sexta-feira, 18 de outubro de 2024 VALE DO RIO TIJUCAS E COSTA ESMERALDA

Fundo solidário

Postado em 20 de maio de 2024
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Foto: Divulgação

O vereador e pré-candidato a prefeito de São João Batista, Gustavo Grimm (PL), apresentou, semana passada, uma Moção de Apelo aos poderes constituídos do Brasil, pedindo a destinação do polêmico FEFC (Fundo Especial de Financiamento de Campanha) para as vítimas das enchentes no Rio Grande do Sul.

A proposta foi encaminhada para a Câmara dos Deputados, ao Senado Federal e à Presidência da República. Grimm justificou que a classe política “deve fazer a sua parte” e colaborar com o povo gaúcho, nesta que é uma das maiores catástrofes climáticas das últimas décadas.

O Fundo Eleitoral ganhou o apelido de “Fundão” e distribuirá cerca de R$ 5 bilhões aos partidos que têm representação na Câmara Federal. Uma vez aprovado, cabe ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral) função de dividir o recurso.

Descentralização

Postado em 3 de outubro de 2023
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Foto: Arquivo Pessoal

O vereador Maickon Campos Sgrott (PP), de Tijucas, segue o projeto de dividir a vereança com colegas de partido, cedendo a cadeira no parlamento municipal por um mês, permitindo que os suplentes colaborem e participem da legislatura.

Desta vez, quem assumirá a função será Fernanda Estela Rocha (PP). Com a posse, realizada na noite desta segunda-feira (02), o Poder Legislativo tijuquense contará, mais uma vez, com duas representantes femininas.

Antes de Fernanda, já haviam assumido o exercício do cargo, no sistema de rodízio implementado por Sgrott, os suplentes Júlio Bucoski, Leonel João David, Tânia Roncálio e Rogério Freitas. “No PP, os suplentes tem vez e podem ajudar apresentando suas demandas para a melhoria da nossa cidade”, frisou o agora vereador licenciado.

Encontros e sorrisos

Postado em 4 de julho de 2023
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Foto: Arquivo Pessoal

Nos últimos dias, o secretário de Obras e Serviços Urbanos de Tijucas, Vilson Natálio Silvino (PP), precisou se dividir entre as funções públicas e a participação da Pisobello Revestimentos na 6ª Fecon e 2ª Expo Acit/CDL Tijucas.

A empresa, que já contabiliza 25 anos de atuação, foi uma das expositoras no evento. A presença do ex-presidente do Poder Legislativo municipal, evidentemente, contribuiu para alavancar o número de visitas ao stand.

Vilsinho posou para fotos com o prefeito Eloi Mariano Rocha (PSD) e a primeira-dama Izineide Paloschi. Vale o registro, ainda, do encontro com o deputado estadual Emerson Stein (MDB) que, embora participe de corrente política contrária, goza de respeito e admiração do atual presidente do PP na Capital do Vale.

Panos quentes

Postado em 12 de junho de 2020
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Em grandes ondas, todos querem surfar. A pré-candidatura a vice na chapa governista para a concorrência majoritária de São João Batista se transformou no assunto do momento na cidade — sobretudo, com manifestações efusivas na Câmara Municipal. O discurso acalorado do vereador Almir “Déi do Gás” Peixer (PSD) nas tribunas do parlamento, segunda-feira (8), sobre a disposição de formar dupla com o vice-prefeito e pré-candidato Pedro Alfredo “Pedroca” Ramos (MDB), provocou reação diligente — e diplomática — da favorita ao posto, Rúbia Alice Tamanini Duarte (PSL).

No meio da semana, a professora, única mulher na atual legislatura, preferiu evitar ranhuras, abriu mão da vaga e pontuou que “Pedroca sempre teve preferência por Déi”. Nas internas situacionistas, o posicionamento da vereadora foi considerado um ato generoso.

O prefeito Daniel Netto Cândido (PSL), por sua vez, concordou com a correligionária e reforçou a ideia de grupo. “Não queremos gerar divisão”, acrescentou o chefe do Executivo batistense.

Cotas parceladas

Postado em 12 de março de 2020
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O prefeito Eloi Mariano Rocha (PSD) está reunindo vereadores e pretensos postulantes da base ao Legislativo para, até 3 de abril, dividir, com pesos e medidas semelhantes, todos os pré-candidatos em apenas três partidos: PSD, PSL e PP.

Com as novas regulamentações para o pleito proporcional, a estratégia passou a ser o fortalecimento das legendas em vez das coligações. Nomes com potencial que estejam filiados a partidos de menor expressão, ou que venham da oposição, estão sendo orientados a migrar para o triunvirato governista antes do fechamento da janela.

Separação

Postado em 23 de fevereiro de 2018
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Última das pastas agrupadas na atual administração de Tijucas, a Secretaria de Administração e Finanças pode ser desmembrada nos próximos momentos. Passarinho incolor conta que o prefeito Elói Mariano Rocha (PSD) estuda a disjunção do órgão, assim como fez com Desenvolvimento Econômico Sustentável e, mais recentemente, com Cultura, Esporte e Lazer.

Se oficializada a reversão, o atual secretário de Administração e Finanças do município, Rosenildo de Amorim, passaria a comandar apenas a pasta de Administração. Para a gerência de Finanças, o nome mais cotado seria o da atual diretora de Controle Interno da prefeitura, Sabrina Calil.

Quatro: O partido em duas frentes

Postado em 7 de outubro de 2016
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Em meados de 2011, o PSD ressurgia pelas mãos do economista e engenheiro civil Gilberto Kassab, então prefeito de São Paulo. O partido reestreava forte na política nacional, repleto de importantes adesões. Uma das mais relevantes vinha de Santa Catarina: a família Bornhausen deixava o DEM para encorpar a nova bandeira. Na mesma época, a controversa Tríplice Aliança governava o Estado sem oposição e aproximava os Bornhausen do PMDB de Luiz Henrique da Silveira. Fatos que, somados a outras situações, salientavam as conexões entre o prefeito de Tijucas, Elmis Mannrich (PMDB), e o então deputado federal Paulo Bornhausen, principal articulador do recente PSD no território barriga-verde. A relação entre ambos tornou-se tão agradável que não tardou para firmarem um acordo: o candidato a vice-prefeito do PMDB nas eleições majoritárias de 2012 em Tijucas seria um peessedista.

As opções ainda eram escassas na Capital do Vale. O partido começava a se estruturar no prestígio do engenheiro Sérgio Fernandes Cardoso  que, naquela feita, era o tijuquense mais próximo do herdeiro Bornhausen – e contava, na ocasião, com apenas alguns seguidores. O empresário Jilson José de Oliveira e o vereador Ailton Fernandes, que cumpria a quinta legislatura consecutiva, estavam entre eles. O parlamentar, em princípio, ficou pré-selecionado; porque era comedido na Câmara, não fazia oposição severa ao PMDB e gozava de situação econômica interessante à futura campanha.

Mannrich estava no segundo mandato e não poderia mais concorrer no pleito majoritário. O então vereador Valério Tomazi (PMDB) ostentava favoritismo entre os peemedebistas para a sucessão municipal, e a proposta passou a ser apresentada em reuniões diversas com Paulo Bornhausen em Florianópolis. Os encontros eram sempre acompanhados pelo presidente municipal do partido à época, advogado Marcio Rosa. Naquele mesmo ano, havia cerca de 16 meses das eleições, a dupla Valério & Ailton estava chancelada.

Rosa, no entanto, embora houvesse concordado com tudo na ocasião, passou a considerar a candidatura a prefeito. Recebia estímulos diversos dos amigos, dos funcionários do Samae (Serviço Autônomo Municipal de Água e Esgoto) autarquia que comandava naquela gestão e de muitos correligionários. Era o presidente do PMDB no município e acreditava que pudesse se impor internamente. Começou, então, a articular a ideia; mesmo que não tratasse abertamente do assunto com o prefeito. Mannrich, por sua vez, sabia das movimentações apenas por terceiros, mas fazia questão de não querer acreditar. Até que quatro meses antes do pleito, no fim do prazo de desincompatibilização para as eleições majoritárias de 2012, a carta de renúncia ao cargo de diretor do Samae chegou à mesa do chefe do Executivo municipal.

Os amigos tornaram-se rivais. As discussões não cessaram. Numa delas, no primeiro gabinete do paço, os gritos ecoaram pelos corredores; e secretários e partidários saíam e entravam freneticamente na sala, nervosos. Elmis Mannrich e Marcio Rosa estavam em lados opostos pela primeira vez desde 2004. O prefeito queria cumprir o compromisso com Tomazi e Bornhausen; o presidente do partido queria o apoio do amigo, com quem era unha e carne, e a quem ajudou, e muito, a eleger oito anos atrás. Mas não houve entendimento. As linhas do PMDB, naquele momento, eram duas. E seguiriam assim para a pré-convenção do partido, semanas depois.

Valério Tomazi e Marcio Rosa travaram uma disputa instigante, voto a voto, no diretório do partido. Ao fim da contagem, para alívio de Mannrich, o vereador levou a melhor. Três votos separaram o vitorioso do derrotado. Uma das alas do PMDB de Tijucas comemorava e a outra lamentava. Enquanto o presidente caminhava, cabisbaixo, para a saída do CTG Fazenda Eliane, onde ocorreu a pré-convenção, a sonorização do evento lançou a clássica “Vou Festejar”, de Beth Carvalho, com o famoso verso “Vou festejar / o teu sofrer / o teu penar”. Era a gota d’água.

O comandante do PMDB, naquelas eleições, não ficou em Tijucas. Assumiu a coordenação de campanha de Sandra Regina Eccel (PMDB) em Nova Trento; mas a família, especialmente mulher e filhos, eram frequentes nas carreatas e comícios da oposição na Capital do Vale. Tomazi venceu nas urnas, sem o presidente do partido nos palanques e na campanha. Depois disso, não houve mais contato, sequer cumprimento, entre Mannrich e seu ex-amigo. Rosa tornou-se opositor a partir de 2013. Assumiu a presidência do PSDB e, mais tarde, filiou-se ao PSD com expectativas muito claras de candidatura a prefeito em 2016 e desforra contra a cúpula periquita.

Como mostra a história recente, Elói Mariano Rocha disputou as eleições deste ano pelo PSD. Preterido entre os colas-brancas e desmedidamente chateado, Marcio Rosa refez, depois de quatro anos, a amizade com Elmis Mannrich. Voltou para casa depois de encabeçar um período de oposição feroz às suas origens. Nesse tempo, transformou muitos periquitos em canários e tucanos; denunciou práticas controversas de ex-aliados a órgãos judiciais; reprovou publicamente, pela imprensa ou nas rodas sociais, condutas de gestões peemedebistas passadas, enfim… O ex-presidente do PMDB voltou, mas também deixou um rastro de destruição pelo caminho. Domingo (2 de outubro de 2016), ele estava lá, tentando desfazer o passado e construir um novo futuro. Não deu tempo.