sábado, 20 de abril de 2024 VALE DO RIO TIJUCAS E COSTA ESMERALDA

Bastidores fervendo

Postado em 5 de junho de 2023
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Foto: Arquivo/Luan Lucas/VipSocial

Não bastasse a acirrada disputa dentro das quatro linhas dos gramados, o Campeonato Municipal de Futebol Amador de Tijucas ganhou, nos bastidores, um duelo ainda mais complexo envolvendo lideranças políticas do município.

Tudo começou com a decisão da Fundação Municipal de Esportes (FME), com base na avaliação do comando da Polícia Militar, de realizar os duelos de semifinais e finais em campo neutro, optando, então, pelo Estádio Sebastião Vieira Peixoto, estrutura histórica do Esporte Clube Tiradentes, mas administrada pela Associação AV 13 Esporte Clube.

Como a equipe gestora do Tatão participa da competição, os responsáveis pelos outros times entenderam que haveria clara vantagem, caso o AV 13 conquistasse uma vaga nas decisões. A diretoria do Itatiaia Esporte Clube foi uma das mais incisivas nas críticas e também nas cobranças.

Suposto envolvimento político

Um dos fatores que esquentaram o debate foi uma suposta mensagem, atribuída ao vereador Erivelto Leal dos Santos (PDT). No print que circula nas redes sociais, “Danone” – que preside e é o técnico da Associação XV de Novembro -, teria afirmado que se dependesse dele, o Itatiaia não conquistaria o bicampeonato.

O texto foi interpretado em tom de ameaça e imediatamente ligado à decisão da FME de sediar os duelos no Sebastião Vieira Peixoto, o que, em tese, prejudicaria a equipe do Itatiaia. Estaria, inclusive, registrado em ata oficial, que a sugestão de realizar os jogos em campo neutro partiu do vereador.

Indignados com a possibilidade de uma intervenção intencional, representantes da equipe do Oliveira procuraram o prefeito Eloi Mariano Rocha (PSD) para tentar reverter a definição. O mandatário tijuquense teria determinado que o maior evento esportivo do município só teria andamento se houvesse consenso entre as partes.

Justificativa

O superintendente da FME, Geovani Souza, argumenta que atende a um ultimato do comandante da 3ª Companhia de Polícia Militar, major Eduardo João Steil, que garante não ter condições de direcionar as equipes de segurança para outras comunidades, sobretudo no interior, durante a reta final do municipal.

Som, luz e polêmica

Postado em 30 de maio de 2022
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A reserva do Fundo Municipal de Saúde de Canelinha para contratação de serviços de sonorização e iluminação deu vez a nova polêmica na Cidade das Cerâmicas. De acordo com o processo licitatório, realizado em 12 de maio, o município pode dispender, por intermédio da Secretaria Municipal de Saúde, quase R$ 329 mil para eventos e campanhas da pasta em 2022. No ano passado, para o mesmo fim, foram gastos pouco mais de R$ 43 mil.

Outro ponto que chama atenção e desencadeia discussões diz respeito à exclusividade do montante. Embora o valor reservado impressione, ele deve servir apenas à demanda específica de eventos da Saúde e sem qualquer possibilidade de remanejamento — seja para outras necessidades ou pastas da estrutura municipal.

Ao jornal Correio Catarinense, de São João Batista, o prefeito Diogo Francisco Alves Maciel (REPUBLICANOS) justificou que a estipulação de uma reserva não significa despesa real. “(Os pagamentos) serão efetuados à medida em que os serviços forem realizados. Até porque os órgãos públicos também necessitam de publicidade para seus atos”, explicou.

Segundo o quadro de quantitativos e especificações, a maior reserva coube ao “som fixo para eventos de médio porte”, onde, no documento, admite-se pagar 200 horas de serviço a R$ 513,33/hora, o que totaliza mais de R$ 102 mil. As empresas vencedoras do processo licitatório são Nilton Antonio Zancanaro FilhoSC Som e Eventos Eireli.

Final feliz

Postado em 23 de maio de 2022
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Foto: Divulgação

Finalmente, a ex-vereadora e ex-secretária de Assistência Social de São João Batista, Rúbia Alice Tamanini Duarte (PODE), foi nomeada secretária adjunta de Estado do Desenvolvimento Social. O trâmite foi concluído hoje, com participação do governador Carlos Moisés da Silva (REPUBLICANOS) e presença do ex-secretário adjunto da pasta, ex-chefe do Executivo batistense e responsável absoluto pela indicação, Daniel Netto Cândido (PODE).

 

Foram quase 20 dias desde a solicitação de Moisés para que o município cedesse a professora, servidora efetiva, aos quadros do governo estadual. O atraso na deliberação compreendeu disputas políticas e pessoais na Câmara, pressão de vereadores da base aliada, licença do prefeito e impassibilidade do vice, envolvimento direto do presidente do MDB no caso, mais discussões no Legislativo e nos gabinetes da prefeitura para, no fim, felizmente, a Capital Catarinense do Calçado e o Vale do Rio Tijucas celebrarem novamente uma representação na esfera estadual.

Microfone fechado

Postado em 6 de abril de 2022
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O prefeito Diogo Francisco Alves Maciel (REPUBLICANOS), de Canelinha, foi impedido de usar a tribuna da Câmara Municipal na sessão de ontem. Ele queria explicar um projeto do Executivo para contratação de operação de crédito com a Caixa Econômica Federal protocolado momentos antes e sem aval da comissão responsável na Casa. A proposta para que o mandatário canelinhense se manifestasse no Legislativo foi formalizada pelo vereador Vagner Simas (PSL) e prontamente negada pelo presidente Robinson Carvalho Lima (PP).

Com o revés, tanto Simas quanto o correligionário José Tarquino Melo Neto (PSL) decidiram se retirar da reunião. E, pouco depois, se juntaram a um grupo de apoiadores do governo, em recepção a Alves Maciel na fachada da empresa da família do prefeito, na região central da Cidade das Cerâmicas.

Para a negativa, Carvalho Lima argumentou que o regimento da Câmara restringia a discussão, por quem quer que fosse, de projetos que não estivessem na pauta. E, aproveitando a evasão dos parlamentares governistas, foi à forra: “A partir do momento em que o prefeito precisa explicar um projeto, entende-se que ele reconhece a incompetência dos vereadores da base”, bradou o presidente na tribuna do Legislativo.

Contenda digital

Postado em 2 de março de 2022
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O ineditismo acompanha o prefeito de Canelinha, Diogo Francisco Alves Maciel (sem partido). Único na história político-administrativa do município a alcançar o poder desatrelado dos chavões cola-preta ou cola-branca, o jovem advogado tem, ainda, outra peculiaridade que não se observa em chefes de Executivos tradicionais: a manifestação pessoal, direcionada a munícipes e eleitores em redes sociais. E essa postura pouco usual traz, ocasionalmente, alguns contratempos à governança da Cidade das Cerâmicas.

A polêmica do momento expõe a discussão entre Alves Maciel e a professora Glaucia Pacheco, da rede municipal. O prefeito questionou a publicação da educadora no Instagram sobre o reajuste salarial do magistério e perguntou, em conversa privada, se ela “sabia quais professoras seriam demitidas para que o valor fosse pago”. A classe entrou em polvorosa. Se havia uma incerteza, agora, com a manifestação do chefe do Executivo, são duas.

Algum tempo depois, entretanto, o mandatário canelinhense fez outra postagem para dizer que a frase foi tirada do contexto e que não se tratava de uma ameaça. “Apenas expliquei para uma profissional da educação que não recebemos dinheiro a mais para pagar os professores e que estamos na busca por uma solução. Se fosse pura e simplesmente pagar, já estaria pago. Tenho respeito pela classe, já conversei com seus representantes e, conforme prometido, até a data base teremos uma solução decidida por ambas as partes”, publicou.

Reajuste do magistério

Postado em 21 de fevereiro de 2022
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Um grupo de professores — e, inclusive, ex-professores — de Tijucas vem reivindicando sistematicamente um reajuste salarial de 33,24% para a classe, conforme o piso nacional. E os protestos ecoam na classe política, com manifestações efusivas de opositores do governo. Um dos críticos mais veementes tem sido o vereador Cláudio Eduardo de Souza (PDT), que protocolou ofício na Câmara para exigir a correção salarial do magistério, e, hoje, no calor das discussões, publicou texto nas redes sociais em que pergunta, em letras garrafais, “cadê o reajuste dos professores?”.

O prefeito Eloi Mariano Rocha (PSD), que é professor, ainda não se pronunciou sobre o assunto. Mas a comunicação da prefeitura emitiu nota oficial em que esclarece a questão. No comunicado, o município diz que “aguarda a regulamentação da matéria por intermédio de uma lei específica a ser aprovada no Congresso Nacional” e que, “de acordo com nota técnica da Associação dos Municípios da Grande Florianópolis, emitida dia 12, ‘até que a lei venha a ser editada, entende-se não haver critério válido para amparar a atualização ao piso salarial nacional dos profissionais do magistério'”.

Enquanto isso, como forma de amenizar a situação, o Executivo apresentou projeto de lei à Câmara Municipal para que os 8% de reajuste concedido aos servidores municipais seja, também, outorgado aos professores da rede.

Recado essencial

Postado em 12 de março de 2021
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Foto: Divulgação

O empresário Rafael Souza, filho do vereador tijuquense Edson Souza (MDB) e ex-presidente da CDL (Câmara de Dirigentes Lojistas) de Porto Belo, manda recado para o governo estadual sobre a prorrogação do lockdown em Santa Catarina. Com anuência do sócio, Diogo Silva, ele decidiu expor banners com a frase “Qualquer trabalho que provê o pão de cada dia é ESSENCIAL” nas três lojas e na distribuidora da Cacau Show que administra.

Souza, assim como a esmagadora maioria dos empresários e comerciantes catarinenses, discorda dos critérios dos governantes sobre o que é “essencial” para o consumidor durante a pandemia. E não faz questão nenhuma de se omitir nessa discussão. Pois, então?!

Estudo híbrido

Postado em 13 de janeiro de 2021
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Um modelo híbrido para o início do ano letivo, com parte das atividades de forma presencial, seguindo as recomendações sanitárias para diminuir as probabilidades de contágio por Covid-19, foi avaliado por secretários de Educação de Tijucas, Canelinha, São João Batista e Nova Trento ontem. No plano, ainda em discussão, as atividades presenciais seguirão um sistema de rodízio enquanto a região permanecer com risco potencial grave. Ou seja, para obedecer a capacidade de atendimento permitida, os estudantes terão uma semana com aulas presenciais seguida de outra com tarefas escolares para casa.

As aulas à distância, tanto online quanto em retiradas de materiais impressos na escola, assim como já vinha ocorrendo na região, também estão sob avaliação e podem ser mantidas.

Cheque sem fundo

Postado em 4 de dezembro de 2020
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As eleições terminaram, mas os rescaldos da campanha abalizam ainda mais o MDB tijuquense. O imbróglio da vez tem como pano de fundo os repasses do MDB Diversidade para duas candidatas a vereadoras que teriam sido exclusivamente usados no projeto de conquista da prefeitura. O caso já envolve líderes da legenda, acusações de parte a parte, advogados, e até ameaças de denúncia no Ministério Público.

De acordo com fontes precisas do Blog, o dinheiro — R$ 31.400 divididos e destinados a uma candidata negra e outra de origens indígenas — teria servido para alguns gastos da campanha majoritária, entre mídia, salão de beleza, pagamentos de cabos eleitorais e despesas afins, que seriam compensadas na semana pós-pleito. Uma das candidatas, entretanto, discordante da manobra, encerrou a conta no dia seguinte às eleições e sustou os cheques que havia assinado; e provocou um pandemônio nas internas do partido.

Contabilidade e lideranças, agora, quebram a cabeça para encontrar uma solução antes que o episódio tome proporções maiores e que a candidata a vereadora, acusada de usurpação, orientada por um especialista em Direito Eleitoral, cumpra o que prometeu e chame o Ministério Público para a discussão. Pois, então?!

Vai e vem

Postado em 3 de agosto de 2020
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A cadeira do vereador licenciado Odirlei Resini (MDB), atual secretário de Agricultura, Pesca e Meio Ambiente do município, volta, a partir de hoje, a ser ocupada pelo suplente Cláudio Tiago Izidoro (PP) na Câmara. Por liminar do desembargador Sérgio Bassch Luz, da 2ª Câmara de Direito Público do TJSC (Tribunal de Justiça de Santa Catarina), o segundo suplente do MDB, Oscar Luiz Lopes, mantinha o posto de vereador desde 14 de julho. Agora, o juiz substituto Luiz Fernando Pereira de Oliveira, da 2ª Vara Cível da Comarca de Tijucas, assinou mandado de segurança revertendo a decisão.

O imbróglio envolve uma discussão antiga: do direito à vaga para o partido ou para o candidato que obteve mais votos na eleição de 2016. De acordo com o mandado de segurança, publicado ontem, “não há prova pré-constituída nos autos ou mesmo notícia de que o empossado Cláudio Tiago Izidoro, primeiro suplente diplomado, tenha sido removido pela Justiça Especializada da lista de suplentes” e “até que haja pronunciamento da Justiça Eleitoral a respeito, eventualmente alterando a ordem dos suplentes, a denegação da segurança é medida que se impõe”.

A representação municipal do MDB foi intimada a apresentar contrarrazões para requerer, mais uma vez, a cadeira em questão. O prazo vence amanhã.