sábado, 23 de novembro de 2024 VALE DO RIO TIJUCAS E COSTA ESMERALDA

Gelo derretido

Postado em 26 de maio de 2017
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Muita tensão e, principalmente, desinformação, hoje, na Câmara Municipal de Tijucas. Tudo porque a Justiça decidiu congelar as contas bancárias dos vereadores da legislatura 2013-2016 quatro deles, reeleitos e dos servidores réus no processo da Operação Iceberg. Houve quem, inclusive, no desespero, tentasse registrar outras contas e bancos para o recebimento dos salários.

De acordo com um perito consultado pelo blog, o procedimento não bloqueia os vencimentos dos vereadores e funcionários, e quaisquer rendimentos provenientes das remunerações. Está tudo liberado, desde que comprovado o que é praticamente automático, a partir dos depósitos do empregador; neste caso, o município. “Os salários, assim como pensões, proventos de aposentadoria, pecúlio e afins são impenhoráveis segundo o Novo Código de Processo Civil”, afirma o jurista.

Ou seja, para bem da verdade, quase nada muda. Fez-se tempestade num copo d’água. Para os afetados pela decisão, ter as contas bancárias bloqueadas pela Justiça nestas condições pode ser encarado como ir a um baile e dançar a noite inteira com a própria irmã, capicse?!

Abaixo-assinado

Postado em 4 de maio de 2017
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O requerimento do servidor público federal Henri C. M. da Silva, que solicita ao Poder Legislativo de Tijucas o afastamento dos quatro vereadores da atual legislatura indiciados a partir da Operação Iceberg, vem encorajando outras iniciativas do gênero. Com base nos mesmos argumentos – de moralidade, ajuste e melhoria dos serviços prestados –, a Associação dos Moradores do Bairro Praça vem colhendo assinaturas para protocolar na Câmara, e levar à promotoria da Comarca, um segundo pedido de interrupção dos mandatos dos réus no citado processo.

Fontes ligadas ao movimento garantem que o abaixo-assinado tem, neste momento, mais de 300 firmas. A expectativa é que o manifesto chegue à mesa diretora da Casa do Povo e ao Fórum com pelo menos mil assinaturas.

Folha carimbada

Postado em 20 de abril de 2017
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Com base no artigo 44 da Lei Orgânica do Município e nos artigos 73, 228 e 230 do Regimento Interno da Câmara Municipal de Tijucas, o servidor público federal Henri C. M. da Silva, cidadão nos termos do artigo 5º da Constituição Federal de 1988, já protocolou ofício na direção do Poder Legislativo do município – conforme noticiado com exclusividade pelo blog sob o título “Julgamento antecipado” – que “REQUER o afastamento dos envolvidos nas práticas de improbidade administrativa e corrupção” no caso que ficou conhecido como Operação Iceberg.

Sob justificativa de “ajuste e melhoria dos serviços prestados pelo Poder Legislativo”, ele anexa ao documento a “notícia de fato” e o protocolo da denúncia formalizada no Ministério Público de Santa Catarina, na expectativa de que, apoiado na legislação interna, o parlamento municipal possa deliberar sobre o afastamento dos quatro vereadores reeleitos e réus no citado processo.

Três por um

Postado em 18 de abril de 2017
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Para os servidores do Poder Legislativo de Tijucas que ingressaram na Casa do Povo pelas mãos do PMDB, a polêmica – e supostamente possível – exclusão,  por “quebra de decoro parlamentar”, dos quatro vereadores reeleitos e investigados na Operação Iceberg, é crucial.

Eles calculam que o caso  – noticiado pelo blog sob o título “Julgamento antecipado” – desencadearia a retomada da maioria no parlamento tijuquense, a procedente continuidade na mesa diretora e, consequentemente, a manutenção dos cargos ocupados pela legenda na Câmara Municipal. Se confirmada na prática, a votação interna que poderia culminar com o afastamento dos vereadores Elizabete Mianes da Silva (PSD), Fernando Fagundes (PMDB), Jean Carlos de Sieno dos Santos (PSC) e José Leal da Silva Júnior (PSD) tiraria três adversários do caminho do PMDB em detrimento de um periquito.

Julgamento antecipado

Postado em 6 de abril de 2017
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Formalizada por um munícipe de Tijucas, uma denúncia contra os quatro vereadores reeleitos que continuam investigados na famigerada Operação Iceberg chegou ao Ministério Público. Em argumentos fundamentados na moral e na ética, o autor pediu que os parlamentares fossem preventivamente afastados do cargo.

Inicialmente, o MP rejeitou; mas o cidadão, servidor público federal, recorreu à Promotoria, em Florianópolis, e planeja, na sequência, acionar a mesa diretora da Câmara Municipal para que o próprio parlamento decida pela suspensão ou manutenção dos mandatos dos réus no citado processo, com base no Regimento Interno da Casa. De acordo com fonte fidedigna do blog, o presidente do Poder Legislativo do município, vereador Elói Pedro Geraldo (PMDB), deve receber o requerimento nas próximas horas.

Pressão colossal

Postado em 29 de março de 2017
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Desde que se soube da contratação jamais oficializada do ex-vereador Eder Muraro (PSD) pelo gabinete do deputado estadual Jean Kuhlmann (PSD), as coxias da Assembleia Legislativa de Santa Catarina viraram um pandemônio. Os empecilhos, que inicialmente eram, de fato, burocráticos, se agravaram com as diligências de adversários políticos e argutos defensores da moral e dos bons costumes à cúpula do parlamento catarinense com clamores insistentes pela cabeça do ex-presidente da Câmara Municipal de Tijucas.

Ontem, entretanto, Kuhlmann que havia programado a admissão do tijuquense para 1º de abril jogou a toalha. As pressões foram maiores que a necessidade de contar com Muraro na secretaria parlamentar e na formação de um aprisco eleitoral no Vale do Rio Tijucas. A nomeação, portanto, está definitivamente cancelada.

Houve quem levasse, inclusive, reportagens da RBS TV sobre a propalada Operação Iceberg ao comando da Alesc para engrossar os argumentos nas súplicas de negação ao ex-vereador.

Quatorze: A busca pelo vice perfeito

Postado em 22 de novembro de 2016
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Desde a oficialização da candidatura de Elmis Mannrich à prefeitura de Tijucas nas eleições 2016, o presidente municipal do PMDB tinha uma prerrogativa que não abria mão. Era exclusivamente dele, sem interferência da executiva do partido, a escolha do candidato a vice-prefeito. Internamente, nas discussões das possibilidades, pregava-se que não havia a necessidade de que o segundo nome na chapa somasse votos ou apoios – virtude das sucessivas pesquisas pré-eleitorais, todas amplamente favoráveis –; mas que também não trouxesse qualquer negatividade à campanha.

Vereador por cinco legislaturas consecutivas, com longo histórico de serviços prestados ao PMDB, de família tradicionalmente periquita e numerosa, Edson Souza não estava entre as primeiras opções. Longe disso, aliás; embora houvesse uma corrente nas internas do partido que defendia essa hipótese. Mannrich temia principalmente os efeitos da recente Operação Iceberg, deflagrada pelo Deic (Departamento Estadual de Investigações Criminais) em 2015, e que ainda investiga 16 membros do parlamento municipal por desvios de verbas públicas em diárias de cursos inexistentes em Curitiba. Para o candidato a prefeito, a formação da chapa com o vereador traria essa mancha à campanha.

Enquanto isso, tentativas frustradas se acumulavam. O primeiro convite, a propósito, teria sido feito no início de março. O empresário Sebastião Koch, da rede de supermercados Koch, nega que tenha recebido a oferta; mas uma série de informações extraoficiais garante que as tratativas existiram. E, embora tenha havido insucesso nessa empreitada, estava, portanto, traçado o perfil ideal nas intenções do presidente municipal do PMDB. Mannrich ansiava por alguém que não participasse diretamente da roda política, e que, se possível, trouxesse poderio econômico à campanha. Os demais ensaios evidenciam essa predisposição.

As oposições caminhavam lentamente, e seus líderes não se entendiam. Não havia, pois, partido – com exceção do PSD, que liderava um movimento de rivalidade – impedido de compor com o PMDB, e adversários também eram considerados. Tanto que o empresário Geremias Teles Silva, um dos sustentáculos do DEM no município, recebeu, por intermédio do ex-prefeito e ex-deputado estadual Nilton “Gordo” Fagundes (PMDB), com quem tem relação muito próxima, uma sondagem de Mannrich. A negativa chegou pelo mesmo mensageiro. O proprietário da Comparts reafirmou seu desinteresse por candidaturas eletivas e o compromisso ora firmado com o irmão, vereador José Leal da Silva Júnior (PSD), e com o engenheiro Sérgio Fernandes Cardoso, que encabeçava a campanha dos peessedistas no município.

Também filiado ao DEM e com largo histórico cola-branca, o contabilista José Carlos de Souza recebeu o chamado de Mannrich para uma possível composição. E gostou do que ouviu. Em princípio, ficou balançado com o convite; mas cedeu à resistência da família, especialmente da mulher, que rejeitou peremptoriamente a ideia.

As notícias acumulavam dramaticidade nos noticiários de bastidores – a exemplo do blog –, e depois de cada empenho fracassado na busca pelo candidato a vice-prefeito, os entusiastas do movimento “chapa pura” ganhavam novos adeptos nas internas do PMDB de Tijucas. As pressões para que o vereador Edson Souza participasse da composição majoritária aumentavam; e, embora Mannrich ainda resistisse, reconhecia que as alternativas estavam ficando escassas e que manter a unidade da legenda também seria um bom negócio. Mas havia, além do parlamentar, opções que pudessem cumprir o perfil idealizado pelo ex-prefeito nas fileiras do partido. O empresário Luiz Antônio Maurício, em princípio, trazia os requisitos básicos: jamais havia concorrido a qualquer cargo eletivo, participava ativamente do movimento peemedebista, e tinha poder econômico satisfatório. Mas, apesar do apelo, também esbarrou em pendências pessoais – entre elas, a reação contrária da família. A escala voltava à estaca zero.

Melhor colocado entre os opositores nas pesquisas pré-eleitorais, o policial rodoviário federal aposentado Adalto Gomes (PT) remava sozinho, sem apoios consistentes, pela candidatura a prefeito. Chegou a vencer uma concorrência interna no movimento L.I.M.P.E., liderado pelo PSDB, mas não teve os prometidos aportes políticos oficializados, e passou a considerar outras hipóteses. Ser candidato a vice-prefeito era uma delas. Petistas da executiva municipal passaram a discutir as possibilidades de uma composição majoritária em dois encontros com Mannrich. As conversas não evoluíram; porque o presidente municipal do PMDB temia que a aliança com o PT – que acumulava rejeições avassaladoras na esfera nacional – pudesse comprometer a campanha, e porque o candidato a prefeito vencido em 2012, que não participou das reuniões com o líder peemedebista, também não estava convicto de que esse seria o melhor caminho.

Neste momento, o nome do empresário Elson Junckes, que presidia o PSDB no município, ganhava força entre alguns membros da executiva peemedebista. Unia o ineditismo político à robustez financeira; mas, na contrapartida, trazia as rusgas acumuladas em oito anos de uma oposição despótica protagonizada pela vereadora Lialda Lemos (PSDB) ao PMDB na Câmara. As diferenças pessoais entre Mannrich e o líder tucano também eram empecilho. Enquanto houvesse escolha, um preferia não ter que conviver com o outro.

Não havia muito mais criatividade nos juízos do presidente municipal do PMDB, e Souza, o vereador, aguardava paciente e pacificamente. A proximidade das convenções partidárias já era uma realidade, e o candidato a vice-prefeito ideal não surgia. Em meio à angústia, o nome da ex-secretária de Educação do município, professora Márcia Machado Maurício – que comandou a pasta na segunda gestão de Mannrich, justo no período em que o Ideb (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica) municipal mostrou a sua pior marca –, chegou a ser considerado; mas não empolgou.

O último empenho, porém, foi com o jovem empresário Thiago Peixoto dos Anjos, que administra o Hotel do Valle em paralelo às investidas no mercado imobiliário da cidade e região. Mais uma vez a família, e, especialmente, o temor pelos custos da campanha, foram determinantes para a negativa ao convite. Na manhã seguinte, em 2 de agosto, três dias antes da convenção oficial do PMDB, Mannrich se reuniu com Edson Souza e oficializou, enfim, a chapa pura, como grande parte do diretório peemedebista desejava para a disputa das recentes eleições majoritárias.

Que o candidato a vice-prefeito tenha influenciado negativamente na campanha do PMDB, conforme receava o presidente municipal do partido, não se pode afirmar. Pode-se, sim, afiançar que esse equívoco, se existiu, não está na conta de Mannrich. Afinal, tentativas, de acordo com os fatos narrados neste penúltimo episódio da série “Os 15 Motivos”, não faltaram. Além de serem derrotados, juntos, nas eleições de 2016 por uma diferença epopeica de votos, Elmis & Edson perderam também, durante a campanha, o discurso de que os vereadores investigados na Iceberg estavam abraçados aos adversários.

Montanha de gelo

Postado em 15 de setembro de 2016
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O juiz da comarca de Tijucas, Mônani Menine Pereira, determinou o afastamento imediato do diretor geral da Câmara Municipal, Jonathan Desidério, em atenção ao processo sobre a Operação Iceberg – que investiga o envolvimento de vereadores e servidores do Poder Legislativo na cessão indébita de diárias a parlamentares e funcionários que participavam de cursos inexistentes no Paraná entre 2013 e 2015.

Ontem, portanto, a Casa do Povo já operou sem direção geral. Nesta nova fase do processo, quatro gestores da época foram amplamente responsabilizados pelo esquema.

Rótulo

Postado em 28 de junho de 2016
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A poeira continua alta na famigerada Operação Iceberg. Vereadores indiciados por apropriação indébita de diárias no Poder Legislativo de Tijucas seguem sofrendo ataques públicos em eventos sociais da cidade.

Dias atrás, nas estâncias de Terra Nova, no interior do município, um parlamentar que participava de uma celebração local passou por um grande constrangimento ao chamar a política para a conversa com um sujeito que encontrou coragem no fundo da garrafa. Pelas tantas, depois de muitos goles, o cidadão decidiu açoitar o edil com a frase “não voto em ti, porque não voto em ladrão”. O político, sem revidar, virou-se, disfarçou, e saiu pela tangente.

Júri popular

Postado em 23 de março de 2016
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O adágio prega que “o povo tem memória curta”, mas é prudente não abusar. O conselho pode ser repassado pelos vereadores de Tijucas, que continuam sendo hostilizados em eventos públicos do município em razão da famigerada “farra das diárias”, investigada pela Deic na propalada Operação Iceberg.

No fim de semana, dois distintos parlamentares passaram pelo júri popular tanto na tradicional Festa de São José, em Oliveira, quanto na abertura do Campeonato Municipal de Futebol Amador, na Praça. Nas duas ocasiões, apenas condenações; sem direito à defesa para os acusados.