Quem foi surpreendido, entre o feriado do Dia da Proclamação da República (15) e sábado (17), por barreiras policiais em áreas de grande afluência de pessoas, como em Meia Praia, Itapema, sabe, agora, que se tratou de uma operação “choque de ordem” da Polícia Militar no litoral norte do Estado.

Envolveu 647 agentes, 186 viaturas e 85 motocicletas; mais de 2,5 mil abordagens, entre veículos e bares fiscalizados. Resultado direto: 27 pessoas foram presas.

Foto: Divulgação

Três novos fuzis T4 Taurus já estão à disposição da Polícia Militar de Tijucas. O armamento foi apresentado – e agradecido – pelo comandante da PM local, major Éder Jaciel de Souza Oliveira, ontem, aos executivos da Cerâmica Portobello; que, por intermediação do vereador Rudnei de Amorim (DEM), doou recursos para a compra de duas peças.

A terceira arma foi adquirida a partir das doações conjuntas de um grupo de empresários da cidade. Cada fuzil custou pouco mais de R$ 8 mil; e a verba havia sido repassada ao comando da PM há cerca de três meses.

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MAIS VIATURAS

Amorim, vice-presidente da Câmara de Tijucas, juntamente com o colega e presidente Juarez Soares (PPS), tem, ainda, uma proposta mais ousada: empenhar as sobras do ano legislativo – algo em torno de R$ 800 mil – na compra de duas viaturas para a Polícia Militar.

Os dois vereadores, a propósito, encabeçam o movimento pela transformação do comando da PM da Capital do Vale em uma guarnição especial para a região. Eles têm audiência com o governador Eduardo Pinho Moreira (MDB) marcada para a próxima semana. O objetivo é de que a ordem seja assinada antes do fim do mandato.

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PERMANÊNCIA DO MAJOR

A instalação de uma guarnição especial da Polícia Militar no Vale do Rio Tijucas, aliás, seria determinante para a permanência do major Eder Jaciel de Souza Oliveira na região. Caso contrário, o atual comandante da PM local, que vem prestando um serviço de excelência na região, não deve ficar por muito mais tempo no posto.

O combate intensivo à insegurança no município, o revide em mesmo tom à violência, o contra-ataque oportuno às forças do crime e os discursos firmes e pontuais em favor da Lei e da ordem transformaram o major Éder Jaciel de Souza Oliveira, comandante da Polícia Militar de Tijucas desde 27 de fevereiro, na esperança – já sentida – de paz para a população da Capital do Vale. Feito que, impressionantemente, deve render ao militar, com pouco mais de 40 dias na cidade, o título de Cidadão Honorário de Tijucas conferido pela Câmara Municipal.

A solicitação é assinada por toda a bancada situacionista. O galardão será entregue ao comandante da PM na sessão solene do Legislativo tijuquense, na semana do município, em junho. E deve ser um recorde histórico. Jamais alguém com tão pouco tempo de serviços prestados a Tijucas recebeu o mérito. Na justificativa da proposta, porém, os parlamentares incluem o “papel fundamental” do homenageado “no comando da Operação Ragnarök, que desarticulou um grupo de criminosos que dominava o tráfico de drogas na cidade” em outubro de 2016.

Autoridades do Vale do Rio Tijucas estão empenhadas em transformar a Companhia da Polícia Militar de Tijucas em Guarnição Especial. Hoje, a reunião, encampada pelo prefeito Elói Mariano Rocha (PSD) e pelos vereadores Rudnei de Amorim (DEM) e Juarez Soares (PPS), foi com o deputado estadual Darci de Matos (PSD), líder do Governo no parlamento catarinense. Demais governistas na Assembleia, como Gabriel Ribeiro (PSD) e Gelson Merisio (PSD) – pré-candidato a governador em 2018 –, formaram o quórum da audiência.

Atualmente, a Companhia da PM em Tijucas tem comando de um capitão. No formato pleiteado, os cinco municípios do Vale – Tijucas, Canelinha, São João Batista, Major Gercino e Nova Trento – teriam uma Guarnição Especial exclusiva, autônoma, e liderada por um tenente-coronel.

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EM TEMPO

Em 12 de dezembro próximo, formam-se 1.082 policiais militares em Santa Catarina. Na passagem por Tijucas, mês passado, o governador Raimundo Colombo (PSD) garantiu publicamente que o efetivo do município seria reforçado assim que os novos agentes estivessem à disposição do Estado.

Com a reunião de hoje, prefeitos e vereadores do Vale esperam que o líder do Governo na Alesc (Assembleia Legislativa de Santa Catarina) pressione o chefe do Executivo estadual a cumprir os compromissos com a segurança pública da região.

O nosso Vale do Rio Tijucas sempar e as suas peculiaridades extraordinárias ganhou, mais uma vez, notoriedade nos grupos de conversação instantânea dos smartphones com o furto, ontem, de um novilho na localidade de Papagaios, em Canelinha. Não pelo crime, mas por conta do modus operandi estapafúrdio dos ladrões, que decidiram transportar o animal no assento traseiro de um VW Voyage.

A reportagem da Rádio Vale – AM 950, do competente jornalista Sidnei Miranda, e a entrevista singular do subtenente Daniel Pereira, chefe do destacamento da Polícia Militar na Cidade das Cerâmicas, parece enredo do seriado Os Três Patetas. A propósito: os gatunos eram, de fato, três.

• Na foto, o produto do furto – ou sequestro, quem sabe? –, já libertado pela polícia.

Uma comissão especial no Congresso Nacional objetiva debater a unificação das polícias Civil e Militar. As audiências estão agendadas para março, inclusive em Santa Catarina.

O ocorrido, sábado (11), em São João Batista, que terminou com a morte de três criminosos que tentavam assaltar a agência do Banco do Brasil na cidade, serve como exemplo da falta de integração entre as duas. Os policiais militares souberam da operação organizada pela Deic (Diretoria Estadual de Investigações Criminais) somente quando ouviram, do destacamento no município, a troca de tiros entre os agentes e os bandidos.

Duas impressoras térmicas portáteis e dois tablets. Estes são os itens do kit de tecnologia doado pela Acit (Associação Comercial e Industrial de Tijucas) e pela CDL (Câmara de Dirigentes Lojistas) para a Polícia Militar de Tijucas, ontem.

Os equipamentos permitem elaborar e imprimir boletins de ocorrência instantaneamente – por meio do aplicativo PMSC Mobile –, bem como acompanhar em tempo real informações que, até então, eram restritas aos plantonistas na sede do batalhão.