domingo, 24 de novembro de 2024 VALE DO RIO TIJUCAS E COSTA ESMERALDA

Lá e cá

Postado em 10 de maio de 2018
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Anteontem, o Tribunal de Justiça de Santa Catarina confirmou que o governo estadual pode construir, sim, uma central de triagem de presos em São José, na Grande Florianópolis. A decisão atendeu apelação da Procuradoria Geral do Estado e rejeitou o último recurso da prefeitura. O impasse já durava quatro anos.

A predestinada Tijucas, que deveria abrigar uma penitenciária industrial, continua resistindo firmemente. Graças à força-tarefa política montada em torno do tema. Mas nem se pode piscar!

Ciumeira

Postado em 5 de outubro de 2017
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Expecula-se sobre os motivos do banzé de sexta-feira (29) na prefeitura de Tijucas, quando os vereadores Vilson Natálio Silvino (PP) e Rudnei de Amorim (DEM) discutiram calorosamente e polemizaram o encontro de rotina entre o prefeito Elói Mariano Rocha (PSD) e a base aliada. De acordo com um colega de bancada, os parlamentares teriam entrado em litígio por, pasme!, ciúmes!

Em mensagem de voz, o vereador Juarez Soares (PPS) – que não estava na reunião – explica a um amigo que pode ter sido a razão da contenda. “Dizem que brigaram por minha causa. Vilsinho teria dito ao prefeito que o Rudnei tem feito a minha cabeça, e por isso estamos mais próximos. A discussão começou aí”, conta.

De acordo com Soares, a vereadora Elizabete Mianes da Silva (PSD) interveio. “Ela disse ao prefeito que eu deveria ser melhor aproveitado. Estou à frente de muitas batalhas, como no caso da penitenciária, nos pedidos por uma guarnição especial em Tijucas. Por isso a ciumeira”, garante o parlamentar.

O agente prisional, vereador estreante, diz ainda que, mesmo ausente do encontro, esteve amplamente prestigiado pelos colegas. “Meu nome esteve no centro das atenções”, afirma.

Fala, prefeito

Postado em 18 de abril de 2017
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Foto: Léo Nunes

Em coletiva de imprensa, hoje à tarde, o prefeito Moacir Montibeler (PMDB), de Canelinha, respondeu ao blog que sequer conversou com o ex-vice-prefeito Eloir João Reis (PSDB) – a quem enfrentou na eleição majoritária do município em 2016 – sobre uma possível trégua, e o consequente aproveitamento do adversário na Saúde municipal, área em que ele sempre se destacou.

Lico, que é servidor público do Estado, pediu transferência para o município de São João Batista; e, segundo Montibeler, essa vontade partiu única e exclusivamente do tucano, sem pressão política ou qualquer estilha de perseguição.

Sobre a saúde financeira da prefeitura, o mandatário canelinhense registrou que recebeu as contas em dia, sem compromissos com fornecedores ou débitos afins. “Até porque a Lei de Responsabilidade Fiscal exige isso do administrador público”, concluiu o prefeito.

Buraco

Postado em 5 de abril de 2017
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Em compromissos imediatos – como, por exemplo, os R$ 1,2 milhão devidos à Proactiva, responsável pela coleta de lixo no município –, a gestão do prefeito Elói Mariano Rocha (PSD) teria herdado cerca de R$ 5,7 milhões negativos da administração 2013/2016. Neste cálculo, porém, não estariam os financiamentos e convênios firmados pelo ex-prefeito Valério Tomazi (PMDB) enquanto gestor das contas públicas de Tijucas.

Os números foram encaminhados ao TCE (Tribunal de Contas do Estado) no início de março, e aguardam por validação. Estima-se que ainda neste mês, em coletiva de imprensa, o mandatário tijuquense exponha detalhes da situação econômica da prefeitura – e tire das costas um fardo que vem carregando, sem poder reclamar, desde 1º de janeiro.

Famílias divididas

Postado em 6 de janeiro de 2017
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Os atravancos da Lei do Nepotismo têm sido uma dor de cabeça para a atual administração municipal de Tijucas neste início de governo. Principalmente porque muitos porta-bandeiras na eleição do prefeito Elói Mariano Rocha (PSD), desconhecedores da legislação e com familiares empregados na estrutura pública do município, já começam a disseminar agruras e martírios nas redes e rodas sociais.

Pelo menos dois candidatos a vereadores na campanha de 2016 – um com a cunhada entre os novos contratados e outro com a sobrinha no quadro funcional do município – esperavam pelo chamado, mas foram barrados pela Lei e passaram a criticar publicamente o governo.

Noutro caso, um recente empregado da administração municipal, tio de uma vereadora, precisou ser registrado como funcionário de uma empreiteira prestadora de serviços ao município para poder servir à prefeitura.

Enxugamento

Postado em 22 de dezembro de 2016
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De acordo com o próximo secretário de Administração e Finanças do município, empresário Helio Gama, as fusões de secretarias e consequentes extinções de cargos do primeiro escalão ocasionarão, em quatro anos, a economia de R$ 2,4 milhões aos cofres públicos de Tijucas.

A nova estrutura organizacional da prefeitura, porém, passará por um período de experiência. Junho é o limite para decidir, na relação sucessos versus dificuldades, se esse modelo será mantido.

Três: O filho adotivo

Postado em 6 de outubro de 2016
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No segundo semestre de 2008, Elmis Mannrich (PMDB) estava nos braços do povo. Em apenas três anos e meio, o prefeito de Tijucas ostentava o título informal de “melhor de todos os tempos” e caminhava a passos largos para a reeleição. Na retaguarda, sempre atenta e sagaz, a chefe de gabinete Flávia Fagundes filha do ex-prefeito Nilton “Gordo” Fagundes contribuía vigorosamente para a impressionante aprovação popular da administração municipal e, consequentemente, para a excelente imagem do chefe. Era ela quem fazia o atendimento aos pleitos da sociedade, encaminhava urgências ao prefeito, regia o colegiado municipal e cuidava pessoalmente de algumas demandas que pudessem ser terceirizadas. Chegava antes e saía da prefeitura depois de todos. Tinha pulso, jogo de cintura e vontade de trabalhar; além da fidelidade irreparável ao partido e, especialmente, ao patrão, a quem servia desde os tempos do escritório de advocacia.

Na carona desse ótimo momento, Fernando Fagundes (PMDB) despontava entre os jovens candidatos à Câmara na época. Filho de um dos políticos mais populares da história de Tijucas, peemedebista de berço, irmão da chefe de gabinete e frequente de inúmeros grupos sociais da cidade, tinha tudo para estrear bem nas concorrências eleitorais. Não deu outra. Em 5 de outubro daquele ano, ele recebeu 1.381 votos 20 a menos que a primeira colocada Marilú Duarte Carvalho (PMDB), então braço direito do secretário de Saúde à época, Walter Gomes Filho e conquistou, com virtudes sobejas, uma cadeira no Legislativo.

Mannrich estava reeleito e Fernando do Gordo na Câmara em 2009. Tudo parecia em ordem, não fosse a contestação dos métodos, inclusive pelos partidários, vereadores reeleitos e históricos, que, por ciúme ou por direito, passaram às objeções veladas. Formou-se, nos meses anteriores e anos seguintes à campanha, um elemento populário de que a estrutura municipal operava em função do irmão da chefe de gabinete. Alguns comissionados da prefeitura, inclusive, admitem quem eram mais valorizados se manifestassem apoio ao vereador e trabalhassem nesse sentido; e os demais parlamentares do partido, que não tinham as mesmas vantagens, começavam a ignorar alguns interesses da administração municipal na Câmara em razão dessa situação. Edson Souza e Elizabete Mianes da Silva eram, visivelmente, dois dos mais incomodados na época.

Fernando Fagundes continuou bem-sucedido nos pleitos eleitorais seguintes, sempre com expressiva votação. Neste, de 2016, era, flagrantemente, o candidato a vereador do candidato a prefeito. A esmagadora maioria dos cabos eleitorais do partido eram, e foram, também replicadores de votos para o edil reeleito; que, desta vez, somou 1.141 indicações e liderou, pela segunda vez consecutiva, a lista proporcional de classificados. O sucesso, porém, veio pela metade. Mannrich sofreu seu mais amargo revés, para tristeza de muitos e alegria de outros  principalmente de alguns que buscavam apenas a igualdade de privilégios nos seus governos anteriores.

Prefeitura neutra

Postado em 2 de setembro de 2016
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O prefeito Valério Tomazi conteve as agitações típicas da época nos corredores do paço municipal ao promover uma conversa franca com colegiados e servidores mais próximos. Revelou que, apesar de magoado, segue firme no PMDB, mas que não estará em palanques políticos nestas eleições e que prefere manter a neutralidade.

Depois, estabeleceu que estão terminantemente proibidas quaisquer manifestações eleitoreiras – sejam por adesivos, bottons ou santinhos – nas dependências da prefeitura de Tijucas até 2 de outubro.

Dito e feito

Postado em 30 de agosto de 2016
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Pedra cantada pelo blog, o vereador Vilmar Francisco Machado (PP) assumiu a prefeitura de São João Batista hoje à tarde. Depois da transmissão do cargo, o prefeito afastado Daniel Netto Cândido (PSD) – condenado à perda do mandato pelo crime de compra de votos nas eleições de 2012 – deixou o paço seguido por dezenas de servidores comissionados em direção à Praça Deputado Walter Vicente Gomes.

Machado, vice-presidente da Câmara Municipal, fica, portanto, em atenção à legislação eleitoral, impedido de concorrer nestas eleições; e Cândido, candidato no pleito majoritário, tem, agora, mais tempo para arquitetar a retomada do poder – desta vez, de certo, mais prudente e sem financiar viagens de grupos estudantis em troca de benesses eleitoreiras.

Diretor no volante

Postado em 22 de agosto de 2016
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Para quem labuta na imprensa, é desalentador saber que organismos públicos, que têm dever de resposta à sociedade, preenchem cargos diretivos do setor com cabos eleitorais, apadrinhados políticos e servidores de escalas subalternas – para que se valham de vencimentos superiores aos de mérito.

É o que se descobriu recentemente, numa transição de governo imposta pela Justiça. Naquele município do Vale, o diretor de Imprensa atua, de fato, como motorista do prefeito. Jamais publicou um artigo num jornal, esteve nos bancos da faculdade de Jornalismo ou fez qualquer incursão no mercado da comunicação. É, apenas, ótimo no volante, e excelente como pregador religioso numa das igrejas da cidade.