sexta-feira, 29 de março de 2024 VALE DO RIO TIJUCAS E COSTA ESMERALDA

Saída confirmada

Postado em 6 de fevereiro de 2017
  •  
  •  
  •  
  •  
  •  

Conforme noticiado exclusivamente pelo blog, a rescisão do contrato entre o secretário municipal de Administração e Finanças, empresário Helio Gama, e o município de Tijucas está prevista para 31 de março – quando ele se recolhe para duas cirurgias sequenciais no quadril. O prefeito Elói Mariano Rocha está ciente da situação e estuda, nesse período, um nome substituto para a pasta.

Em princípio, Gama ficaria cerca de 12 semanas afastado do governo; mas seu retorno à administração municipal depois do período de recuperação ainda é incerto. Única certeza é que, de fato, o secretário permanece no cargo apenas nos próximos 53 dias e, por opção própria, para evitar ônus aos cofres do município, será exonerado em seguida.

Desde que se comprometeu com a campanha e, posteriormente, com o atual governo, o secretário vem externando a necessidade de se livrar das dores no quadril – que, segundo ele, são responsáveis, inclusive, pela perda do prazer de trabalhar. Embora as cirurgias estivessem pré-agendadas há meses, ele tentou postergar o procedimento por, pelo menos, um ano; mas sentiu que o corpo não suportaria.

  •  
  •  
  •  
  •  
  •  

Nem mesmo os mais otimistas acreditavam que o prefeito Valério Tomazi (PMDB) pudesse vencer a pré-convenção do partido, em 26 de abril. O favorito, ex-prefeito Elmis Mannrich (PMDB), tinha o diretório nas mãos e contava com amplo prestígio na cúpula peemedebista, além de manter precisas relações na estrutura pública do município. A distância entre o vitorioso e o derrotado especialmente no quesito aptidão política ficou comprovada na abertura da urna. Das 54 indicações possíveis, o presidente do PMDB de Tijucas assegurou 34; e as outras 20 foram direcionadas ao atual chefe do Executivo municipal.

Os dois concorrentes adotaram estratégias peculiares nas abordagens aos convencionais. Mannrich se sustentou no carisma, na proximidade com os partidários, e pautou o discurso nas pesquisas de opinião pública a respeito da administração municipal vigente que, de acordo com os institutos contratados, trazia índices de reprovação aterradores. O prefeito, no entanto, em desvantagem, tentou marcar o território com advertências intimidadoras aos comissionados que participavam da executiva peemedebista. Nas reuniões do alto escalão do município, Tomazi era claro quanto às consequências que uma derrota na pré-convenção provocaria. Palavras como “exoneração”, “demissão” e “dispensa” passaram a ser repetidas sistematicamente nos corredores do paço, sempre acompanhadas de outras como “vingança” e “retaliação”.

Na véspera do pleito interno do PMDB, o chefe do Executivo municipal revisitou praticamente todos os membros do diretório. De um a um exceto daqueles que não dependiam do governo e haviam manifestado abertamente preferência por Mannrich , ele recebeu promessas de voto na pré-convenção. Se pelo menos a maioria mantivesse a palavra, a sequência do projeto de reeleição estava assegurada. No entanto, depois da abertura da urna, a confiança de outrora transformou-se em frustração e mágoa. Tomazi não perdeu apenas uma disputa partidária. Perdeu amigos, e sentiu no âmago o indecoroso pesar da traição. A temporada de caça às bruxas, contudo, estava oficialmente aberta.

Findadas as férias do prefeito que serviram fundamentalmente para articular a desejada vitória na pré-convenção , em 5 de maio, ele voltou ao trabalho. Durante o expediente, o clima era de apreensão. Tomazi não saiu do gabinete naquele dia. Às 17h, porém, os protestos incontidos da secretária de Finanças do município, Rosângela de Fátima Leal da Veiga, pelos corredores da prefeitura anunciavam que as ameaças estavam sendo cumpridas. Além dela, mais seis comissionados da estrutura municipal perderam o emprego naquela primeira chamada. Outras quatro cartas de exoneração foram entregues nos dias seguintes; e dezenas de nomes ainda permaneciam numa lista pessoal do mandatário tijuquense. Embora qualquer poste de Tijucas tivesse certeza que as demissões foram motivadas pelos desgastes da pré-convenção, o chefe do Executivo municipal tratava o assunto, nas entrevistas e incursões públicas, como atenção a um plano de contenção de despesas do município.

A prefeitura operava normalmente, mas com portas fechadas para Mannrich. O candidato a prefeito do PMDB era persona non grata nas seções da administração municipal desde o embate interno do partido. Tomazi, nos encontros seguintes com o funcionalismo em comissão, fazia novas advertências. “Se eu souber que alguém deu um prego, vai ter que pedir emprego lá no Imetro (autarquia estadual que o ex-prefeito presidia na época)” era uma delas. Não se pode dizer, no entanto, que o aviso servisse para os eleitores de ambos os postulantes ao cargo máximo do município. O professor Elói Mariano Rocha (PSD) era oficializado como candidato da oposição na concorrência majoritária e recebia, inclusive, a bênção do mandatário tijuquense. O prefeito chegou a apresentar o oposicionista, de gabinete em gabinete, no paço municipal, como representante do governo de Tijucas na corrida eleitoral de 2016.

As demissões de peemedebistas cessaram, mas alguns aliados da oposição passaram a receber espaço na administração municipal e, evidentemente, atuaram em favor de Mariano Rocha, ou pelo menos impediram que a máquina pública fosse usada em benefício de Mannrich. A guerra declarada entre o prefeito e seu antecessor trouxe consequências violentas ao PMDB e seu projeto de manutenção do poder. O candidato do partido remava exaustivamente contra uma corrente chamada “mudança”, e não suportou quando o principal tripulante decidiu abandonar o barco.

Troca-troca

Postado em 31 de agosto de 2016
  •  
  •  
  •  
  •  
  •  

O comando da Saúde de Tijucas passa por nova mudança nos próximos momentos. É a quarta vez em 44 meses do governo Valério Tomazi (PMDB). A pasta, administrada inicialmente por Rosicler Furtado, também esteve sob ordens do vereador Luiz Rogério da Silva (PSD) e da psicóloga Adriana Porto Faria antes de ser gerida pelo atual secretário, o dentista Roberto José Souza Zytkuewisz.

Aos mais próximos, Beto conta que está deixando o cargo para poder participar mais ativamente do processo político-eleitoral na cidade. O prefeito, por sua vez, estaria justificando a mudança com as seguidas reclamações de desinteresse e inatividade na gestão do departamento. A ex-secretária Rosicler Furtado deve reassumir o posto a partir de amanhã.

Décima segunda

Postado em 2 de agosto de 2016
  •  
  •  
  •  
  •  
  •  

Diretora da Creche Mãe Aurora havia 12 anos, a professora Valdirene de Andrade recebeu a carta de exoneração hoje pela manhã. Se considerados os motivos aparentes, é a 12ª demissão de apoiadores declarados do ex-prefeito Elmis Mannrich (PMDB) que estejam servindo à estrutura municipal.

Bastou que a professora comunicasse à secretária municipal de Educação, Lorena de Oliveira Silva, que participaria ativamente da campanha de Mannrich para, em seguida, ser chamada ao Departamento Pessoal da prefeitura. O prefeito Valério Tomazi (PMDB), pelo que parece, continua cumprindo as ameaças.

Livre para voar

Postado em 2 de junho de 2016
  •  
  •  
  •  
  •  
  •  

Candidato a prefeito de Tijucas em 2012, o presidente municipal do PT e ex-vereador Adalto Gomes também está apto à disputa pela prefeitura nestas eleições. Era secretário de Saúde de Porto Belo até ontem, quando entregou o pedido de dispensa ao prefeito Evaldo Guerreiro (PT).

Com 17% das intenções de voto do eleitorado tijuquense reveladas em recente pesquisa encomendada pelo movimento L.I.M.P.E., Gomes pôs-se à disposição dos grupos oposicionistas do município. A vontade, agora, é acompanhada pela liberdade.

Dentro do prazo

Postado em 2 de junho de 2016
  •  
  •  
  •  
  •  
  •  
Foto: Divulgação

Candidato a prefeito de Tijucas pelo PMDB, Elmis Mannrich entregou o pedido de exoneração da presidência do Imetro/SC ao governador Raimundo Colombo (PSD) no dia 24 de maio. Ontem, entretanto, às vésperas do fim do prazo de desincompatibilização para candidaturas majoritárias, o Diário Oficial trouxe a resolução.

Na foto, Mannrich aparece ao lado do deputado estadual Valdir Cobalchini (PMDB), coordenador do partido nas eleições deste ano em Santa Catarina.

Todos a bordo

Postado em 23 de maio de 2016
  •  
  •  
  •  
  •  
  •  

Gente que come à mesa do prefeito Valério Tomazi (PMDB) garante que a próxima barca já está formada, e que a partida é prevista para quarta-feira (25), véspera de Corpus Christi. Entre os tripulantes estariam a ex-secretária de Obras, Transportes e Serviços Públicos – inclusive na gestão vigente –, Eliane Tomaz, a atual secretária de Cultura do município, Cláudia Beatriz Venâncio, e a recepcionista do gabinete principal, Sabrina Furtado.

Citado na nota “Barbas de molho“, Sérgio de Souza Ramos também estaria cotado para receber a carta de dispensa nesta feita.

Nona queda

Postado em 20 de maio de 2016
  •  
  •  
  •  
  •  
  •  

Secretário de Agricultura, Pesca e Meio Ambiente na segunda gestão de Elmis Mannrich (PMDB), e, mais recentemente, secretário interino da pasta – que ficou vaga com a saída de Odirlei Resini (PMDB) para a disputa das eleições proporcionais deste ano –, Nelso Vicentini recebeu, agora há pouco, a carta de exoneração.

Coincidências à parte, é a nona baixa no quadro de servidores comissionados do município desde que o prefeito Valério Tomazi (PMDB) perdeu a disputa interna com Mannrich na pré-convenção do partido. Vicentini, nem se precisa dizer, é aliado do ex-prefeito.

Nova queda

Postado em 13 de maio de 2016
  •  
  •  
  •  
  •  
  •  

O prefeito Valério Tomazi mostrou mais uma vez, hoje, que pretende cumprir à risca o plano de cortes nos cargos comissionados do município, anunciado aos servidores de confiança antes da pré-convenção do PMDB de Tijucas. A bola da vez, no fim da manhã, foi a professora Síntia Lopes Silva, mulher do diretor do Sindicato dos Bancários de Brusque, Adriano Silva, o Guinho, suposto eleitor de Elmis Mannrich nas recentes prévias do partido.

Fontes do blog afiançam que a próxima semana inicia com novas exonerações no quadro de comissionados. Embora o prefeito justifique as demissões com a promulgada necessidade de contenção de despesas, a ala dissidente do PMDB não tem dúvidas de que os cortes têm ocorrido em retaliação à derrota na pré-convenção.

Tesoura afiada

Postado em 2 de maio de 2016
  •  
  •  
  •  
  •  
  •  

A vingança vem a cavalo. Nesta quarta-feira (4), oito dias depois da derrota na pré-convenção do PMDB de Tijucas, o prefeito Valério Tomazi volta das férias e reassume a chefia do Executivo municipal. O anunciado corte em massa nos cargos comissionados está na pauta.

Fontes próximas ao mandatário tijuquense afiançam que a mudança emergencial está prevista para a Secretaria de Finanças. Rosângela de Fátima Leal da Veiga estaria na iminência de perder o posto que ocupa há quase 12 anos. O diretor do Samae, Wilson Bernardo de Souza, assumiria a pasta interinamente e acumularia essa função.

Outros comissionados de escalões inferiores também devem receber a carta de exoneração. Há indícios de que Tomazi deva reduzir os cargos de confiança – já que o termo não se justificou nas prévias do partido – em cerca de 60%.