domingo, 13 de outubro de 2024 VALE DO RIO TIJUCAS E COSTA ESMERALDA

Bandeira branca

Postado em 18 de setembro de 2024
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Foto: Redes Sociais

Adversários na disputa da prefeitura de Tijucas, o vereador Maickon Campos Sgrott (PP) e o ex-prefeito Elmis Mannrich (MDB) não são inimigos. Pelo menos, da parte do progressista.

Dias atrás, durante live de Mannrich e da candidata a vice-prefeita Márcia Machado Maurício (MDB) nas redes sociais, Sgrott, que estava assistindo, fez questão de comentar o programa com votos de “boa sorte” ao oponente.

“Boa noite, Elmis e Marcinha. Parabéns pela campanha bonita e propositiva. Desejo boa sorte! Que vença o melhor para nossa cidade”, escreveu o candidato governista, em sinal de paz.

Apito inicial

Postado em 16 de agosto de 2024
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Fotos: Divulgação

Abre oficialmente nesta sexta-feira (16) o período de campanha eleitoral. A partir de agora, os postulantes às prefeituras e Câmaras de Vereadores da região podem ser oficialmente chamados de candidatos, estão autorizados a divulgar números e pedir votos.

Em Tijucas, três candidaturas estão devidamente registradas junto ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral) e aptas para disputar a preferência dos 34.348 eleitores tijuquenses no próximo 6 de outubro. O Blog, em ordem alfabética, faz um apanhado geral.

A coligação Bora! Tijucas voltará a brilhar! é encabeçada pelo ex-prefeito Elmis Mannrich, do tradicional MDB. O candidato tentará administrar o município pela terceira vez, o que seria um recorde desde a redemocratização. Sua candidata a vice-prefeita será a professora Márcia Maurício Machado (MDB), a Marcinha, ex-secretária de Educação de Tijucas.

O também tradicional movimento cola-branca terá Maickon Campos Sgrott (PP) e Rudnei de Amorim (PSD), com a coligação Vamos Juntos, Tijucas!. Sgrott é vereador de primeiro mandato e filho do ex-prefeito Uilson Sgrott. Já Amorim preside o Poder Legislativo municipal pela segunda vez e integrou duas legislaturas consecutivas.

Fechando a trinca tijuquense, a famigerada terceira via terá o empresário Thiago Peixoto dos Anjos (PL) e o vereador Fernando Fagundes (PL), o Fernando do Gordo. A coligação liderada pela dupla conta ainda com REPUBLICANOS e NOVO, e recebeu o nome de Juntos Pelo Futuro de Tijucas.

VEREADORES

A Capital do Vale tem atualmente 83 candidatos ao Legislativo. Destes, apenas MDB, PL e PSD apresentaram nominata completa, com 14 nomes. Já PP, NOVO e UNIÃO BRASIL terão 12 opções. Fechando os números, a Federação PSOL/REDE indicou cinco candidatos.

Pontapé inicial

Postado em 14 de agosto de 2024
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Foto: Divulgação

O start de campanha do ex-prefeito Elmis Mannrich (MDB) será dado virtualmente. O grupo emedebista organiza uma live para lançamento oficial do projeto, nesta sexta-feira (16), com participação remota da massa periquita.

A equipe do ainda pré-candidato a prefeito promoverá o “Comitê Virtual”, que servirá para aproximar Mannrich e a candidata a vice, Márcia Machado Maurício – que levará a alcunha Marcinha nas urnas e materiais de campanha -, do eleitorado tijuquense por meio das plataformas digitais.

PROXIMIDADE

A dupla, a propósito, vem se reunindo diariamente para alinhar projetos, detalhes das propostas e, principalmente, do plano de governo que será apresentado na corrida eleitoral.

Brasa pura 

Postado em 3 de agosto de 2024
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Foto: @kerllalopes

O ex-prefeito Elmis Mannrich, de Tijucas, é oficialmente o indicado emedebista para o pleito de outubro. O líder periquito na Capital do Vale teve a pré-candidatura aprovada por unanimidade, durante convenção partidária, ontem à noite, no pavilhão do Pirão com Linguiça. 

A futura coligação terá a adesão do PDT. Embora o sistema eleitoral permita mudanças nas conjunturas até o próximo dia 15, as lideranças emedebistas são categóricas em afirmar que seguirão na corrida eleitoral em chapa pura e avaliam que terão boas chances no pleito. 

“Estamos aqui hoje por uma convocação dos nossos simpatizantes e filiados. Temos um time com muito trabalho já prestado ao município. Temos plenas condições de disputar e ganhar as eleições, com um projeto experiente e maduro”, pontuou Mannrich, em atenção ao Blog

PRIMEIRA VICE

Pela primeira vez na história, o MDB tijuquense indicou uma mulher para a disputa da vice-prefeitura. À massa periquita, Mannrich apresentou a ex-secretária municipal de Educação, Márcia Machado Maurício

Ao Blog, a pedagoga especializada em educação infantil afirmou que foi convidada pelo presidente local do partido, a quem serviu durante suas gestões, em uma das principais pastas da administração municipal. 

“Recebi o convite, pensei um pouco e aceitei. Tenho muita gratidão ao Elmis e ao partido. Não poderia recusar essa convocação”, disse. 

VISITA ILUSTRE 

O ex-governador emedebista Paulo Afonso Evangelista Vieira, que comandou o Estado entre 1995 e 1998, foi presença marcante no evento e veio ao encontro para atender a um convite de Mannrich, com quem nutre relação próxima. 

“Recebi um honroso convite do Elmis, por quem tenho uma consideração muito especial, assim como tenho por Tijucas, que sempre esteve comigo em minhas eleições. Aqui o nosso MDB tem uma longa e bela história. Nasci no MDB, devo minhas eleições aos emedebistas e sempre estou atento, ajudando no que puder ajudar”. 

Quatorze: A busca pelo vice perfeito

Postado em 22 de novembro de 2016
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Desde a oficialização da candidatura de Elmis Mannrich à prefeitura de Tijucas nas eleições 2016, o presidente municipal do PMDB tinha uma prerrogativa que não abria mão. Era exclusivamente dele, sem interferência da executiva do partido, a escolha do candidato a vice-prefeito. Internamente, nas discussões das possibilidades, pregava-se que não havia a necessidade de que o segundo nome na chapa somasse votos ou apoios – virtude das sucessivas pesquisas pré-eleitorais, todas amplamente favoráveis –; mas que também não trouxesse qualquer negatividade à campanha.

Vereador por cinco legislaturas consecutivas, com longo histórico de serviços prestados ao PMDB, de família tradicionalmente periquita e numerosa, Edson Souza não estava entre as primeiras opções. Longe disso, aliás; embora houvesse uma corrente nas internas do partido que defendia essa hipótese. Mannrich temia principalmente os efeitos da recente Operação Iceberg, deflagrada pelo Deic (Departamento Estadual de Investigações Criminais) em 2015, e que ainda investiga 16 membros do parlamento municipal por desvios de verbas públicas em diárias de cursos inexistentes em Curitiba. Para o candidato a prefeito, a formação da chapa com o vereador traria essa mancha à campanha.

Enquanto isso, tentativas frustradas se acumulavam. O primeiro convite, a propósito, teria sido feito no início de março. O empresário Sebastião Koch, da rede de supermercados Koch, nega que tenha recebido a oferta; mas uma série de informações extraoficiais garante que as tratativas existiram. E, embora tenha havido insucesso nessa empreitada, estava, portanto, traçado o perfil ideal nas intenções do presidente municipal do PMDB. Mannrich ansiava por alguém que não participasse diretamente da roda política, e que, se possível, trouxesse poderio econômico à campanha. Os demais ensaios evidenciam essa predisposição.

As oposições caminhavam lentamente, e seus líderes não se entendiam. Não havia, pois, partido – com exceção do PSD, que liderava um movimento de rivalidade – impedido de compor com o PMDB, e adversários também eram considerados. Tanto que o empresário Geremias Teles Silva, um dos sustentáculos do DEM no município, recebeu, por intermédio do ex-prefeito e ex-deputado estadual Nilton “Gordo” Fagundes (PMDB), com quem tem relação muito próxima, uma sondagem de Mannrich. A negativa chegou pelo mesmo mensageiro. O proprietário da Comparts reafirmou seu desinteresse por candidaturas eletivas e o compromisso ora firmado com o irmão, vereador José Leal da Silva Júnior (PSD), e com o engenheiro Sérgio Fernandes Cardoso, que encabeçava a campanha dos peessedistas no município.

Também filiado ao DEM e com largo histórico cola-branca, o contabilista José Carlos de Souza recebeu o chamado de Mannrich para uma possível composição. E gostou do que ouviu. Em princípio, ficou balançado com o convite; mas cedeu à resistência da família, especialmente da mulher, que rejeitou peremptoriamente a ideia.

As notícias acumulavam dramaticidade nos noticiários de bastidores – a exemplo do blog –, e depois de cada empenho fracassado na busca pelo candidato a vice-prefeito, os entusiastas do movimento “chapa pura” ganhavam novos adeptos nas internas do PMDB de Tijucas. As pressões para que o vereador Edson Souza participasse da composição majoritária aumentavam; e, embora Mannrich ainda resistisse, reconhecia que as alternativas estavam ficando escassas e que manter a unidade da legenda também seria um bom negócio. Mas havia, além do parlamentar, opções que pudessem cumprir o perfil idealizado pelo ex-prefeito nas fileiras do partido. O empresário Luiz Antônio Maurício, em princípio, trazia os requisitos básicos: jamais havia concorrido a qualquer cargo eletivo, participava ativamente do movimento peemedebista, e tinha poder econômico satisfatório. Mas, apesar do apelo, também esbarrou em pendências pessoais – entre elas, a reação contrária da família. A escala voltava à estaca zero.

Melhor colocado entre os opositores nas pesquisas pré-eleitorais, o policial rodoviário federal aposentado Adalto Gomes (PT) remava sozinho, sem apoios consistentes, pela candidatura a prefeito. Chegou a vencer uma concorrência interna no movimento L.I.M.P.E., liderado pelo PSDB, mas não teve os prometidos aportes políticos oficializados, e passou a considerar outras hipóteses. Ser candidato a vice-prefeito era uma delas. Petistas da executiva municipal passaram a discutir as possibilidades de uma composição majoritária em dois encontros com Mannrich. As conversas não evoluíram; porque o presidente municipal do PMDB temia que a aliança com o PT – que acumulava rejeições avassaladoras na esfera nacional – pudesse comprometer a campanha, e porque o candidato a prefeito vencido em 2012, que não participou das reuniões com o líder peemedebista, também não estava convicto de que esse seria o melhor caminho.

Neste momento, o nome do empresário Elson Junckes, que presidia o PSDB no município, ganhava força entre alguns membros da executiva peemedebista. Unia o ineditismo político à robustez financeira; mas, na contrapartida, trazia as rusgas acumuladas em oito anos de uma oposição despótica protagonizada pela vereadora Lialda Lemos (PSDB) ao PMDB na Câmara. As diferenças pessoais entre Mannrich e o líder tucano também eram empecilho. Enquanto houvesse escolha, um preferia não ter que conviver com o outro.

Não havia muito mais criatividade nos juízos do presidente municipal do PMDB, e Souza, o vereador, aguardava paciente e pacificamente. A proximidade das convenções partidárias já era uma realidade, e o candidato a vice-prefeito ideal não surgia. Em meio à angústia, o nome da ex-secretária de Educação do município, professora Márcia Machado Maurício – que comandou a pasta na segunda gestão de Mannrich, justo no período em que o Ideb (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica) municipal mostrou a sua pior marca –, chegou a ser considerado; mas não empolgou.

O último empenho, porém, foi com o jovem empresário Thiago Peixoto dos Anjos, que administra o Hotel do Valle em paralelo às investidas no mercado imobiliário da cidade e região. Mais uma vez a família, e, especialmente, o temor pelos custos da campanha, foram determinantes para a negativa ao convite. Na manhã seguinte, em 2 de agosto, três dias antes da convenção oficial do PMDB, Mannrich se reuniu com Edson Souza e oficializou, enfim, a chapa pura, como grande parte do diretório peemedebista desejava para a disputa das recentes eleições majoritárias.

Que o candidato a vice-prefeito tenha influenciado negativamente na campanha do PMDB, conforme receava o presidente municipal do partido, não se pode afirmar. Pode-se, sim, afiançar que esse equívoco, se existiu, não está na conta de Mannrich. Afinal, tentativas, de acordo com os fatos narrados neste penúltimo episódio da série “Os 15 Motivos”, não faltaram. Além de serem derrotados, juntos, nas eleições de 2016 por uma diferença epopeica de votos, Elmis & Edson perderam também, durante a campanha, o discurso de que os vereadores investigados na Iceberg estavam abraçados aos adversários.