sábado, 27 de abril de 2024 VALE DO RIO TIJUCAS E COSTA ESMERALDA

Liderança reverenciada

Postado em 25 de novembro de 2016
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Entre os títulos solenes que o engenheiro Sérgio “Coisa Querida” Cardoso acumulou ao longo da caminhada, outros dois, mesmo que extraoficiais, foram conquistados durante a campanha do prefeito eleito Elói Mariano Rocha (PSD) em Tijucas.

Ainda hoje, nas internas do grupo, alguns se referem ao diretor de Administração e Finanças do Sebrae/SC como “chanceler”, enquanto outros tratam Cardoso por “embaixador”. As duas epígrafes têm significados semelhantes, e indicam a autoridade superior, o representante diplomático, apto às relações exteriores. Hum…

Por bem ou por mal

Postado em 25 de novembro de 2016
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O mandato do prefeito Evaldo Guerreiro (PT) vem terminando, e as obras de revitalização da Praça da Bandeira, no centro de Porto Belo, continuam longe do fim. Sem recursos para concluir o serviço, o município decidiu acionar a Justiça para cobrar os repasses prometidos pelo Governo Federal – cerca de R$ 2 milhões.

O último depósito da União é datado de novembro de 2015, ainda com Dilma Rousseff (PT) na presidência, e quando caíram R$ 39 mil na conta do município. Neste ano, a prefeitura da Capital Catarinense dos Transatlânticos empenhou R$ 187 mil na obra – e pede, inclusive, o ressarcimento.

Vizinhança

Postado em 25 de novembro de 2016
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As migrações e importações seguem à toda. O prefeito Antônio da Silva (PP), de Canelinha, há 12 anos no Executivo municipal, nem pensa em descanso. A partir de janeiro, ele assume o comando da Secretaria Municipal de Saúde na vizinha São João Batista.

O convite partiu do vice-prefeito eleito Pedro Alfredo Ramos (PMDB), com quem o mandatário canelinhense mantém relação muito próxima. Além dele, pesa em favor do prefeito de Canelinha o excelente entendimento com o prefeito reeleito Daniel Netto Cândido (PSD) e, especialmente, os laços de amizade com o empresário Sílvio Eccel, o Silvinho da Rádio Clube, que coordenou a campanha vitoriosa nas recentes eleições da Capital Catarinense do Calçado.

Indo e vindo

Postado em 24 de novembro de 2016
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A moda, agora, é importar. A exemplo do futuro procurador geral do município de Tijucas, advogado Edison Flores, que vem de Canelinha, alguns filhos da Capital do Vale também estão de malas prontas para a Terra das Cerâmicas.

São os casos da chefe de gabinete Lélia Regina Campos de Oliveira, que atualmente serve à prefeitura de Tijucas e passa a ocupar, em 2017, o mesmo cargo no governo do prefeito eleito Moacir Montibeller (PMDB), em Canelinha; e do advogado Tony Serpa, que comandou o departamento jurídico da recente campanha de Elmis Mannrich (PMDB) e, a partir de janeiro, assume a Assessoria Jurídica do município vizinho.

Dono das chaves

Postado em 24 de novembro de 2016
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Conforme antecipado pelo blog sob o título “Fiel escudeiro“, a chefia de gabinete do prefeito eleito Elói Mariano Rocha (PSD), na próxima gestão de Tijucas, fica mesmo a cargo do ex-diretor executivo do SincaSJB (Sindicato das Indústrias de Calçados de São João Batista), Rosenildo de Amorim.

A notícia, publicada com exclusividade pelo colunista, teve confirmação ontem. De acordo com informações extraoficiais, Amorim é, inclusive, o interlocutor de Mariano Rocha neste período de transição de governo, e tem ciência de todos os detalhes do processo.

Exportação

Postado em 23 de novembro de 2016
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Líder em produção de revestimentos cerâmicos na América Latina – com cerca de 30 milhões de metros quadrados por ano –, a Portobello, que tem sede em Tijucas, acaba de conquistar o prêmio Exportação na região Sul entre os anos de 2013 e 2015 no ranking elaborado pela Sul Export.

Além do título, recebido em recente cerimônia na Fiep (Federação das Indústrias do Paraná), em Curitiba, durante o II Fórum de Comércio Exterior da entidade, a Portobello passou a ocupar a 10ª posição no ranking geral entre as empresas do Sul do país que mais exportam.

Ela e ele

Postado em 23 de novembro de 2016
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Foto: Luiz Junnior

A jornalista Karina Peixoto com o empresário Marco Aurélio Sedrez, ontem, no lançamento da revista Solarium – que ela desenvolveu e edita, e onde ele é colunista –, na Casa da Noiva, em Tijucas.

Sedrez assina a coluna Essere Semplice (Ser Simples em italiano), que, além das demais reportagens e artigos da publicação, pode ser lida online pelo endereço revistasolarium.com.br. A revista começa a circular hoje no Vale do Rio Tijucas e em Itapema.

Procuradoria

Postado em 23 de novembro de 2016
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Departamento responsável pelas funções jurisdicionais do município, a Procuradoria Geral tem definidos, para 2017, em Tijucas, um nome, um sobrenome e um apelido. À frente da assessoria jurídica da prefeitura de Canelinha há 12 anos, o advogado Edison Flores, popular Tatinha, presidente do PSD na Cidade das Cerâmicas, é quem assume o cargo no próximo governo.

Independente da comprovada capacidade técnica, a política, aliás, é assunto corriqueiro em casa. Além de primo do vereador Antônio Carlos Flores, o Toninho da Casan (PSDB), de Canelinha, o futuro procurador geral de Tijucas é, também, cunhado do vereador eleito Vilson Natalino Silvino, o Vilsinho da Pisobello (PP), que debuta no legislativo tijuquense em janeiro.

Quatorze: A busca pelo vice perfeito

Postado em 22 de novembro de 2016
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Desde a oficialização da candidatura de Elmis Mannrich à prefeitura de Tijucas nas eleições 2016, o presidente municipal do PMDB tinha uma prerrogativa que não abria mão. Era exclusivamente dele, sem interferência da executiva do partido, a escolha do candidato a vice-prefeito. Internamente, nas discussões das possibilidades, pregava-se que não havia a necessidade de que o segundo nome na chapa somasse votos ou apoios – virtude das sucessivas pesquisas pré-eleitorais, todas amplamente favoráveis –; mas que também não trouxesse qualquer negatividade à campanha.

Vereador por cinco legislaturas consecutivas, com longo histórico de serviços prestados ao PMDB, de família tradicionalmente periquita e numerosa, Edson Souza não estava entre as primeiras opções. Longe disso, aliás; embora houvesse uma corrente nas internas do partido que defendia essa hipótese. Mannrich temia principalmente os efeitos da recente Operação Iceberg, deflagrada pelo Deic (Departamento Estadual de Investigações Criminais) em 2015, e que ainda investiga 16 membros do parlamento municipal por desvios de verbas públicas em diárias de cursos inexistentes em Curitiba. Para o candidato a prefeito, a formação da chapa com o vereador traria essa mancha à campanha.

Enquanto isso, tentativas frustradas se acumulavam. O primeiro convite, a propósito, teria sido feito no início de março. O empresário Sebastião Koch, da rede de supermercados Koch, nega que tenha recebido a oferta; mas uma série de informações extraoficiais garante que as tratativas existiram. E, embora tenha havido insucesso nessa empreitada, estava, portanto, traçado o perfil ideal nas intenções do presidente municipal do PMDB. Mannrich ansiava por alguém que não participasse diretamente da roda política, e que, se possível, trouxesse poderio econômico à campanha. Os demais ensaios evidenciam essa predisposição.

As oposições caminhavam lentamente, e seus líderes não se entendiam. Não havia, pois, partido – com exceção do PSD, que liderava um movimento de rivalidade – impedido de compor com o PMDB, e adversários também eram considerados. Tanto que o empresário Geremias Teles Silva, um dos sustentáculos do DEM no município, recebeu, por intermédio do ex-prefeito e ex-deputado estadual Nilton “Gordo” Fagundes (PMDB), com quem tem relação muito próxima, uma sondagem de Mannrich. A negativa chegou pelo mesmo mensageiro. O proprietário da Comparts reafirmou seu desinteresse por candidaturas eletivas e o compromisso ora firmado com o irmão, vereador José Leal da Silva Júnior (PSD), e com o engenheiro Sérgio Fernandes Cardoso, que encabeçava a campanha dos peessedistas no município.

Também filiado ao DEM e com largo histórico cola-branca, o contabilista José Carlos de Souza recebeu o chamado de Mannrich para uma possível composição. E gostou do que ouviu. Em princípio, ficou balançado com o convite; mas cedeu à resistência da família, especialmente da mulher, que rejeitou peremptoriamente a ideia.

As notícias acumulavam dramaticidade nos noticiários de bastidores – a exemplo do blog –, e depois de cada empenho fracassado na busca pelo candidato a vice-prefeito, os entusiastas do movimento “chapa pura” ganhavam novos adeptos nas internas do PMDB de Tijucas. As pressões para que o vereador Edson Souza participasse da composição majoritária aumentavam; e, embora Mannrich ainda resistisse, reconhecia que as alternativas estavam ficando escassas e que manter a unidade da legenda também seria um bom negócio. Mas havia, além do parlamentar, opções que pudessem cumprir o perfil idealizado pelo ex-prefeito nas fileiras do partido. O empresário Luiz Antônio Maurício, em princípio, trazia os requisitos básicos: jamais havia concorrido a qualquer cargo eletivo, participava ativamente do movimento peemedebista, e tinha poder econômico satisfatório. Mas, apesar do apelo, também esbarrou em pendências pessoais – entre elas, a reação contrária da família. A escala voltava à estaca zero.

Melhor colocado entre os opositores nas pesquisas pré-eleitorais, o policial rodoviário federal aposentado Adalto Gomes (PT) remava sozinho, sem apoios consistentes, pela candidatura a prefeito. Chegou a vencer uma concorrência interna no movimento L.I.M.P.E., liderado pelo PSDB, mas não teve os prometidos aportes políticos oficializados, e passou a considerar outras hipóteses. Ser candidato a vice-prefeito era uma delas. Petistas da executiva municipal passaram a discutir as possibilidades de uma composição majoritária em dois encontros com Mannrich. As conversas não evoluíram; porque o presidente municipal do PMDB temia que a aliança com o PT – que acumulava rejeições avassaladoras na esfera nacional – pudesse comprometer a campanha, e porque o candidato a prefeito vencido em 2012, que não participou das reuniões com o líder peemedebista, também não estava convicto de que esse seria o melhor caminho.

Neste momento, o nome do empresário Elson Junckes, que presidia o PSDB no município, ganhava força entre alguns membros da executiva peemedebista. Unia o ineditismo político à robustez financeira; mas, na contrapartida, trazia as rusgas acumuladas em oito anos de uma oposição despótica protagonizada pela vereadora Lialda Lemos (PSDB) ao PMDB na Câmara. As diferenças pessoais entre Mannrich e o líder tucano também eram empecilho. Enquanto houvesse escolha, um preferia não ter que conviver com o outro.

Não havia muito mais criatividade nos juízos do presidente municipal do PMDB, e Souza, o vereador, aguardava paciente e pacificamente. A proximidade das convenções partidárias já era uma realidade, e o candidato a vice-prefeito ideal não surgia. Em meio à angústia, o nome da ex-secretária de Educação do município, professora Márcia Machado Maurício – que comandou a pasta na segunda gestão de Mannrich, justo no período em que o Ideb (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica) municipal mostrou a sua pior marca –, chegou a ser considerado; mas não empolgou.

O último empenho, porém, foi com o jovem empresário Thiago Peixoto dos Anjos, que administra o Hotel do Valle em paralelo às investidas no mercado imobiliário da cidade e região. Mais uma vez a família, e, especialmente, o temor pelos custos da campanha, foram determinantes para a negativa ao convite. Na manhã seguinte, em 2 de agosto, três dias antes da convenção oficial do PMDB, Mannrich se reuniu com Edson Souza e oficializou, enfim, a chapa pura, como grande parte do diretório peemedebista desejava para a disputa das recentes eleições majoritárias.

Que o candidato a vice-prefeito tenha influenciado negativamente na campanha do PMDB, conforme receava o presidente municipal do partido, não se pode afirmar. Pode-se, sim, afiançar que esse equívoco, se existiu, não está na conta de Mannrich. Afinal, tentativas, de acordo com os fatos narrados neste penúltimo episódio da série “Os 15 Motivos”, não faltaram. Além de serem derrotados, juntos, nas eleições de 2016 por uma diferença epopeica de votos, Elmis & Edson perderam também, durante a campanha, o discurso de que os vereadores investigados na Iceberg estavam abraçados aos adversários.

Sol quadrado

Postado em 21 de novembro de 2016
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Na pujante Itapema não se fala em outra coisa que não seja a prisão, sábado (19), do ex-prefeito Clóvis José da Rocha – que tinha mandado em aberto e foi detido pela Polícia Civil enquanto cruzava o pedágio da BR-101, em Porto Belo. Neste momento, ele permanece à disposição da Justiça na UPA (Unidade Prisional Avançada) de Itapema, no bairro Morretes.

Inspira curiosidade, entretanto, saber que a condenação do ex-prefeito – que governou o município entre 2001 e 2006 – foi assinada em 2010. De acordo com a sentença da juíza Liana Bardini Alves, Rocha deveria cumprir pena de oito anos, quatro meses e 12 dias de detenção pelo desvio de R$ 730 mil do erário público. Ainda assim, ele concorreu livremente à prefeitura da Cidade dos Ultraleves nas eleições de 2012. Pois, então?!