sábado, 18 de maio de 2024 VALE DO RIO TIJUCAS E COSTA ESMERALDA

Carta de adeus

Postado em 30 de janeiro de 2017
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Com mais de 35 anos ininterruptos dedicados ao PMDB, o ex-servidor público municipal Carlos Alberto da Silva, o Calinho da Nita, faz jus à alcunha Periquito Doido. O codinome, porém, de acordo com fontes fidedignas, está com os dias contados.

Silva teria encaminhado pedido de desfiliação ao presidente do partido em Tijucas, ex-prefeito Elmis Mannrich, e estaria aguardando há duas semanas pela oficialização da alforria.

Farinha pouca

Postado em 5 de janeiro de 2017
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Sem a prefeitura, 2017 começou em clima de tensão no PMDB de Tijucas. Embora parte dos filiados e simpatizantes do partido tenham permanecido no quadro funcional do município – o que, inclusive, tem gerado grande alvoroço no seio cola-branca –, muitos periquitos ainda continuam à procura de um emprego. E a esperança, agora, é a Câmara Municipal, gerida, pelo menos neste ano, pelos peemedebistas.

Algumas vagas – como a do ex-superintendente da FME (Fundação Municipal de Esportes), advogado Rogério dos Anjos, que muito provavelmente deve ser o diretor geral – têm donos praticamente definidos. As outras, tanto nas assessorias parlamentares quanto nas funções administrativas, ostentam filas de espera gigantescas; e muita disputa no ninho pelos poucos espaços disponíveis.

Honrosa companhia

Postado em 2 de janeiro de 2017
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Foto: EmCores Estúdio Fotográfico

Prefeito de Canelinha pela quarta vez, Moacir Montibeller (PMDB) mostrou, na posse, que tem grande respaldo nas fileiras peemedebistas ao receber o presidente estadual do partido, deputado federal Mauro Mariani, que participou ativamente da cerimônia, ontem, nas dependências da Câmara Municipal.

Em tempo, e para que se ilustre a relevância do fato: não se tem notícias, por exemplo, que o líder máximo do PMDB catarinense tenha comparecido à posse do prefeito da capital, Gean Loureiro, seu mais midiático correligionário na atualidade. Pois, então?!

Quinze: A campanha antes do fim

Postado em 6 de dezembro de 2016
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Para concluir a série “Os 15 Motivos”, o blog traz um apanhado dos possíveis, e muito prováveis, equívocos da recente campanha do PMDB, baseado em análises pontuais de quatro observadores da política de Tijucas – dois com propensão à continuidade e outros dois inclinados à alternância de poder –, consultados ocasionalmente para a construção deste artigo. Seguem, em tópicos:

  • Os desencontros dos grupos de oposição podem ter sido mais prejudiciais ao PMDB do que propriamente aos adversários. A diluição do movimento L.I.M.P.E., que surgia como esperança concreta de novos rumos na política de Tijucas, e a consequente indicação do professor Elói Mariano Rocha (PSD) – alheio ao processo eleitoral havia oito anos – como candidato a prefeito dos oposicionistas, foram fatores que contribuíram para um possível relaxamento nas bases peemedebistas. A confiança, até a campanha, passou a conviver com altas e perigosas doses de presunção.
  • A coordenação de campanha do PMDB não era a mesma. Algumas figuras cerebrais de eleições passadas foram substituídas; e não escondem pontas de mágoa por isso. Os novos coordenadores, a propósito, estavam crentes que apenas o nome do ex-prefeito Elmis Mannrich (PMDB) e seus acertos nas gestões 2005-2008 e 2009-2012 eram suficientes para vencer o pleito.
  • O arrojo, que margeava com a vaidade, era tipificado nos contatos iniciais com alguns líderes comunitários, formadores de opinião e simpatizantes do PMDB, que, desconfortáveis com as novidades apresentadas, ameaçavam não acompanhar o partido, não hastear a bandeira e, em alguns casos, não votar em Mannrich. Alguns relatam com ressentimento que, nessas situações, especialmente nas fases iniciais da campanha, eram prontamente descartados com a famigerada frase “não fazes falta”.
  • As decisões estavam restritas a poucas cabeças, e o eleitor ferrenho, que discutia publicamente e levava a voz do partido adiante, não conhecia os detalhes do processo e, conseguintemente, ficava sem argumentos para construir defesas consistentes em favor do PMDB. Em paralelo, a comunidade era convidada a debater sobre os benefícios da “mudança”, e qualquer elemento favorável à manutenção dos peemedebistas no poder era facilmente suplantado pelo slogan “mudar faz bem”.
  • As visitas e comícios foram reduzidos como nunca antes nas campanhas do PMDB em Tijucas. Os badalados arrastões se restringiram a poucos passos, e os ajuntamentos públicos se comprimiram nos encontros de bairros – onde, de acordo com participantes ativos desses eventos, poucos eram, de fato, os moradores assestados. Os analistas, contribuintes deste último capítulo, foram unânimes em atribuir esse fator à ausência de ineditismos – afinal, os eleitores já conheciam o candidato do partido –, à campanha curta e à falta de recursos econômicos, de parte a parte, para despesas dessa ordem. As pesquisas anteriores ao processo eleitoral, todas amplamente favoráveis, também teriam motivado essa desnecessidade de grande empenho.
  • A identidade da nominata de vereadores com o PMDB também é contestada. No quadro de candidaturas, muito pelos agravos da Operação Iceberg, não havia um grande número de puxadores; aqueles que, mesmo antes do pleito, eram líderes nas apostas de votações expressivas. Nos lugares de periquitos históricos, o eleitor enxergou postulantes à Câmara que meses atrás ainda participavam do exército adversário. E estes, conforme mostram os resultados da eleição, pouca diferença fizeram.
  • Até mesmo o material de campanha ficou aquém das versões anteriores. Nos santinhos e plotagens, Mannrich e Edson Souza (PMDB) não sorriam; não pareciam leves. O semblante sisudo dos candidatos peemedebistas no retrato desagradou a massa periquita mais atenta. Diferentemente, Marino Rocha, que sempre teve humor mais contido, exibia uma promissora alegria nas estampas dos colas-brancas.
  • Surpreendentemente, o PMDB copiou fielmente um dos principais erros dos adversários em eleições anteriores. Para rebater os números do respeitado Instituto Mapa, que antecipava vitória de Mariano Rocha em 11 pontos percentuais, a coordenação de campanha de Mannrich apresentou índices discrepantes assinados pelo desconhecido, ora suspeito, Incope (Instituto Catarinense de Opinião Pública e Estatística).
  • Os motes de campanha que se sustentavam na “mudança” foram avassaladores, e não houve qualquer estratégia de combate – ou, pelo menos, uma que fosse efetiva – para confrontar esse argumento.
  • Não obstante, sequer os desgastes do PT, que compôs a chapa oposicionista com o candidato a vice-prefeito Adalto Gomes, foram explorados consistentemente. Os seguidos escândalos nacionais, que culminaram com as prisões de inúmeras lideranças do partido por corrupção, difundidos incansavelmente pelos noticiários do país, praticamente varreram dos governos municipais do Brasil inteiro todo e qualquer representante da sigla; e Tijucas passou a constar na lista de exceções.

Os equívocos – e acertos – na campanha existem em ambos os lados das trincheiras. Este último episódio da série “Os 15 Motivos” traz alguns deles, conhecidos nos bastidores, produtos de pesquisas e análises, que podem ter sido preponderantes para o resultado das urnas; mas que apenas acompanharam uma tendência natural, edificada em 12 anos de situações vividas nos governos do PMDB e na política interna de Tijucas. No fim, é prudente afirmar que venceu quem errou menos; ou quem aproveitou melhor o momento e as fraquezas do adversário.

A série, calcada em informações privilegiadas e contribuições de fontes diversas, evidencia, sobretudo, que a prescrita derrota do PMDB nas últimas eleições de Tijucas tem um pano de fundo muito mais abrangente que a campanha recente. O blog espera, entretanto, que tenha servido – e que ainda venha servir adiante – de objeto para outras análises. A gratidão pela aprazível companhia dos leitores permanece, agora e sempre.

Registre-se

Postado em 13 de outubro de 2016
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Personagem do quinto capítulo da série “Os 15 Motivos”, o advogado Marcio Rosa contesta parte do artigo, publicado anteontem no blog, e informa que não foi expulso do PMDB na citada reunião, em 2012, quando o diretório municipal, em assembleia, decidiu pela reforma na direção do partido em Tijucas.

Rosa, que era o presidente municipal da agremiação, garante que apenas perdeu esse posto naquele episódio. A saída das fileiras do PMDB, segundo ele, deu-se mais adiante, por vontade própria. Registre-se, portanto, a devida correção.

Pontapé inicial

Postado em 19 de agosto de 2016
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Foto: Divulgação

Ontem, com Elmis Mannrich na regência, o PMDB de Tijucas se reuniu para traçar o cronograma das campanhas majoritária e proporcional. Decidiu-se, entre outras matérias, que, além dos tradicionais comícios, os candidatos do partido e agremiações coligadas promoverão reuniões nos bairros para ouvir os pleitos comunitários e divulgar as propostas.

Os primeiros encontros estão agendados para os dias 23, 24 e 25, nas localidades de Santa Luzia, Sul do Rio e Morretes, respectivamente. A temporada de caça ao eleitor está, oficialmente, aberta na Capital do Vale.

Ferida aberta

Postado em 17 de agosto de 2016
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Apesar dos esforços do empresário Neri Martins para reconciliar o prefeito Valério Tomazi (PMDB) e o candidato do PMDB na concorrência majoritária, Elmis Mannrich – as duas principais figuras do partido em Tijucas na atualidade –, a ideia não agrada parte do diretório municipal.

“Ele machucou muita gente do PMDB”, justificou um periquito com status de comando ao blog antes de rechaçar a hipótese de ter o chefe do Executivo municipal nos palanques de campanha.

Time em campo

Postado em 8 de agosto de 2016
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Foto: Léo Nunes

De verde – e não poderia ser diferente –, o ex-prefeito Elmis Mannrich falou à militância do PMDB, sexta-feira (5), na convenção municipal do partido, sobre ter recebido um “chamado do povo” para disputar novamente a eleição majoritária em Tijucas com a coligação “Experiência e Trabalho”. Centenas de pessoas, entre partidários e simpatizantes, acompanharam o evento.

Depois de 12 anos, o PMDB volta a concorrer em chapa pura pela sucessão municipal. O vereador e candidato a vice-prefeito Edson Souza (PMDB) também esteve bastante festejado na ocasião. Outras cinco agremiações – PDT, PR, PSC, PSDB e PTB – oficializaram apoio ao projeto.

Divórcio no altar

Postado em 26 de julho de 2016
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Em nova assembleia, ontem, membros da executiva do PMDB de Tijucas rejeitaram novamente a composição proporcional com o PSDB. As argumentações da primeira parcial, de sexta-feira (22), permaneceram; e o polêmico casamento entre o partido que governa o município há 12 anos e sua mais feroz repreensora, a vereadora Lialda Lemos (PSDB), não vingou.

Sem pouso, os tucanos, agora, tentam se reorganizar. Se não conseguirem formar uma coligação consistente, terão que somar, sozinhos, entre 1,8 mil e 2 mil votos para eleger um vereador.

Nada feito

Postado em 25 de julho de 2016
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Foram 19 votos contrários e apenas cinco favoráveis, sexta-feira (22), na avaliação interna da executiva do PMDB de Tijucas sobre a manutenção da aliança proporcional com o PSDB. A terrificante diferença de opiniões, em princípio, tem nome e um motivo crucial: Lialda Lemos, vereadora tucana e mais contundente crítica das administrações peemedebistas nos últimos oito anos.

Hoje, porém, a cúpula periquita se reúne mais uma vez para tratar do mesmo assunto. Por outro lado, a vereadora já manifestou nas redes sociais, pouco depois da primeira parcial, vontade – ou necessidade – de ver Elson Junckes (PSDB) e Helio Gama (PP) novamente juntos na corrida pela prefeitura da Capital do Vale. Pois, então?!