quinta-feira, 28 de agosto de 2025 VALE DO RIO TIJUCAS E COSTA ESMERALDA

Escalação do time

Postado em 13 de outubro de 2016

Pelo menos um dos nomes do colegiado municipal de Elói Mariano Rocha (PSD) está definido e sacramentado. O prefeito eleito fez o convite, e o empresário Helio Gama aceitou comandar a unificada Secretaria de Administração e Finanças da próxima gestão.

Neste momento, Gama, Mariano Rocha e o prefeito Valério Tomazi (PMDB) começam a se reunir no paço municipal de Tijucas para tratar das demandas da transição de governo.

Quatro: O partido em duas frentes

Postado em 7 de outubro de 2016

Em meados de 2011, o PSD ressurgia pelas mãos do economista e engenheiro civil Gilberto Kassab, então prefeito de São Paulo. O partido reestreava forte na política nacional, repleto de importantes adesões. Uma das mais relevantes vinha de Santa Catarina: a família Bornhausen deixava o DEM para encorpar a nova bandeira. Na mesma época, a controversa Tríplice Aliança governava o Estado sem oposição e aproximava os Bornhausen do PMDB de Luiz Henrique da Silveira. Fatos que, somados a outras situações, salientavam as conexões entre o prefeito de Tijucas, Elmis Mannrich (PMDB), e o então deputado federal Paulo Bornhausen, principal articulador do recente PSD no território barriga-verde. A relação entre ambos tornou-se tão agradável que não tardou para firmarem um acordo: o candidato a vice-prefeito do PMDB nas eleições majoritárias de 2012 em Tijucas seria um peessedista.

As opções ainda eram escassas na Capital do Vale. O partido começava a se estruturar no prestígio do engenheiro Sérgio Fernandes Cardoso  que, naquela feita, era o tijuquense mais próximo do herdeiro Bornhausen – e contava, na ocasião, com apenas alguns seguidores. O empresário Jilson José de Oliveira e o vereador Ailton Fernandes, que cumpria a quinta legislatura consecutiva, estavam entre eles. O parlamentar, em princípio, ficou pré-selecionado; porque era comedido na Câmara, não fazia oposição severa ao PMDB e gozava de situação econômica interessante à futura campanha.

Mannrich estava no segundo mandato e não poderia mais concorrer no pleito majoritário. O então vereador Valério Tomazi (PMDB) ostentava favoritismo entre os peemedebistas para a sucessão municipal, e a proposta passou a ser apresentada em reuniões diversas com Paulo Bornhausen em Florianópolis. Os encontros eram sempre acompanhados pelo presidente municipal do partido à época, advogado Marcio Rosa. Naquele mesmo ano, havia cerca de 16 meses das eleições, a dupla Valério & Ailton estava chancelada.

Rosa, no entanto, embora houvesse concordado com tudo na ocasião, passou a considerar a candidatura a prefeito. Recebia estímulos diversos dos amigos, dos funcionários do Samae (Serviço Autônomo Municipal de Água e Esgoto) autarquia que comandava naquela gestão e de muitos correligionários. Era o presidente do PMDB no município e acreditava que pudesse se impor internamente. Começou, então, a articular a ideia; mesmo que não tratasse abertamente do assunto com o prefeito. Mannrich, por sua vez, sabia das movimentações apenas por terceiros, mas fazia questão de não querer acreditar. Até que quatro meses antes do pleito, no fim do prazo de desincompatibilização para as eleições majoritárias de 2012, a carta de renúncia ao cargo de diretor do Samae chegou à mesa do chefe do Executivo municipal.

Os amigos tornaram-se rivais. As discussões não cessaram. Numa delas, no primeiro gabinete do paço, os gritos ecoaram pelos corredores; e secretários e partidários saíam e entravam freneticamente na sala, nervosos. Elmis Mannrich e Marcio Rosa estavam em lados opostos pela primeira vez desde 2004. O prefeito queria cumprir o compromisso com Tomazi e Bornhausen; o presidente do partido queria o apoio do amigo, com quem era unha e carne, e a quem ajudou, e muito, a eleger oito anos atrás. Mas não houve entendimento. As linhas do PMDB, naquele momento, eram duas. E seguiriam assim para a pré-convenção do partido, semanas depois.

Valério Tomazi e Marcio Rosa travaram uma disputa instigante, voto a voto, no diretório do partido. Ao fim da contagem, para alívio de Mannrich, o vereador levou a melhor. Três votos separaram o vitorioso do derrotado. Uma das alas do PMDB de Tijucas comemorava e a outra lamentava. Enquanto o presidente caminhava, cabisbaixo, para a saída do CTG Fazenda Eliane, onde ocorreu a pré-convenção, a sonorização do evento lançou a clássica “Vou Festejar”, de Beth Carvalho, com o famoso verso “Vou festejar / o teu sofrer / o teu penar”. Era a gota d’água.

O comandante do PMDB, naquelas eleições, não ficou em Tijucas. Assumiu a coordenação de campanha de Sandra Regina Eccel (PMDB) em Nova Trento; mas a família, especialmente mulher e filhos, eram frequentes nas carreatas e comícios da oposição na Capital do Vale. Tomazi venceu nas urnas, sem o presidente do partido nos palanques e na campanha. Depois disso, não houve mais contato, sequer cumprimento, entre Mannrich e seu ex-amigo. Rosa tornou-se opositor a partir de 2013. Assumiu a presidência do PSDB e, mais tarde, filiou-se ao PSD com expectativas muito claras de candidatura a prefeito em 2016 e desforra contra a cúpula periquita.

Como mostra a história recente, Elói Mariano Rocha disputou as eleições deste ano pelo PSD. Preterido entre os colas-brancas e desmedidamente chateado, Marcio Rosa refez, depois de quatro anos, a amizade com Elmis Mannrich. Voltou para casa depois de encabeçar um período de oposição feroz às suas origens. Nesse tempo, transformou muitos periquitos em canários e tucanos; denunciou práticas controversas de ex-aliados a órgãos judiciais; reprovou publicamente, pela imprensa ou nas rodas sociais, condutas de gestões peemedebistas passadas, enfim… O ex-presidente do PMDB voltou, mas também deixou um rastro de destruição pelo caminho. Domingo (2 de outubro de 2016), ele estava lá, tentando desfazer o passado e construir um novo futuro. Não deu tempo.

Dois: A ressurreição de Lázaro

Postado em 5 de outubro de 2016

Candidato a vice-prefeito vencido nas eleições de 2004 pelo PSDB, o genuinamente cola-branca Luiz Rogério da Silva passou os três anos seguintes em Brasília, como assessor do então deputado federal Djalma Berger. À época no emergente PSB, ele recebeu um convite inusitado: disputar as eleições municipais de Tijucas como candidato a vice-prefeito do ex-adversário Elmis Mannrich (PMDB), que iria à reeleição. As indicações partiram do ex-prefeito Nilton “Gordo” Fagundes, que se alinhava fortemente à administração municipal, e da então secretária de Educação, Elizabete Mianes da Silva. As costuras começaram na Câmara, com o vereador Sérgio Murilo Cordeiro, que ainda era oposição e muito próximo de Rogerinho. Gordo e Bete sustentavam que dificilmente perderiam a eleição se os dois líderes oposicionistas fossem aliados naquela feita.

Mannrich e o PMDB tiveram a primeira chance de anular dois dos seus principais adversários. Mas preferiram oxigenar a carreira política de Silva e dar guarida a Cordeiro, que anunciava aos quatro ventos suas diferenças com o PT e com Roberto Vailati, candidato no pleito majoritário pela oposição em 2008. A dupla Elmis & Rogerinho venceu, com a maior diferença de votos da história (6.252), a eleição pela prefeitura de Tijucas; e Serginho recebeu, a partir de 2009, como prêmio pela lealdade na campanha, o comando da Secretaria Municipal de Saúde, para desgosto nefando dos peemedebistas históricos. O abrigo, com pompa e circunstância, aos ex-adversários – um na vice-prefeitura e outro numa das principais pastas do governo –, passou a ser um problema que o prefeito e a cúpula do partido se obrigaram a administrar desde então. O desconforto, de parte a parte, era nítido.

Eleita pela primeira vez à Câmara Municipal, a professora Lialda Lemos (PSDB), que se transformaria na mais severa crítica dos governos peemedebistas nos últimos tempos, escolheu sua primeira vítima naquela legislatura. Dela, o então vice-prefeito recebeu a alcunha de Lázaro, o personagem bíblico ressurgido da morte.

Rogerinho se reergueu. Serginho seguiu forte. Ambos certamente têm gratidão à assistência do PMDB numa das fases decisivas das suas carreiras públicas; e domingo (2 de outubro de 2016), de volta às suas origens, foram respectivamente responsáveis pelo marketing e pela coordenação geral da campanha do professor Elói Mariano Rocha (PSD), vitorioso na mais catastrófica participação dos periquitos nas eleições majoritárias de Tijucas.

Mudou

Postado em 3 de outubro de 2016

Tijucas comprou o conceito de que “mudar faz bem” e realmente guinou. Num dos mais acachapantes triunfos da história das eleições municipais, o professor Elói Mariano Rocha (PSD) e o policial rodoviário federal aposentado Adalto Gomes (PT) desbancaram o ex-prefeito Elmis Mannrich (PMDB) e o vereador Edson Souza (PMDB) no pleito majoritário e conquistaram, clara e expressivamente, o direito de governar o município pelos próximos quatro anos.

Os colas-brancas, que votaram 25 e duas vezes 13 nas últimas três eleições dominadas pelos periquitos, encontraram aconchego no 55 número que recebeu a segunda maior audiência de todos os tempos nas concorrências eleitorais da Capital do Vale. A excessiva diferença no placar (2.982 votos) não deixa dúvidas: a esperança por novos acertos suplantou os recorrentes erros da situação, tanto nas últimas gestões quanto na recente campanha do PMDB.

Tribunal lotado

Postado em 30 de setembro de 2016

Baseada em denúncia ao Ministério Público formalizada pela vereadora Lialda Lemos (PSDB) hoje aliada do ex-prefeito e novamente candidato na concorrência majoritária Elmis Mannrich (PMDB) e também testemunha no caso, a juíza Monike Silva Póvoas Nogueira, titular da Segunda Vara Cível de Tijucas, determinou, ontem, abertura da ação civil pública que apura supostas irregularidades em licitações durante as gestões 2005-2008 e 2009-2012.

De acordo com os autos, os valores envolvidos auferem a casa dos R$ 400 mil.

Em contrapartida, advogados da coligação “Experiência e Trabalho” ajuizaram, na mesma data, pedidos de cassação de candidatura contra Elói Mariano Rocha (PSD), Adalto Gomes (PT), Elizabete Mianes da Silva (PSD) e José Leal da Silva Júnior (PSD) por supostas violações na Lei Eleitoral como abuso do poder de autoridade e condutas vedadas a agentes públicos em campanhas, utilização indevida de meios de comunicação e captação ilícita de sufrágios com abuso de poder econômico.

Ordem do juiz

Postado em 28 de setembro de 2016

Se nas urnas a disputa só termina às 17h de domingo, na Justiça Eleitoral a coligação “Experiência e Trabalho” vem aterrorizando os adversários. Depois de conseguir, ontem, que o juiz Mônani Menine Pereira determinasse a remoção de um conteúdo jornalístico que consideraram prejudicial aos candidatos Elmis Mannrich (PMDB) e Edson Souza (PMDB) no Portal TopElegance, o departamento jurídico da campanha representou, também com êxito, contra a data, hora e local do comício dos candidatos Elói Mariano Rocha (PSD) e Adalto Gomes (PT), inicialmente agendado para amanhã, às 19h55, na Praça.

O evento da coligação “Tijucas: Mudar Para Crescer”, por determinação judicial, portanto, foi antecipado para hoje, às 19h55, no pátio da Capela de Nossa Senhora dos Navegantes, na Praça.

Bom exemplo

Postado em 27 de setembro de 2016
Foto: Léo Nunes

Terminado o debate entre candidatos a prefeito de Tijucas proposto pela Rádio Vale, sábado (24), Elmis Mannrich (PMDB) e Elói Mariano Rocha (PSD) despiram a armadura, cumprimentaram-se cordialmente, e conversaram como cavalheiros que são, sob olhares atentos do repórter Sidnei Miranda e do mediador do programa, jornalista Juliano César.

Mostras sólidas, representadas pelos dois pilares do processo eleitoral na Capital do Vale, de que a política não é uma guerra, que o direito à divergência de opiniões deve ser respeitado e que a vontade da maioria é soberana em qualquer circunstância.

Números que falam

Postado em 27 de setembro de 2016

Pesquisa realizada pelo Instituto Blog do Léo Nunes, hoje, em 684 mensagens de WhatsApp, 1.452 publicações no Facebook e 26 conversas de esquina e balcões de botequim, revela que a palavra mais pronunciada neste momento é “pesquisa”. Desde ontem, quando o Portal TopElegance registrou e publicou uma projeção de intenções de votos em Tijucas – assinada pelo considerado Instituto Mapa –, não existe outro assunto nos encontros sociais e antissociais da cidade.

De acordo com a prévia, o professor Elói Mariano Rocha (PSD) levaria vantagem sobre o ex-prefeito Elmis Mannrich (PMDB) no pleito majoritário em quase 12 pontos percentuais (47,3% contra 35,7%). A margem de erro, segundo o instituto, é de 4,9 pontos percentuais para mais ou para menos.

O contraponto da recente pesquisa apresentada pelo TopElegance deve ser publicado nos próximos momentos pelo Portal VipSocial, que é o contratante registrado. Quem está à frente da coleta de dados, de acordo com informações do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), é o Incope (Instituto Catarinense de Opinião Pública e Estatística).

Líder absoluto

Postado em 26 de setembro de 2016

Convalescido de uma recente cirurgia no quadril, o engenheiro e empresário Sérgio “Coisa Querida” Cardoso – unanimidade entre colas-brancas para a disputa majoritária de Tijucas nestas eleições – entregou-se de corpo e alma à campanha do correligionário Elói Mariano Rocha (PSD) à prefeitura.

É o nome à frente de tudo; das reuniões da cúpula aos “caminhaços” – mesmo mancando – da militância e comícios. Conforme publicado anteriormente pelo blog sob o título “Férias oportunas“, Cardoso entrou em férias da Diretoria de Administração e Finanças do Sebrae/SC na primeira semana deste mês com esse único e exclusivo objetivo. Desde então, só tem olhos para a corrida eleitoral.

Morno

Postado em 26 de setembro de 2016

Proposto e transmitido pela Rádio Vale, o debate entre Elmis Mannrich (PMDB) e Elói Mariano Rocha (PSD), sábado (24), no plenário da Câmara Municipal de Tijucas, teve contornos atípicos; justamente porque não se pautou nos confronto, acusações e querelas.

Mannrich, mais experiente na batalha, tentou trazer as discussões para o campo da provocação; quis desestabilizar o adversário e guiar a contenda para um terreno que conhece como ninguém. Mariano Rocha, por sua vez, e certamente muito orientado, se esquivou, desconversou, pouco se descompôs e levou o jogo em banho-maria.

Ambas as militâncias se satisfizeram, e entendem, cada qual, que seu representante saiu-se vitorioso. Analistas sem paixão, porém, determinam o zero a zero. Um anulou o outro. O ex-prefeito não deixou que a conversa ficasse no “oito”, e o professor não permitiu que ela fosse ao “oitenta”.