segunda-feira, 25 de novembro de 2024 VALE DO RIO TIJUCAS E COSTA ESMERALDA

Fogo amigo

Postado em 14 de março de 2019
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A polêmica certamente está no DNA do vereador Leôncio Cipriani (MDB), de São João Batista. Por coincidência ou imprudência, ele aproveitou a presença do vice-prefeito Pedro “Pedroca” Alfredo Ramos (MDB) – com quem mantém boa relação, até que se prove o contrário – no plenário da Câmara Muncipal, na sessão de segunda-feira (11), para dizer, da tribuna, que poderia ser candidato a vice-prefeito em 2020 porque “vice não faz nada”. Constrangimento pouco, naquele instante, era bobagem.

Depois, ciente de que o amigo e correligionário pretende se candidatar a prefeito nas próximas eleições, Cipriani lançou, ainda, mais uma vez, que, como advogado que é, acredita que o atual chefe do Executivo, Daniel Netto Cândido (PSD) – que, por decisão judicial, não cumpriu integralmente o primeiro mandato –, poderia concorrer novamente à prefeitura no pleito que se avizinha.

Aliás, encontrar Pedroca nas sessões do Legislativo batistense é uma raridade. O vice-prefeito dificilmente acompanha in loco os encontros oficiais da vereança. E agora, pelo jeito, ele tem motivos de sobra para não voltar tão cedo à Casa do Povo.

CPI melindrada

Postado em 12 de março de 2019
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Por inconsistência de argumentos, ou porque a ameaça de abertura de uma sugestiva caixa-preta – que revelaria supostas ingerências, ou irregularidades, em gestões passadas na autarquia – deu resultado, nada mais se disse na Câmara Municipal de Tijucas sobre aquela conjecturada “CPI do Samae”.

Uma das principais interessadas na instauração do processo era a vereadora Fernanda Melo (MDB), que chegou a comentar o assunto nas redes sociais. Fontes do Blog, no entanto, garantem que houve orientação – e até pedidos encarecidos – para que o abelheiro não fosse cutucado.

Inferno astral

Postado em 6 de março de 2019
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Situação complicada para o ex-secretário regional Jones Bosio, que comandou a extinta Secretaria de Desenvolvimento Regional de Brusque – e do Vale do Rio Tijucas – até março de 2015 e esteve entre os candidatos a deputados estaduais nas últimas eleições. Ele foi condenado a seis anos de prisão em regime inicial semiaberto por irregularidades em pelo menos nove processos licitatórios da SDR entre 2013 e 2014. De acordo com as investigações do Ministério Público, várias licitações, na época, foram direcionadas para a empresa Múltiplos Serviços e Obras Ltda.

Em sua defesa, Bosio explicou que a Secretaria Regional, no período dos fatos, trabalhava com uma comissão de licitações composta por três servidores; negou que mantivesse contato com as empresas convidadas e sequer fazia indicações. O ex-secretário disse, ainda, que assinava um grande volume de documentos, até mesmo sem saber do que se tratavam, porque confiava na equipe.

DESGRAÇA POUCA É BOBAGEM

A partir da condenação, Jones Bosio perdeu, ainda, o cargo que ocupava desde o início de fevereiro na Câmara Municipal de Brusque. A portaria de exoneração foi assinada pelo presidente do Legislativo, vereador José Zancanaro (PSB), que não informou o motivo. O ex-secretário regional ocupou por exatos 28 dias a assessoria de imprensa da Casa.

Reparação

Postado em 26 de fevereiro de 2019
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Servidores do Legislativo tijuquense contatam o Blog para retificar a nota “Vaquinha“, de ontem. Esclarecem que o almoço de sexta-feira (22), para os aniversariantes de fevereiro da Câmara, no Rancho Limeira, não foi rateado entre o presidente Vilson Natálio Silvino (PP) e os vereadores Odirlei Resini (MDB) e Maria Edésia da Silva Vargas (PT), conforme diz a publicação; e que cada um dos presentes pagou a sua conta.

Para bem da verdade – que é, sempre e em qualquer circunstância, o único objetivo do Blog do Léo Nunes –, este espaço de informação e entretenimento desfaz o lapso e confirma a versão dos funcionários da Casa do Povo.

Transparência

Postado em 12 de fevereiro de 2019
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Guru do vereador Juarez Soares (PPS) na gestão da Câmara Municipal em 2018, o ex-secretário de Administração e Finanças do município e empresário Helio Gama vem sendo consultado, também, pelo atual presidente, Vilson Natálio Silvino (PP). O modelo de transparência com os gastos do Legislativo tijuquense, neste 2019, deve ser o mesmo do ano anterior. As orientações, a propósito, são para que o painel de despesas continue sendo exposto na fachada da Casa do Povo.

Gama tem verdadeira obsessão pela perspicuidade no empenho dos recursos públicos e, inclusive, vem estimulando Silvino a cobrar do departamento de informática atualizações constantes no Portal da Transparência do Legislativo. Para ele, a boa gestão começa, prioritariamente, pela abertura das contas à população.

Voto aberto

Postado em 4 de fevereiro de 2019
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Foto: Luiz Rogério da Silva

O ex-vice-prefeito Luiz Rogério da Silva, popular Rogerinho, de Tijucas, flagrou – e enviou ao Blog com exclusividade – a reunião entre os três representantes catarinenses no Senado Federal, em Brasília, sexta-feira (1), durante a decisão sobre voto aberto ou secreto na eleição para a presidência da Casa. Esperidião Amin (PP-SC), Jorginho Mello (PR-SC) e Dário Berger (MDB-SC) foram favoráveis à votação aberta.

CÁ E LÁ

Rogerinho, aliás, foi autor, em 2013, quando vereador, do projeto que impôs o sistema de voto aberto na Câmara Municipal de Tijucas. Ele, inclusive, já expôs a ideia ao senador Dário Berger, de quem é assessor. O catarinense estuda a possibilidade de apresentar a proposta no Senado Federal.

Lavanderia legislativa

Postado em 30 de janeiro de 2019
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Dizer que os vereadores Neli Ferreira (MDB) e Antônio Carlos Flores (PSDB), de Canelinha, não se suportam, é chover no molhado. São inimigos políticos e pessoais; e já protagonizaram inúmeras contendas na tribuna do Legislativo canelinhense. Nenhuma, entretanto, como a de ontem.

Bastou que o tucano apresentasse os números do CFM (Conselho Federal de Medicina) – que coloca Canelinha entre os piores municípios do Estado no investimento em Saúde por habitante – para que a ex-secretária da pasta, que retornou para a Câmara recentemente, partisse para o contra-ataque; e levasse a discussão para o âmbito pessoal.

Quebrado o decoro, a emedebista defrontou o rival e deu a cara a tapa, literalmente. Não fosse a prudência do ex-servidor da Casan e a intervenção precisa do vereador Abel Grimm (PP), a delegacia da Cidade das Cerâmicas certamente lotaria de ilustres vossas excelências na noite passada. A sessão precisou ser interrompida. Lamentável. Assista:

Câmara interditada

Postado em 9 de janeiro de 2019
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Na papelada esquecida, nas gavetas da Câmara de Vereadores de Tijucas, há um laudo do Corpo de Bombeiros que determina a interdição – isso mesmo: interdição! – do prédio que comporta o Poder Legislativo municipal. Amanhã, os homens de vermelho voltam à Casa do Povo para reavaliar as condições do imóvel e devem, mais uma vez, reprovar a estrutura.

O forro e o assoalho, principalmente, estão em situação deplorável. Na maior parte dos gabinetes da Câmara, o piso cedeu; e as fendas e remendos no chão se multiplicam periodicamente neste preocupante cenário. As paredes, carunchadas, denunciam as fissuras no teto. Dias de chuva são calamitosos na Casa há anos.

META ESTABELECIDA

Para marcar o mandato, o atual presidente, Vilson Natálio Silvino (PP), estabeleceu uma meta: revitalizar integralmente a sede do Legislativo tijuquense. O start para a construção de uma Câmara de Vereadores nova, em outro endereço, também está nos planos do vereador. O prefeito Elói Mariano Rocha (PSD) já acenou positivamente sobre a aquisição de um terreno para este fim.

A mesma empresa que construiu a elogiada Casa do Empresário – sede da Acit (Associação Comercial e Industrial de Tijucas) e da CDL (Câmara de Dirigentes Lojistas) da cidade – se propõe ao serviço. Em estruturas pré-moldadas, a estimativa é de que a obra custe cerca de R$ 200 mil; apenas a quinta parte das sobras do Legislativo em 2018.

Desarticulação

Postado em 18 de dezembro de 2018
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Os caciques do MDB local muito pouco fizeram para reconquistar a gestão da Câmara Municipal de Tijucas em 2019. O presidente do diretório municipal, vereador Fernando Fagundes, contribuiu apenas com o voto no correligionário Esaú Bayer (MDB) durante a eleição interna do Legislativo; e nada mais.

Nem mesmo o líder benemérito do partido, ex-prefeito Elmis Mannrich (MDB), sempre à frente das articulações, foi intenso nos bastidores do processo. Esteve uma única vez na sala da presidência, dias antes da concorrência, com o pretenso candidato à reeleição Juarez Soares (PPS) e a bancada oposicionista para tramar uma possível reviravolta no jogo, mas sem resultados.

Quem decidiu a partida, a propósito, foi Odirlei Resini (MDB), afilhado – de batismo – de Mannrich e eleito na sombra do ex-prefeito em 2016. Ou seja, nem mesmo um garantido foi, de fato, garantido. Pois, então?!

Volta ao começo

Postado em 17 de dezembro de 2018
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Foto: Léo Nunes

Já diziam nossos avós: quem não queria, não queria, no fim até o prato lambia. Pivô das agruras do grupo governista na Câmara Municipal de Tijucas nos tempos mais recentes, o atual presidente Juarez Soares (PPS) foi o último a deixar a festa em comemoração ao sucesso do confrade, quase adversário, Vilson Natálio Silvino (PP), no pleito interno do Legislativo.

Soares, nos últimos meses, vinha anunciando o descumprimento do acordo de alternância da presidência da Casa do Povo entre os vereadores de situação e provocando contra-ataques severos e desmedidos nos próprios pares. Uma das mazelas do imbróglio foi a abertura de espaço, na mesa diretora, para um representante da oposição. A aprovação de Odirlei Resini (MDB) na vice-presidente da Câmara fatalmente passaria longe de ser considerada não fosse o litígio entre o atual presidente e o próximo.

PASSO ATRÁS

Ainda na tribuna, na prenunciada vitória de Silvino, a resistência passou à aderência. Na justificativa do voto, o atual presidente, já sem perspectivas de reeleição e com a candidatura renunciada, enfim, deu o braço a torcer. “Meu pai me ensinou que um homem deve honrar a palavra empenhada. Em homenagem a ele, voto no vereador Vilson”, pontuou Soares, e pôs panos quentes na relação com a bancada situacionista.