terça-feira, 1 de julho de 2025 VALE DO RIO TIJUCAS E COSTA ESMERALDA

Quatorze: A busca pelo vice perfeito

Postado em 22 de novembro de 2016

Desde a oficialização da candidatura de Elmis Mannrich à prefeitura de Tijucas nas eleições 2016, o presidente municipal do PMDB tinha uma prerrogativa que não abria mão. Era exclusivamente dele, sem interferência da executiva do partido, a escolha do candidato a vice-prefeito. Internamente, nas discussões das possibilidades, pregava-se que não havia a necessidade de que o segundo nome na chapa somasse votos ou apoios – virtude das sucessivas pesquisas pré-eleitorais, todas amplamente favoráveis –; mas que também não trouxesse qualquer negatividade à campanha.

Vereador por cinco legislaturas consecutivas, com longo histórico de serviços prestados ao PMDB, de família tradicionalmente periquita e numerosa, Edson Souza não estava entre as primeiras opções. Longe disso, aliás; embora houvesse uma corrente nas internas do partido que defendia essa hipótese. Mannrich temia principalmente os efeitos da recente Operação Iceberg, deflagrada pelo Deic (Departamento Estadual de Investigações Criminais) em 2015, e que ainda investiga 16 membros do parlamento municipal por desvios de verbas públicas em diárias de cursos inexistentes em Curitiba. Para o candidato a prefeito, a formação da chapa com o vereador traria essa mancha à campanha.

Enquanto isso, tentativas frustradas se acumulavam. O primeiro convite, a propósito, teria sido feito no início de março. O empresário Sebastião Koch, da rede de supermercados Koch, nega que tenha recebido a oferta; mas uma série de informações extraoficiais garante que as tratativas existiram. E, embora tenha havido insucesso nessa empreitada, estava, portanto, traçado o perfil ideal nas intenções do presidente municipal do PMDB. Mannrich ansiava por alguém que não participasse diretamente da roda política, e que, se possível, trouxesse poderio econômico à campanha. Os demais ensaios evidenciam essa predisposição.

As oposições caminhavam lentamente, e seus líderes não se entendiam. Não havia, pois, partido – com exceção do PSD, que liderava um movimento de rivalidade – impedido de compor com o PMDB, e adversários também eram considerados. Tanto que o empresário Geremias Teles Silva, um dos sustentáculos do DEM no município, recebeu, por intermédio do ex-prefeito e ex-deputado estadual Nilton “Gordo” Fagundes (PMDB), com quem tem relação muito próxima, uma sondagem de Mannrich. A negativa chegou pelo mesmo mensageiro. O proprietário da Comparts reafirmou seu desinteresse por candidaturas eletivas e o compromisso ora firmado com o irmão, vereador José Leal da Silva Júnior (PSD), e com o engenheiro Sérgio Fernandes Cardoso, que encabeçava a campanha dos peessedistas no município.

Também filiado ao DEM e com largo histórico cola-branca, o contabilista José Carlos de Souza recebeu o chamado de Mannrich para uma possível composição. E gostou do que ouviu. Em princípio, ficou balançado com o convite; mas cedeu à resistência da família, especialmente da mulher, que rejeitou peremptoriamente a ideia.

As notícias acumulavam dramaticidade nos noticiários de bastidores – a exemplo do blog –, e depois de cada empenho fracassado na busca pelo candidato a vice-prefeito, os entusiastas do movimento “chapa pura” ganhavam novos adeptos nas internas do PMDB de Tijucas. As pressões para que o vereador Edson Souza participasse da composição majoritária aumentavam; e, embora Mannrich ainda resistisse, reconhecia que as alternativas estavam ficando escassas e que manter a unidade da legenda também seria um bom negócio. Mas havia, além do parlamentar, opções que pudessem cumprir o perfil idealizado pelo ex-prefeito nas fileiras do partido. O empresário Luiz Antônio Maurício, em princípio, trazia os requisitos básicos: jamais havia concorrido a qualquer cargo eletivo, participava ativamente do movimento peemedebista, e tinha poder econômico satisfatório. Mas, apesar do apelo, também esbarrou em pendências pessoais – entre elas, a reação contrária da família. A escala voltava à estaca zero.

Melhor colocado entre os opositores nas pesquisas pré-eleitorais, o policial rodoviário federal aposentado Adalto Gomes (PT) remava sozinho, sem apoios consistentes, pela candidatura a prefeito. Chegou a vencer uma concorrência interna no movimento L.I.M.P.E., liderado pelo PSDB, mas não teve os prometidos aportes políticos oficializados, e passou a considerar outras hipóteses. Ser candidato a vice-prefeito era uma delas. Petistas da executiva municipal passaram a discutir as possibilidades de uma composição majoritária em dois encontros com Mannrich. As conversas não evoluíram; porque o presidente municipal do PMDB temia que a aliança com o PT – que acumulava rejeições avassaladoras na esfera nacional – pudesse comprometer a campanha, e porque o candidato a prefeito vencido em 2012, que não participou das reuniões com o líder peemedebista, também não estava convicto de que esse seria o melhor caminho.

Neste momento, o nome do empresário Elson Junckes, que presidia o PSDB no município, ganhava força entre alguns membros da executiva peemedebista. Unia o ineditismo político à robustez financeira; mas, na contrapartida, trazia as rusgas acumuladas em oito anos de uma oposição despótica protagonizada pela vereadora Lialda Lemos (PSDB) ao PMDB na Câmara. As diferenças pessoais entre Mannrich e o líder tucano também eram empecilho. Enquanto houvesse escolha, um preferia não ter que conviver com o outro.

Não havia muito mais criatividade nos juízos do presidente municipal do PMDB, e Souza, o vereador, aguardava paciente e pacificamente. A proximidade das convenções partidárias já era uma realidade, e o candidato a vice-prefeito ideal não surgia. Em meio à angústia, o nome da ex-secretária de Educação do município, professora Márcia Machado Maurício – que comandou a pasta na segunda gestão de Mannrich, justo no período em que o Ideb (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica) municipal mostrou a sua pior marca –, chegou a ser considerado; mas não empolgou.

O último empenho, porém, foi com o jovem empresário Thiago Peixoto dos Anjos, que administra o Hotel do Valle em paralelo às investidas no mercado imobiliário da cidade e região. Mais uma vez a família, e, especialmente, o temor pelos custos da campanha, foram determinantes para a negativa ao convite. Na manhã seguinte, em 2 de agosto, três dias antes da convenção oficial do PMDB, Mannrich se reuniu com Edson Souza e oficializou, enfim, a chapa pura, como grande parte do diretório peemedebista desejava para a disputa das recentes eleições majoritárias.

Que o candidato a vice-prefeito tenha influenciado negativamente na campanha do PMDB, conforme receava o presidente municipal do partido, não se pode afirmar. Pode-se, sim, afiançar que esse equívoco, se existiu, não está na conta de Mannrich. Afinal, tentativas, de acordo com os fatos narrados neste penúltimo episódio da série “Os 15 Motivos”, não faltaram. Além de serem derrotados, juntos, nas eleições de 2016 por uma diferença epopeica de votos, Elmis & Edson perderam também, durante a campanha, o discurso de que os vereadores investigados na Iceberg estavam abraçados aos adversários.

Sol quadrado

Postado em 21 de novembro de 2016

Na pujante Itapema não se fala em outra coisa que não seja a prisão, sábado (19), do ex-prefeito Clóvis José da Rocha – que tinha mandado em aberto e foi detido pela Polícia Civil enquanto cruzava o pedágio da BR-101, em Porto Belo. Neste momento, ele permanece à disposição da Justiça na UPA (Unidade Prisional Avançada) de Itapema, no bairro Morretes.

Inspira curiosidade, entretanto, saber que a condenação do ex-prefeito – que governou o município entre 2001 e 2006 – foi assinada em 2010. De acordo com a sentença da juíza Liana Bardini Alves, Rocha deveria cumprir pena de oito anos, quatro meses e 12 dias de detenção pelo desvio de R$ 730 mil do erário público. Ainda assim, ele concorreu livremente à prefeitura da Cidade dos Ultraleves nas eleições de 2012. Pois, então?!

Honra ao mérito

Postado em 21 de novembro de 2016
Foto: Divulgação

A radiologista Romelania Berger e o marido, dentista Elí José Cesconetto, com o prefeito Valério Tomazi e o casal Roberto José Souza Zytkuewisz e Fernanda De Col Zytkuewisz, além da vereadora eleita Fernanda Melo, sexta-feira (18), na Fiesc, em Florianópolis, na celebração aos 25 anos de fundação da ACO (Academia Catarinense de Odontologia).

Ex-secretário de Saúde de Tijucas, Zytkuewisz recebeu o Mérito Acadêmico, a maior das honrarias concedidas pela entidade para odontólogos que ocupam ou ocuparam cargos públicos. Coordenador do CEO (Centro de Especialidades Odontológicas) do município e secretário da Comissão de Paramentos, Protocolo e Honrarias da ACO, Cesconetto avalizou a escolha.

Bilheteria aberta

Postado em 18 de novembro de 2016

A cobrança da TPA (Taxa de Preservação Ambiental) imposta aos turistas pela prefeitura de Bombinhas começou na terça-feira (15); e deve continuar enquanto os 25 desembargadores do TJSC (Tribunal de Justiça de Santa Catarina) não se decidirem sobre a constitucionalidade – ou não – do pedágio.

Quarta-feira (16), o tribunal pautou, novamente, a votação da ADIN (Ação Direta de Inconstitucionalidade) proposta pelo Ministério Público contra a cobrança da taxa. Até a recente sessão, o placar marcava 5 a 1 favoráveis à manutenção do pedágio; e agora são 6 a 5 contrários. Por força regimental, o assunto deve voltar à pauta na próxima reunião da casa, em 7 de dezembro.

Reconhecimento

Postado em 18 de novembro de 2016

Hoje, às 20h, na Fiesc, em Florianópolis, o dentista Roberto José Souza Zytkuewisz, de Tijucas, que recentemente comandou a Secretaria Municipal de Saúde, recebe a homenagem do Mérito Acadêmico, a maior das honrarias concedidas pela ACO (Academia Catarinense de Odontologia) que, neste ano, celebra o seu jubileu de prata.

O galardão é direcionado especialmente aos odontólogos que ocupam ou ocuparam cargos públicos. Outro tijuquense que também havia recebido o Mérito é o saudoso Rubens Barreto, popular Binho, que governou o município entre 1989 e 1992.

Selfie

Postado em 18 de novembro de 2016
Foto: Tijuquinha/Arquivo

Na aprazível festa de primeiro aniversário do Marco Júnior, neto da multifacetada Kaká Serpa, semana passada, na Joáia, o divertido palhaço Tijuquinha não perdeu a oportunidade de registrar a selfie com o prefeito Valério Tomazi e com o vice-prefeito eleito Adalto Gomes, dois ilustres convidados do evento.

Adversários na concorrência majoritária de 2012, Tomazi e Gomes, a propósito, estiveram juntos, na mesma mesa, acompanhados das respectivas esposas, e conversaram amistosamente por um longo tempo.

Boa leitura

Postado em 18 de novembro de 2016

Profissional de excelência, a jornalista Karina Peixoto – da ComuniKar Serviços em Comunicação – apresenta ao público, terça-feira (22), com coquetel na Casa da Noiva, em Tijucas, o primeiro número da Revista Solarium, que chega para atender exclusivamente os setores imobiliário, da construção civil e de decoração do Vale.

O veículo, inédito na região, surge como guia privativo dos segmentos atendidos, com matérias especiais em cada edição, e pretende destacar sempre as potencialidades do nosso próspero pedaço de mundo.

Dose dupla

Postado em 18 de novembro de 2016

Cicerones da noite na Grande Florianópolis e vizinhanças, os promotores de eventos Vinny “O Baladeiro” Ramos e Rulian Imaregna celebram juntos, amanhã (19), com amigos e convidados especiais, a chegada da nova idade.

A festa, que tem shows de Ander & Fael, Ruan & Luciano e Lipe Machado na programação, é na WestBar, em Porto Belo, com início às 23h30. As listas estão à solta, pelo WhatsApp e nos meios afins.

Plano traçado

Postado em 17 de novembro de 2016

Que ninguém se surpreenda caso o primeiro presidente da Câmara Municipal de Tijucas na próxima legislatura seja um opositor, e marinheiro de primeira viagem. A bancada contrária ao próximo governo, que tem maioria na casa, vem se organizando para monopolizar o comando da mesa diretora nos próximos quatro anos, e traçou estratégias para tanto.

Se o plano for seguido, e ninguém roer a corda, o Poder Legislativo deve ser presidido, em 2017, pelo ex-secretário de Agricultura, Pesca e Meio Ambiente, Odirlei Rezini (PMDB), um dos oito estreantes na vereança.

Velha novidade

Postado em 17 de novembro de 2016

Fruto da parceria entre o poder público e a iniciativa privada no início dos anos 1990, a Tijufest – que teve apenas uma edição – permanece saudosa na memória de uma geração inteira na Capital do Vale. Que o digam os fãs de Sandy & Junior e Raça Negra, que lideravam as paradas de sucesso da época e foram atrações principais do evento em Tijucas.

Agora, um grupo de investidores pretende resgatar a festa. Duas produtoras de renome estão entre as interessadas. Os contatos iniciais foram feitos, e, inclusive, escritórios de artistas como Victor & Leo e Maiara & Maraisa receberam sondagens para contratações.