quinta-feira, 21 de novembro de 2024 VALE DO RIO TIJUCAS E COSTA ESMERALDA

Bastidores fervendo

Postado em 5 de junho de 2023
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Foto: Arquivo/Luan Lucas/VipSocial

Não bastasse a acirrada disputa dentro das quatro linhas dos gramados, o Campeonato Municipal de Futebol Amador de Tijucas ganhou, nos bastidores, um duelo ainda mais complexo envolvendo lideranças políticas do município.

Tudo começou com a decisão da Fundação Municipal de Esportes (FME), com base na avaliação do comando da Polícia Militar, de realizar os duelos de semifinais e finais em campo neutro, optando, então, pelo Estádio Sebastião Vieira Peixoto, estrutura histórica do Esporte Clube Tiradentes, mas administrada pela Associação AV 13 Esporte Clube.

Como a equipe gestora do Tatão participa da competição, os responsáveis pelos outros times entenderam que haveria clara vantagem, caso o AV 13 conquistasse uma vaga nas decisões. A diretoria do Itatiaia Esporte Clube foi uma das mais incisivas nas críticas e também nas cobranças.

Suposto envolvimento político

Um dos fatores que esquentaram o debate foi uma suposta mensagem, atribuída ao vereador Erivelto Leal dos Santos (PDT). No print que circula nas redes sociais, “Danone” – que preside e é o técnico da Associação XV de Novembro -, teria afirmado que se dependesse dele, o Itatiaia não conquistaria o bicampeonato.

O texto foi interpretado em tom de ameaça e imediatamente ligado à decisão da FME de sediar os duelos no Sebastião Vieira Peixoto, o que, em tese, prejudicaria a equipe do Itatiaia. Estaria, inclusive, registrado em ata oficial, que a sugestão de realizar os jogos em campo neutro partiu do vereador.

Indignados com a possibilidade de uma intervenção intencional, representantes da equipe do Oliveira procuraram o prefeito Eloi Mariano Rocha (PSD) para tentar reverter a definição. O mandatário tijuquense teria determinado que o maior evento esportivo do município só teria andamento se houvesse consenso entre as partes.

Justificativa

O superintendente da FME, Geovani Souza, argumenta que atende a um ultimato do comandante da 3ª Companhia de Polícia Militar, major Eduardo João Steil, que garante não ter condições de direcionar as equipes de segurança para outras comunidades, sobretudo no interior, durante a reta final do municipal.

De fora para dentro

Postado em 23 de maio de 2023
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Foto: Agência Alesc

A pressão popular pode ser o empurrão que falta para que o Projeto de Lei 113/2019, em tramitação há quatro anos na Assembleia Legislativa, seja aprovado no parlamento. De autoria do deputado Altair Silva (PP), de Major Gercino, a proposta cria um fundo permanente para a manutenção e conservação das rodovias estaduais catarinenses — uma das principais fontes de reclamação em praticamente todas as regiões do Estado.

De acordo com o texto, 10% das arrecadações com IPVA e multas de trânsito, além das doações de contribuintes em contrapartida de benefícios fiscais seriam destinados ao fundo e usados na recuperação das SCs. Mas o PL continua inerte no Legislativo barriga-verde.

Para que o movimento ganhe força, Silva vem conclamando prefeitos, vereadores e cidadãos catarinense a encamparem essa luta. O parlamentar, que trouxe o tema mais uma vez à mesa das discussões, agora pede que a sociedade reivindique a leitura e aprovação do projeto na Alesc.

Alternativas 

Postado em 6 de abril de 2023
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Foto: Arquivo pessoal

O prefeito Joel Orlando Lucinda (MDB), de Porto Belo, anunciou que uma empresa deve realizar um novo laudo técnico na ponte sobre o Rio Perequê, na divisa do município com Itapema, cujo bloqueio vem sendo alvo de inúmeras reclamações e polêmicas. 

A intenção do Executivo é buscar alternativas emergências para permitir novamente o trânsito na estrutura. Mas, caso não seja possível, outras opções serão analisadas, além da já citada ponte provisória montada pelo Exército. 

Lucinda ressaltou que não teve opção além do fechamento e reforçou que foi contrário à decisão. O mandatário portobelense disse, ainda, que o bloqueio ocorreria por ordem judicial, mesmo que não concordasse com a ação. 

Pressão e substituição

Postado em 27 de janeiro de 2020
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A pressão nos ombros do presidente do Samae (Serviço Autônomo Municipal de Água e Esgoto) de Tijucas, empresário Jilson José de Oliveira, é, neste momento, muito maior que nos dutos da rede de abastecimento. O prefeito Eloi Mariano Rocha (PSD) vem recebendo pedidos sistemáticos de apoiadores políticos pela troca no comando da autarquia; e, entre os conselheiros do chefe do Executivo, projeta-se o mês de março como dead line para a substituição. As constantes reclamações sobre a falta de água em alguns bairros do município são o motivo principal.

No fim de semana, durante uma série de eventos públicos na Praia do Pontal Norte, as discussões se intensificaram. Dos encontros, recheados de figuras do clero administrativo do município, surgiram rumores sobre um suposto convite ao ex-vice-prefeito Luiz Rogério da Silva para a presidência do Samae.

Questionado pelo Blog, Rogerinho garantiu que “são apenas especulações”.

Prefeito presidente

Postado em 4 de junho de 2019
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Cobranças, desgaste e divergências internas. Estes são, extraoficialmente, alguns dos motivos pelos quais o presidente do PSD de Tijucas, empresário Jilson “Gil” de Oliveira – também diretor do Samae (Serviço Autônomo Municipal de Água e Esgoto) –, entregou os rumos do partido para o prefeito Elói Mariano Rocha (PSD). O chefe do Executivo municipal deve assumir o comando da legenda por, no mínimo, quatro meses.

Para o Blog, Oliveira destacou que a transição ocorreu naturalmente, uma vez que “a executiva nacional decidiu destituir os diretórios estadual e municipais em Santa Catarina e que os próximos 120 dias serão de oxigenação, à espera das novas diretrizes”. Neste momento, o partido tem, na Capital do Vale, uma comissão provisória.

Fontes fidedignas, porém, reafirmam um descontentamento de parte a parte; do presidente com a falta de reconhecimento e com exigências e reclamações, e do pelotão de frente do PSD com a carência de ações para o fortalecimento da legenda. “A paz continua reinando, o partido vem progredindo e, com absoluta certeza, assim que o processo terminar, tudo volta ao normal”, garante, no entanto, o diretor do Samae.

Fogueira acesa

Postado em 23 de outubro de 2017
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O processo que começou conturbado, sovado em negociações e conciliações, trouxe um tópico a mais para as discussões: a traição. Sábado (21), na convenção municipal do PMDB, as rupturas se evidenciaram. De um lado do salão, o ex-prefeito Elmis Mannrich e o vereador Fernando Fagundes – único candidato à presidência do partido em Tijucas, indicado pelo atual comando – saudavam os filiados, que unanimemente votaram “sim” para a oficialização do parlamentar no posto. Na outra ponta, os proponentes da renovação integral do diretório, liderados pela vereadora Fernanda Melo e apoiados pelo ex-vereador Edson Souza.

Independente das dissonâncias, a homologação da presidência do diretório jamais esteve em cheque. Fagundes havia conquistado o consentimento dos contrários, desde que a chefe de gabinete da Câmara Municipal, Elenita Mara Alexandre, fosse contemplada na secretaria geral do partido. Existia, inclusive, um tratado, avalizado e concordado entre o atual comando e os propositores da renovação.

A tórrida surpresa chegou em seguida do escrutínio das cédulas, na divulgação do corpo diretivo do PMDB de Tijucas para o biênio 2018-2019. Na secretaria geral, para revolta, principalmente, da chefe de gabinete da Câmara e da vereadora, anunciou-se Rafaela Marques – que mantém estreitas relações com a ex-secretária geral do partido, Flávia Fagundes, irmã do novo presidente.

Num grupo de conversação do PMDB municipal, Fernanda Melo publicou, em seguida, que “a formula do sucesso está invertida mais uma vez. A democracia traz o sucesso, e a autocracia, o fracasso”.

PINGUE-PONGUE

Ao blog, a ex-secretária Flávia Fagundes afirma que desconhece qualquer negociação prévia e que “renovar é uma coisa, mas, a história não pode ser excluída”. Depois, porém, revelou ter tomado conhecimento sobre um pedido para que Elenita Alexandre fosse empossada secretária adjunta do partido.

Consultada, a vereadora Fernanda Melo mantém a primeira versão, e enfatiza que o tratado foi descumprido. “Aceitamos o acordo com Elenita na secretaria geral, e Lays Zimermann na secretaria adjunta! Cobramos do ex-prefeito Elmis Mannrich em seguida. Ele nos respondeu, em bom tom: ‘eu tenho o diretório, sou o líder, e eu mando’. Mudaram tudo na hora, sem comunicar ninguém”, conta.

TELEGRAMA

Aquele passarinho incolor revela, ainda, que o presidente estadual do PMDB, deputado federal Mauro Mariani, recebeu as reclamações com preocupação, e pretende vir a Tijucas com alguns extintores de incêndio na bagagem.

Sinal fechado

Postado em 20 de fevereiro de 2017
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O malabarista quer o pagamento pelo espetáculo. O vendedor de balas, artesanato ou afins quer que comprem para ajudar. O pedinte quer apenas uma moeda, ou um cigarro. O andarilho se contenta com um trago às voltas de um bar. O viajante quer inteirar o valor da passagem. O mendigo quer matar a fome. O aleijado quer uma esmola porque não pode trabalhar. O viciado quer o que for, desde que consiga trocar por mais alguns instantes de entorpecimento. E todos estão aqui, ali, lá, agora, depois e o tempo inteiro. Na porta da igreja, nos arredores dos bancos, nas esquinas e sinaleiros, em prédios abandonados e sob a ponte.

As redes sociais estão infestadas de reclamações; e de defensores dos direitos humanos. Uns querem maior envolvimento do Poder Público nessa questão, que parece beirar o estado crítico em Tijucas; outros pedem apenas o respeito ao direito de ir e vir.

E agora?! Quem somos nós, e quem são eles? Devemos virar as costas, ou praticar a caridade? O medo é justificável? Existem meios de erradicar esse problema, ou precisamos conviver com ele? Quem são os culpados, ou inocentes?