quinta-feira, 25 de abril de 2024 VALE DO RIO TIJUCAS E COSTA ESMERALDA

Sobrevida

Postado em 11 de dezembro de 2017
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A cúpula do PMDB de Tijucas esteve reunida recentemente para decidir, de uma vez por todas, sobre um tema que vem se arrastando por meses – desde aquela fatídica pré-convenção do partido, em abril de 2016, que culminou, mais tarde, com a demissão deliberada de soldados periquitos de cargos em comissão no governo municipal e, ainda, com o apoio da máquina pública ao então candidato adversário Elói Mariano Rocha (PSD) –: a exclusão do ex-prefeito Valério Tomazi (PMDB) das fileiras peemedebistas.

Embora grande parte do diretório esteja convicta de que o ex-mandatário mereça a extrusão, o presidente, vereador Fernando Fagundes, teria preferido dar mais tempo ao tempo. De acordo com fontes ligadas ao partido, o atual comando, que acaba de assumir a agremiação, não quer, por ora, carregar esse fardo ainda no início dos trabalhos.

Cartão vermelho

Postado em 20 de julho de 2017
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Com eleições internas previstas para outubro, o PMDB de Tijucas tem, por ora, um assunto particular de relativa urgência. Alguns caciques do partido cobram insistentemente que a cúpula se posicione no caso da possível exclusão ou expulsão, para melhor compreensão do ex-prefeito Valério Tomazi (PMDB) das fileiras periquitas. Os desconfortos causados pela fatídica pré-convenção de abril de 2016, a consequente exoneração em massa de servidores públicos do município que optaram por Elmis Mannrich (PMDB) naquele confronto, e as recomendações de voto em Elói Mariano Rocha (PSD) no pleito majoritário, são feridas que ainda não cicatrizaram.

Diante dos fatos, o blog ouviu um dirigente do PMDB municipal, que confirmou a pressão. “Os partidários cobram bastante. Estão magoados. Principalmente aqueles afetados diretamente. O que ele (Tomazi) fez, realmente, foi grave. Estamos com esse processo na comissão de ética do partido. Vamos ver o que é adequado fazer”, disse.

Registre-se

Postado em 13 de outubro de 2016
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Personagem do quinto capítulo da série “Os 15 Motivos”, o advogado Marcio Rosa contesta parte do artigo, publicado anteontem no blog, e informa que não foi expulso do PMDB na citada reunião, em 2012, quando o diretório municipal, em assembleia, decidiu pela reforma na direção do partido em Tijucas.

Rosa, que era o presidente municipal da agremiação, garante que apenas perdeu esse posto naquele episódio. A saída das fileiras do PMDB, segundo ele, deu-se mais adiante, por vontade própria. Registre-se, portanto, a devida correção.

Cinco: A deposição do rei

Postado em 11 de outubro de 2016
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Eleitos com diferença de 1.146 votos, Valério Tomazi (PMDB) e Ailton Fernandes (PSD) não encontraram facilidade no pleito majoritário de 2012 em Tijucas. Nem nas urnas e tampouco na campanha. Contavam com o favoritismo natural, com a maior militância, com o apoio do então prefeito Elmis Mannrich (PMDB) e da máquina pública, e concorriam contra uma dupla que se formou num sobressalto, dada a fragilidade da oposição à época o próprio candidato a vice-prefeito adversário, ex-vereador Antônio Zeferino Amorim, admitia, semanas antes da votação, que a formação da chapa oposicionista não inspirava grandes expectativas no início. “Eu e o Adalto (Gomes, candidato a prefeito vencido naquele ano) era dois ovo que nem cascava. Mas nós casquemo e já tamo esgravatando sozinho“, dizia, com simplicidade peculiar.

A disputa, que parecia decidida na apresentação dos competidores, ganhou contornos dramáticos nos últimos momentos. Fatores extraordinários que nasciam e se replicavam nos bastidores da corrida eleitoral foram preponderantes para a desaceleração da campanha situacionista. Além do desembarque do PSD – por conta de negociações fracassadas com o presidente municipal do partido, Jilson José de Oliveira , havia também o desgaste com o presidente do PMDB em Tijucas, Marcio Rosa, desde a pré-convenção dos periquitos, relatada com detalhes no episódio anterior, “Quatro: O partido em duas frentes“. Na reta final, apenas Fernandes permanecia no time da situação. Gil, Sérgio “Coisa Querida” Cardoso e os demais peessedistas deram as mãos a Adalto Gomes e Tonho Polícia.

Nas estâncias do PMDB, partido que administrava a Capital do Vale e concorria novamente à sucessão municipal, as dificuldades eram ainda maiores. Nome à frente das demandas do partido, Rosa abandonou os correligionários tijuquenses e partiu para Nova Trento, onde era coordenador de campanha da ex-prefeita Sandra Regina Eccel (PMDB) no pleito majoritário. Empenhos no TRE (Tribunal Regional Eleitoral) e uma série de documentos, além de cheques, que necessitavam da assinatura do líder peemedebista em Tijucas se acumulavam, sem resolução, e dificultavam ainda mais os planos dos periquitos na corrida eleitoral. Cabia, naquela época, ao atual secretário de Obras, Transportes e Serviços Públicos do município, Artur Tomazoni Filho  que era tão próximo do presidente do PMDB quanto de Mannrich e Tomazi , a coleta das assinaturas; mesmo que com alguma resistência e indolência do comandante.

Marcio Rosa recebeu, por vezes durante a campanha de 2012, porta-vozes da cúpula peemedebista em Tijucas. Os recados eram sempre os mesmos: “Afaste-se ou renuncie à presidência do partido”. E a resposta também se repetia: “Só saio se me expulsarem”.

Enfim, vencidas as eleições, Elmis Mannrich reuniu o PMDB municipal no auditório da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), semanas depois do pleito, para tratar dos rumos do partido. Marcio Rosa não recebeu convite; justamente porque não fazia parte dos planos futuros da agremiação em Tijucas. Quase todos os membros da executiva estiveram presentes e decidiram, depois de expostos os motivos, que o comando do diretório haveria de ser revisto. O presidente, além de deposto, foi expulso das fileiras peemedebistas. E o então prefeito, que coordenou a campanha de Valério & Ailton naquela feita, assumiu a chefia de uma recém-instituída comissão provisória.

Rosa voltou às boas com Mannrich e com o PMDB recentemente, mas esses quatro anos de arguições, de uma inimizade exacerbada, ganhou audiência e trouxe consequências. Se houve, por um momento, alguma esperança de comover a plateia, as urnas mostraram que a estratégia estava equivocada. A paz, sempre bem-vinda, reinou mais uma vez; graças aos deuses da fraternidade. Mas a política, que não é tão benevolente, ainda não assimilou essa súbita reaproximação.