O turismo religioso movimenta anualmente mais de 300 milhões de pessoas em todo o mundo. No Brasil, segundo levantamento do Ministério do Turismo em 2016, o volume é de 17,7 milhões de viajantes.
Neste mercado, um dos destaques no país é Nova Trento, como aponta relatório produzido pelo (SIS) Sistema de Inteligência Setorial do Sebrae/SC. A cidade, terra de Santa Paulina, recebe cerca de 840 mil visitantes por ano.
Do jornalista Raul Sartori, hoje, no blog que mantém:
Santa explorada
Em 300 anos, Nossa Senhora Aparecida já foi roubada, espatifada, chutada e usada a bel-prazer de governantes dispostos a tirar uma casquinha do mais forte símbolo religioso nacional, da princesa Isabel aos generais da ditadura. Não foi o que aconteceu com Amábile Wisintainer (a Madre Paulina, e, desde 2002, Santa Paulina), a primeira santa brasileira. Desde o início do processo de canonização, nos anos 1990, a congregação fundada por ela em Nova Trento recusou todo e qualquer auxílio público. E mantém firme sua determinação até hoje.
Sartori, a propósito, é neotrentino de berço e, apesar da atuação estadual – com a publicação de colunas em dezenas de periódicos catarinenses –, ainda edita o jornal O Trentino na cidade natal.
Faleceu na semana passada, em Bragança Paulista, no interior de São Paulo, aos 90 anos, a freira – de Nova Trento – Célia Bastiana Cadorin, que atuou como postuladora dos processos de beatificação e canonização de Santa Paulina.
Até recentemente, apesar da idade avançada, ainda acompanhava inúmeros outros processos do gênero em todo Brasil.
Um cidadão de Imaruí questionou, sob referendo ao Ministério Público, o uso da imagem da beata Albertina Berkenbrock na logomarca turística do município. A ação popular considerou que a adoção da religiosa como símbolo ofendia o caráter laico do Estado.
Se a moda pega… que se cuide Nova Trento, que há décadas faz de Santa Paulina, com orgulho e dignidade, sem jamais alguém questionar – graças aos deuses do bom senso –, o ícone de qualquer campanha popular, turística ou religiosa.
Foto: Divulgação
Durante a tradicional cavalgada que promovem anualmente entre Tijucas e o Santuário de Santa Paulina, em Nova Trento, reuniram-se na foto, no fim de semana, o representante comercial Leonardo Kruscinski da Silva, o empresário Antônio Carlos Furtado – o Tonhonhô, do famoso bar à beira-mar, em Itapema, não tem? –, o comerciante Marinho Kruscinski e o ex-secretário municipal José Teotônio da Silva Filho, popular Zé Pequeno, que confirma o ressurgimento do Pirão com Linguiça em 2018.
Como centenas de pessoas desempregadas, de todas as procedências, têm recorrido a Santa Paulina – sobretudo com visitas frequentes ao seu santuário, em Nova Trento, para fazer promessas –, o complexo religioso atendeu os apelos e pretende realizar duas celebrações, toda quarta-feira, a partir de hoje, às 11h e às 15h, dirigidas especialmente aos que necessitam de um emprego.
A direção do Santuário de Santa Paulina pede aos fiéis que tragam consigo, nas missas, sua carteira profissional de trabalho para ajudar no alcance da graça. Porque a situação, religião à parte, está realmente feia.
Era uma vez os bondinhos aéreos no santuário de Santa Paulina, em Nova Trento. A empresa que explorava o serviço acaba de encerrar suas atividades no complexo religioso e dispensar todos os funcionários. Foram quatro anos de funcionamento e de contas no vermelho.
Agora, ao Grupo Tedesco, que implantou o projeto, resta lamentar o investimento de quase R$ 10 milhões.
Um grupo de oito pessoas, que se juntaram a mais 32 em Laguna e Imbituba, finaliza, neste sábado (26), uma peregrinação tida como recordista em distância – 697 quilômetros, a pé, por estradas interioranas – com destino ao santuário de Santa Paulina, em Nova Trento.
Os romeiros partiram de São Leopoldo, no Rio Grande do Sul, dia 15. Um dos idealizadores dessa peregrinação é o médico e ex-prefeito de Tubarão, Irmoto Feuerschuette.