do parlamento catarinense.
Conforme revelou ontem, em entrevista ao LINHA DE FRENTE, na VipSocial TV, o cargo, momentaneamente, não tem qualquer relação com as eleições de 2026 ou com compromissos assumidos por ou com Garcia. Mas pode vir a ter.
Cândido avalia a possibilidade de se candidatar novamente no pleito que se aproxima. A postulação, no entanto, ainda não foi definida. Poderia ser para a Alesc ou para a Câmara Federal, a depender das necessidades do grupo. “Mas não porque eles querem. Tem que ser bom para a região”, frisou o batistense.
A ex-prefeita de Itapema, Nilza Simas (PL), que atualmente exerce função comissionada na Secretaria de Estado da Saúde, vem aproveitando a posição para ampliar sua visibilidade no território barriga-verde. Com pré-candidatura confirmada para uma das cadeiras da Assembleia Legislativa em 2026, ela tem visitado o maior número de municípios que consegue e estabelecido relações por onde passa.
Semana passada, por exemplo, esteve no planalto norte catarinense, em unidades de Saúde adjacentes. E os trajetos remotos, principalmente daqui em diante, tendem ser frequentes. A prática tem sido cada vez mais comum entre ex-prefeitos, conhecidos na esfera local, que buscam estadualizar seus nomes e articular com lideranças regionais.
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PARÂMETRO
Mais recentemente, a estratégia foi usada pelo ex-prefeito de São João Batista, Daniel Netto Cândido (então no PODEMOS), que, como secretário adjunto do Desenvolvimento Social no governo de Carlos Moisés da Silva (REPUBLICANOS), construiu alianças em várias regiões de Santa Catarina e chegou à primeira suplência do partido na Alesc.
O presidente do PP em São João Batista, Fábio Norberto Sturmer, e o líder do partido na Câmara, JardelCorrêa, negam que tenha havido qualquer conflito entre eles antes da sessão que avaliou as contas do ex-prefeito Pedro Alfredo Ramos (MDB), dias atrás. O suposto desentendimento, conjeturado no seio da legenda, vinha sendo especulado por correligionários como motivo para que o vereador estreante houvesse votado na absolvição de Pedroca.
Corrêa, aliás, insiste na justificativa de que tenha optado por salvar o ex-chefe do Executivo das garras do TCE (Tribunal de Contas do Estado) por orientação do departamento jurídico da Câmara. Ele diz, ainda, que o caso chegou ao ponto em questão – dependente de apenas um voto pela rejeição – porque dois vereadores de oposição votaram enganados.
PALAVRA DE ORDEM
Não existiu, de fato, uma reunião do PP batistense ou articulação para aprovar ou rejeitar as contas do ex-prefeito. Portanto, os progressistas tinham plena liberdade para decidir.
A informação foi confirmada pelo maior expoente do partido em São João Batista, ex-prefeito Aderbal Manoel dos Santos, que normalmente orienta os correligionários em casos semelhantes. “Não nos reunimos. Cada um votou como quis. Não temos nada contra o Pedroca. Se fosse para rejeitar as contas do Daniel (NettoCândido), a coisa seria diferente, revela.
O ex-prefeito Daniel Netto Cândido (PSD), de São João Batista, precisou declinar da convocação para assumir uma cadeira na Assembleia Legislativa de Santa Catarina, após o pedido de licença não remunerada de dois ex-correligionários.
Representantes do PODEMOS – partido que o batistense concorreu nas eleições de 2022 -, no parlamento, a bombinense AnaPauladaSilva e o palhocense CamiloMartins solicitaram o afastamento.
Netto Cândido, então, poderia assumir as funções. Porém, optou por cumprir o acordo estabelecido entre o grupo e permitir que outros suplentes da legenda participem do mandato, e negou a convocação assinada pelo presidente da Alesc, JúlioGarcia (PSD).
“Nós temos um acordo para prestigiar os suplentes. No ano passado, fui atendido nesse acordo, ficando por 30 dias na vaga de deputado. Sempre fui de cumprir palavra e os acordos. Por isso, faço isso mais uma vez”, explicou o ex-mandatário batistense.
Eleito na trincheira do ex-prefeito Daniel Netto Cândido (PSD), de São João Batista, o vereador Matheus Gonçalves (PSD) foi, surpreendentemente, indicado como líder do Governo de Juliano Peixer (UNIÃO) na Câmara.
Especula-se na Capital Catarinense do Calçado que lideranças do Progressistas, partido aliado de Peixer na eleição passada e que indicou o vice-prefeito Mateus Galliani na chapa vencedora, não teriam ficado contentes com a nomeação e cobravam que um dos parlamentares da legenda fosse o escolhido.
A indicação de Gonçalves, a propósito, teria sido aprovada pelo presidente da Assembleia Legislativa de Santa Catarina (Alesc), JúlioGarcia (PSD). O movimento, aliás, pode ter relação com a aproximação das eleições estaduais, já que PSD e UNIÃO BRASIL devem caminhar juntos em 2026. Como retribuição, Garcia deve destinar ao município uma emenda parlamentar de R$ 200 mil para investimentos na Saúde.
Silenciosamente, o ex-prefeito Daniel Netto Cândido (PSD), de São João Batista, vem delineando a sequência da carreira eleitoral. Os números de 2022, quando faltaram cerca de 3 mil votos para que garantisse uma cadeira no parlamento catarinense, apontam o caminho.
Cândido vem revelando a gente próxima que tem “um cenário muito positivo sendo construído” e que poderia, inclusive, a depender das definições do PSD catarinense, escolher entre se candidatar a deputado estadual ou federal nas próximas eleições gerais.
Ao Blog, no entanto, o ex-mandatário batistense responde com cautela: “Em breve me manifestarei publicamente. Preciso ver como serão as tratativas. Mas ambos são bons projetos”, conta.
A competente jornalista DirleniDalbosco, de Nova Trento, reconhecida especialmente pelo trabalho desenvolvido no comando da Diretoria de Comunicação da Prefeitura de São João Batista, ocupa, desde fevereiro, um cargo na secretaria parlamentar da Assembleia Legislativa.
Com a experiência de trabalhar ao lado dos ex-prefeitos Daniel Netto Cândido (PSD) e Pedro Alfredo Ramos (MDB), a neotrentina chegou a comandar a comunicação do Detran (Departamento Estadual de Trânsito de Santa Catarina) e, mais recentemente, atuou na FCDL (Federação Catarinense de Dirigentes Lojistas).
De volta à política, a jornalista serve agora ao deputado estadual Silvio Cardoso Júnior (PRD), o Júnior Cardoso, que assumiu a cadeira no parlamento em dezembro, após a renúncia de Egídio Maciel Ferrari (PL), o Delegado Egídio, que se elegeu prefeito de Blumenau nas eleições de 2024.
Contrariando todos os prognósticos, o presidente do Poder Legislativo de São João Batista, Gustavo Grimm (PL), não planeja dar continuidade à carreira política e pode, inclusive, finalizar a vida pública ao término do mandato de vereador, em 2028.
Em entrevista ao programa LINHA DE FRENTE, ontem à noite (13), Grimm rejeitou qualquer possibilidade de concorrer ao Executivo no pleito vindouro e revelou que também não tentará a manutenção do cargo de vereador por mais quatro anos.
“Posso falar tranquilamente. Isso muda, não porque estou escondendo, mas porque depende de muitas situações. Mas eu vejo que não. É um fardo alto, pesado, vejo o que o Juliano (Peixer, prefeito de São João Batista) está passando ao tentar fazer o que é correto. São muitos desafios que ele enfrenta, em uma cidade relativamente pequena”, afirmou o vereador.
Apesar de ter se colocado à disposição do PL, em uma concorrência interna com o presidente municipal da legenda, o empresário FelipeLemos – que acabou concorrendo à prefeitura em 2024 -, Grimm afirmou que quis, com a pré-candidatura, dar ao eleitor batistense uma alternativa aos nomes dos ex-prefeitos Daniel Netto Cândido (PSD) e Pedro Alfredo Ramos (MDB), o Pedroca, que já apareciam como opções aos eleitores.
“Me coloquei à disposição porque não queria nem Pedroca e nem Daniel. Queria que a cidade tivesse uma escolha diferente e não ficasse neles. Não era uma obsessão minha. Pra ser candidato ao Executivo, tem que batalhar muito. Já é uma vitória. Tem que querer muito e não me vejo com essa disposição hoje. Não me vejo nem indo à reeleição como vereador. Fiz minha contribuição, está tudo certo e acho que oito anos é o suficiente”, pontuou.
Se tudo ocorrer como planejado, a deputada estadual Ana Paula da Silva (PODE), a Paulinha, de Bombinhas, deve pleitear uma das cadeiras catarinenses na Câmara Federal nas eleições de 2026. A parlamentar de segundo mandato revelou detalhes do projeto em entrevista ao programa LINHA DE FRENTE, ontem (6).
Ela acredita ter aberto caminhos para outras lideranças da região quando alcançou uma vaga na Assembleia Legislativa em 2018, e avalia que, neste momento, não deveria “segurar a fila”.
“Hoje eu me preparo como uma pré-candidata a deputada federal. Mas, não é porque estou morrendo de vontade de ir para Brasília, pegar um avião toda semana, ainda mais comprometida como eu sou. Sem falsa modéstia, na minha concepção, a maior viabilidade recai sobre mim, que já estou em segundo mandato e ampliei a votação. Não posso segurar a fila”, frisou.
Paulinha elencou, ainda, outros líderes locais que seriam boas opções para o parlamento catarinense, como o prefeito Diogo Francisco Alves Maciel (PL), de Canelinha, os ex-prefeitos Eloi Mariano Rocha (PSD), de Tijucas, Daniel Netto Cândido (PSD), de São João Batista, e Nilza Simas (PL), de Itapema, além do agora secretário de Estado do Meio Ambiente e Economia Verde, Emerson Stein (MDB), de Porto Belo.
“Não tenho procuração para falar por eles, mas o Diogo se reelegeu, o Eloi terminou um ciclo, a prefeita Nilza de Itapema, o Emerson que buscará um novo mandato, o Daniel que foi nosso suplente… São nomes da nossa região que podem ser candidatos a deputado estadual. Mas e federal? Quantos nomes têm efetiva condição? Me coloco nesse projeto para a gente amplificar e somar forças. Nossa região precisa de uma voz forte em Brasília”, justificou.
META DE VIDA
Em suas incursões pelo Estado, a bombinense nunca escondeu um sonho: ser governadora de Santa Catarina. O desejo, segundo contou a parlamentar, que alimenta profunda certeza de sucesso no projeto, permanece vivo.
“Um dia vamos governar Santa Catarina. Me desculpem a falta de modéstia nesse aspecto, mas eu sinto no meu coração que um dia vou governar o Estado. Está na minha história de vida e, cada vez mais, eu tenho sinais que confirmam que esse é o meu lugar. Qual o tempo? O tempo de Deus. O futuro a Ele pertence”, pontuou.