sexta-feira, 4 de julho de 2025 VALE DO RIO TIJUCAS E COSTA ESMERALDA

Corte geral*

Postado em 17 de abril de 2020

As empresas Suzana SantosRenata Mello, de São João Batista e do presidente do SincaSJB (Sindicato das Indústrias de Calçados de São João Batista), Almir Manoel Atanázio dos Santos, anunciaram a demissão de 1,3 mil trabalhadores nas unidades fabris da Bahia e provocaram a ira do Sindicato de Verdade — que atende a categoria naquele estado.

De acordo com o advogado da entidade, Bráulio Zacarias Ferraz, que publicou nota de repúdio à atitude, “as fábricas da Suzana Santos e Renata Mello simplesmente dispensaram os empregados sem comunicado prévio aos órgãos oficiais, ao sindicato e tampouco aos próprios trabalhadores”.

A direção das empresas, no entanto, desmente a nota e garante que os colaboradores receberam o devido aviso prévio e que todos os direitos trabalhistas serão cumpridos na integralidade; e que o ato não significa o encerramento definitivo das unidades na Bahia, mas uma medida paliativa enquanto a Covid-19 impedir o avanço econômico do setor.

* Por Ricardo Martins, jornalista e consultor político e empresarial, especializado em comportamento e cotidiano

Desinteresse

Postado em 8 de abril de 2020

Os sindicatos patronal e de empregados nas fábricas de calçados de São João Batista deram de ombros à reunião, por videoconferência, hoje à tarde, com o coordenador do Fórum Parlamentar Catarinense, deputado federal Daniel Freitas (PSL). Convidados, o SincaSJB (Sindicato das Indústrias de Calçados de São João Batista) apenas destacou uma representante — a secretária da entidade, Viviane Sardo — e o Sintrical (Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Calçados de São João Batista) sequer compareceu ou justificou a ausência.

Quarto maior polo calçadista do país, o município sofre com os impactos da pandemia Covid-19. Se por um lado a Capital Catarinense do Calçado segue sem nenhum caso confirmado da doença, por outro já contabiliza mais de duas mil demissões desde o início das medidas de isolamento social.

A situação foi apresentada pelo prefeito Daniel Netto Cândido (PSL) ao coordenador. Na reunião, acordou-se que as demandas do município para minimizar os prejuízos serão debatidas com prioridade no Fórum, que é composto por todos os deputados federais e senadores catarinenses, e levadas ao presidente Jair Bolsonaro (PSL).

Na própria carne

Postado em 3 de abril de 2020

O vereador e pré-candidato a prefeito Tiago Dalsasso (MDB), de Nova Trento, protocolou, hoje pela manhã, o requerimento 001/2020 na prefeitura. Ele pede que os vencimentos dos nove parlamentares, do prefeito, do vice-prefeito e de todos os cargos em comissão, tanto do Executivo quanto do Legislativo, sejam reduzidos em 30% pelos próximos três meses.

De acordo com Dalsasso, a medida, necessária em função da pandemia Covid-19, serviria para a retomada econômica do município. Ele sugere, ainda, que os cortes ajudem na guarnição da Saúde municipal e no suporte às famílias carentes da Terra de Santa Paulina. “Precisamos vencer este momento e fazer com que Nova Trento seja exemplo, e sua população seja amplamente atendida”, diz o vereador no texto do requerimento.

Economia fortalecida

Postado em 10 de fevereiro de 2020

De acordo com a Revista Business, Tijucas e Porto Belo estão entre as dez cidades catarinenses com melhor desempenho econômico em 2019; e com maior potencial de ampliar o crescimento neste ano. As informações são da Caravela Soluções, empresa que trabalha com inteligência de mercado e analisa a economia dos municípios.

Segundo a publicação, o comércio foi o grande responsável pelo crescimento econômico da região. Somente no ano passado, Tijucas e Porto Belo geraram juntas 760 novos postos de trabalho, sendo que metade deles estava alocado no varejo.

COMEMORAÇÃO

Nas redes sociais, o secretário de Desenvolvimento de Tijucas, Jean Carlos de Sieno dos Santos, e o prefeito de Porto Belo, Emerson Luciano Stein (MDB), comemoraram a notícia.

Saldo positivo

Postado em 4 de fevereiro de 2020

Professora de excelência, a vereadora Rúbia Alice Tamanini Duarte (PSD), enfim, respira aliviada. Acusada, no início do mandato, em 2017, de votar contra a categoria — e em favor da lei de criação dos monitores de classe —, ela colhe, agora, três anos depois, os frutos daquela difícil decisão.

A saúde financeira do município, inspirada por medidas como aquela, possibilitou que o governo de São João Batista conseguisse pagar, neste ano, pela primeira vez, o piso salarial dos professores. Pois, então?!

Viabilidade à prova

Postado em 6 de novembro de 2019

No entendimento do Tribunal de Contas do Estado, Major Gercino deveria ser reintegrado a São João Batista. Um levantamento do TCE-SC, elaborado em 2017 e autuado em março, apontou o menor município do Vale como inviável, já que tem menos de 5 mil habitantes e receita insuficiente para se manter sem repasses estaduais e da União.

Agora, o governo federal entrou no jogo. O presidente Jair Bolsonaro (PSL) entregou ontem, no Senado, a PEC do pacto federativo, que, entre outras medidas, propõe a reintegração de municípios com população menor que 5 mil habitantes e receita própria inferior a 10% das despesas às cidades de origem. No primeiro desses critérios, Major Gercino, com 3.416 moradores, seria enquadrada. A salvação, porém, estaria na arrecadação: 12,6% do que gasta com estrutura administrativa e Poder Legislativo.

Mais de 1.250 municípios brasileiros estão na mesma situação; e representam 22,5% de prefeituras e Câmaras de Vereadores sem viabilidade econômica no país. Cabe, agora, ao Congresso decidir. Caso aprovadas, as mudanças seriam efetivadas a partir de 2026.

Fruta da estação

Postado em 6 de setembro de 2019

A burlesca sugestão do presidente da Câmara Municipal de Canelinha, vereador Arlindo de Simas (PL), semana passada, para que o município invista no cultivo do cambucá — o que, na visão dele, incentivaria o turismo e movimentaria a economia —, segue gerando pilhérias de toda sorte na Cidade das Cerâmicas. Todos os dias, nas rodas de cavaco e nos grupos de WhatsApp, alguém menciona a fruta e faz uma chalaça. Virou folclore.

Simas, porém, continua sendo o único que não vê graça nenhuma nos comentários jocosos sobre o tema. Terça-feira (3), aliás, ele pediu à secretária do Legislativo que lesse, no encerramento da sessão, um memorando repleto de parábolas e ensinamentos. A nota atentou para o fato de que “enquanto o eucalipto leva cinco anos para se transformar numa árvore de R$ 500, cada cambucazeira geraria R$ 2 mil anuais” e argumentou que “as pessoas só jogam pedras em árvores que estão dando frutos; e que são pedradas de inveja”.

Na manhã seguinte, provavelmente sensibilizado com a lição, um cidadão canelinhense escreveu alguns versos e divulgou nas redes sociais. Diz o texto, gravado em áudio, que “São João Batista tem sapatarias, e em Nova Trento vamos para rezar. Em Tijucas tem um dinossauro, e em Canelinha temos cambucá”. Pois, então?!

Ideia frutífera

Postado em 29 de agosto de 2019

As conclusões do vereador Abel Grimm (PP) sobre o colega Arlindo de Simas (PL), que preside o Legislativo canelinhense, entraram no WhatsApp e passaram, agora, ao anedotário da Cidade das Cerâmicas. “Votei quatro vezes numa coisa dessas para prefeito. Quatro vezes! Uma, duas, três, quatro! Também me culpo. Onde eu estava com a cabeça? Ainda bem que isso nunca ganhou!”, diz o progressista por mensagem de áudio nos grupos de conversação dos smartphones.

A mais recente proposição de Simas, terça-feira (27), na tribuna da Câmara, teria motivado a manifestação revoltosa — e bem humorada — do confrade. O presidente do parlamento canelinhense sugeriu que o município investisse no cultivo do cambucá, um fruto da família das Myrtaceaes — a exemplo da jabuticaba e da pitanga —, para “incentivar a economia e o turismo” locais. Desde então, em Canelinha, não se fala e nem se ri de outra coisa.

Rio, mar e resultados

Postado em 13 de agosto de 2019

O secretário de Desenvolvimento Econômico do município, Jean Carlos de Sieno dos Santos, voltou a afirmar, sexta-feira (9), em evento da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), que Tijucas já seja um polo náutico. Mas os números apresentados não convenceram os presentes. A inconsistência dos argumentos esbarrou, ainda, no silogismo do gigante José Koch — repetido insistentemente pelo orador — de que “o tijuquense não acredita em Tijucas”.

Na plateia, o empresário Rafael Souza, presidente da CDL (Câmara de Dirigentes Lojistas) de Porto Belo, sugeriu que as prioridades fossem revistas, e que a temática do polo náutico ficasse em stand by e desse lugar ao “Tijucas Empreendedora”; porque, de fato, os resultados do Desenvolvimento Econômico nos últimos anos no município indicam um crescimento elogiável.

Embora o secretário continuasse insistindo no sucesso da economia rio & mar, ficou evidente, na explanação, que o crédito foi queimado na estagnação do empreendimento Tijucas Marine Center, que se apoiou no slogan “Tijucas, o novo polo náutico do Brasil”, vendeu ideias por enquanto frustradas e confundiu as expectativas.

Hoje, a propósito, Sieno dos Santos publicou nas redes sociais que o polo náutico é “o segundo grande projeto” da Secretaria de Desenvolvimento Econômico, “já consolidado e com várias empresas do segmento instaladas no município”. O primeiro é o “Tijucas Empreendedora”.

Homem de resultados, atento, o secretário acatou conselhos, assimilou as impressões e virou o disco — à espera, obviamente, dos novos argumentos, e números, que comprovem a ansiada e incontestável vitória do polo náutico de Tijucas.

Sem paz

Postado em 19 de junho de 2019

Depois de divulgar um estudo sobre os 105 municípios de Santa Catarina com menos de 5 mil habitantes em que os tributos municipais respondem, em média, por menos de 10% da receita – entre eles, Major Gercino, no Vale do Rio Tijucas –, o Tribunal de Contas do Estado não teve mais paz.

Os servidores do TCE têm sido requisitados para inúmeras audiências públicas que objetivam explicar, em detalhes, para prefeitos e vereadores, que os municípios em voga não voltarão a ser distritos. O tribunal já deixou claro que o intuito do levantamento é apontar a inviabilidade econômica no surgimento de novas pequenas cidades.