Pela primeira vez desde que se lançou na política, o vereador Fernando Fagundes (PL) não vai cumprir um mandato eletivo a partir de 2025. Esteve na Câmara Municipal de Tijucas por quatro legislaturas consecutivas, e nestas eleições, candidato a vice-prefeito em chapa com o empresário Thiago Peixoto dos Anjos (PL), conheceu, enfim, a derrota.
Entretanto, pelo currículo eleitoral e relações construídas, sai de cena apenas se quiser. O parlamentar tem convites formais do governador Jorginho Mello (PL) para assumir um cargo no Estado, e de dois deputados, um estadual e outro federal, para expediente na Assembleia Legislativa ou em Brasília.
Aos mais próximos, Fagundes revela que tem avaliado as propostas e que, ainda assim, gostaria de se dedicar um pouco mais à carreira profissional ou à iniciativa privada. Além da corretagem imobiliária, trabalho que vem realizando nos últimos anos e que, diz, tornou-se uma paixão, ele planeja abrir o próprio negócio. Uma empresa no ramo da tecnologia, em sociedade com o atual vice-prefeito Sérgio “Coisa Querida” Cardoso (PSD), ex-diretor do Sebrae, foi projetada e estaria muito próxima de sair do papel.
O new fact da política tijuquense envolve a secretária de Assistência Social, Bianca Bibiani Machado, que apareceu ontem à noite nas fotos com os candidatos do PL na disputa da prefeitura. As imagens foram, inclusive, publicadas nas redes sociais do marido da gestora, o policial militar Vinícius Ribeiro.
Fontes do Blog informam que a adesão de Bianca ao projeto de Thiago Peixoto dos Anjos (PL) e Fernando Fagundes (PL) se deu em decorrência de uma conversa entre a secretária e o candidato governista no pleito, vereador Maickon Campos Sgrott (PP). Ela queria garantias de que fosse ser mantida no posto em caso de vitória do progressista nas eleições, o que, obviamente, não teve.
A comandante da pasta de Assistência Social integra, agora, o grupo de dissidentes do governo que apoiam a proposta liberalista em Tijucas. Antes dela, o vice-prefeito Sérgio “Coisa Querida” Cardoso (PSD) e o vereador Claudemir “Bigodinho” Correia (PSD) haviam feito o mesmo movimento.
“Ele me jogou para fora do barco”. A frase não tem relação com a atividade náutica ou compõe boletim de ocorrência sobre uma agressão. Foi dita pelo vice-prefeito Sérgio “Coisa Querida” Cardoso (PSD) ontem, em entrevista ao jornalista Elson Lopes, no TopElegance, para justificar sua preferência ao projeto do PL em Tijucas.
O sujeito da oração, a propósito, é o prefeito Eloi Mariano Rocha (PSD), que, segundo o adjunto, foi responsável por sua retirada do projeto situacionista nestas eleições.
Cardoso entrou em rota de colisão com o mandatário tijuquense ao ser preterido pelo vereador Maickon Campos Sgrott (PP) na proposta governista para o pleito municipal e, desde então, tem acompanhado Thiago Peixoto dos Anjos (PL) e Fernando Fagundes (PL) na disputa majoritária. Sábado (14), aliás, foi uma das atrações no trio elétrico que comandou a carreata liberalista pelas ruas da cidade.
Seria um encontro inusitado, mas foi combinado. Figuras como o vice-prefeito Sérgio “Coisa Querida” Cardoso (PSD) e o vereador Maurício Poli (UNIÃO) enleados ao pelotão de frente do PL tijuquense confundem o eleitor. Mas tem porquê.
Cardoso e os pré-candidatos a prefeito e vice liberalistas, Thiago Peixoto dos Anjos e Fernando Fagundes, têm se reunido com frequência ultimamente. A quem pergunta – porque as aparições conjuntas se tornaram públicas –, dizem, em tom de galhofa, que estão “namorando”. O adjunto nitidamente ainda não digeriu a preterência na escolha do representante governista para a sucessão municipal, e, ao que parece, sente-se muito à vontade entre os que deveriam ser rivais.
Motivos semelhantes tem Poli, fiel da balança do UNIÃO BRASIL, que pleiteava a candidatura a vice-prefeito em chapa com Maickon Campos Sgrott (PP) e teve, mais cedo, os planos frustrados com a escolha do colega de parlamento Rudnei de Amorim (PSD) para o posto. “Por mim, fechamos hoje”, dizia, entre risos, a quem se aproximava.
Entre certezas e especulações, posaram para a foto juntos, amistosos, sem medir consequências ou se importar com maledicências. E o jogo segue…
De acordo com o prefeito Eloi Mariano Rocha (PSD), o governo de Tijucas conta atualmente com três pré-candidatos à sucessão municipal: os vereadores Maickon Campos Sgrott (PP), Rudnei de Amorim (PSD) e Maurício Poli (UNIÃO), todos da bancada governista na Câmara.
A informação foi publicizada ontem, no evento de filiações do PP, na sede do Jardim Portobello. Independentemente das alternações do chefe do Executivo municipal, chama a atenção que curiosamente a lista tenha desprezado o projeto do vice-prefeito Sérgio “Coisa Querida” Cardoso (PSD), que se colocava até então entre as opções para a disputa da prefeitura nestas eleições.
Mas o ato tem por quê.
Diante das especulações e elocubrações, o adjunto tijuquense conscientemente teria retirado a pré-candidatura. A decisão não foi direcionada pessoalmente a Mariano Rocha, mas à cúpula estadual do partido, que muito provavelmente repassou a posição ao mandatário municipal.
Coisa Querida vem programando um encontro com apoiadores para um comunicado oficial. E no texto de renúncia, diz-se, não faltariam discursivas a respeito do termo “ingratidão”. A conferir.
Cinco ou seis conversas em um intervalo de 30 dias foram determinantes para que o prefeito Eloi Mariano Rocha (PSD), de Tijucas, convencesse o vereador Maickon Campos Sgrott (PP) a colocar novamente o seu nome à disposição para representar o grupo governista no projeto de sucessão.
Algumas delas, aliás, contaram com a relevante participação do pai do parlamentar, o ex-prefeito Uilson Sgrott. Apesar da insistência de Mariano Rocha, a aceitação não foi tão simples. Naquele momento, a empresa TCA Transportes, administrada pelos Sgrott, demandava a atenção total dos dois gestores.
A condição mudou após a contratação de um novo servidor, que conseguiu suprir as necessidades e permitiu o retorno de Maickon ao cenário. “Fomos reavaliando e pontuei pra ele que nosso retorno dependia da substituição do Maickon na empresa”, revelou o vereador, em entrevista ao programa LINHA DE FRENTE.
“Pedi duas semanas para entrar no processo de negociação e contratação. Depois do aperto de mãos com a pessoa que está me substituindo, eu fui ao gabinete, conversei com o prefeito e, se não fosse ele, eu não estaria como pré-candidato hoje. O pedido dele foi: ‘Maickon, precisamos da sua ajuda e do seu nome’. Era sim ou não. Simples assim”, completou.
RELAÇÃO SAUDÁVEL
Embora sejam adversários dentro da trincheira governista, Sgrott garante que nutre uma relação de “extrema parceria, saudável e de respeito” com os outros dois pré-candidatos do movimento à prefeitura, Sérgio “Coisa Querida” Cardoso e Rudnei de Amorim, ambos do PSD.
O parlamentar, entretanto, defende a escolha do “melhor nome”. “Tenho certeza que o grupo de situação vai escolher o melhor nome, para que se tenha maior chance de êxito. Precisamos fazer com que a situação tenha o melhor time para levarmos o grupo a administrar o município por mais quatro anos. Se não escolher bem esse nome, pode ocorrer a alternância”, opinou.
INTERVENÇÃO ESTADUAL
A especulada interferência de lideranças estaduais do PSD, como o deputado estadual Júlio Garcia e o prefeito de Chapecó, João Rodrigues – que teriam preferências óbvias para que o candidato seja do partido do prefeito Eloi Mariano Rocha -, seria, na avaliação de Sgrott, uma atitude “abrupta” e “autoritária”.
“Agir dessa maneira seria um erro. Colocar determinado nome a qualquer custo pode quebrar o vaso e não conseguir mais colar. Um partido não chega sozinho. Em 2020, o PSD fez chapa pura, mas teve o apoio do PP e do PSB. Se não for o 55, o grupo tem que olhar como um todo. Se não entendermos que a calculadora está somando, algo pode acontecer e prejudicar o resultado do pleito”, explicou.
Se existe, de fato, uma opção deliberada do prefeito Eloi Mariano Rocha (PSD) pelo vereador Maickon Campos Sgrott (PP) na indicação do representante governista para o pleito de outubro, as evidências têm sido evitadas. Pelo menos o vice-prefeito Sérgio “Coisa Querida” Cardoso (PSD) e o vereador Rudnei de Amorim (PSD), os outros dois pretendentes à candidatura, ignoram os sinais e seguem de prontidão.
Na populosa Feijoada do Betinho, sábado (11), na Joáia, o quarteto se fez em duplas. Enquanto o chefe do Executivo percorreu o salão, de mesa em mesa, com o parlamentar progressista a tiracolo, Cardoso e Amorim estiveram sempre mais próximos um do outro. Mas confraternizaram entre si, conversaram, riram, e não deram mostras de que poderia haver alguma dissidência.
Mariano Rocha tem adotado como rotina a perigosa – mas conveniente – estratégia de alimentar esperanças nos três, embora os acenos sejam claramente mais expansivos na direção de Sgrott. Entretanto, as amofinações causadas na seara peessedista, principalmente entre figuras destacadas, como o prefeito de Chapecó, João Rodrigues, e o deputado estadual Júlio Garcia, teriam freado o ímpeto do mandatário tijuquense. O perfil remansoso, de “paz e amor”, que Coisa Querida e o presidente da Câmara Municipal têm em comum, também contribui para que os dissabores do processo sejam velados, sem fissuras públicas, até que as cartas finalmente sejam postas na mesa.
Pré-candidatos ao cargo máximo de Tijucas, o vice-prefeito Sérgio “Coisa Querida” Cardoso (PSD) e o vereador Rudnei de Amorim (PSD) continuam agindo, e se fortalecendo politicamente, como se nenhuma decisão houvesse sido tomada no grupo governista sobre a sucessão municipal.
Eles aguardam, ainda, uma posição oficial do prefeito Eloi Mariano Rocha (PSD) sobre a conjeturada escolha, independentemente das informações de que o chefe do Executivo tijuquense tenha indicado o vereador Maickon Campos Sgrott (PP) como representante do governo na disputa majoritária.
Tanto o adjunto quanto o presidente da Câmara, embora se abasteçam dos movimentos de bastidores e conheçam as convergências, mantém o discurso e garantem que têm conversado sistematicamente com Mariano Rocha sobre o assunto, e que, segundo o prefeito, os três pretendentes seguem com as mesmas chances. Pois então?!
Quem imagina que o vice-prefeito Sérgio “Coisa Querida” Cardoso (PSD) e o vereador Rudnei de Amorim (PSD) tenham jogado a toalha, engana-se. A alastrada predileção do prefeito Eloi Mariano Rocha (PSD) pelo vereador Maickon Campos Sgrott (PP) para a sucessão municipal parece não incomodar tanto quanto antes.
Uma das mostras se deu na gravação do convite para a Festa do Trabalhador e Produtor Rural de Tijucas, que aconteceria neste fim de semana e foi adiada em decorrência das chuvas. No vídeo, Coisa Querida e Amorim comentam, juntos e bem-humorados, as particularidades do evento e chamam a população tijuquense a participar.
Os pré-candidatos peessedistas ficaram mais próximos recentemente, ao perceberem que estariam sendo preteridos por Mariano Rocha. Desde então, têm confraternizado e buscado uma construção conjunta independentemente das projeções do prefeito acerca do futuro político do grupo.
O vice-prefeito e o presidente da Câmara, aliás, contrataram, dias atrás, um instituto de pesquisas para uma avaliação mais criteriosa do cenário eleitoral tijuquense. E as aparições estratégicas, a propósito, podem ter relação direta com o resultado do levantamento.
A contumácia do prefeito Eloi Mariano Rocha (PSD) na promoção do vereador Maickon Campos Sgrott (PP) em manifestações públicas, mesmo que o parlamentar negasse peremptoriamente qualquer intenção de candidatura nestas eleições, parece ter surtido efeito. Embora o chefe do Executivo municipal mantivesse o discurso diplomático de que o grupo governista contava com três pré-candidatos, a preferência pelo progressista escapava inesperadamente nos menores movimentos.
Sgrott, agora, tem procurado correligionários para informar, oficialmente, que repensou a decisão e se tornou novamente disponível ao pleito. Uma recente reunião com a regência do Portobello Grupo e os pedidos encarecidos do presidente Cesar Gomes Junior teriam sido o empurrão que faltava, mas, ao que parece, as resoluções haviam sido costuradas muito antes, e sem interferências, nas coxias do poder. Notas que corroboram com a teoria de que a desistência anunciada meses atrás teria sido puro ilusionismo.
Fontes precisas do Blog garantem que a decisão de Mariano Rocha já foi tomada. E não vem de hoje. Para desolação dos outros dois interessados, o vice-prefeito Sérgio “Coisa Querida” Cardoso (PSD) e o vereador Rudnei de Amorim (PSD), que juravam ter a predileção do mandatário tijuquense em qualquer eventual cenário de desempate.
Nem a recente pesquisa que o grupo governista contratou, e que rodou em Tijucas nos últimos dias, foi argumento definidor para a escolha do candidato à sucessão municipal. De acordo com o levantamento, tanto Coisa Querida quanto Amorim superariam, atualmente, o filho do ex-prefeito Uilson Sgrott no questionário espontâneo. “Os números servem, mas não foram o critério decisivo. Avaliamos tudo e teremos o melhor candidato”, diz um participante do propalado grupo de conselheiros da gestão para justificar aquela que deve ser, nos próximos momentos, a indicação do prefeito.