Telhado de vidro

O discurso do prefeito Maxiliano de Oliveira (PL), de Nova Trento, sempre foi o da “competência e transparência”. Pelo menos era o que repetia como mantra para criticar a gestão do antecessor Tiago Dalsasso (MDB). No entanto, agora, com a caneta na mão, a prática, ao que parece, tem sido diferente da teoria.
Duas denúncias sobre o mesmo tema foram encaminhadas por vereadores de oposição ao Tribunal de Contas e ao Ministério Público. Nelas, vasto arquivo sobre o rompimento de um contrato com uma empresa terceirizada e a contratação de outra, com intento duvidoso, sem o devido processo de licitação. Ao jornal Correio Catarinense, de São João Batista, uma fonte da prefeitura neotrentina disse que “o assunto é delicado”.
Parlamentares oposicionistas, autores da delação, têm destrinchado o caso nas tribunas do Legislativo. E, se eles tiverem razão, e as investigações comprovarem as acusações, Max estaria em maus lençóis.
De acordo com os vereadores denunciantes, os interesses do mandatário neotrentino seriam escusos e pessoais, como beneficiação direta a familiares e parceiros comerciais de outrora. Aliados, obviamente, a promulgada ilegalidade do ato, por dispensa de licitação em contratação que exige, invariavelmente, todas as fases de processos de compras públicas para investimentos dessa ordem – que ultrapassam ao longe a margem permitida.
Questionado, o prefeito não respondeu aos contatos do Blog.