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A prefeitura de Bombinhas quer contrair um empréstimo de R$ 30 milhões para um pacote de obras no município – sem detalhar, entretanto, a necessidade do empenho e onde e quando o dinheiro seria especificamente investido. Com ampla maioria situacionista na Câmara, a proposta, evidentemente, foi aprovada.

O único voto contrário, e nada surpreendente, foi o da vereadora Lourdes Matias (NOVO), que questionou a ausência de pareceres técnicos e financeiros acerca do financiamento. “Não posso, com a responsabilidade que me cabe, assinar um cheque em branco para o Executivo”, pontuou, na tribuna.

O projeto foi apreciado no parlamento a toque de caixa, no apagar das luzes, em duas sessões extraordinárias, antes do fim do ano legislativo.

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ABONO

Para que a mãe, vereadora oposicionista, não fosse atirada aos leões com a pecha de “inimiga do progresso” – rótulo que alguns colegas de parlamento ameaçam colar em Lurdinha –, a advogada Jadna Matias da Silva, coordenadora do NOVO na Grande Florianópolis, agiu preventivamente.

Hoje, publicou manifesto nas redes sociais, lembrando a polêmica em torno da execução – ou ausência dela – do contrato com a concessionária Águas de Bombinhas, que chamou de “abuso” e que os órgãos controladores e Ministério Público investigam, e dizendo que o empréstimo poderia ter sido evitado se o município fosse eficiente na fiscalização e uso dos recursos, e dispensasse privilégios em contratações que tratou como “indevidas”.

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Depois de dez dias afastado para cuidar da saúde, o prefeito de Porto Belo, Joel Lucinda (MDB), voltou ao batente – mas sem ritmo intenso. A recuperação será gradual. Os exames recentes não trouxeram o alívio esperado e exigem mais cautela do que o planejado.

Lucinda conta que a intenção era apenas cumprir a rotina médica, mas acabou surpreendido com a pressão arterial nas alturas. O que seria uma consulta simples o levou direto para a UPA, onde ficou sob monitoramento e passou por uma bateria de exames de urgência.

A medicação já está sendo ajustada e o prefeito garante que, aos poucos, retoma a agenda. Por ora, passos curtos, pressão controlada e nada de exageros.

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Se o imposto é do cidadão, a decisão também passa a ser. Maickon Campos Sgrott (PP) anunciou um movimento pouco usual e vai abrir o cofre do IPTU para que o tijuquense diga onde o dinheiro deve ser aplicado – rua por rua, bairro por bairro, sem rodeios e sem consulta ornamental.

Batizado de “O IPTU é Seu”, o programa promete inverter a lógica. Primeiro o morador aponta prioridades, depois o governo executa. Ponto. Sem aquela velha história do “vamos estudar”.

Secretários e equipes técnicas acompanharão as reuniões comunitárias, que começam ainda este mês e seguem até dezembro, passando por todos os cantos da cidade – Areias, Santa Luzia, Centro, Morretes, Timbé, Sul do Rio, Itinga e demais regiões urbanas e rurais.

Será o contribuinte dizendo se prefere pavimentação ou iluminação, posto de saúde ou lazer, trânsito ou segurança e a administração ouvindo, anotando e se comprometendo a botar na rua. Um ensaio prático de orçamento participativo, com cronograma, formato e o que se espera: entrega.

Se a promessa vingar, Tijucas entra na lista das cidades que romperam com o velho ritual de “prefeito sabe tudo” e colocaram o cidadão de fato no jogo das decisões.

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Porto Belo fez a troca simbólica de bastão nesta segunda (10). Com Joel Lucinda (MDB) saindo para um período de férias de dez dias – tempo dedicado a exames e cuidados com a saúde – quem assume o comando é o vice, Ailto Neckel (PL).

Joel, ao repassar o cargo, fez questão de frisar a “parceria e confiança” entre prefeito e vice. Os dois, aliás, tem nutrido uma boa sintonia, inclusive dividindo a divulgação das principais ações do governo.

Sem surpresas previstas no horizonte.

Foto: Divulgação

Conhecido pelo estilo cordial e pela habilidade de transitar entre diferentes grupos políticos, o presidente da Câmara de São João Batista, Fábio Norberto Sturmer (PP), parece ter inaugurado uma nova fase no relacionamento com o Executivo. Desde que assumiu o comando do Legislativo, o vereador — que protagonizou embates duros com o prefeito Juliano Peixer (União) — vem adotando um tom mais conciliador e estratégico.

Sturmer, que antes fazia críticas públicas frequentes, agora prefere o diálogo reservado. Segundo ele, as divergências continuam, mas são tratadas “em conversas diretas com o prefeito”, uma mudança significativa de postura em relação ao primeiro semestre. Em entrevista à Rádio Clube na última semana, chegou inclusive a elogiar o prefeito e parte de sua equipe, gesto que não passou despercebido.

Já em entrevista ao Linha de Frente nesta quinta-feira (2), afirmou que não teria problema em voltar a criticar o governo e que essa será uma linha seguida durante seu mandato. Assista aqui.

Apesar do novo tom mais suave, o presidente da Câmara mantém o discurso de que “o vereador precisa cumprir seu papel e apontar os erros para evitar que a gestão caia na zona de conforto”. O Progressista, que vinha cobrando publicamente a renovação prometida por Peixer e criticava a permanência de nomes ligados ao ex-prefeito Pedro Alfredo Ramos (MDB), agora tenta equilibrar crítica e cooperação.

Foto: VipSocial

De volta ao Legislativo, o vereador Cláudio Eduardo de Souza (MDB) parece ter se encantado com a vista do gabinete principal da prefeitura de Tijucas.

Assim que passou a caneta ao vice-prefeito Rudnei de Amorim (PSD), semana passada, depois de 16 dias no comando do município, não escondeu que o gosto pelo Executivo ficou. E confessou que no início de tudo se perguntava sobre ter perfil para o cargo. Agora, diz-se convicto que sim.

“Desde que comecei como vereador, passei a vislumbrar a possibilidade de fazer mais. E quanto mais a gente sobe, mais portas se abrem. Agora sei que a prefeitura pode ser uma dessas. Talvez não daqui a três anos, mas quem sabe em oito ou 20. Em algum momento, acredito que vou querer”, admitiu.

O projeto foi lançado. E o presidente da Câmara, agora ex-prefeito, já observa os degraus.

Foto: Arquivo pessoal

Para realizar o sonho de assumir a prefeitura de Tijucas por 16 dias, o vereador Cláudio Eduardo de Souza (MDB) precisou abrir mão de outro: a sala de aula. E uma denúncia encaminhada ao Ministério Público e à Secretaria de Estado da Educação, a propósito, acelerou o desfecho.

Nas redes sociais, em atenção ao caso, o prefeito interino foi direto: “Agora sou oficialmente um professor desempregado”. E mandou o recado: “A quem se deu ao trabalho de registrar a denúncia, que fique tranquilo. Já assinei a exoneração”. Ele lecionava em três turmas na EEB Deputado Valério Gomes apenas no período matutino.

Souza assumiu o comando do município durante a licença do titular Maickon Campos Sgrott (PP) e do vice, Rudnei de Amorim (PSD). Troca temporária de cadeiras, mas com impacto significativo na carteira profissional.

Foto: Linha de Frente

Reeleito com a maior votação da história de Canelinha, o prefeito Diogo Francisco Alves Maciel (PL) nunca escondeu o desejo de concorrer a uma cadeira na Assembleia Legislativa. Entretanto, por ora, o mandatário pretende se dedicar exclusivamente ao comando do Executivo canelinhense.

Em entrevista ao programa LINHA DE FRENTE, dias atrás, o mandatário negou que os projetos para o município têm como pano do fundo uma candidatura nas eleições gerais de 2026, mas deixou a possibilidade aberta para o futuro.

“Quero seguir trabalhando. Gosto de ser prefeito e tenho a vaidade de realizar. Pra onde isso vai me levar? Não faço isso premeditado. Acho que o Vale precisa de um deputado. Eu não trabalho pra me eleger em 2026. Trabalho pra ser um prefeito a cada dia melhor. Se isso vai me levar a me candidatar em 2026, 2030 ou nunca na vida, não sei. Não é o que eu miro”, afirmou.

Alves Maciel pontuou ainda que não pretende concorrer novamente à prefeitura de Canelinha para não repetir o que considera “erros” dos ex-prefeitos Moacir Montibeler (MDB) e Antônio da Silva (PP), que concorreram ao cargo em sete e três oportunidades, respectivamente.

Todavia, aos quase 42 anos – que serão completados em dezembro -, o prefeito acredita que terá condições de dar continuidade na trajetória política.

“Em 2028, estarei com 46 anos. É cedo pra encerrar minha carreira. Dificilmente eu volto a ser candidato a prefeito em Canelinha, porque acho que a máquina tem que girar. Fui muito crítico sobre isso com os ex-prefeitos Moacir e Antônio, então não posso rescindir no mesmo erro e não posso deixar que outro Diogo surja e me atropele”, explicou.

Foto: Divulgação

Desde a redemocratização do Brasil em 1988, o MDB foi presença garantida em pelo menos uma das cinco prefeituras do Vale do Rio Tijucas. No entanto, a partir de janeiro de 2025, nenhum dos municípios da região será administrado pelo partido.

O desempenho do MDB nas eleições municipais de 2024 acendeu um alerta entre os emedebistas e preocupa suas lideranças para o futuro. As derrotas, que já seriam motivo de reflexão, tornam-se ainda mais significativas quando analisadas em detalhes.

Em Tijucas e São João Batista, onde mais de duas chapas disputaram as prefeituras, o MDB terminou em último lugar. Além disso, em Canelinha, o partido foi vencido com uma margem histórica. Já em Nova Trento e Major Gercino, não obteve êxito mesmo com o apoio das administrações locais.

TENDÊNCIAS

Em Santa Catarina, a queda de desempenho também foi significativa. Em 2020, o partido somou 96 prefeituras, enquanto, neste ano, foram apenas 70. Entretanto, a legenda foi superada apenas pelo PL, que elegeu 90 prefeitos.

Foto: Divulgação

A dobradinha do deputado estadual Emerson Stein (MDB) com o prefeito reeleito Joel Orlando Lucinda (MDB), ambos de Porto Belo, segue rendendo frutos ao município e à população portobelense.

Em trabalho conjunto recente, um trecho do Rio Rebelo recebeu um muro de contenção para melhorar a vazão d’água, sobretudo em períodos de chuvas intensas e contínuas, e que também ajuda a diminuir os riscos de alagamentos no entorno.

A obra foi executada pela prefeitura, sob comando de Lucinda, para atender a um pedido da Defesa Civil municipal, e contou com o repasse de R$ 200 mil, destinados por Stein, para viabilizar a benfeitoria.

“É isso que nós queremos fazer por Porto Belo, continuar esse trabalho. Esse é o resultado: recurso destinado, pago e obra realizada”, celebrou o parlamentar durante visita ao trecho da construção.