domingo, 24 de novembro de 2024 VALE DO RIO TIJUCAS E COSTA ESMERALDA

Nove: O candidato a deputado

Postado em 25 de outubro de 2016
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Dizia o notável e saudoso Ulysses Guimarães embora a autoria da célebre frase também seja atribuída ao finado presidente Tancredo Neves que “em político sem mandato, nem o vento bate nas costas”. Também distinto, guardadas as devidas proporções, o ex-prefeito Elmis Mannrich (PMDB) confirmou, em 2014, que essa expressão não nasceu à toa. Sem cargo eletivo desde 2012, o presidente municipal do PMDB decidiu concorrer à Assembleia Legislativa nas eleições gerais daquele ano. O sonho era antigo; de 2010, no ápice da aprovação popular, quando só não se lançou candidato ao parlamento catarinense porque, contam fontes próximas, não quis entregar a prefeitura ao então vice-prefeito Luiz Rogério da Silva (ainda no PSB), que trazia sequelas dos tempos de oposicionista. O momento, porém, era outro; e os problemas se multiplicaram assustadoramente entre o projeto e sua consumação.

Na fase de planejamento, em reuniões com cabos eleitorais e apoiadores em potencial, Mannrich vislumbrava arrecadar entre 25 mil e 30 mil votos nas regiões do Vale do Rio Tijucas e Costa Esmeralda, além de municípios próximos como Brusque, Governador Celso Ramos e Biguaçu. O ex-prefeito projetava marcar a arrancada da eleição em Tijucas, cidade que governou por oito anos, com votação próxima de 15 mil.

As contas, entretanto, não eram tão simples. A tarefa era árdua. Tanto que a última vaga do PMDB ao Legislativo estadual naquele pleito foi conquistada pela deputada reeleita Dirce Heiderscheidt, que somou 35.997 votos. Além disso, o candidato de Tijucas, que pretendia ser abraçado pelos conterrâneos e vizinhos próximos, viu-se concorrente direto de forasteiros extensivamente amparados por grupos locais, tais como o xaxiense Gelson Merisio (PSD) e o botuveraense Serafim Venzon (PSDB), que foram generosamente acolhidos nas urnas da Capital do Vale e adjacências. Natural de São João Batista, o advogado Mário Marcondes (à época no PR), eleito com 27.627 votos, ainda dividiu com Mannrich o status de “representante do Vale” na disputa regional.

Não bastasse a competição atroz, o malogro das gestões contínuas, de 2005 a 2012, estava na linha de frente dos tribunais. Recursos de processos variados contra o ex-prefeito eram julgados diuturnamente na Justiça Eleitoral, até que, justo na campanha, uma decisão monocrática do STF (Supremo Tribunal Federal) caçou o registro de candidatura de Elmis Mannrich. Os estragos foram avassaladores; e os opositores não tardaram em rotular o representante de Tijucas na corrida pelo parlamento catarinense como “ficha suja”. Causídicos especialistas, gabaritados e caros, foram contratados às pressas para tentar reverter a sentença. Um deles, de acordo com informações extraoficiais, teria sido o renomado advogado eleitoralista Péricles Prade.

A campanha seguiu, em trancos e barrancos; mas entre o eleitorado pairava a dúvida sobre a validação dos votos depositados em Mannrich. Os lânguidos 6.908 conquistados em Tijucas assim como os 15.411 totais , a propósito, não foram computados na apuração, em 5 de outubro de 2014. Porém, a mesma ministra que caçou o registro de candidatura do ex-prefeito, Maria Thereza de Assis Moura, revogou a decisão um mês depois das eleições, e, enfim, o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) validou a votação. Mas, pouca diferença fez. As urnas, senhoras da razão, foram impiedosas com o representante da cidade na disputa pelo Legislativo estadual; e outro aviso estava lançado.

Para vencer as eleições municipais deste ano, Elmis Mannrich haveria de praticamente dobrar a votação recebida na cidade em 2014. Desta vez, para tanto, ele contava com os préstimos de alguns ex-adversários que foram favoráveis às candidaturas estrangeiras dois anos atrás; mas, em princípio, estes não conseguiram contradizer o que afirmavam naquela feita, quando desqualificaram o candidato da cidade com a etiqueta de “ficha suja”. Se era intenção continuar marcado na memória recente dos tijuquenses, a candidatura a deputado estadual pode ter sido um equívoco maiúsculo na história política do ex-prefeito. A campanha revelou pendências judiciais que poderiam ser saldadas sem alarde, e que se tornaram fardos gigantescos para o futuro; e as urnas manifestaram novamente, a exemplo de 2012, uma tendência incontida para a mudança. Só não viu quem não quis.

Dois: A ressurreição de Lázaro

Postado em 5 de outubro de 2016
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Candidato a vice-prefeito vencido nas eleições de 2004 pelo PSDB, o genuinamente cola-branca Luiz Rogério da Silva passou os três anos seguintes em Brasília, como assessor do então deputado federal Djalma Berger. À época no emergente PSB, ele recebeu um convite inusitado: disputar as eleições municipais de Tijucas como candidato a vice-prefeito do ex-adversário Elmis Mannrich (PMDB), que iria à reeleição. As indicações partiram do ex-prefeito Nilton “Gordo” Fagundes, que se alinhava fortemente à administração municipal, e da então secretária de Educação, Elizabete Mianes da Silva. As costuras começaram na Câmara, com o vereador Sérgio Murilo Cordeiro, que ainda era oposição e muito próximo de Rogerinho. Gordo e Bete sustentavam que dificilmente perderiam a eleição se os dois líderes oposicionistas fossem aliados naquela feita.

Mannrich e o PMDB tiveram a primeira chance de anular dois dos seus principais adversários. Mas preferiram oxigenar a carreira política de Silva e dar guarida a Cordeiro, que anunciava aos quatro ventos suas diferenças com o PT e com Roberto Vailati, candidato no pleito majoritário pela oposição em 2008. A dupla Elmis & Rogerinho venceu, com a maior diferença de votos da história (6.252), a eleição pela prefeitura de Tijucas; e Serginho recebeu, a partir de 2009, como prêmio pela lealdade na campanha, o comando da Secretaria Municipal de Saúde, para desgosto nefando dos peemedebistas históricos. O abrigo, com pompa e circunstância, aos ex-adversários – um na vice-prefeitura e outro numa das principais pastas do governo –, passou a ser um problema que o prefeito e a cúpula do partido se obrigaram a administrar desde então. O desconforto, de parte a parte, era nítido.

Eleita pela primeira vez à Câmara Municipal, a professora Lialda Lemos (PSDB), que se transformaria na mais severa crítica dos governos peemedebistas nos últimos tempos, escolheu sua primeira vítima naquela legislatura. Dela, o então vice-prefeito recebeu a alcunha de Lázaro, o personagem bíblico ressurgido da morte.

Rogerinho se reergueu. Serginho seguiu forte. Ambos certamente têm gratidão à assistência do PMDB numa das fases decisivas das suas carreiras públicas; e domingo (2 de outubro de 2016), de volta às suas origens, foram respectivamente responsáveis pelo marketing e pela coordenação geral da campanha do professor Elói Mariano Rocha (PSD), vitorioso na mais catastrófica participação dos periquitos nas eleições majoritárias de Tijucas.

Troca-troca

Postado em 31 de agosto de 2016
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O comando da Saúde de Tijucas passa por nova mudança nos próximos momentos. É a quarta vez em 44 meses do governo Valério Tomazi (PMDB). A pasta, administrada inicialmente por Rosicler Furtado, também esteve sob ordens do vereador Luiz Rogério da Silva (PSD) e da psicóloga Adriana Porto Faria antes de ser gerida pelo atual secretário, o dentista Roberto José Souza Zytkuewisz.

Aos mais próximos, Beto conta que está deixando o cargo para poder participar mais ativamente do processo político-eleitoral na cidade. O prefeito, por sua vez, estaria justificando a mudança com as seguidas reclamações de desinteresse e inatividade na gestão do departamento. A ex-secretária Rosicler Furtado deve reassumir o posto a partir de amanhã.

Disse que disse

Postado em 18 de agosto de 2016
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O inaudito passarinho transparente contou, ontem, que o chefe do marketing da campanha do professor Elói Mariano Rocha (PSD) à prefeitura de Tijucas, vereador Luiz Rogério da Silva (PSD), havia renunciado ao posto; e, inclusive, contatado veículos de comunicação da cidade para cancelar publicações empenhadas.

Presidente do PSD municipal, o empresário Jilson “Gil” Oliveira garantiu ao blog, hoje pela manhã, que Rogerinho continua responsável pela tarefa, esmerado e concentrado, e que qualquer rumor contrário não passa de “fofoca”.

Pró-governo

Postado em 8 de julho de 2016
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Uma comitiva do PSD – formada pelo engenheiro Sérgio “Coisa Querida” Cardoso, pelo presidente municipal do partido, empresário Jilson Oliveira, o Gil da Acit, pelo vereador Luiz Rogério da Silva, o Rogerinho, e pelo professor Elói Mariano Rocha – esteve reunida com o prefeito Valério Tomazi (PMDB), na prefeitura, hoje pela manhã. Do primeiro gabinete do paço, o chefe do Executivo de Tijucas saiu ao encontro do colegiado, acompanhado do pré-candidato a prefeito pelo partido, e anunciou o apoio da administração do município na campanha peessedista.

De ponto a ponto, na sede do governo municipal, Tomazi e Rocha cumprimentaram servidores e secretários. Alguns foram diplomáticos, outros entusiásticos; mas também houve quem manifestasse contrariedade, como, por exemplo, o comandante da pasta de Obras, Transportes e Serviços Públicos, Artur Tomazoni Filho, que rejeitou a saudação e deu às costas ao prefeito e seu preferido nestas eleições. Pois, então?!

À espera

Postado em 6 de julho de 2016
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Seria ontem, mas passou para amanhã. Os motivos do adiamento da reunião do PSD de Tijucas ainda são desconhecidos, mas, segundo fonte fidedigna, têm a ver com a inconclusão da pesquisa pré-eleitoral que embasaria a escolha do candidato a prefeito pela legenda.

Os números seriam apresentados nesta terça-feira, conforme noticiado pelo blog; e indicariam as chances reais do ex-vereador Antônio Zeferino Amorim, o Tonho Polícia, e do advogado Marcio Rosa, que se dispuseram à pré-candidatura majoritária pelo partido. Neste momento, o resultado está guardado pelo presidente municipal do PSD, empresário Jilson Oliveira, o Gil da Acit, e pelos vereadores Luiz Rogério da Silva, o Rogerinho, e Sérgio Murilo Cordeiro, o Serginho.

Mesa virada

Postado em 21 de junho de 2016
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Nove dos 13 parlamentares de Tijucas subscreveram o projeto, e, portanto, eram coautores da proposta de redução das cadeiras da Câmara Municipal a partir da próxima legislatura, elaborada pelo vereador Luiz Rogério da Silva (PSD). Na votação da sugerida Lei, quinta-feira (16), no entanto, apenas três foram favoráveis à mudança.

Não à toa, independente dos motivos – legítimos ou não – para contrariar a sugestão, o parlamento tijuquense vive a sua pior crise moral da história. As contradições são apenas um exemplo. Pois, então?!

Agulhas curativas

Postado em 23 de maio de 2016
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Foto: Divulgação

Especializando em acupuntura, o vereador Luiz Rogério da Silva (PSD), que é enfermeiro por formação e pretende se dedicar integralmente à Saúde – especialmente a privada – a partir de 2017, serviu-se de laboratório, no fim de semana, para as benesses da acupuntura estética, uma das áreas que estuda atualmente.

Qualquer semelhança entre a foto e a capa do filme Hellraiser – Renascido do Inferno, a propósito, é mera coincidência.

 

Celebração

Postado em 25 de abril de 2016
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As “torcidas” de Elmis Mannrich e Valério Tomazi, adversários de amanhã na pré-convenção do PMDB de Tijucas pelo direito de representar a situação na concorrência majoritária deste ano, já estão preparando seus QGs para a festa da vitória, a partir das 22h.

Se der Mannrich, a comemoração, patrocinada pelo agente penitenciário Giovani Bleichuvel, está marcada para o Bar do Biga, anexo à residência do ex-prefeito. No caso de Tomazi sair-se vitorioso, os fogos partirão da casa do advogado Gustavo Calil, ao lado do Lions Clube, onde se reunirão alguns entusiastas do sucesso do prefeito em confraternização com o vereador Luiz Rogério da Silva, doador de quitutes e refrescos ao evento.

Primeiras ações

Postado em 15 de abril de 2016
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Folga-se em saber que a Saúde de Tijucas navega em águas calmas, diferentemente do resto do país. A casa parece estar tão arrumada que o novo secretário, Roberto José Souza Zytkuewisz, encontra tempo e disposição para tratar do remanejamento de profissionais nas filiais de atendimento à população. Caso dos dois secretários anteriores, Luiz Rogério da Silva e Adriana Porto Faria, que acabam de receber passaportes para o Centro de Saúde Dona Calina, na Praça, e para o Cemps (Centro Municipal de Promoção à Saúde), respectivamente.

Intrigado, o prefeito Valério Tomazi tentou intervir nas decisões; mas não logrou êxito nessa tarefa. Zytkuewisz ameaçou abandonar o cargo se fosse impedido de presentear os colegas com aprazíveis temporadas longe da estrutura central. Pois, então?!