sexta-feira, 22 de novembro de 2024 VALE DO RIO TIJUCAS E COSTA ESMERALDA

Volta por cima

Postado em 15 de dezembro de 2017
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Não está morto quem peleia. É no que acredita o ex-prefeito Valério Tomazi (PMDB), que vem articulando um retorno triunfal à cena política de Tijucas. Garantem os mais próximos que o ex-mandatário tijuquense planeja a candidatura na concorrência majoritária de 2020.

Persona non grata no PMDB – desde a fatídica pré-convenção do partido, em abril de 2016, que culminou com demissões sumárias de soldados periquitos do serviço público municipal e, ainda, com o suposto apoio ao candidato adversário nas mais recentes eleições –, Tomazi estaria bastante inclinado à mudança de partido. As conversas com o PDT, que tem o vereador Fabiano Morfelle e o presidente Nelson Zunino Duarte como principais intermediários, estariam bastante adiantadas.

O ex-prefeito tem, inclusive, alguns amigos, dissidentes do PMDB, que estariam dispostos a acompanhá-lo nas fileiras da nova agremiação, além de atuarem no recrutamento de combatentes periquitos para o futuro exército pedetista. Um deles seria o ex-secretário de Agricultura, Pesca e Meio Ambiente do município, Raul de Souza Júnior, o Raulzinho do Timbé, que estaria incumbido de procurar descontentes nas searas peemedebistas e oferecer guarida no PDT.

Adalto: “Sou candidato!”

Postado em 24 de julho de 2017
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O título de secretário de Obras, Transportes e Serviços Públicos, estampado no crachá do vice-prefeito Adalto Gomes (PT), tem prazo de validade. Se mantido o planejamento, o presidente municipal do PT inicia 2019 apenas como adjunto do município, com atenções voltadas, única e exclusivamente, para as eleições municipais do ano seguinte. “Até lá, porém, quero deixar a casa em ordem e transformar a infraestrutura de Tijucas”, revela o policial rodoviário federal aposentado ao blog, com exclusividade.

Não é segredo que Gomes pretende concorrer à chefia do Executivo municipal em 2020, e, sempre que tem oportunidade, relembra esse objetivo. “Sou candidato. Vou concorrer à prefeitura nas próximas eleições municipais”, diz.

O vice-prefeito entende, entretanto, que, politicamente, a pasta de Obras é uma das mais desgastantes da estrutura municipal; mas acredita que vá conseguir suplantar as cobranças com ações impactantes e transformar o empecilho em trampolim. “Estamos com muitas realizações por vir. Quando eu deixar a secretaria, Tijucas estará num outro patamar em termos de obras”, garante.

Concorrência

Postado em 12 de junho de 2017
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Sobre a nota “Fio condutor“, de semana passada no blog, aquele ex-secretário municipal, periquito de carteirinha, participante ativo das decisões do PMDB em Tijucas, diz que “água morna não serve nem para matar a sede, e nem para fazer café”, numa clara demonstração de desagrado à indicação, por parte de alguns correligionários, do nome do vereador Odirlei Resini para o comando do partido no município.

Garante o ex-gestor, atual funcionário público estadual, que tem amplo apoio para a concorrência interna da legenda em outubro, e que deve, seja contra quem for, anunciar candidatura à presidência do PMDB municipal. Pois, então?!

Motivos escusos

Postado em 5 de junho de 2017
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Há mais, muito mais, por trás da surpreendente saída do ex-prefeito de Canelinha, Antônio da Silva (PP), do comando da Secretaria de Saúde de São João Batista cargo que ocupa desde o início do segundo mandato do prefeito Daniel Netto Cândido (PSD), em janeiro.

Tonho, como é chamado popularmente, tem um convite muito sedutor da cúpula progressista no Estado para um cargo na Alesc (Assembleia Legislativa de Santa Catarina), mas estaria pleiteando uma função menos burocrática, que possibilitasse o contato direto com os representantes do partido no Vale do Rio Tijucas e adjacências, além das incursões políticas que tão bem conhece. Dessas andanças, talvez surgisse a oportunidade para uma candidatura ao parlamento catarinense em 2018.

Substituição

Postado em 3 de março de 2017
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Recordista de votos no pleito de 2014 para o parlamento catarinense e provável candidato a governador em 2018, o deputado estadual Gelson Merisio (PSD) deve passar o bastão para a coordenadora da Escola do Legislativo de Santa Catarina, Marlene Fengler (PSD), concorrente declarada à Alesc nas próximas eleições gerais. E os cabos eleitorais de Tijucas, a propósito, já estão a postos.

Marlene esteve na Capital do Vale hoje pela manhã, acompanhada do diretor de Administração e Finanças do Sebrae/SC, engenheiro Sérgio Fernandes Cardoso – coordenador das sucessivas campanhas de Merisio na cidade e região , e do ex-deputado federal Gervásio Silva (PP), em visita ao prefeito Elói Mariano Rocha (PSD).

Dez: O duelo dos titãs

Postado em 1 de novembro de 2016
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Não tardou para que o peso da ominosa votação que o ex-prefeito Elmis Mannrich (PMDB) recebeu nas eleições gerais de 2014 fosse dividido com a atual administração do município. As obras eram escassas, a Cosatel continuava esburacando as ruas da cidade a bel prazer, e a popularidade do partido e de qualquer um dos seus integrantes despencava na mesma frequência. A voz do descontentamento partiu de fora para dentro, e o prefeito Valério Tomazi (PMDB) já era amplamente questionado no seio do PMDB. Como primeira ação, a executiva peemedebista foi acionada; e passou  a exigir a presença do mandatário tijuquense nas reuniões mensais da sigla. Alguma coisa estava errada, e parte dos membros locais do partido era resoluta em atribuir culpa pelos reveses à gestão ora depauperada da Capital do Vale.

Desde que iniciou o governo, aliás, Tomazi afirmava publicamente, sempre que um problema era apresentado, que embora tivesse a caneta nas mãos, ela “estava sem tinta”. Até os resultados das eleições de 2014 aparecerem, declarações dessa ordem eram engolidas em seco pelos partidários; depois, não mais. As reuniões mensais entre os peemedebistas, a partir de então, tinham clima tenso. Por vezes o prefeito e seu antecessor, que debatiam calorosamente sobre qualquer assunto e davam sinais claros de que já não mantinham a sintonia de outrora , precisaram ser contidos pelos demais membros.

O chefe do Executivo municipal era cada vez mais cobrado internamente. Além dos resultados na gestão, grande parte do diretório do PMDB local exigia, também, mudanças pontuais no primeiro escalão do governo. O alvo principal era o diretor do Samae, Wilson Bernardo de Souza, braço direito de Tomazi na administração. Uma das alas do partido, mais consonante aos arbítrios de Mannrich, reivindicava a substituição do comandante da autarquia que era especificamente técnico, e apresentava balancetes positivos mês a mês por um agente com papel mais político, concentrado nos votos em vez das cifras. O prefeito sequer considerou; e o departamento de água e esgoto continua sendo um dos únicos do atual governo com mesma regência desde 1º de janeiro de 2013.

A relação entre Tomazi e Mannrich seguia de mal a pior, mas ainda era dada somente aos bastidores. Nesse meio tempo, o alcaide passou a ceder às pressões da Câmara Municipal  numa advertência organizada pelo vereador Sérgio Murilo Cordeiro (ainda no PMDB), sob pena de rejeição de qualquer proposta do Executivo pela exoneração da então chefe de gabinete Flávia Fagundes, a mais íntima defensora do antecessor na atual administração. O prefeito considerou, sugeriu a mudança de escalão; e o clima, que era ruim, ficou insustentável. Em janeiro de 2015 ela, que seguiu por mais alguns meses na corda bamba, pediu dispensa para acompanhar o ex-prefeito e amigo na gerência do Imetro/SC, cargo que ele passou a ocupar no governo estadual.

A candidatura a prefeito em 2016, a partir de então, pelo desgaste interno e pelas manifestações dos partidários, começava a ser alimentada na cabeça do presidente municipal do PMDB. Os descontentes com a atual gestão do município se multiplicavam na executiva do partido e a volta de Mannrich às disputas eleitorais seria questão de meses; embora ele recebesse advertências frequentes de amigos próximos, mais sóbrios, de que os efeitos dos recentes acontecimentos eram irreversíveis, e que a oposição fatalmente venceria o pleito vindouro.

Os avisos foram novamente ignorados, por habilidade ou petulância. Os atritos partidários juntados aos problemas de 2014, o fraco desempenho das recentes eleições à gestão conturbada de Valério Tomazi, se transformaram em avassaladores 2.982 votos de distância entre vencedores e vencidos. Os periquitos, que são inexpugnáveis juntos, estiveram divididos; e seus dois bastiões em trincheiras opostas, cada qual em razão do seu próprio projeto pessoal. Era de se esperar que a queda, se as duas pernas não estivessem firmadas no chão, seria mais dolorosa.

Quatro: O partido em duas frentes

Postado em 7 de outubro de 2016
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Em meados de 2011, o PSD ressurgia pelas mãos do economista e engenheiro civil Gilberto Kassab, então prefeito de São Paulo. O partido reestreava forte na política nacional, repleto de importantes adesões. Uma das mais relevantes vinha de Santa Catarina: a família Bornhausen deixava o DEM para encorpar a nova bandeira. Na mesma época, a controversa Tríplice Aliança governava o Estado sem oposição e aproximava os Bornhausen do PMDB de Luiz Henrique da Silveira. Fatos que, somados a outras situações, salientavam as conexões entre o prefeito de Tijucas, Elmis Mannrich (PMDB), e o então deputado federal Paulo Bornhausen, principal articulador do recente PSD no território barriga-verde. A relação entre ambos tornou-se tão agradável que não tardou para firmarem um acordo: o candidato a vice-prefeito do PMDB nas eleições majoritárias de 2012 em Tijucas seria um peessedista.

As opções ainda eram escassas na Capital do Vale. O partido começava a se estruturar no prestígio do engenheiro Sérgio Fernandes Cardoso  que, naquela feita, era o tijuquense mais próximo do herdeiro Bornhausen – e contava, na ocasião, com apenas alguns seguidores. O empresário Jilson José de Oliveira e o vereador Ailton Fernandes, que cumpria a quinta legislatura consecutiva, estavam entre eles. O parlamentar, em princípio, ficou pré-selecionado; porque era comedido na Câmara, não fazia oposição severa ao PMDB e gozava de situação econômica interessante à futura campanha.

Mannrich estava no segundo mandato e não poderia mais concorrer no pleito majoritário. O então vereador Valério Tomazi (PMDB) ostentava favoritismo entre os peemedebistas para a sucessão municipal, e a proposta passou a ser apresentada em reuniões diversas com Paulo Bornhausen em Florianópolis. Os encontros eram sempre acompanhados pelo presidente municipal do partido à época, advogado Marcio Rosa. Naquele mesmo ano, havia cerca de 16 meses das eleições, a dupla Valério & Ailton estava chancelada.

Rosa, no entanto, embora houvesse concordado com tudo na ocasião, passou a considerar a candidatura a prefeito. Recebia estímulos diversos dos amigos, dos funcionários do Samae (Serviço Autônomo Municipal de Água e Esgoto) autarquia que comandava naquela gestão e de muitos correligionários. Era o presidente do PMDB no município e acreditava que pudesse se impor internamente. Começou, então, a articular a ideia; mesmo que não tratasse abertamente do assunto com o prefeito. Mannrich, por sua vez, sabia das movimentações apenas por terceiros, mas fazia questão de não querer acreditar. Até que quatro meses antes do pleito, no fim do prazo de desincompatibilização para as eleições majoritárias de 2012, a carta de renúncia ao cargo de diretor do Samae chegou à mesa do chefe do Executivo municipal.

Os amigos tornaram-se rivais. As discussões não cessaram. Numa delas, no primeiro gabinete do paço, os gritos ecoaram pelos corredores; e secretários e partidários saíam e entravam freneticamente na sala, nervosos. Elmis Mannrich e Marcio Rosa estavam em lados opostos pela primeira vez desde 2004. O prefeito queria cumprir o compromisso com Tomazi e Bornhausen; o presidente do partido queria o apoio do amigo, com quem era unha e carne, e a quem ajudou, e muito, a eleger oito anos atrás. Mas não houve entendimento. As linhas do PMDB, naquele momento, eram duas. E seguiriam assim para a pré-convenção do partido, semanas depois.

Valério Tomazi e Marcio Rosa travaram uma disputa instigante, voto a voto, no diretório do partido. Ao fim da contagem, para alívio de Mannrich, o vereador levou a melhor. Três votos separaram o vitorioso do derrotado. Uma das alas do PMDB de Tijucas comemorava e a outra lamentava. Enquanto o presidente caminhava, cabisbaixo, para a saída do CTG Fazenda Eliane, onde ocorreu a pré-convenção, a sonorização do evento lançou a clássica “Vou Festejar”, de Beth Carvalho, com o famoso verso “Vou festejar / o teu sofrer / o teu penar”. Era a gota d’água.

O comandante do PMDB, naquelas eleições, não ficou em Tijucas. Assumiu a coordenação de campanha de Sandra Regina Eccel (PMDB) em Nova Trento; mas a família, especialmente mulher e filhos, eram frequentes nas carreatas e comícios da oposição na Capital do Vale. Tomazi venceu nas urnas, sem o presidente do partido nos palanques e na campanha. Depois disso, não houve mais contato, sequer cumprimento, entre Mannrich e seu ex-amigo. Rosa tornou-se opositor a partir de 2013. Assumiu a presidência do PSDB e, mais tarde, filiou-se ao PSD com expectativas muito claras de candidatura a prefeito em 2016 e desforra contra a cúpula periquita.

Como mostra a história recente, Elói Mariano Rocha disputou as eleições deste ano pelo PSD. Preterido entre os colas-brancas e desmedidamente chateado, Marcio Rosa refez, depois de quatro anos, a amizade com Elmis Mannrich. Voltou para casa depois de encabeçar um período de oposição feroz às suas origens. Nesse tempo, transformou muitos periquitos em canários e tucanos; denunciou práticas controversas de ex-aliados a órgãos judiciais; reprovou publicamente, pela imprensa ou nas rodas sociais, condutas de gestões peemedebistas passadas, enfim… O ex-presidente do PMDB voltou, mas também deixou um rastro de destruição pelo caminho. Domingo (2 de outubro de 2016), ele estava lá, tentando desfazer o passado e construir um novo futuro. Não deu tempo.

Plano B

Postado em 16 de setembro de 2016
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De acordo com a legislação eleitoral, o dead line para substituições de candidaturas era em 12 de setembro, às 19h. Por sorte ou organização, o julgamento do registro de candidatura de Daniel Netto Cândido (PSD) à prefeitura de São João Batista aconteceu duas horas antes desse prazo.

Se o prefeito afastado fosse derrotado nos tribunais, haveria substituição. Segundo o passarinho transparente, outro membro da família Cândido estava pronto, com documentação preparada, para dar entrada no registro e concorrer nas eleições majoritárias da Capital Catarinense do Calçado. O êxito no TRE (Tribunal Regional Eleitoral) trouxe alívio geral; mas a decisão segue para o TSE (Tribunal Superior Eleitoral), em Brasília.

Nariz de palhaço

Postado em 15 de setembro de 2016
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Suplente de vereador e novamente pré-candidato à Câmara Municipal, Edenilson Devitte (PPS) atribui culpa pelos problemas com a Justiça Eleitoral e constrangimentos pelos quais vem passando à atuação “desastrosa” do presidente do partido, professor Francisco Laus, que “enquanto publicava fotos em redes sociais, usando nariz de palhaço para ridicularizar alguns vereadores, deveria estar cumprindo os deveres de líder do PPS e cuidando das filiações dos pré-candidatos junto ao TRE (Tribunal Regional Eleitoral)”.

Devitte é um dos pré-candidatos a vereadores em Tijucas que enfrentam problemas no registro partidário, e ainda depende da homologação da candidatura. A defesa, apresentada pelo advogado da coligação que representa, Francisco Luciano de Vasconcelos Junior, deve ser julgada nos próximos momentos.

Livre, por ora

Postado em 13 de setembro de 2016
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O espetáculo pirotécnico de ontem, em São João Batista, teve um motivo excepcional. Em segunda instância, o TRE (Tribunal Regional Eleitoral) entendeu que o ex-prefeito Daniel Netto Cândido (PSD), condenado à perda do mandato recentemente, está apto à concorrência majoritária nestas eleições.

O imbróglio segue, contudo, para o TSE (Tribunal Superior Eleitoral), em Brasília, onde a questão será definitivamente resolvida.