quinta-feira, 21 de novembro de 2024 VALE DO RIO TIJUCAS E COSTA ESMERALDA

Mais que amigos

Postado em 24 de julho de 2018
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Foto: Divulgação

A inaudita Confraternização dos amigos do Professor Elói, sexta-feira (20), no CTG Fogão de Lenha, em Tijucas, juntou o útil e o agradável para o chefe do Executivo municipal. Festejado por mais de 500 presentes, o prefeito Elói Mariano Rocha (PSD) mostrou, outra vez, que trama a reeleição e que pretende incluir a “popularidade” no curriculum antes de 2020. E vem alcançando resultados satisfatórios nessa tarefa.

O evento contou, ainda, com uma surpresa. O embaixador – como é chamado internamente entre os caciques do governo municipal – Sérgio “Coisa Querida” Cardoso trouxe a ex-coordenadora da Escola do Legislativo, Marlene Fengler (PSD), para lançar, oficialmente, a candidatura a deputada estadual em Tijucas.

Embora o presidente do PSD tijuquense, Jilson José de Oliveira (D), houvesse garantido ao Blog que o encontro seria “apartidário, e sem relação com a administração municipal”, no fim das contas nem ele e nem ninguém conseguiu, e nem conseguiria, separar os políticos da sedutora e viciosa política.

De olho em 2020

Postado em 30 de abril de 2018
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Desde sábado (28), quando anunciou o reajuste salarial dos servidores municipais em 5% — embora o INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor) demandasse aumento de apenas 1,56% — na celebração ao Dia do Trabalhador, o prefeito Elói Mariano Rocha (PSD) vem recebendo cumprimentos e deferências de toda sorte por parte do funcionalismo público de Tijucas. E não somente pelo acréscimo nos vencimentos da classe, mas também pelos 31,6% de complemento no vale alimentação dos funcionários (que passou de R$ 152 para R$ 200).

A mensagem está no ar. Com asfalto para a população, valorização dos servidores municipais e composição do quadro político com dissidentes de legendas adversárias, Mariano Rocha começa a dar mostras muito claras de que o projeto reeleição entrou definitivamente na pauta.

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Nem mesmo os mais otimistas acreditavam que o prefeito Valério Tomazi (PMDB) pudesse vencer a pré-convenção do partido, em 26 de abril. O favorito, ex-prefeito Elmis Mannrich (PMDB), tinha o diretório nas mãos e contava com amplo prestígio na cúpula peemedebista, além de manter precisas relações na estrutura pública do município. A distância entre o vitorioso e o derrotado especialmente no quesito aptidão política ficou comprovada na abertura da urna. Das 54 indicações possíveis, o presidente do PMDB de Tijucas assegurou 34; e as outras 20 foram direcionadas ao atual chefe do Executivo municipal.

Os dois concorrentes adotaram estratégias peculiares nas abordagens aos convencionais. Mannrich se sustentou no carisma, na proximidade com os partidários, e pautou o discurso nas pesquisas de opinião pública a respeito da administração municipal vigente que, de acordo com os institutos contratados, trazia índices de reprovação aterradores. O prefeito, no entanto, em desvantagem, tentou marcar o território com advertências intimidadoras aos comissionados que participavam da executiva peemedebista. Nas reuniões do alto escalão do município, Tomazi era claro quanto às consequências que uma derrota na pré-convenção provocaria. Palavras como “exoneração”, “demissão” e “dispensa” passaram a ser repetidas sistematicamente nos corredores do paço, sempre acompanhadas de outras como “vingança” e “retaliação”.

Na véspera do pleito interno do PMDB, o chefe do Executivo municipal revisitou praticamente todos os membros do diretório. De um a um exceto daqueles que não dependiam do governo e haviam manifestado abertamente preferência por Mannrich , ele recebeu promessas de voto na pré-convenção. Se pelo menos a maioria mantivesse a palavra, a sequência do projeto de reeleição estava assegurada. No entanto, depois da abertura da urna, a confiança de outrora transformou-se em frustração e mágoa. Tomazi não perdeu apenas uma disputa partidária. Perdeu amigos, e sentiu no âmago o indecoroso pesar da traição. A temporada de caça às bruxas, contudo, estava oficialmente aberta.

Findadas as férias do prefeito que serviram fundamentalmente para articular a desejada vitória na pré-convenção , em 5 de maio, ele voltou ao trabalho. Durante o expediente, o clima era de apreensão. Tomazi não saiu do gabinete naquele dia. Às 17h, porém, os protestos incontidos da secretária de Finanças do município, Rosângela de Fátima Leal da Veiga, pelos corredores da prefeitura anunciavam que as ameaças estavam sendo cumpridas. Além dela, mais seis comissionados da estrutura municipal perderam o emprego naquela primeira chamada. Outras quatro cartas de exoneração foram entregues nos dias seguintes; e dezenas de nomes ainda permaneciam numa lista pessoal do mandatário tijuquense. Embora qualquer poste de Tijucas tivesse certeza que as demissões foram motivadas pelos desgastes da pré-convenção, o chefe do Executivo municipal tratava o assunto, nas entrevistas e incursões públicas, como atenção a um plano de contenção de despesas do município.

A prefeitura operava normalmente, mas com portas fechadas para Mannrich. O candidato a prefeito do PMDB era persona non grata nas seções da administração municipal desde o embate interno do partido. Tomazi, nos encontros seguintes com o funcionalismo em comissão, fazia novas advertências. “Se eu souber que alguém deu um prego, vai ter que pedir emprego lá no Imetro (autarquia estadual que o ex-prefeito presidia na época)” era uma delas. Não se pode dizer, no entanto, que o aviso servisse para os eleitores de ambos os postulantes ao cargo máximo do município. O professor Elói Mariano Rocha (PSD) era oficializado como candidato da oposição na concorrência majoritária e recebia, inclusive, a bênção do mandatário tijuquense. O prefeito chegou a apresentar o oposicionista, de gabinete em gabinete, no paço municipal, como representante do governo de Tijucas na corrida eleitoral de 2016.

As demissões de peemedebistas cessaram, mas alguns aliados da oposição passaram a receber espaço na administração municipal e, evidentemente, atuaram em favor de Mariano Rocha, ou pelo menos impediram que a máquina pública fosse usada em benefício de Mannrich. A guerra declarada entre o prefeito e seu antecessor trouxe consequências violentas ao PMDB e seu projeto de manutenção do poder. O candidato do partido remava exaustivamente contra uma corrente chamada “mudança”, e não suportou quando o principal tripulante decidiu abandonar o barco.

Um: O rompimento com o PT

Postado em 4 de outubro de 2016
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Da série “Os 15 motivos”  onde o blog, num trabalho de pesquisa, memória e coleta exclusiva, pretende fundamentar os equívocos capitais do PMDB de Tijucas, desde a retomada do poder, que culminaram na acabrunhante derrota de domingo (2) , segue o primeiro capítulo:

Vereador por três legislaturas consecutivas, o advogado Elmis Mannrich (PMDB), ainda que não fosse unanimidade nas bases do partido, conquistou a prefeitura em 2004, numa virada extraordinária sobre Uilson Sgrott (PFL), que concorria à reeleição e ostentava favoritismo absoluto. Fragilizado e dividido, o PMDB passava por sérias divergências internas e sofria com a falta de crédito e apoio econômico. O candidato a vice-prefeito na chapa, advogado Roberto Vailati (PT), trouxe, além da militância petista que começava a se fortalecer em Tijucas pela popularidade incontestável do presidente da República à época, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), os primeiros indícios de aporte financeiro à campanha. Outros reforços de caixa foram conquistados no decorrer da caminhada pela atuação ora temerária do advogado Marcio Rosa, que presidia o partido no município e assumiu todos os riscos. Às 17h do dia 3 de outubro daquele ano, a cidade ficou verde.

Mannrich iniciou o governo na primeira manhã de 2005 com grandes expectativas. E não decepcionou. Comparado ao antecessor, que teve gestão contestada inclusive pelos correligionários, o prefeito do PMDB não tardou a cair nas graças dos munícipes com ações animadoras e obras públicas de grande aprovação popular. Os recursos federais passaram a ser presentes e frequentes em Tijucas, e reza a lenda que Vailati, o vice-prefeito, tenha méritos significativos nesse processo.

Tudo caminhou às mil maravilhas até a metade do mandato. Com expressiva aceitação entre os tijuquenses, o prefeito e o então procurador geral do município, Marcio Rosa, decidiram e convenceram a cúpula do partido que descumpririam o compromisso firmado com o vice-prefeito dois anos antes de que Vailati seria o candidato a prefeito em 2008 com Mannrich como vice , e que caminhariam para a reeleição com ou sem o PT. Havia, inclusive, um documento assinado pelas lideranças dos dois partidos, que, no fim das contas, de nada valeu. O adjunto anunciou o rompimento com o PMDB, contou a perfídia aos jornais, e todos os petistas, um a um, foram deixando os cargos que ocupavam na administração municipal.

Desde então, Mannrich e o PMDB deram à luz um inimigo mortal. Roberto Vailati e o PT começavam, naquele momento, uma força-tarefa para arrancar os periquitos do poder. Domingo (2 de outubro de 2016), uma década depois, eles finalmente conseguiram.

Posicionamento

Postado em 18 de julho de 2016
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Conforme noticiado pelo blog na sexta-feira (15) e na coluna do Notícias do Dia de quinta (14), o ex-prefeito Orivan Jarbas Orsi (PSDB) está fora da disputa majoritária de Nova Trento nestas eleições. Ademais, porque é abertamente contra a reeleição, ele sequer apoiará o prefeito Gian Francesco Voltolini (PP) na campanha pelo segundo mandato.

Alguns partidos que participam da aliança governista, e que defendiam a candidatura de Orsi, inclusive, já começaram a desembarcar do grupo. Há indícios de que PSD e PSB até já teriam procurado o PMDB para tratar de uma possível coligação.

Tapete preto

Postado em 17 de fevereiro de 2016
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O prefeito Valério Tomazi (PMDB) estaria aguardando a aprovação de um projeto de grandes proporções que encaminhou ao governo estadual. A intenção é asfaltar as duas principais avenidas de Tijucas e, consequentemente, oxigenar sua imagem política na cidade.

A apresentação de obras importantes seria, sobretudo, uma das principais condições impostas por seu grupo político, a quem ele manifesta constantemente o desejo de se reeleger, para seguir apostando nesse projeto.