sexta-feira, 26 de abril de 2024 VALE DO RIO TIJUCAS E COSTA ESMERALDA

Treze: As alianças incompreendidas

Postado em 14 de novembro de 2016
  •  
  •  
  •  
  •  
  •  

As oposições não se entendiam. Enquanto o PSD aguardava pela decisão do engenheiro Sérgio Fernandes Cardoso, e mantinha em stand-by o ex-vereador Antônio Zeferino Amorim e o advogado Marcio Rosa – o nome do professor Elói Mariano Rocha sequer era considerado nas conferências estratégicas do partido –, o PSDB, regido pela vereadora Lialda Lemos e pelo empresário Elson Junckes, liderava um movimento que prometia uma “limpeza” na prefeitura; enodoada, segundo se pregava nas reuniões do grupo, pelos últimos 12 anos de governo em Tijucas. Candidato a prefeito desde 26 de abril, o presidente municipal do PMDB, Elmis Mannrich, se apoiava em seguidas pesquisas pré-eleitorais, todas absolutamente favoráveis ao seu projeto, e navegava em águas serenas rumo à vitória. Analistas de ocasião, cientes das conjunturas e baseados nas dificuldades dos opositores, afirmavam que o ex-prefeito apenas perderia as recentes eleições municipais se errasse indecorosamente. Talvez tenha sido o que aconteceu.

Cardoso se manteve na diretoria de Administração e Finanças do Sebrae/SC; e Mariano Rocha venceu uma concorrência interna no PSD, assumiu favoritismo entre os caciques, e provocou dissabores aterradores nos correligionários Zeferino Amorim e Rosa. Na outra esquina do triângulo, Junckes e Helio Gama (PP) se lançavam, em chapa pronta, como representantes da coalizão L.I.M.P.E. no pleito majoritário. Mannrich, por sua vez, nesse meio tempo, pedia dispensa da presidência do Imetro/SC e continuava visitando, apertando mãos, abraçando, dando colo a crianças, beijando donas de casa, distribuindo tickets de cerveja em eventos sociais, e, no tempo livre, comemorando a promulgada divisão das oposições. Com os adversários em trincheiras distintas, separados, abria-se uma enorme clareira para a manutenção do PMDB na prefeitura por mais um quadriênio.

Uma ordem da esfera superior, porém, transladou o PP, que era do L.I.M.P.E., para as bases do PSD. A manobra foi um banho de água fria no PSDB. Junckes cortou relações com Gama e decidiu, em apoio a Lialda, extinguir o movimento. O policial rodoviário federal aposentado Adalto Gomes, presidente do contestado PT, chegava de mansinho entre os peessedistas e assumia favoritismo para a composição de chapa com Mariano Rocha. E, ainda nesse momento, enquanto os opositores desfaziam relações sólidas e consideravam alianças rasas, Mannrich aguardava pacientemente por outubro e pela confirmação das pesquisas.

Caiu num estupor popular, no entanto, a notícia, ora inimaginável, da surpreendente união entre o ex-prefeito e sua mais incisiva censora na Câmara. Mannrich e Lialda conversaram, se entenderam e decidiram seguir juntos nas eleições deste ano. Por mágica, os inúmeros processos por supostos crimes de improbidade administrativa, superfaturamento e afins contra as seguidas administrações do PMDB, encaminhados pela vereadora ao Ministério Público, foram tolhidos do passado recente. “Ali Babá” abraçou a signatária dessa nefanda alcunha e provocou um embaraçoso tumulto no ninho periquito. Tanto que dois plebiscitos peemedebistas marcaram, em datas diferentes e próximas, com 19 votos a 4 e 21 a 5 contrários à aliança, o rancor que parte dos cognominados “40 Ladrões” ainda carregavam contra sua principal algoz. O presidente municipal do partido, mesmo assim, bancou a coligação com o PSDB e com a parlamentar ex-inimiga. As pesquisas de outrora, amplamente favoráveis, viriam com um elemento avaliador a mais nas próximas edições. A lucidez popular foi convocada a participar mais ativamente da campanha.

Marcio Rosa sempre esteve no PMDB. Presidiu a legenda no município até ser destituído deliberadamente. Depois que entrou em rota de colisão com Mannrich, em 2012, esteve sempre na oposição; ao partido e ao ex-amigo. Passou quatro anos arquitetando formas de confrontar o ex-prefeito publicamente, e ir à desforra. Filiado ao PSD, enxergou 2016 como palco do espetáculo, num possível – ora provável – embate eleitoral entre ambos. Mas perdeu esse direito para Mariano Rocha e preferiu se afastar dos correligionários. Semanas depois, era recebido, com honras e ovações, na convenção peemedebista; e sentava, vestindo verde, à mesa protocolar, ao lado de históricas personalidades do PMDB local, como os ex-prefeitos Nilton Fagundes e Lauro Vieira de Brito. Um abraço carinhoso, no evento, como se os recentes quatro anos sequer houvessem existido, entre o ex-presidente e o candidato periquito à prefeitura marcou o curioso encontro. Pela novidade, e, especialmente pela singularidade, o assunto permeou as discussões de botequim daquele dia até as eleições. Enquanto alguns defendiam a generosidade e bendiziam o perdão, outros, mais ranzinzas, tratavam a questão como oportunismo de parte a parte. A pulga havia se aconchegado atrás da orelha.

Não passou despercebido, entretanto, que outro pré-candidato à prefeitura pelo PSD, o ex-vereador Antônio Zeferino Amorim, popular Tonho Polícia, famoso por frases como “Nem se me derem todas as carretas do Arnaldo Peixoto, eu vou com o PMDB”, tenha passado a acompanhar Mannrich nas incursões públicas – com registros fotográficos em redes sociais, inclusive – e participado exaustivamente dos encontros de bairros e comícios dos periquitos com outros ditos de efeito. “Nunca fui tão bem recebido em lugar nenhum!”, exclamava para quem quisesse ouvir. Ele e o irmão, Henrique Amorim, a propósito, foram cabos eleitorais marcantes da campanha peemedebista no Timbé, onde têm amplo prestígio.

Dias antes do pleito, a pesquisa do respeitado Instituto Mapa trazia índices diferentes daqueles colhidos anteriormente por Mannrich; que se confirmaram em 2 de outubro. Não se pode afiançar, com certeza, que as contestadas alianças com inimigos declarados tenham influenciado diretamente no resultado; mas qualquer cidadão comum, frequentador do cotidiano de Tijucas e atento à política, concorda que mesmo os peemedebistas mais devotos estavam confusos, alguns desgostosos. Ainda hoje, passados 40 dias das eleições, se pode encontrar um periquito recostado num balcão qualquer, com o copo pela metade, repetindo o que alguns gatos-mestres da política pregavam meses atrás, quando diziam que “o ex-prefeito apenas perderia a eleição se errasse indecorosamente”.

Elói exclusivo

Postado em 1 de novembro de 2016
  •  
  •  
  •  
  •  
  •  

Os nomes com exceção de Helio Gama, que está sacramentado na Secretaria de Administração e Finanças do próximo governo municipal em Tijucas ainda estão no campo das especulações; e o prefeito eleito Elói Mariano Rocha (PSD) prefere agir com parcimônia na escolha do secretariado municipal. Em atenção exclusiva ao blog, ontem, o vencedor da recente eleição majoritária na Capital do Vale revelou que tem a equipe rascunhada, mas que os anúncios ainda devem tardar um pouco.

De certo é que os atuais 17 cargos de primeiro escalão serão consideravelmente reduzidos. As secretarias, fundações e autarquia serão convergidas ao máximo, a fim de conter gastos dispensáveis e de otimizar o atendimento ao cidadão. O próximo administrador do município ratificou, também, que o vice-prefeito eleito Adalto Gomes (PT) comandará uma das pastas na gestão 2017-2020  o que seria salutar, sobretudo, à economia; visto que os cofres da prefeitura despenderiam apenas um salário em vez de dois.

Todos por ela

Postado em 26 de outubro de 2016
  •  
  •  
  •  
  •  
  •  
Foto: Divulgação

Estimulados pelos progressistas Helio Gama e Vilson Natalino Silvino, o prefeito eleito Elói Mariano Rocha, mais o presidente do PSD em Tijucas, empresário Jilson “Gil” Oliveira, e o vice-prefeito eleito Adalto Gomes (PT) foram a Florianópolis, ontem, prestar apoio à campanha de Ângela Amin (PP) à prefeitura da capital.

No segundo turno das eleições municipais, que termina neste domingo (30), Ângela concorre ao cargo máximo do município contra o deputado estadual Gean Loureiro (PMDB)  que, atualmente, leva vantagem nas pesquisas.

Dose dupla

Postado em 24 de outubro de 2016
  •  
  •  
  •  
  •  
  •  
Foto: Divulgação

Filho do ex-prefeito Uilson Sgrott, o dentista e empresário Maickon Sgott comemorou, juntamente com o ex-vereador, policial rodoviário federal aposentado e vice-prefeito eleito Adalto Gomes, sábado (22), mais um degrau na escalada da vida.

Sgrott chegou à sua 35ª primavera, enquanto Gomes celebrou seus 51 bem vividos anos. A festa, dupla e para muitos convidados, aconteceu na casa de recreio do empresário Geremias Teles Silva, à beira-rio, num dos belos recantos da Praça, em Tijucas.

Obras e Educação

Postado em 19 de outubro de 2016
  •  
  •  
  •  
  •  
  •  

Ser uma figura meramente ilustrativa no próximo governo de Tijucas não está nos planos do vice-prefeito eleito Adalto Gomes (PT). Sóbrio e bem articulado, ele pretende participar ativamente da administração municipal. E, de acordo com informações de bastidores, estaria bastante propenso ao comando da Secretaria de Obras, Transportes e Serviços Públicos do município.

Especula-se, ainda, que a gerência da pasta de Educação também esteja praticamente definida. A professora Ivania Lemos Freitas, que goza de muito prestígio com o prefeito eleito Elói Mariano Rocha (PSD), tem grandes chances de voltar ao cargo que ocupou por alguns meses na gestão de Uilson Sgrott, em 2004.

Elenco em formação

Postado em 18 de outubro de 2016
  •  
  •  
  •  
  •  
  •  

Embora a campanha do prefeito eleito Elói Mariano Rocha (PSD) tenha sido pautada na impessoalidade, sem promessas de cargos e benesses a partidários aliados, é evidente que o PT, do vice-prefeito eleito Adalto Gomes, tem a sua parcela de cooperação no processo e deve ser prestigiado na administração municipal. Uma das pastas pleiteadas pelo partido é a de Ação Social. O nome mais cotado para o posto é o da diretora da Apae do município, Cláudia Büchele, que teria o parlamentar suplente Tannay Vaz Júnior como braço direito.

Vencido em Porto Belo, o prefeito Evaldo Guerreiro (PT) também pode desembarcar em Tijucas a partir de 2017. Ele é personagem frequente nas pautas do PT da Capital do Vale, e tem aprovação do partido para, se houver oportunidade, contribuir com o próximo governo tijuquense.

Seis: O projeto Valério

Postado em 14 de outubro de 2016
  •  
  •  
  •  
  •  
  •  

A aprovação de Elmis Mannrich (PMDB) já não era a mesma em 2012. As comparações com o glorioso primeiro mandato, quando os níveis de aceitação popular ultrapassavam a impressionante marca de 70%, eram inevitáveis. Tijucas queria mais do mesmo, mas a resposta ficou aquém das expectativas. O importante asfaltamento da Avenida Bayer Filho, que começou no fim do quadriênio inicial, não teve sequência; e a ponte do Porto do Itinga, que caiu com as fortes chuvas de 2011, chegou a receber uma irônica festa de aniversário de desabamento um ano depois. Além disso, as discussões que se iniciavam sobre as obras do esgoto sanitário e a malquista  mas necessária  estação de tratamento de resíduos desgastavam, em doses homeopáticas, a imagem do governo municipal. Mesmo assim, o prefeito ainda contava com expressiva popularidade, relações sólidas no Estado e em Brasília, e gordura para transferir ao afilhado na sucessão municipal, o então vereador Valério Tomazi (PMDB).

O candidato da situação, porém, não estava pronto. Muito pelo contrário, aliás. A coordenação de campanha era temerosa quanto à desenvoltura de Tomazi, a dificuldade de se expressar com clareza e de conquistar naturalmente o eleitorado. Mannrich, entretanto, topou um novo desafio: comprovar sua supremacia política e eleger o sucessor mesmo diante desses obstáculos. Era o compromisso com Paulo Bornhausen, relatado com detalhes no episódio “Quatro: O partido em duas frentes“, e, naquela feita, repetido diante do espelho. Oposicionistas mais severos chegavam a afirmar que o então prefeito havia assumido essa necessidade porque temia que adversários vasculhassem as gavetas da prefeitura no ano seguinte, mas essa é uma discussão para balcões de botequim ou para o Ministério Público. A verdade é que o representante do governo na corrida eleitoral de 2012 precisou ser lapidado; inclusive com orientações de postura, de oratória e, mais intimamente, de imagem pessoal.

Somava-se às imperfeições do postulante situacionista à prefeitura, a ruptura no seio do PMDB também evidenciada no quarto capítulo da série. Mais próximos do presidente Marcio Rosa não acompanhariam Tomazi, a não ser que fossem convencidos por algumas sedutoras cifras. E foram. Tanto que, mesmo diante de uma eleição teoricamente fácil o candidato de oposição, Adalto Gomes (PT), não representava uma ameaça consistente , aquela campanha se alocou no ranking das mais caras da história de Tijucas, com mais de R$ 1 milhão despendidos em favor da dupla Valério & Ailton. De acordo com gente ligada ao processo, os recursos para o custeio das despesas vieram de inúmeras fontes, sobretudo das reservas pessoais do próprio candidato a vice-prefeito da época, empresário Ailton Fernandes (PSD), que, desconfiado, sempre perguntava: “Pra que mais dinheiro? A eleição está a perigo?”.

Pelos números finais daquele 7 de outubro, Fernandes tinha alguma razão em questionar. O adversário, que começou desacreditado, surpreendeu e assustou. Tomazi manteve as dificuldades, na campanha e nos quatro anos seguintes. Não ostentava grande popularidade, e pouco melhorou ou, quem sabe, até retrocedeu nesse quesito. Não era um político brilhante, e continua no mesmo patamar. Mas serviu para o projeto pessoal de Mannrich e do PMDB; e, porque favoreceu também quis ser favorecido com a oportunidade de concorrer à reeleição neste ano. Não conseguiu, foi tolhido numa erosiva pré-convenção, e fez oposição velada. Fechou as portas da prefeitura para o tutor, ora candidato na sua vez; e atrapalhou o quanto pode. A conta das escolhas de outrora chegou há 12 dias. E veio alta, baseada em, pelo menos, “15 motivos” cruciais. A série, no blog, vem contando essa história.

Cinco: A deposição do rei

Postado em 11 de outubro de 2016
  •  
  •  
  •  
  •  
  •  

Eleitos com diferença de 1.146 votos, Valério Tomazi (PMDB) e Ailton Fernandes (PSD) não encontraram facilidade no pleito majoritário de 2012 em Tijucas. Nem nas urnas e tampouco na campanha. Contavam com o favoritismo natural, com a maior militância, com o apoio do então prefeito Elmis Mannrich (PMDB) e da máquina pública, e concorriam contra uma dupla que se formou num sobressalto, dada a fragilidade da oposição à época o próprio candidato a vice-prefeito adversário, ex-vereador Antônio Zeferino Amorim, admitia, semanas antes da votação, que a formação da chapa oposicionista não inspirava grandes expectativas no início. “Eu e o Adalto (Gomes, candidato a prefeito vencido naquele ano) era dois ovo que nem cascava. Mas nós casquemo e já tamo esgravatando sozinho“, dizia, com simplicidade peculiar.

A disputa, que parecia decidida na apresentação dos competidores, ganhou contornos dramáticos nos últimos momentos. Fatores extraordinários que nasciam e se replicavam nos bastidores da corrida eleitoral foram preponderantes para a desaceleração da campanha situacionista. Além do desembarque do PSD – por conta de negociações fracassadas com o presidente municipal do partido, Jilson José de Oliveira , havia também o desgaste com o presidente do PMDB em Tijucas, Marcio Rosa, desde a pré-convenção dos periquitos, relatada com detalhes no episódio anterior, “Quatro: O partido em duas frentes“. Na reta final, apenas Fernandes permanecia no time da situação. Gil, Sérgio “Coisa Querida” Cardoso e os demais peessedistas deram as mãos a Adalto Gomes e Tonho Polícia.

Nas estâncias do PMDB, partido que administrava a Capital do Vale e concorria novamente à sucessão municipal, as dificuldades eram ainda maiores. Nome à frente das demandas do partido, Rosa abandonou os correligionários tijuquenses e partiu para Nova Trento, onde era coordenador de campanha da ex-prefeita Sandra Regina Eccel (PMDB) no pleito majoritário. Empenhos no TRE (Tribunal Regional Eleitoral) e uma série de documentos, além de cheques, que necessitavam da assinatura do líder peemedebista em Tijucas se acumulavam, sem resolução, e dificultavam ainda mais os planos dos periquitos na corrida eleitoral. Cabia, naquela época, ao atual secretário de Obras, Transportes e Serviços Públicos do município, Artur Tomazoni Filho  que era tão próximo do presidente do PMDB quanto de Mannrich e Tomazi , a coleta das assinaturas; mesmo que com alguma resistência e indolência do comandante.

Marcio Rosa recebeu, por vezes durante a campanha de 2012, porta-vozes da cúpula peemedebista em Tijucas. Os recados eram sempre os mesmos: “Afaste-se ou renuncie à presidência do partido”. E a resposta também se repetia: “Só saio se me expulsarem”.

Enfim, vencidas as eleições, Elmis Mannrich reuniu o PMDB municipal no auditório da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), semanas depois do pleito, para tratar dos rumos do partido. Marcio Rosa não recebeu convite; justamente porque não fazia parte dos planos futuros da agremiação em Tijucas. Quase todos os membros da executiva estiveram presentes e decidiram, depois de expostos os motivos, que o comando do diretório haveria de ser revisto. O presidente, além de deposto, foi expulso das fileiras peemedebistas. E o então prefeito, que coordenou a campanha de Valério & Ailton naquela feita, assumiu a chefia de uma recém-instituída comissão provisória.

Rosa voltou às boas com Mannrich e com o PMDB recentemente, mas esses quatro anos de arguições, de uma inimizade exacerbada, ganhou audiência e trouxe consequências. Se houve, por um momento, alguma esperança de comover a plateia, as urnas mostraram que a estratégia estava equivocada. A paz, sempre bem-vinda, reinou mais uma vez; graças aos deuses da fraternidade. Mas a política, que não é tão benevolente, ainda não assimilou essa súbita reaproximação.

Mudou

Postado em 3 de outubro de 2016
  •  
  •  
  •  
  •  
  •  

Tijucas comprou o conceito de que “mudar faz bem” e realmente guinou. Num dos mais acachapantes triunfos da história das eleições municipais, o professor Elói Mariano Rocha (PSD) e o policial rodoviário federal aposentado Adalto Gomes (PT) desbancaram o ex-prefeito Elmis Mannrich (PMDB) e o vereador Edson Souza (PMDB) no pleito majoritário e conquistaram, clara e expressivamente, o direito de governar o município pelos próximos quatro anos.

Os colas-brancas, que votaram 25 e duas vezes 13 nas últimas três eleições dominadas pelos periquitos, encontraram aconchego no 55 número que recebeu a segunda maior audiência de todos os tempos nas concorrências eleitorais da Capital do Vale. A excessiva diferença no placar (2.982 votos) não deixa dúvidas: a esperança por novos acertos suplantou os recorrentes erros da situação, tanto nas últimas gestões quanto na recente campanha do PMDB.

Tribunal lotado

Postado em 30 de setembro de 2016
  •  
  •  
  •  
  •  
  •  

Baseada em denúncia ao Ministério Público formalizada pela vereadora Lialda Lemos (PSDB) hoje aliada do ex-prefeito e novamente candidato na concorrência majoritária Elmis Mannrich (PMDB) e também testemunha no caso, a juíza Monike Silva Póvoas Nogueira, titular da Segunda Vara Cível de Tijucas, determinou, ontem, abertura da ação civil pública que apura supostas irregularidades em licitações durante as gestões 2005-2008 e 2009-2012.

De acordo com os autos, os valores envolvidos auferem a casa dos R$ 400 mil.

Em contrapartida, advogados da coligação “Experiência e Trabalho” ajuizaram, na mesma data, pedidos de cassação de candidatura contra Elói Mariano Rocha (PSD), Adalto Gomes (PT), Elizabete Mianes da Silva (PSD) e José Leal da Silva Júnior (PSD) por supostas violações na Lei Eleitoral como abuso do poder de autoridade e condutas vedadas a agentes públicos em campanhas, utilização indevida de meios de comunicação e captação ilícita de sufrágios com abuso de poder econômico.