quarta-feira, 24 de abril de 2024 VALE DO RIO TIJUCAS E COSTA ESMERALDA

Respiradores virgens

Postado em 8 de setembro de 2021
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Os dois respiradores cedidos pelo Grupo Portobello ao município de Canelinha serão devolvidos sem jamais terem sido usados. Eles permaneceram por seis meses na Fundação Hospitalar Municipal, em ambiente para tratamento de pacientes da Covid-19, que conta com apenas uma bomba de infusão — necessária para a operacionalização do aparelho. A questão não passou despercebida para o presidente do Legislativo canelinhense, vereador Robinson Carvalho Lima (PP), que vem tratando o caso por “omissão”.

Quando expôs a situação no parlamento, Carvalho Lima foi confrontado pela diretora da Fundação Hospitalar, Vanderléia Rosa, que publicou imagens dos respiradores em funcionamento; embora o processo licitatório para a compra de bombas de infusão tenha sido aberto há apenas dois dias. O vereador reúne, agora, documentos e declarações para, em seguida, levar a denúncia ao Ministério Público.

Manifesto regional

Postado em 5 de maio de 2021
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A exemplo de 50 chefes de Executivos municipais e outras lideranças em todo o Estado — conforme a imprensa catarinense vem divulgando —, há um manifesto, também, no Vale do Rio Tijucas a favor do retorno do governador afastado Carlos Moisés da Silva (PSL) à cadeira. Na região, o movimento ganhou força com a participação incisiva do deputado estadual Jerry Comper (MDB), que, inclusive, colheu assinaturas dos prefeitos de Nova Trento e São João Batista, Tiago Dalsasso (MDB) e Pedro Alfredo Ramos (MDB), num tratado de apoio que vem organizando.

Correligionários de Moisés e respectivos prefeitos de Canelinha e Major Gercino, Diogo Francisco Alves Maciel (PSL) e Valmor Pedro Kammers (PSL) são outros que defendem abertamente, nas convergências políticas do Vale, a continuidade do governo. Mais discreto, porém, o mandatário tijuquense Eloi Mariano Rocha (PSD) teria, inclusive, telefonado para o governador afastado e expressado apoio.

A barafunda do impeachment tem seu capítulo final previsto para sexta-feira (7). A decisão, agora, cabe a uma comissão formada na Alesc (Assembleia Legislativa de Santa Catarina), uma vez que os órgãos fiscalizadores da Justiça entenderam que Moisés não teve relação direta com a polêmica compra dos respiradores.

Tempestade e bonança

Postado em 30 de novembro de 2020
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A absolvição, sexta-feira (27), do governador Carlos Moisés da Silva (PSL) pelo Tribunal de Julgamento, na Assembleia Legislativa, e o consequente retorno do chefe do Executivo estadual ao cargo devem ter reflexos decisivos na política do Vale do Rio Tijucas. Com a reviravolta, o prefeito de São João Batista, Daniel Netto Cândido (PSL), terminaria o segundo mandato, em 31 de dezembro, fortalecido e com grandes chances de iniciar 2021 no primeiro escalão do governo estadual.

Cândido tem planos claros e manifestos de se candidatar a deputado estadual em 2022, e manter o nome em evidência, especialmente com atuação marcante na região, seria parte preponderante dessa estratégia. A derrocada de Moisés e do PSL catarinense, com quem o mandatário da Capital Catarinense do Calçado criou laços muito promissores, a propósito, vinha sendo encarada como uma catástrofe — embora o prefeito já tivesse um plano B, e até mesmo um C.

Mas nem tudo são flores. O governador se livrou da denúncia que apontava crime de responsabilidade na concessão de equiparação salarial aos procuradores do Estado em relação aos procuradores da Alesc (Assembleia Legislativa de Santa Catarina), contudo, há, ainda, um segundo pedido de impeachment em andamento, referente à compra dos 200 respiradores fantasmas com pagamento de R$ 33 milhões antecipados.