Nas últimas semanas de pré-campanha eleitoral, o cenário em Major Gercino, na ponta do Vale do Rio Tijucas, parece bem definido. Os grupos de situação e oposição têm praticamente chancelados os nomes que concorrerão à prefeitura, em outubro.
Pelo lado governista, a vice-prefeita Viviane Booz Ferreira (MDB) deve confirmar o favoritismo e concorrer à sucessão do prefeito Valmor Pedro Kammers, o Valmor do Pita. O candidato a vice na chapa deve ser o vereador de dois mandatos e ex-presidente do Legislativo municipal, Augustinho Orlandi (UNIÃO).
O projeto oposicionista tem como principal articulador o vereador de duas legislaturas consecutivas e presidente local do Progressistas, Rodrigo dos Santos. O postulante adjunto na chapa ainda não foi definido, mas se especula que a indicação será feita pelo PL. A conferir.
Embora tenha encerrado a sua passagem na Assembleia Legislativa de Santa Catarina há cinco anos, o ex-deputado federal e estadual Antônio Serafim Venzon (PSDB) vem mantendo o compromisso de fiscalizar o destino de recursos enviados aos municípios durante os seus mandatos.
O médico – que, aliás, hoje se dedica exclusivamente à profissão –, cobrou, recentemente, da prefeitura de Tijucas, através de interlocutores, o destino de uma emenda impositiva de R$ 200 mil, divulgada pela própria administração em dezembro de 2017, como recurso para reformas e ampliações de creches.
Em posse de todos os dados, desde o número da emenda até o código do pagamento, Venzon pediu as explicações, que, até o momento, não foram devidamente prestadas. Ao Blog, o ex-deputado lamentou: “o prefeito [Eloi Mariano Rocha (PSD)] não me chamou para inaugurar. Talvez, ainda não tenha concluído”.
VALORIZAÇÃO
Em contrapartida, recentemente, o ex-deputado foi convidado pelo então prefeito em exercício, Antônio Carlos Machado Júnior (PSD), de Canelinha, para a inauguração da Escola de Ensino Básico Municipal Flávia Godinho Mafra, no bairro Cobre, que contou com recursos destinados por Venzon.
O prefeito Paulo Henrique Dalago Muller (sem partido), de Bombinhas, oficializou ontem seu novo chefe de Gabinete. O escolhido foi o vereador de inclinação governista José Antônio Olímpia (União Brasil), mais conhecido como “Tonho Olímpio”.
Com dois mandatos consecutivos no parlamento bombinense, Olímpia precisou se licenciar do cargo, após seis anos e nove meses de atuação. O novo chefe de Gabinete é servidor público efetivo e, entre 2015 e 2016, atuou como diretor de Turismo e Desenvolvimento Econômico de Bombinhas.
No primeiro dia na nova função, Olímpia foi recebido pelo mandatário bombinense e pelo vice-prefeito Alexandre da Silva (PDT). A vaga deixada na Câmara de Vereadores será preenchida pelo suplente Ernani Mateus da Silva (União Brasil).
Aos 42 anos e com quatro mandatos consecutivos na Câmara de Vereadores de Tijucas, o vereador Fernando “Gordo” Fagundes (MDB) acredita que chegou a hora de disputar o pleito majoritário. O herdeiro do saudoso ex-prefeito Nilton José Fagundes confirmou o desejo, em entrevista ontem (8), ao programa LINHA DE FRENTE.
Há cerca de dois meses, na convenção que definiu o novo diretório municipal do MDB, Fagundes falou publicamente do assunto pela primeira vez, colocando-se como pré-candidato da legenda, junto de Elmis Mannrich e Valério Tomazi, ambos ex-prefeitos.
“Têm outros nomes fortes, como do Elmis e do Valério. Colocamos nosso nome à disposição escutando a comunidade, andando no dia a dia. São 15 anos como vereador e com tudo que fizemos e contribuímos com Tijucas. Tudo pode acontecer, mas coloco meu nome à disposição para ser candidato a prefeito”, explicou Fagundes.
União
Historicamente, o MDB de Tijucas sofreu, em 2012 e 2016, com desgastes na escolha pelo candidato, o que, na análise de quem acompanha o cenário político local, enfraqueceu e atrapalhou as campanhas dos periquitos.
Em 2024, Fernando Fagundes entende que a divisão pode dificultar o processo. “Não seria bom e nem saudável para o partido. Temos experiências anteriores, de dentro do partido ter uma briga e partir para uma disputa interna, na convenção. Acho que não seria saudável. Tem que ter consenso”, justifica.
No PL?
Rondam nas rodas de conversa da Capital do Vale, rumores de que Fagundes estaria disposto a deixar o MDB, caso não seja aclamado como o representante da legenda em 2024. O destino seria o Partido Liberal, do governador Jorginho Mello, em convite do deputado estadual Carlos Humberto Metzner Silva – com quem o parlamentar mantém amizade.
Fernando do Gordo confirmou que houve a sondagem, mas pondera que não há nenhuma decisão tomada. “O MDB faz parte do atual governo. Fui procurado pelo PL para, talvez, me filiar e estar junto ao projeto. Ou, talvez, o PL possa fazer parte do nosso projeto. Estou no MDB, tenho uma história e respeito o partido. Mas temos amizade e em algumas pautas eu concordo”, revelou.
A agitada Câmara Municipal de São João Batista, que está em recesso, tem novidades assim que retomar o serviço, em 1º de agosto. Os suplentes Nataniel “Chulipa” de Oliveira Valença (PP) e Tarciso “do Ônibus” Soares (PP) assumem, por decisão da Justiça Eleitoral, as cadeiras de Carlos Francisco da Silva (PP) e Alécio Boratti (PP).
Os titulares foram condenados à perda dos mandatos — e a oito anos de inelegibilidade — por envolvimento na Operação Ressonância, que deflagrou um esquema de violação na fila de espera do SUS (Sistema Único de Saúde) para exames de ressonância e tomografia, por intermédio de procedimentos irregulares e cobrança de valores dos pacientes.
O deputado federal Rogério “Peninha” Mendonça (MDB-SC), de Nova Trento, foi aplaudido de pé por milhares de municipalistas, semana passada, durante discurso na Marcha a Brasília em Defesa dos Municípios, na capital federal. Ele usou o espaço para defender a PEC (Proposta de Emenda à Constituição) pela unificação das eleições no Brasil, da qual é autor e que tramita no Congresso.
Segundo o vice-líder do governo na Câmara Federal, se prefeitos, vereadores, governadores, deputados estaduais, deputados federais, senadores e presidente da República fossem eleitos no mesmo processo, a cada quatro anos, haveria uma economia de milhões de reais para os cofres da Nação. Detalhe: se a proposta for aprovada, os atuais prefeitos e vereadores, a propósito, concluiriam os mandatos apenas em 2022.