sábado, 4 de maio de 2024 VALE DO RIO TIJUCAS E COSTA ESMERALDA

Corda bamba?

Postado em 13 de julho de 2017
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Rolam burburinhos, ainda abafados, sobre uma possível troca de comando na Secretaria Municipal de Saúde de Tijucas. Fontes do blog garantem que o secretário Vilson José Porcíncula, popular Tem, estaria passando por turbulências internas e se equilibrando na corda bamba. Os mesmos informantes afirmam, sobretudo, que um plano B estaria em prática, e que uma gestora de Saúde, cola-branca de família, se prepara, em cursos de aperfeiçoamento e missões em municípios vizinhos para, se necessário, assumir a pasta.

No conselho título do movimento periódico entre líderes colas-brancas para sugerir, orientar e avaliar a gestão do prefeito Elói Mariano Rocha (PSD) , nada se vê, nem nas entrelinhas, que ateste essa informação. “Apenas algumas incertezas, baseadas nas dificuldades que ele (o secretário) mostra nas declarações públicas e na limitação técnica que sabíamos que enfrentaria”, relata um conselheiro.

Alheio às especulações de bastidores, e aparentemente satisfeito, Porcíncula embarcou ontem para Brasília, acompanhado de outras profissionais da Saúde municipal, para a captação de recursos.

Periquito na muda

Postado em 22 de maio de 2017
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O título da taça do Campeonato Municipal de Futebol de Tijucas começa a render frutos. Filho do ex-prefeito, ex-superintendente da FME (Fundação Municipal de Esportes) e fundador do certame, Rubens “Binho” Barreto que, muito merecidamente, dá nome ao troféu –, o jovem Marcus Vinícius Barreto está trocando o PMDB pelo DEM.

Marquinhos, como é conhecido popularmente, fez discurso de gratidão ao prefeito Elói Mariano Rocha (PSD) na cerimônia de abertura da competição, e, sensibilizado com a homenagem, passou a considerar a hipótese de acompanhar a administração municipal. Um convite do amigo e vereador Rudnei de Amorim (DEM), líder da bancada governista na Câmara, bastou para juntar a fome e a vontade de comer. Pois, então?!

Encaixamento

Postado em 2 de maio de 2017
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Com a mudança de comando no Samae (Serviço Autônomo Municipal de Água e Esgoto) de Tijucas, abrem-se lacunas na otimizada Secretaria de Desenvolvimento Econômico Sustentável do município. A pasta que envolve Indústria, Comércio e Turismo, além de Agricultura, Pesca e Meio Ambiente, é, atualmente, gerida pelo empresário Jilson José de Oliveira, que deve assumir a autarquia nos próximos momentos.

Nos bastidores do poder, trama-se as nomeações dos vereadores Jean Carlos de Sieno dos Santos (PSC) e José Leal da Silva Junior (PSD) na estrutura municipal. O primeiro, de acordo com uma fonte fidedigna, estaria prestes a ser oficializado na seção de Indústria, Comércio e Turismo; e o outro, ainda em discussão, cotado para a Agricultura.

As movimentações no tabuleiro, porém, trariam à Câmara Municipal os suplentes Cláudio Tiago Izidoro (PMDB) e José Roberto Giacomossi (PSD) – atual superintendente adjunto da FME (Fundação Municipal de Esportes) – nas respectivas vagas de Sieno dos Santos e Silva Junior.

Mudança

Postado em 17 de abril de 2017
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Alcunhado de “Coisa Querida”, o engenheiro Sérgio Fernandes Cardoso, diretor de Administração e Finanças do Sebrae/SC e julgado um dos mais atuantes benfeitores sociais da história de Tijucas – responsável direto pela instalação do Senai e do SESC Ler na cidade, além das agências locais do INSS e do Sebrae –, cumpre os últimos momentos, em ininterruptos 27 anos, de cidadão tijuquense.

Um letreiro com a estampa “vende-se”, grassado pela Ato Imóveis, do inseparável amigo Jilson José de Oliveira, o Gil, secretário de Desenvolvimento Econômico Sustentável do município e presidente do PSD local, sobrepõe, há semanas, o número 205 do Jardim Portobello, onde Cardoso mora desde que chegou à Capital do Vale. Aos amigos, ele revela que deve se instalar em Itapema, onde realizaria um sonho antigo da família, ficaria mais próximo do único neto, Lorenzo, e poderia seguir sempre presente em Tijucas.

Mão única

Postado em 16 de março de 2017
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Embora a noticiada revogação da portaria 339/15 das mudanças no trânsito de Tijucas realizadas pela Autopista Litoral Sul com anuência da ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres) tenha sido amplamente comemorada, inclusive com publicações nos mecanismos oficiais do município, nada deve mudar. Mesmo alguns envolvidos na comissão que trata do assunto na comunidade e em Brasília estão jogando a toalha.

Um passarinho transparente conta que o monstro é muito maior do que se imaginava; que há um importante grupo empreendedor com claros interesses na manutenção das medidas, e que muito dinheiro já caiu nos bolsos de políticos e autoridades para barrar qualquer ação contrária. Pois, então?!

Pula-pula

Postado em 3 de fevereiro de 2017
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O termo “traição” recorria em cochichos, ontem, nas elucubrações da primeira sessão ordinária da legislatura 2017-2020 em Tijucas. Parlamentares de oposição supunham, quase com certeza, que, embora sete, mais tarde seriam apenas seis e perderiam a maioria na Câmara. O jogo, entretanto, viraria num looping de montanha russa; com desmanche, inclusive, da mesa diretora – eleita com três oposicionistas e somente uma representação pró-governo.

No recesso da reunião – de 15 minutos que duraram 40 –, as atenções se voltaram para o fiel da balança. Assim que as bancadas se dividiram nos característicos ajuntamentos ideológicos, sobrou, solitário, o vice-presidente do Poder Legislativo atual, vereador Jean Carlos de Sieno dos Santos (PSC), eleito na oposição e predisposto à mudança.

Na volta do intervalo, os planos se clarificaram. O requerimento assinado pelos vereadores Fernanda Melo (PMDB) e Esaú Bayer (PMDB) – que convocava a secretária de Educação do município, Neide Maria Reis, para esclarecimentos sobre o transporte de estudantes universitários – recebeu, num primeiro momento, intervenção do vice-presidente da mesa diretora; e, em seguida, rejeição da maioria, em 7 a 6, com voto convicto do mais recente defensor do Executivo no parlamento tijuquense.

Sub judice

Postado em 10 de janeiro de 2017
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Neste momento, para chegar à Portobello Shop, anexa à Cerâmica Portobello, qualquer morador de Tijucas precisa acessar a vizinha Porto Belo pela rodovia federal. O trajeto, que custava poucos metros aos tijuquenses, agora tem cerca de 10 quilômetros.

Por conta do arbitramento, e segundo fontes fidedignas, o Grupo Portobello acionou a Justiça contra a Autopista Litoral Sul – concessionária que administra o trecho entre Palhoça e Curitiba na BR-101, além das suas vias marginais. Pois, então?!

Novos tucanos

Postado em 15 de dezembro de 2016
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A cúpula estadual do PSDB planeja uma guinada de 360 graus nos rumos do partido em Tijucas. Juventude e vigor são as bases dessa proposta, que tem o empresário Thiago Peixoto dos Anjos como figura central do processo.

Namorado da filha do ex-secretário de Turismo do Estado e ex-deputado estadual Gilmar Knaesel (PSDB), a advogada Gabriela Knaesel, Peixoto dos Anjos representa a revitalização ansiada pelo diretório estadual para o partido na cidade. Um dos personagens dessa ação é o deputado estadual Serafim Venzon (PSDB), que trabalha, sobretudo, pela união das forças, com a vereadora Lialda Lemos e o empresário Elson Junckes com quem tem relação muito próxima e a quem dedica ampla gratidão pelos serviços prestados à frente da legenda no time.

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Nem mesmo os mais otimistas acreditavam que o prefeito Valério Tomazi (PMDB) pudesse vencer a pré-convenção do partido, em 26 de abril. O favorito, ex-prefeito Elmis Mannrich (PMDB), tinha o diretório nas mãos e contava com amplo prestígio na cúpula peemedebista, além de manter precisas relações na estrutura pública do município. A distância entre o vitorioso e o derrotado especialmente no quesito aptidão política ficou comprovada na abertura da urna. Das 54 indicações possíveis, o presidente do PMDB de Tijucas assegurou 34; e as outras 20 foram direcionadas ao atual chefe do Executivo municipal.

Os dois concorrentes adotaram estratégias peculiares nas abordagens aos convencionais. Mannrich se sustentou no carisma, na proximidade com os partidários, e pautou o discurso nas pesquisas de opinião pública a respeito da administração municipal vigente que, de acordo com os institutos contratados, trazia índices de reprovação aterradores. O prefeito, no entanto, em desvantagem, tentou marcar o território com advertências intimidadoras aos comissionados que participavam da executiva peemedebista. Nas reuniões do alto escalão do município, Tomazi era claro quanto às consequências que uma derrota na pré-convenção provocaria. Palavras como “exoneração”, “demissão” e “dispensa” passaram a ser repetidas sistematicamente nos corredores do paço, sempre acompanhadas de outras como “vingança” e “retaliação”.

Na véspera do pleito interno do PMDB, o chefe do Executivo municipal revisitou praticamente todos os membros do diretório. De um a um exceto daqueles que não dependiam do governo e haviam manifestado abertamente preferência por Mannrich , ele recebeu promessas de voto na pré-convenção. Se pelo menos a maioria mantivesse a palavra, a sequência do projeto de reeleição estava assegurada. No entanto, depois da abertura da urna, a confiança de outrora transformou-se em frustração e mágoa. Tomazi não perdeu apenas uma disputa partidária. Perdeu amigos, e sentiu no âmago o indecoroso pesar da traição. A temporada de caça às bruxas, contudo, estava oficialmente aberta.

Findadas as férias do prefeito que serviram fundamentalmente para articular a desejada vitória na pré-convenção , em 5 de maio, ele voltou ao trabalho. Durante o expediente, o clima era de apreensão. Tomazi não saiu do gabinete naquele dia. Às 17h, porém, os protestos incontidos da secretária de Finanças do município, Rosângela de Fátima Leal da Veiga, pelos corredores da prefeitura anunciavam que as ameaças estavam sendo cumpridas. Além dela, mais seis comissionados da estrutura municipal perderam o emprego naquela primeira chamada. Outras quatro cartas de exoneração foram entregues nos dias seguintes; e dezenas de nomes ainda permaneciam numa lista pessoal do mandatário tijuquense. Embora qualquer poste de Tijucas tivesse certeza que as demissões foram motivadas pelos desgastes da pré-convenção, o chefe do Executivo municipal tratava o assunto, nas entrevistas e incursões públicas, como atenção a um plano de contenção de despesas do município.

A prefeitura operava normalmente, mas com portas fechadas para Mannrich. O candidato a prefeito do PMDB era persona non grata nas seções da administração municipal desde o embate interno do partido. Tomazi, nos encontros seguintes com o funcionalismo em comissão, fazia novas advertências. “Se eu souber que alguém deu um prego, vai ter que pedir emprego lá no Imetro (autarquia estadual que o ex-prefeito presidia na época)” era uma delas. Não se pode dizer, no entanto, que o aviso servisse para os eleitores de ambos os postulantes ao cargo máximo do município. O professor Elói Mariano Rocha (PSD) era oficializado como candidato da oposição na concorrência majoritária e recebia, inclusive, a bênção do mandatário tijuquense. O prefeito chegou a apresentar o oposicionista, de gabinete em gabinete, no paço municipal, como representante do governo de Tijucas na corrida eleitoral de 2016.

As demissões de peemedebistas cessaram, mas alguns aliados da oposição passaram a receber espaço na administração municipal e, evidentemente, atuaram em favor de Mariano Rocha, ou pelo menos impediram que a máquina pública fosse usada em benefício de Mannrich. A guerra declarada entre o prefeito e seu antecessor trouxe consequências violentas ao PMDB e seu projeto de manutenção do poder. O candidato do partido remava exaustivamente contra uma corrente chamada “mudança”, e não suportou quando o principal tripulante decidiu abandonar o barco.

Sete: O aviso das urnas

Postado em 18 de outubro de 2016
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Após curta e tumultuada campanha, resquício de uma pré-convenção desgastante que deixou profundas cicatrizes no PMDB de Tijucas, o engenheiro Valério Tomazi (PMDB) elegeu-se prefeito em 2012. Além da valiosa continuidade, os periquitos ainda receberam outro presente das urnas: a advertência subliminar de que a ideia da “mudança” já permeava os sentidos dos tijuquenses. A magra diferença de votos entre vitoriosos e vencidos era um recado que pedia uma análise detalhada.

Talvez o próprio candidato situacionista tenha percebido que essa transformação seria necessária e salutar. Tanto que tempos antes da votação e, principalmente depois dela, lançou o compromisso público de optar por “perfis técnicos” na condução das pastas da administração municipal. A população comprou a proposta; e aplaudiu. Na prática, porém, a história foi outra. Em 28 de dezembro de 2012, ainda na transição de governo, Tomazi convocou uma coletiva de imprensa para apresentar o novo (?) colegiado. Apenas seis nomes anunciados para as 16 repartições da estrutura municipal não participavam efetivamente do primeiro e segundo escalões da gestão que terminava naquele ano. Antônio Cantalício Serpa, Cláudio Thiago Izidoro, José Teotônio “Zé Pequeno” da Silva FilhoOscar Luiz Lopes, Sivonei Simas e Wilson Bernardo de Souza foram as novidades.

Faça-se um adendo na nomeação de Zé Pequeno como secretário de Obras, Transportes e Serviços Públicos. Ele apenas assumiu oficialmente, em 1º de janeiro de 2013, mas não permaneceu no cargo por problemas de saúde. Gestora da pasta na administração anterior, Eliane Tomaz voltou a ocupar o posto. Portanto, 11 nomes do colegiado de Elmis Mannrich (PMDB) se realocavam no então novo governo.

Tomazi, que pregou “mudança” e deu esperanças àqueles que ansiavam por outros rostos e procedimentos na condução das demandas do município, deixou claras impressões de que sua autonomia era limitada. Cumulativamente, o próprio PMDB começava a zerar o saldo com o eleitorado tijuquense e trocava o recado das eleições por mais quatro anos de endosso ao seu quadro íntimo.

Em 2 de outubro deste ano, as urnas disseram novamente que gostariam de ver caras novas, condutas e horizontes diferentes no trato do patrimônio público. E foi épico. Os rumos alternativos poderiam começar em casa; se a mensagem do processo eleitoral de 2012 não fosse ufanamente desconsiderada, por imperícia ou impotência. A oposição parece ter assimilado melhor o aviso, e lançou o slogan “mudar faz bem” durante a campanha. Era tudo o que os tijuquenses queriam. Havia quatro anos.