Foto: Rádio Super

As eleições terminaram, mas a troca de farpas entre personagens do cotidiano político de São João Batista parece longe do fim. As primeiras indiretas envolvem o prefeito eleito Juliano Peixer (UNIÃO), o ex-vereador e candidato vencido no pleito majoritário de 2020, Heriberto Eurides de Souza, e o radialista e empresário Silvio Eccel.

Em entrevista à Rádio Super, emissora concorrente da Clube de Silvinho na cidade, Peixer alfinetou: “pela primeira vez, o cara que ganhou todas as eleições perdeu” – em referência clara ao rótulo do qual Eccel tanto se orgulhava –, e seguiu: “também pela primeira vez, o prefeito de eleito foi na Super e não na ‘Poderosa’”. As troças foram estendidas por Betinho, no mesmo programa: “passou quatro anos me chamando de derrotado. E agora quem perdeu foi ele”.

No dia seguinte, entretanto, Silvinho usou os microfones da Clube para responder as espetadas. “Não perdi nada, porque não fui candidato”, disse, embora houvesse lançado o funcionário Jonatam Cordeiro (REPUBLICANOS), principal locutor da emissora, como candidato a vice-prefeito em chapa com Daniel Netto Cândido (PSD). E continuou, agradecendo o prefeito eleito pelo “elogio” e afirmando que “pela audiência da Clube, ela pode ser chamada de ‘Poderosa’”. Pois então…

Foto: Arquivo Pessoal

O prefeito Tiago Dalsasso (MDB), de Nova Trento, ficará afastado das funções na chefia do Executivo municipal durante 30 dias. O mandatário neotrentino tem direito a usufruir de um período de férias, conforme a legislação trabalhista.

Em atenção ao Blog, Dalsasso explicou que a decisão tem por objetivo evitar que a campanha eleitoral “se misture” com a rotina da administração pública. Com a saída no próximo dia 5, o prefeito retornará ao cargo exatamente um dia após o pleito.

O adjunto Moacir Tadeu Dalla Brida (PSD), que concorre à reeleição na chapa encabeçada por Dalsasso, também se afastará do cargo. Caberá ao experiente vereador e presidente do Poder Legislativo, Genésio Luiz Piazza (MDB), o Édo, a missão de governar o município durante o período.

Foto: Ilustração

O Partido dos Trabalhadores (PT) não disputará nenhuma prefeitura no Vale do Rio Tijucas. Embora pudessem usar a relação com o Governo Federal como trunfo em uma eventual campanha, as executivas petistas na região não conseguiram sequer a participação em uma chapa.

Especula-se, aliás, que o partido segue enfrentando dificuldades em construir composições, sobretudo pela imagem arranhada da legenda em nível nacional. A popularidade do ex-presidente Jair Bolsonaro em Santa Catarina e o perfil do eleitorado catarinense seriam outros empecilhos.

Registre-se, entretanto, a indicação de sete nomes da Federação Brasil da Esperança – Fé Brasil, de PT, PC do B e PV, para a disputa proporcional em São João Batista.

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Quatro candidaturas estão devidamente registradas nos sistemas do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), em Bombinhas. O município tem 18.655 eleitores aptos ao voto, número 24,9% maior que o de 2020, quando havia 14.930.

O grupo governista indicou o vice-prefeito Alexandre da Silva (PSD) para concorrer à sucessão do prefeito Paulo Henrique Dalago Muller (PSD). A coligação “Para Continuar no Caminho Certo” apresenta como candidato a vice o vereador José Antônio Olímpia (PODEMOS), o Tonho Olímpio. O movimento tem o apoio, ainda, de UNIÃO BRASIL e PP.

A vereadora Isabela Camile da Silva (PL), crítica feroz da administração no parlamento bombinense, concorre desta vez à prefeitura. A candidata terá o empresário Irivaldo Spader (MDB), o Alemão do Iraci, como companheiro de chapa, na coligação “Liberdade e Respeito por Bombinhas”.

Outro contraponto ao grupo governista será feito pela advogada Jadna Matias da Silva (NOVO). O movimento se apresenta com chapa pura, através da indicação do administrador Diego Pinheiro como candidato a vice.

A Federação PSOL/REDE apresentou e registrou a candidatura do médico Mauro Cesar Luisi Barroso (REDE), o Dr. Mauro Barroso, como postulante à chefia do Executivo municipal, em chapa formada com Romi Rosane Fischer (REDE).

PARLAMENTO

Bombinhas terá um número recorde de candidatos ao Legislativo. Serão 66 nomes em disputa das nove cadeiras do parlamento. UNIÃO, PSD, PP, MDB, NOVO, PL e PODEMOS indicaram nove nomes cada, enquantos as federações PSOL/REDE e PT/PC do B/PV registraram 10 e seis candidaturas, respectivamente.

Fotos: Divulgação

Na distante Major Gercino, que integra a região do Vale do Rio Tijucas, a disputa será situação contra oposição. O pouco mais de 3,3 mil eleitores do município terão novamente duas opções para governar a cidade entre 2025 e 2028.

A vice-prefeita Viviane Booz Ferreira (MDB) tenta agora chefiar o Executivo municipal, com apoio do prefeito Valmor Pedro Kammers. A coligação “O Sonho se Realizou, Major tem que Continuar” conta com a participação do UNIÃO BRASIL, representado pelo vereador e candidato a vice-prefeito, Augustinho Orlandi.

O contraponto ao governo será encabeçado pelo vereador Rodrigo dos Santos (PP), da coligação “Mudar Faz Bem”. O candidato a prefeito tem o ex-vereador Saulmir Zunino (PL) como colega de chapa, em disputa pela vice-prefeitura. O movimento conta, ainda, com participação do PODEMOS.

PARLAMENTÁVEIS

Disputam o pleito proporcional, de olho na Câmara de Vereadores majorense, 33 candidatos. Destes, nove são do UNIÃO BRASIL, três do PODEMOS e cinco do MDB. PL e PP indicaram oito postulantes cada.

Fotos: Divulgação

A prefeitura de Canelinha será disputada por duas chapas nas eleições municipais de 2024. 10.126 votos estarão em disputa durante a campanha até a abertura das urnas, a partir das 17h do próximo dia 6 de outubro. 

Pelo lado situacionista, o prefeito Diogo Francisco Alves Maciel (PL) tenta a reeleição e o direito de governar o município por mais quatro anos. A coligação Canelinha no Rumo Certo apresentou novamente o atual vice-prefeito, Antônio Carlos Machado Júnior (PSD), como colega de chapa de Alves Maciel. 

Os oposicionistas estarão concentrados no projeto emedebista, encabeçado pelo vereador Thiago Vinícius Leal (MDB). O grupo disputará o pleito em chapa pura e apresentou a advogada Ana Cláudia Orsi Arndt, que debutará em disputas eleitorais, como candidata a vice-prefeita. 

PROPORCIONAL 

Na Terra das Cerâmicas, 43 candidatos disputarão as nove cadeiras do parlamento municipal. PL e PSD apresentaram 10 nomes, enquanto o REPUBLICANOS indicou nove. O MDB terá oito candidatos e o UNIÃO BRASIL anunciou seis postulantes. 

Foto: Divulgação

Com a dissidência do PL, o então bloco de oposição em São João Batista mudou de status a passa a ser um dueto oposicionista. UNIÃO BRASIL e PP caminharão juntos até o pleito de outubro, em projeto de retomada da prefeitura. 

O ex-vereador Juliano Peixer (UNIÃO), conforme indicavam os prognósticos, foi oficializado como o cabeça da futura chapa e terá a companhia do jovem vereador Mateus Galliani, de família tradicionalmente ligada aos Progressistas. 

“A gente tá muito feliz de ter a candidatura homologada. Uma aliança com um partido que defende a mudança, que vem falando em um novo momento pra São João Batista. Nós já vinhamos pregando projetos e propostas, agora nossa campanha só tem a crescer, em projeto que melhore a cidade”, celebrou Peixer. 

“Sempre me coloquei à disposição do partido. Nesses três anos como vereador busquei fazer um mandato propositivo, sempre avaliando o governo naquilo que achávamos incorreto. São João precisa de mudança e renovação. O Progressistas avalizou meu nome e estamos junto com Juliano. São João Batista precisa mudar e voltar a sorrir”, disse Galliani.

SEPARAÇÃO

Ao Blog, Peixer explicou a decisão do grupo em seguir o projeto sem a participação do PL e do presidente local da legenda, Felipe Lemos, que havia sido anunciado como pré-candidato a vice-prefeito do movimento. 

“O PP fez uma reunião há 11 dias, com um gesto nobre do Fábio da Ravel (Fábio Norberto Sturmer), que abriu mão de estar na chapa, em nome da candidatura do Juliano e do Felipe a vice. O PP não se sentiu confortável com o que andava na rua e acredito que o candidato do PL também não se sentiu confortável. Foi um processo natural. Desejamos sorte ao projeto dele”, pontou. 

ARQUITETO

Figura basal no projeto, o ex-prefeito Aderbal Manoel dos Santos confirmou que havia participado ativamente na construção do frente ampla de oposição e explicou a participação na decisão de chancelar a dupla Juliano e Mateus. 

“A gente teve participação na tentava de construir uma composição mais ampla. A gente até ajudou a montar o PODEMOS. Mas, campanha é assim. Cada partido tem o seu interesse, o seu rumo. O PP havia feito um gesto grandioso, mas vimos a repercussão e, quem era pra estar feliz, puxava pra trás. Tomamos a decisão nesta noite de ter Juliano candidato a prefeito e o Matheus de vice-prefeito”, explicou o ex-mandatário. 

Foto: Luan Lucas

O PSD de São João Batista, liderado pelo ex-prefeito e novamente postulante à chefia do Executivo municipal, Daniel Netto Cândido, aprovou em convenção partidária, nesta manhã (5), a futura coligação com o REPUBLICANOS, com vistas no pleito de outubro. .

O movimento definiu o nome do ex-mandatário, que governou a cidade entre 2013 e 2020, como cabeça de chapa, acompanhado do radialista Jonatam Cordeiro (REPUBLICANOS), debutante no cenário eleitoral, já como pré-candidato à vice-prefeitura batistense.

“Sempre sonhei em ter um companheiro de chapa que tivesse a mesma personalidade, pegada e jeito de fazer política que eu tenho. Um cara carismático, sério, trabalhador e que tem o cheiro do povo. O Jonatam preenche isso. Tinhamos outras pretenções, mas tivemos a sorte de ter ele ao nosso lado. Temos totais condições de fazer uma grande gestão e fazer nossa cidade voltar a sorrir”, celebrou o ex-mandatário.

“A chapa tá formada, temos a certeza que fizemos a melhor escolha, uma escolha pela cidade de São João Batista. Esse é nosso lema e é isso que vamos levar para a estrada. Tomara que a nossa comunidade nos dê a resposta que a gente tanto deseja”, frisou Cordeiro.

MANDATO CHEIO

Embora se especule que, caso vença as eleições, Netto Cândido renuncie ao cargo para estar apto para concorrer novamente a uma cadeira no parlamento catarinense, o ex-mandatário rechaçou a possibilidade em atenção ao Blog. 

“Eu me comprometi comigo mesmo. Quando decidi ser candidato a prefeito, eu abri mão de ser deputado. Eu não renunciarei, já falei com o Jonatam sobre isso para que não crie expectativa nenhuma. Eu não renunciarei pra ser candidato a deputado em 2026. Serei prefeito pelos quatro anos”, revelou o peessedista.

Foto: Luan Lucas

O prefeito Pedro Alfredo Ramos, de São João Batista, recebeu a chancela do MDB batistense para disputar novamente a chefia do Executivo municipal. A aprovação ocorreu em reunião com convencionais, no Restaurante 19 de Julho, ontem à noite.

Ao Blog, Pedroca revelou que tinha o desejo de tentar a manutenção do governo por mais quatro anos e celebrou o apoio dos correligionários, do diretório e de emedebistas alinhados ao projeto de reeleição.

“Há algum tempo tinha o objetivo de ser novamente candidato a prefeito. Sempre tive isso no coração para continuar por mais quatro anos. Com a graça de Deus, do diretório e dos meus amigos do MDB, conseguirei esse objetivo”, celebrou o mandatário.

FARÁ FALTA

O prefeito lamentou apenas a ausência do vice-prefeito Almir Peixer, o Déi do Gás, na chapa majoritária. O adjunto foi anunciado como postulante ao Legislativo, abrindo espaço para a composição com o PODEMOS.

“Estou com o coração um pouco doído porque tive um vice-prefeito maravilhoso, uma pessoa que deu muito certo na nossa gestão”, lamentou. “Ao mesmo tempo, estou contente por conseguir um jovem, com muita inteligência e vontade de trabalhar. É coração com renovação”, complementou, ao se referir ao futuro colega de chapa, Leonardo da Silva Kammer.

PENDÊNCIAS

Embora a conjuntura já seja dada como certa, o grupo ainda precisa aguardar pela convenção partidária do PODEMOS, agendada para este domingo (4). A meta do pré-candidato a vice-prefeito podemista é conseguir a aprovação unânime dos colegas de partido.

“A gente tá bem unido e bem junto. Já formamos nossa nominata, mas precisamos da aprovação do nosso diretório. Estou trabalhando para que seja unanime. Acredito que nossa deputada Paulinha (Ana Paula da Silva) dará esse aval. Ela é nosso carro chefe, que vai nos coordenar e nos dar a direção”, explicou Kammer.

Foto: Arquivo Pessoal

As frentes de oposição ao governo de Diogo Francisco Alves Maciel (PL), em Canelinha, não se entendem. Às vésperas do prazo final de homologação das candidaturas, os grupos ainda não definiram como farão contraponto ao projeto de reeleição do mandatário no pleito de outubro.

O tradicional MDB, que indicou um candidato à prefeitura em todas as eleições na Terra das Cerâmicas, vêm enfrentando sérias dificuldades em construir uma chapa. Tanto que alianças com ex-rivais chegaram ser cogitadas, mas todas sem sucesso.

O vereador Robinson Carvalho Lima (UNIÃO), que se apresentava como uma alternativa, declinou e pretende tentar a reeleição na Câmara. Outro legítimo cola-branca sondado para uma eventual composição foi o ex-vereador Altamiro José Adames, candidato a vice-prefeito de Antônio da Silva (PP) em 2020. O convite foi prontamente recusado.

A brecha trouxe de volta o nome do inesgotável ex-prefeito Moacir Montibeler. O Galo Cinza, como ficou conhecido, embora apresente um quadro de saúde que inspira cuidados, não descarta disputar a chefia do Executivo canelinhense pela oitava vez.

Durante a tradicional Festa de Sant’Ana, dias atrás, Montibeler garantiu a amigos, correligionários e simpatizantes que não deixaria o Manda Brasa fora das urnas e que, se necessário for, entrará na disputa “para ganhar ou perder”.

A BUSCA PELO VICE

Com o velho bastião cola-preta à frente do projeto, os emedebistas buscam um nome para a composição. Especula-se que o presidente local e ex-vereador Adair da Conceição Lopes Filho, o Dica, possa compor a chapa com Montibeler.

A indefinição tem data para acabar. Afinal, o partido convocou os convencionais para a próxima segunda-feira (5), no plenário da Câmara de Vereadores, onde deverão debater e definir os próximos passos. Até lá, tudo pode acontecer. Inclusive nada.