O termo “traição” recorria em cochichos, ontem, nas elucubrações da primeira sessão ordinária da legislatura 2017-2020 em Tijucas. Parlamentares de oposição supunham, quase com certeza, que, embora sete, mais tarde seriam apenas seis e perderiam a maioria na Câmara. O jogo, entretanto, viraria num looping de montanha russa; com desmanche, inclusive, da mesa diretora – eleita com três oposicionistas e somente uma representação pró-governo.
No recesso da reunião – de 15 minutos que duraram 40 –, as atenções se voltaram para o fiel da balança. Assim que as bancadas se dividiram nos característicos ajuntamentos ideológicos, sobrou, solitário, o vice-presidente do Poder Legislativo atual, vereador Jean Carlos de Sieno dos Santos (PSC), eleito na oposição e predisposto à mudança.
Na volta do intervalo, os planos se clarificaram. O requerimento assinado pelos vereadores Fernanda Melo (PMDB) e Esaú Bayer (PMDB) – que convocava a secretária de Educação do município, Neide Maria Reis, para esclarecimentos sobre o transporte de estudantes universitários – recebeu, num primeiro momento, intervenção do vice-presidente da mesa diretora; e, em seguida, rejeição da maioria, em 7 a 6, com voto convicto do mais recente defensor do Executivo no parlamento tijuquense.