Entra legislatura, sai legislatura, e o assunto sempre vem à tona: o salário do vereador é justo? Não à toa, vez ou outra uma ovelha negra traz o tema à apreciação do plenário, com projetos e justificativas; num rompante de consciência, para estremecer as bases ou para contentar a torcida. A bola da vez, agora, é a Câmara de São João Batista.
O vereador Fábio Norberto Sturmer (PP) tem o projeto na gaveta, pronto para ser apresentado. Ele deve propor a redução dos vencimentos dos edis batistenses, dos atuais R$ 4,1 mil para o mínimo nacional.
A matéria, entretanto, costuma provocar sensações diversas; da aclamação popular à inquietude da classe parlamentar, que habitualmente se abraça e consegue impedir o corte. Na mesma Capital Catarinense do Calçado, em 2015, a propósito, o então vereador Gilberto Montibeller (MDB) apresentou a mesma proposta; que foi rejeitada, evidentemente.
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RECLAMAÇÃO GERAL
Os vereadores de Tijucas também estão na berlinda. Um grupo formado no Facebook vem se organizando para protestar na Câmara Municipal e reivindicar a redução dos vencimentos dos parlamentares, que, na Capital do Vale, supera os R$ 7 mil. A manifestação estava programada para anteontem, mas não houve sessão.
Em resposta aos reclamantes, via rede social, a vereadora Fernanda Melo (MDB) concordou com a proposta. “Deveria ser de um salário mínimo (a remuneração do vereador), ou até sem pagamento, por contribuição voluntária”, escreveu.