Recém-empossado na presidência local do Progressistas, o vereador Mateus Galliani, de São João Batista, não pretende concorrer novamente ao parlamento municipal. A decisão foi tomada nos últimos dias e compartilhada com as lideranças da legenda.
Galliani explicou, em atenção ao Blog, que seguirá no partido e contribuirá com o grupo em um projeto que faça a Capital Catarinense do Calçado “voltar a sorrir”, mas garantiu que não será candidato à reeleição.
“Entendo que já cumpri o meu papel como vereador nesses quatro anos. Trouxe recursos, apresentei projetos importantes e, principalmente, fiscalizei os serviços públicos. Pretendo me dedicar aos negócios da minha família e abrir espaços para novas lideranças”, explicou.
APOIO IRRESTRITO
O parlamentar declarou ainda que apoiará o ex-vereador e empresário Fábio Norberto Sturmer, o Fábio da Ravel, que é uma das opções do grupo oposicionista, formado por PP, PL e UNIÃO, para a disputa da prefeitura batistense. “É o candidato progressista e está à disposição do nosso grupo”, pontuou.
Contrariando boa parte de suas explanações públicas nos últimos três anos, quando afirmava, sempre que questionado, que não pretendia concorrer novamente à prefeitura de São João Batista, o prefeito Pedro Alfredo Ramos (MDB) decidiu, agora, que quer disputar novamente o pleito.
O mandatário batistense reavaliou o cenário e chegou a conclusão de que poderia fazer “muito mais” pelo município em um segundo mandato. Pedroca pontuou, em entrevista ao programa LINHA DE FRENTE, que “aprendeu” a ser prefeito durante o exercício do cargo.
“Tenho certeza que faria o dobro do que fiz. Eu trabalhei muito. Eu tenho orgulho do meu trabalho e sei o que fiz pela minha cidade. Vejo que não posso desistir. Com a minha humildade, transparência e honestidade, tenho certeza que eu teria que ser mais quatro anos prefeito da cidade. Só tenho medo de não conseguir, por me sentir cansado e, às vezes, decepcionado”, justificou o mandatário.
A candidatura à reeleição, entretanto, estaria condicionada a um acordo prévio com o ex-prefeito Daniel Netto Cândido (PSD), de quem Pedroca se reaproximou recentemente. O prefeito garantiu que uma pesquisa deve ser fator decisivo na escolha.
“Daniel sempre foi fiel ao MDB e o MDB ama o Daniel. Tive problema com o Daniel, ele não foi legal comigo. Depois que fui candidato, ele me apoiou. Eu me arrependo muito do que fiz pra ele. Se o Daniel for candidato, apoio de coração com um vice do MDB. Eu e ele prometemos uma coisa: ninguém vai jogar. Vamos fazer uma pesquisa, se ele ganhar com 1% eu vou respeitar e ele vai ser o candidato. Se eu ganhar, o candidato sou eu. Temos que estar juntos”, revelou.
O VICE PERFEITO
Embora garanta a existência deste alinhamento, Pedroca prefere que seu vice, caso sua candidatura seja oficializada, não seja do PSD. O adjunto perfeito, na visão do mandatário, tem nome, sobrenome e integra um grupo oposicionista: o ex-presidente da Câmara de Vereadores e recém-chegado ao PL batistense, Mário Antônio Garcia Teixeira.
“Quando decidi ser candidato a prefeito, escolhi meu vice. Eu disse que era o Déi do Gás (Almir Peixer) e foi ele. Hoje, meu vice se chama Mário Teixeira. Eu vou lutar por isso. Confio em mim. Meu candidato é ele. Jovem, acompanhei esse guri atrás de emenda. Lembro muito do Aurino Teixeira, pai dele. Antes dele falecer, prometi a ele que o filho dele seria meu vice. Ele chorou e perguntou se eu faria isso por ele. Eu adoro aquele guri e confio nele”, contou o prefeito.
A falta de concordância e a busca por independência no parlamento municipal são as justificativas do vereador Leonardo Arlindo Cordeiro (MDB), de Itapema, para deixar a base da administração de Nilza Simas (PSD) e, consequentemente, o grupo governista na Câmara de Vereadores.
Cordeiro, que entre 2020 e 2022, atuou como líder do governo no Legislativo, decidiu, ano passado, que deveria deixar a função. Já em janeiro, reuniu-se com a mandatária itapemense e informou a opção por integrar o grupo oposicionista.
Em entrevista ao programa LINHA DE FRENTE, na última quinta-feira (28), Léo Cordeiro explicou a mudança. “Por alguns motivos que eu não concordava com a administração, decidi sair. Tive poucas conversas com a prefeita, mas com os secretários sim. Foram várias coisas que desgastaram a relação. Votar com a razão e o coração é melhor do que apenas dizer amém”, justifica.
Projeto pessoal
Cumprindo o primeiro mandato na Câmara de Itapema, Cordeiro acredita que, em 2024, poderia disputar a prefeitura. A pré-candidatura, entretanto, dependeria de alguns fatores para ser efetivada. Caso isso não ocorra, a disputa pela manutenção da cadeira na Câmara não estaria descartada.
“Eu amo estar vereador e servir minha cidade. Faço com amor. Estou pré-candidato a prefeito, mas, há algumas questões. Partidária, pesquisas, existem alguns fatores. Caso isso ocorra, eu, com certeza, irei à reeleição como vereador”, pondera.