quinta-feira, 9 de maio de 2024 VALE DO RIO TIJUCAS E COSTA ESMERALDA

Dissidência

Postado em 12 de julho de 2017
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Magoado, o ex-vereador Eder Muraro (PSD) vem promovendo, nas redes sociais, um derrame de críticas à administração do prefeito Elói Mariano Rocha (PSD) por quem lutou nos pleitos internos do partido, e ajudou a eleger na concorrência majoritária do município em 2016. O ex-presidente da Câmara entende que, além dele, outros soldados da campanha deveriam ser aproveitados no governo, e considera a postura sobranceira, altiva e centralizadora do chefe do Executivo um erro que poder ter consequências drásticas em 2020.

Ao blog, Muraro afirma que segue no PSD única e exclusivamente em respeito aos amigos colas-brancas, mas que, enquanto Mariano Rocha for o mandatário do município, é oposição. Diz, ainda, que não pretende se candidatar nas próximas eleições, mas garante que está, desde já, a serviço de quem fizer frente aos planos do prefeito. Pois, então?!

TEM MAIS

Posição semelhante, a propósito, tem o ex-vice-prefeito, ex-vereador e ex-secretário municipal Luiz Rogério da Silva, o Rogerinho, que, supostamente dolorido, deixou as fileiras do PSD. Idealizador do slogan “mudar faz bem”, o enfermeiro e marketeiro está, agora, sem partido.

Revelação

Postado em 3 de fevereiro de 2017
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Foto: Lays Zimermann/Divulgação

Fardada em verde-periquito na largada, a advogada Fernanda Melo já mostrou para que veio. Articulada, com relações distintas nas esferas superiores do poder, inteligente e estudiosa, ela representa, neste momento, a esperança de renovação do PMDB no parlamento tijuquense.

Ontem, com requerimento amplamente fundamentado, ela apresentou o cartão de visitas. Se o nível de produção for mantido, a oposição encontrou um esteio – que, pelo que parece, encobre uma artilharia pesada.

Plano traçado

Postado em 17 de novembro de 2016
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Que ninguém se surpreenda caso o primeiro presidente da Câmara Municipal de Tijucas na próxima legislatura seja um opositor, e marinheiro de primeira viagem. A bancada contrária ao próximo governo, que tem maioria na casa, vem se organizando para monopolizar o comando da mesa diretora nos próximos quatro anos, e traçou estratégias para tanto.

Se o plano for seguido, e ninguém roer a corda, o Poder Legislativo deve ser presidido, em 2017, pelo ex-secretário de Agricultura, Pesca e Meio Ambiente, Odirlei Rezini (PMDB), um dos oito estreantes na vereança.

Treze: As alianças incompreendidas

Postado em 14 de novembro de 2016
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As oposições não se entendiam. Enquanto o PSD aguardava pela decisão do engenheiro Sérgio Fernandes Cardoso, e mantinha em stand-by o ex-vereador Antônio Zeferino Amorim e o advogado Marcio Rosa – o nome do professor Elói Mariano Rocha sequer era considerado nas conferências estratégicas do partido –, o PSDB, regido pela vereadora Lialda Lemos e pelo empresário Elson Junckes, liderava um movimento que prometia uma “limpeza” na prefeitura; enodoada, segundo se pregava nas reuniões do grupo, pelos últimos 12 anos de governo em Tijucas. Candidato a prefeito desde 26 de abril, o presidente municipal do PMDB, Elmis Mannrich, se apoiava em seguidas pesquisas pré-eleitorais, todas absolutamente favoráveis ao seu projeto, e navegava em águas serenas rumo à vitória. Analistas de ocasião, cientes das conjunturas e baseados nas dificuldades dos opositores, afirmavam que o ex-prefeito apenas perderia as recentes eleições municipais se errasse indecorosamente. Talvez tenha sido o que aconteceu.

Cardoso se manteve na diretoria de Administração e Finanças do Sebrae/SC; e Mariano Rocha venceu uma concorrência interna no PSD, assumiu favoritismo entre os caciques, e provocou dissabores aterradores nos correligionários Zeferino Amorim e Rosa. Na outra esquina do triângulo, Junckes e Helio Gama (PP) se lançavam, em chapa pronta, como representantes da coalizão L.I.M.P.E. no pleito majoritário. Mannrich, por sua vez, nesse meio tempo, pedia dispensa da presidência do Imetro/SC e continuava visitando, apertando mãos, abraçando, dando colo a crianças, beijando donas de casa, distribuindo tickets de cerveja em eventos sociais, e, no tempo livre, comemorando a promulgada divisão das oposições. Com os adversários em trincheiras distintas, separados, abria-se uma enorme clareira para a manutenção do PMDB na prefeitura por mais um quadriênio.

Uma ordem da esfera superior, porém, transladou o PP, que era do L.I.M.P.E., para as bases do PSD. A manobra foi um banho de água fria no PSDB. Junckes cortou relações com Gama e decidiu, em apoio a Lialda, extinguir o movimento. O policial rodoviário federal aposentado Adalto Gomes, presidente do contestado PT, chegava de mansinho entre os peessedistas e assumia favoritismo para a composição de chapa com Mariano Rocha. E, ainda nesse momento, enquanto os opositores desfaziam relações sólidas e consideravam alianças rasas, Mannrich aguardava pacientemente por outubro e pela confirmação das pesquisas.

Caiu num estupor popular, no entanto, a notícia, ora inimaginável, da surpreendente união entre o ex-prefeito e sua mais incisiva censora na Câmara. Mannrich e Lialda conversaram, se entenderam e decidiram seguir juntos nas eleições deste ano. Por mágica, os inúmeros processos por supostos crimes de improbidade administrativa, superfaturamento e afins contra as seguidas administrações do PMDB, encaminhados pela vereadora ao Ministério Público, foram tolhidos do passado recente. “Ali Babá” abraçou a signatária dessa nefanda alcunha e provocou um embaraçoso tumulto no ninho periquito. Tanto que dois plebiscitos peemedebistas marcaram, em datas diferentes e próximas, com 19 votos a 4 e 21 a 5 contrários à aliança, o rancor que parte dos cognominados “40 Ladrões” ainda carregavam contra sua principal algoz. O presidente municipal do partido, mesmo assim, bancou a coligação com o PSDB e com a parlamentar ex-inimiga. As pesquisas de outrora, amplamente favoráveis, viriam com um elemento avaliador a mais nas próximas edições. A lucidez popular foi convocada a participar mais ativamente da campanha.

Marcio Rosa sempre esteve no PMDB. Presidiu a legenda no município até ser destituído deliberadamente. Depois que entrou em rota de colisão com Mannrich, em 2012, esteve sempre na oposição; ao partido e ao ex-amigo. Passou quatro anos arquitetando formas de confrontar o ex-prefeito publicamente, e ir à desforra. Filiado ao PSD, enxergou 2016 como palco do espetáculo, num possível – ora provável – embate eleitoral entre ambos. Mas perdeu esse direito para Mariano Rocha e preferiu se afastar dos correligionários. Semanas depois, era recebido, com honras e ovações, na convenção peemedebista; e sentava, vestindo verde, à mesa protocolar, ao lado de históricas personalidades do PMDB local, como os ex-prefeitos Nilton Fagundes e Lauro Vieira de Brito. Um abraço carinhoso, no evento, como se os recentes quatro anos sequer houvessem existido, entre o ex-presidente e o candidato periquito à prefeitura marcou o curioso encontro. Pela novidade, e, especialmente pela singularidade, o assunto permeou as discussões de botequim daquele dia até as eleições. Enquanto alguns defendiam a generosidade e bendiziam o perdão, outros, mais ranzinzas, tratavam a questão como oportunismo de parte a parte. A pulga havia se aconchegado atrás da orelha.

Não passou despercebido, entretanto, que outro pré-candidato à prefeitura pelo PSD, o ex-vereador Antônio Zeferino Amorim, popular Tonho Polícia, famoso por frases como “Nem se me derem todas as carretas do Arnaldo Peixoto, eu vou com o PMDB”, tenha passado a acompanhar Mannrich nas incursões públicas – com registros fotográficos em redes sociais, inclusive – e participado exaustivamente dos encontros de bairros e comícios dos periquitos com outros ditos de efeito. “Nunca fui tão bem recebido em lugar nenhum!”, exclamava para quem quisesse ouvir. Ele e o irmão, Henrique Amorim, a propósito, foram cabos eleitorais marcantes da campanha peemedebista no Timbé, onde têm amplo prestígio.

Dias antes do pleito, a pesquisa do respeitado Instituto Mapa trazia índices diferentes daqueles colhidos anteriormente por Mannrich; que se confirmaram em 2 de outubro. Não se pode afiançar, com certeza, que as contestadas alianças com inimigos declarados tenham influenciado diretamente no resultado; mas qualquer cidadão comum, frequentador do cotidiano de Tijucas e atento à política, concorda que mesmo os peemedebistas mais devotos estavam confusos, alguns desgostosos. Ainda hoje, passados 40 dias das eleições, se pode encontrar um periquito recostado num balcão qualquer, com o copo pela metade, repetindo o que alguns gatos-mestres da política pregavam meses atrás, quando diziam que “o ex-prefeito apenas perderia a eleição se errasse indecorosamente”.

Onze: A pré-convenção e a nova divisão

Postado em 4 de novembro de 2016
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Por seguidas vezes o prefeito e pré-candidato natural à reeleição Valério Tomazi (PMDB) recebeu alertas sobre a movimentação de bastidores e a manifesta intenção do presidente municipal do PMDB, Elmis Mannrich, de disputar a eleição majoritária deste ano. O mandatário tijuquense, no entanto, precisou ver para crer.

As pesquisas, todas desfavoráveis a Tomazi, eram a principal arma de combate nas mãos de Mannrich. Com elas o ex-prefeito convenceu grande parte dos partidários de que a manutenção do poder, se o atual chefe do Executivo representasse o partido no pleito, estaria fortemente ameaçada. “Se for o Valério, vamos perder para qualquer um”, dizia o presidente do Imetro/SC, abertamente, nas suas incursões pelos eventos sociais de Tijucas. E enquanto os números eram expostos internamente, e as profecias lançadas livremente, o PMDB se dividia novamente em duas linhas de batalha: os que clamavam pelo retorno do ex-prefeito, e os que defendiam o direito à reeleição do atual.

Nos primeiros meses de 2016, os propósitos, de parte a parte, estavam claros. Um queria disputar o pleito majoritário do município, e o outro também. O prefeito e seu antecessor estavam numa guerra fria; e num fatídico encontro no gabinete principal do paço, marcado por uma discussão longa e acalorada, a animosidade definitivamente se estabeleceu. Mannrich, na saída, desafiou: “Contrate um instituto de pesquisas decente e, se estiveres na minha frente nas intenções de voto, eu abro mão da candidatura”. Tomazi apenas argumentava que seu direito natural de concorrer à reeleição deveria ser respeitado, e que não entraria em confrontos internos.

Já não havia mais relação entre o chefe do Executivo municipal e o presidente do partido. E, diante das circunstâncias, o páreo convencional era inevitável. Tal qual em 2012, o PMDB de Tijucas tinha dois postulantes à candidatura principal e se dividia novamente, com desgastes semelhantes ou mais graves que os de quatro anos atrás. A postura austera do prefeito foi se dissipando ao tempo que alguns conselheiros o instigavam ao enfrentamento partidário, sempre baseados na força da máquina pública e, especialmente, no fato de que a maior parte dos convencionais do partido ocupava cargo comissionado na estrutura municipal e que, por isso, a vitória no embate interno era certa. Tomazi, aliás, fez questão de esclarecer aos peemedebistas empregados no município que uma última visita ao Departamento Pessoal da prefeitura seria ordenada àqueles que decidissem acompanhar o ex-prefeito. Começava, então, o processo de convencimento e de constrangimento pelo voto na pré-convenção.

O prefeito, nesse meio tempo, promoveu uma reunião partidária com o colegiado municipal, cargos comissionados da prefeitura, filiados e dirigentes do PMDB de Tijucas, amigos e simpatizantes; mas não enviou convite ao presidente do partido, seu concorrente na pré-convenção. Mannrich, mesmo assim, compareceu ao evento; e, depois das explanações do chefe do Executivo, tomou o microfone para chamá-lo, de maneira enfática, de “baixinho mentiroso” e garantir aos convidados que representava a única perspectiva de vitória no pleito que se avizinhava, uma vez que a contestada gestão 2013-2016 havia obrigado aquela drástica intervenção. Tomazi e seu antecessor eram, naquele momento, inimigos declarados. E ninguém, nem mesmo os caciques do partido, próximos de ambos e ponderados, conseguiram impedir que a situação chegasse àquele ponto, apesar das tentativas.

Em 26 de abril, o Lions Clube estava abarrotado de peemedebistas, convencionais e curiosos. No fim da votação, o presidente municipal do partido comemorou. Foram 34 votos em favor de Mannrich contra apenas 20 destinados ao atual prefeito. Desta vez não houve música de Beth Carvalho, mas também não faltou quem hostilizasse Tomazi na saída do evento. O mandatário tijuquense deixou a pré-convenção claramente frustrado, e, como dirão os próximos capítulos, intimamente propenso à retaliação.

Há um mês, o PMDB sofreu a sua mais expressiva derrota na história das eleições municipais em Tijucas. O vencedor da infausta pré-convenção, presidente do partido e rival do prefeito e de todos os seus seguidores ficou 2.982 votos aquém do concorrente e protagonizou esse indigesto marco numa escala que, até então, ostentava sucessivas glórias. Tomazi votou às 10h, no Cruz e Sousa, e não foi mais visto naquele dia. Antes, porém, havia participado ativamente da campanha dos opositores, com recomendações frequentes de votos em Elói Mariano Rocha (PSD), o candidato adversário. Quis o destino que, sem planejar, os colas-brancas recebessem o apoio da prefeitura mesmo estando na trincheira contrária. E, por mais isso, o resultado diz por si.

Uma vela, dois santos

Postado em 8 de agosto de 2016
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A presença do vice-prefeito de Tijucas, empresário Ailton Fernandes (PSD), sexta-feira (5), na convenção municipal do PMDB, causou surpresa. Tudo porque ele esteve com os correligionários do PSD na noite anterior; e bastante comemorado no evento que homologou as candidaturas majoritárias e proporcionais dos oposicionistas.

O professor Elói Mariano Rocha, candidato a prefeito pelo PSD, falou, quinta-feira (4), do carinho e consideração que dedica ao adjunto tijuquense.

Pelo candidato do PMDB, Fernandes teria gratidão. Afinal, é vice-prefeito por indicação de Elmis Mannrich, que coordenou a campanha de Valério Tomazi (PMDB) em 2012.

Casa arrumada

Postado em 5 de agosto de 2016
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Foto: Elson Lopes/TopElegance

Chamado internamente de “chanceler”, o líder benemérito do PSD em Tijucas, engenheiro Sérgio “Coisa Querida” Cardoso, discursou inflamadamente pela “mudança”, ontem, na convenção municipal do partido, diante das atenções do professor Elói Mariano Rocha (PSD) e do policial rodoviário federal aposentado Adalto Gomes (PT), respectivos candidatos a prefeito e vice-prefeito pela coligação “Tijucas, Muda Para Crescer!”.

De acordo com líderes do movimento, o PSD deve ser acompanhado por outras sete – ou oito, em dependência do PV – legendas nestas eleições. As principais, a propósito, são PT, PP e DEM, que já homologaram a aliança.

Em cima da hora

Postado em 3 de agosto de 2016
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Vice-prefeito de Canelinha entre 2009 e 2012, o empresário Edinho Orsi – que recentemente trocou o PR pelo PMDB – era nome certo na chapa encabeçada por Moacir Montibeller (PMDB) para a concorrência majoritária da Cidade das Cerâmicas. Assim, no susto, porém, ele optou pela atenção integral às empresas que administra no município e desistiu da pré-candidatura.

Montibeller corre contra o tempo, agora, em busca de outro vice. As chances maiores são da vereadora Neli Ferreira (PMDB), destaque da oposição na Câmara Municipal nestes últimos oito anos.

Martelo batido

Postado em 1 de agosto de 2016
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Foto: Divulgação

Consumado, aprovado e sacramentado. Presidente municipal do PT, o ex-vereador Adalto Gomes (C), ainda que houvesse relutado – porque queria figurar na cabeça –, decidiu recuar e concordou em formar dupla, como pré-candidato a vice-prefeito, com o professor Elói Mariano Rocha (PSD).

As partes se alinharam na sexta-feira (29) à noite, mas a oficialização da chapa deu-se no dia seguinte, com festa, na casa de campo do presidente municipal do PSD, empresário Jilson José de Oliveira, o Gil (D), no Sul do Rio, para a vice-presidente do PT, Cláudia Raitz Büchelle Furtado, para o engenheiro Sérgio “Coisa Querida” Cardoso, e para representantes dos dez partidos atualmente envolvidos na coligação.

Limpeza no assoalho

Postado em 29 de julho de 2016
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Organização que nasceu com o intuito de administrar Tijucas, o L.I.M.P.E. pode ir às eleições como um bloco de partidos aliados na disputa proporcional. Pelo menos é como deve ser nomeado o grupo capitaneado pelo PSDB na coligação com o PSD, em discussão hoje à noite. Os tucanos se uniriam ao PP, ao PPS e ao PR, com expectativa de 19 candidaturas ao Legislativo – com exceção da vereadora Lialda Lemos (PSDB), condição imposta por líderes da aliança para homologar a chapa.

O segundo bloco seria formado por PT, PTB, PRB, PEN e REDE, com 18 candidaturas proporcionais lançadas. E no terceiro, com 16 postulantes à Câmara Municipal, se uniriam PSD, DEM e PSB.