sexta-feira, 3 de maio de 2024 VALE DO RIO TIJUCAS E COSTA ESMERALDA

Telhado e arquibancada

Postado em 2 de fevereiro de 2021
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As sessões da Câmara de Vereadores de Canelinha vêm sendo realizadas no auditório da Secretaria de Educação. Já foram duas: em 19 e 26 de janeiro. E, segundo o presidente da mesa diretora, vereador Robinson Carvalho Lima (PP), as reuniões não voltam à sede do Legislativo antes de junho. O prédio foi interditado por graves problemas no telhado, e obras de reestruturação já estão sendo orçadas.

Curioso, porém, é que a sede da Câmara Municipal passou por reforma recente. O presidente era o folclórico ex-vereador Arlindo de Simas (MDB), que dispendeu R$ 75 mil para a obra, não mexeu no telhado, mas construiu uma arquibancada no plenário que, desde então, vem dividindo opiniões entre os frequentadores das sessões e pautando zombarias nos balcões de botequim e rodas de esquina. Pois, então?!

Abandono

Postado em 28 de setembro de 2020
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Se o vice-prefeito Adalto Gomes (PL) já disputaria a eleição majoritária de Tijucas com estrutura e base de apoio enxutas, as dificuldades da campanha podem ter sido amplificadas consideravelmente no fim de semana. Vice-presidente do PL municipal, o coordenador do projeto eleitoral do adjunto tijuquense Edjalma Matos abandonou a cruzada e assinou pedido de desfiliação do partido ontem.

Com ele, saíram, ainda, dois candidatos a vereadores liberais e mais dois filiados ao Republicanos, que devem trabalhar em campanha paralela, sem suporte a Gomes e ao advogado Fernando Rodrigues (PL) no pleito majoritário. Os desentendimentos envolveram, sobretudo, a escassez de recursos do PL, prometidos pela cúpula estadual da legenda e não direcionados ao diretório da Capital do Vale.

Eleição inflada

Postado em 23 de setembro de 2020
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Tijucas deve ter um recorde de candidatos a prefeito nestas eleições. Se nada mudar, serão cinco postulantes ao cargo máximo do município no pleito que se avizinha. Nas últimas décadas, a disputa sempre foi polarizada em duas opções, e, no máximo, apresentou uma terceira — sempre com expressão e favoritismo reduzidos.

Dentre as candidaturas que vinham sendo trabalhadas nas bases, o prefeito Eloi Mariano Rocha (PSD), a vereadora Fernanda Melo (MDB) e o empresário Thiago Peixoto dos Anjos (PDT) nunca foram dúvidas; e confirmaram as previsões. As incertezas eram o vice-prefeito Adalto Gomes (PL), que pretendia representar o projeto governista, e o suplente de vereador Sidney Machado (PSC), que tem estrutura enxuta e um grupo modesto — em comparação aos demais — de apoiadores.

Gomes e Machado, entretanto, já garantiram participação no certame. O adjunto tijuquense traçou um plano paralelo, apresentou oficialmente o advogado Fernando Rodrigues (PL) como companheiro de chapa e já vem divulgando material de campanha; e o suplente de vereador assegura que, mesmo sem a mass media dos rivais, vai concorrer à prefeitura “com certeza” de braços dados com o pastor evangélico Wesley Paiva (PSC).

Reorganização

Postado em 13 de maio de 2020
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A representação do PT em Tijucas tem nova direção executiva desde sexta-feira (8). O artista plástico Leandro Serpa assumiu a presidência, e o conselheiro tutelar Tannay Vaz Júnior foi escolhido vice-presidente do partido no município. A estrutura institucional da legenda na Capital do Vale conta, ainda, com secretários de Organização, Finanças e Planejamento, Formação, Movimentos Populares e Comunicação.

As recentes saídas do vice-prefeito Adalto Gomes, agora no PL, e do ex-vice-prefeito Roberto Vailati, que passou ao PSB, além da renúncia do então presidente Diogo dos Santos, provocaram medidas emergenciais no PT municipal. O partido não decidiu, ainda, porém, se vai participar das eleições deste ano em Tijucas.

Recordar é viver

Postado em 17 de janeiro de 2019
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No contraponto da nota “Em abundância“, de ontem, o presidente do MDB de Tijucas, vereador Fernando Fagundes, corrige o diretor do Samae (Serviço Autônomo Municipal de Água e Esgoto), Jilson José de Oliveira, e diz que a estrutura de abastecimento de água do município “não está 20 anos sem investimentos”.

De acordo com Fagundes, “após a instalação inicial feita pelo saudoso prefeito Bebeto (Carlos Humnerto Ternes, que governou o município entre 1997 e 2000), as administrações seguintes construíram, ainda, um reservatório de 1,8 mil metros cúbicos, uma ETA (Estação de Tratamento de Água) para atender Terra Nova, Campo Novo e Oliveira, um reservatório para Morretes, a travessia subaquática no Porto do Itinga, além da reforma do reservatório de Sul do Rio e de ter contemplado Santa Luzia e Timbé com água tratada, entre outras benfeitorias”. O emedebista termina a explanação com um recado: “lembrar também faz bem!”.

Câmara interditada

Postado em 9 de janeiro de 2019
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Na papelada esquecida, nas gavetas da Câmara de Vereadores de Tijucas, há um laudo do Corpo de Bombeiros que determina a interdição – isso mesmo: interdição! – do prédio que comporta o Poder Legislativo municipal. Amanhã, os homens de vermelho voltam à Casa do Povo para reavaliar as condições do imóvel e devem, mais uma vez, reprovar a estrutura.

O forro e o assoalho, principalmente, estão em situação deplorável. Na maior parte dos gabinetes da Câmara, o piso cedeu; e as fendas e remendos no chão se multiplicam periodicamente neste preocupante cenário. As paredes, carunchadas, denunciam as fissuras no teto. Dias de chuva são calamitosos na Casa há anos.

META ESTABELECIDA

Para marcar o mandato, o atual presidente, Vilson Natálio Silvino (PP), estabeleceu uma meta: revitalizar integralmente a sede do Legislativo tijuquense. O start para a construção de uma Câmara de Vereadores nova, em outro endereço, também está nos planos do vereador. O prefeito Elói Mariano Rocha (PSD) já acenou positivamente sobre a aquisição de um terreno para este fim.

A mesma empresa que construiu a elogiada Casa do Empresário – sede da Acit (Associação Comercial e Industrial de Tijucas) e da CDL (Câmara de Dirigentes Lojistas) da cidade – se propõe ao serviço. Em estruturas pré-moldadas, a estimativa é de que a obra custe cerca de R$ 200 mil; apenas a quinta parte das sobras do Legislativo em 2018.

Enxugamento

Postado em 22 de dezembro de 2016
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De acordo com o próximo secretário de Administração e Finanças do município, empresário Helio Gama, as fusões de secretarias e consequentes extinções de cargos do primeiro escalão ocasionarão, em quatro anos, a economia de R$ 2,4 milhões aos cofres públicos de Tijucas.

A nova estrutura organizacional da prefeitura, porém, passará por um período de experiência. Junho é o limite para decidir, na relação sucessos versus dificuldades, se esse modelo será mantido.

Três: O filho adotivo

Postado em 6 de outubro de 2016
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No segundo semestre de 2008, Elmis Mannrich (PMDB) estava nos braços do povo. Em apenas três anos e meio, o prefeito de Tijucas ostentava o título informal de “melhor de todos os tempos” e caminhava a passos largos para a reeleição. Na retaguarda, sempre atenta e sagaz, a chefe de gabinete Flávia Fagundes filha do ex-prefeito Nilton “Gordo” Fagundes contribuía vigorosamente para a impressionante aprovação popular da administração municipal e, consequentemente, para a excelente imagem do chefe. Era ela quem fazia o atendimento aos pleitos da sociedade, encaminhava urgências ao prefeito, regia o colegiado municipal e cuidava pessoalmente de algumas demandas que pudessem ser terceirizadas. Chegava antes e saía da prefeitura depois de todos. Tinha pulso, jogo de cintura e vontade de trabalhar; além da fidelidade irreparável ao partido e, especialmente, ao patrão, a quem servia desde os tempos do escritório de advocacia.

Na carona desse ótimo momento, Fernando Fagundes (PMDB) despontava entre os jovens candidatos à Câmara na época. Filho de um dos políticos mais populares da história de Tijucas, peemedebista de berço, irmão da chefe de gabinete e frequente de inúmeros grupos sociais da cidade, tinha tudo para estrear bem nas concorrências eleitorais. Não deu outra. Em 5 de outubro daquele ano, ele recebeu 1.381 votos 20 a menos que a primeira colocada Marilú Duarte Carvalho (PMDB), então braço direito do secretário de Saúde à época, Walter Gomes Filho e conquistou, com virtudes sobejas, uma cadeira no Legislativo.

Mannrich estava reeleito e Fernando do Gordo na Câmara em 2009. Tudo parecia em ordem, não fosse a contestação dos métodos, inclusive pelos partidários, vereadores reeleitos e históricos, que, por ciúme ou por direito, passaram às objeções veladas. Formou-se, nos meses anteriores e anos seguintes à campanha, um elemento populário de que a estrutura municipal operava em função do irmão da chefe de gabinete. Alguns comissionados da prefeitura, inclusive, admitem quem eram mais valorizados se manifestassem apoio ao vereador e trabalhassem nesse sentido; e os demais parlamentares do partido, que não tinham as mesmas vantagens, começavam a ignorar alguns interesses da administração municipal na Câmara em razão dessa situação. Edson Souza e Elizabete Mianes da Silva eram, visivelmente, dois dos mais incomodados na época.

Fernando Fagundes continuou bem-sucedido nos pleitos eleitorais seguintes, sempre com expressiva votação. Neste, de 2016, era, flagrantemente, o candidato a vereador do candidato a prefeito. A esmagadora maioria dos cabos eleitorais do partido eram, e foram, também replicadores de votos para o edil reeleito; que, desta vez, somou 1.141 indicações e liderou, pela segunda vez consecutiva, a lista proporcional de classificados. O sucesso, porém, veio pela metade. Mannrich sofreu seu mais amargo revés, para tristeza de muitos e alegria de outros  principalmente de alguns que buscavam apenas a igualdade de privilégios nos seus governos anteriores.