O Ministério Público de Santa Catarina atendeu e deu seguimento à notícia-crime relacionada a propagação de notícias falsas e difamatórias, amplamente compartilhadas em um grupo de WhatsApp de São João Batista, batizado de “Cola-preta rachado”.
A ação foi movida pelos candidatos a prefeito e vice-prefeito da coligação “Para São João Batista Voltar a Sorrir”, Daniel Netto Cândido (PSD) e Jonatam Cordeiro (REPUBLICANOS), e pelo empresário Sílvio Eccel, o Silvinho, da Rádio Clube.
Segundo a denúncia, dois homens espalhavam conteúdos envolvendo os reclamantes. Um dos acusados, a propósito, já havia sido apontado, em 2020, como responsável por uma página no Facebook utilizada para o mesmo fim. Entretanto, ainda não há a confirmação de que os perfis sejam de seus respectivos nomes ou que se tratem de fakes administrados por terceiros.
O MP-SC, através do promotor Nilton Exterkoetter, requereu baixa dos autos junto à Delegacia de Polícia Federal, para identificação e interrogatório dos dois acusados, bem como de todos os integrantes do referido grupo.
A onda bolsonarista que definiu as últimas duas eleições para o Governo de Santa Catarina, em 2018, com Carlos Moisés da Silva, e em 2022, com Jorginho Mello, continua sendo procurada por muitos políticos catarinenses, na tentativa de alavancar as chances nos pleitos.
Em Tijucas, o empresário Sidney Machado (PL), autodenominado o “único candidato conversador” à prefeitura do município, foi além. Tentou, nas redes sociais, adotar o sobrenome do ex-presidente da República, Jair Messias Bolsonaro (PL). Mas sem sucesso.
Acontece que o Facebook não permitiu que o tijuquense utilizasse “Bolsonaro” em seu perfil. Machado, então, não se deu por vencido e decidiu utilizar “Bolsonado” no complemento de seu próprio nome, mantendo certa proximidade com o sobrenome correto. Assim, tornou-se Sidney Machado Bolsonado.
Reincidência
A tentativa de chamar a atenção do líder máximo do Partido Liberal no país não é uma novidade. Em 2020, quando concorreu às eleições municipais, na época, pelo PSC, o tijuquense deixou diversos recados ao então presidente da República, durante as tradicionais lives realizadas às quintas-feiras.
Ney da Tijusat, a propósito, colocou-se novamente à disposição para concorrer ao Executivo, no ano que vem. Mas, desta vez, na mesma legenda de Bolsonaro, valendo-se do slogan “Deus, Pátria, Família e Liberdade”.
Quem desrespeitar as normas do saneamento básico de Bombinhas será convidado a deixar o município. Pelo menos é o que o prefeito Paulo Henrique Dalago Muller (UB) vem dizendo a respeito do problema, sempre que o assunto vem à tona.
Nesta semana, Paulinho informou que cinco prédios foram interditados e mais de 50 multas aplicadas. Ao anunciar as medidas, o chefe do Executivo bombinense foi categórico: “se você não gostou e está achando que somos muito rigorosos, te prepara. O próximo passo é lhe convidar a ir embora”, escreveu no Facebook.
Obras de saneamento já foram iniciadas e têm previsão de entrega para 2026. Para o prefeito, a melhoria não pode ser usada como desculpa para “criminosos” despejarem seus resíduos de maneira irregular. “Pessoas como vocês não são bem-vindas”, completou.
Os canelinhenses e, principalmente, os funcionários do Hospital e Maternidade Maria Sartori Bastiani foram pegos de surpresa, sexta-feira (24), com a notícia da terceirização integral dos serviços da unidade. Até o momento, apenas os atendimentos eram realizados por uma cooperativa médica sob contrato com o município. O processo de comutação vinha sendo conduzido com muita discrição e reservas na prefeitura.
Os burburinhos, no entanto, ganharam força nos últimos dias. Tanto que a vereadora Neli Ferreira (MDB) protocolou requerimento na Câmara Municipal, terça-feira (21), para que o município se manifestasse sobre o assunto.
A confirmação dos rumores chegou primeiramente aos servidores do hospital. Representantes da empresa que deve administrar a unidade nos próximos 90 dias estiveram no local e orientaram os profissionais contratados a se dirigirem ao setor de recursos humanos da prefeitura para regularizarem as rescisões. A medida provocou grande tumulto e se transformou no assunto do momento na imprensa local e redes sociais.
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IMPULSO
O técnico de enfermagem Alex de Assis recorreu ao Facebook para classificar o ato de “cachorrada”. A postagem, contudo, assim que disseminada em grande escala nos grupos de conversação online, desapareceu. O funcionário relatou a interlocutores do Blog que teria sido interpelado por representantes da administração municipal e que, em seguida, teve a conta na mídia social hackeada.
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VERBA RESERVADA
Alheios ao processo, os vereadores de Canelinha aprovaram, há duas semanas, projeto do Executivo que previa investimentos na casa de R$ 1 milhão no Hospital e Maternidade Maria Sartori Bastiani. O texto da proposta justificava a necessidade de “melhorias” na unidade. Os parlamentares — ou, pelo menos, a maioria deles — sequer desconfiavam que o montante pudesse ser usado para o custeio em caráter de urgência da terceirização dos serviços do hospital; hipótese que vem sendo amplamente conjeturada no Legislativo municipal desde a elucidação dos fatos.
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AMPLIAÇÃO E QUALIFICAÇÃO
Consultado pelo Blog, o prefeito Diogo Francisco Alves Maciel (REPUBLICANOS) justificou que existe uma demanda na ampliação dos serviços e que, com um grupo privado na condução do hospital, teria maior liberdade para contratações e substituições de profissionais sem necessidade de concurso público ou processo seletivo. O chefe do Executivo canelinhense pontuou, ainda, que a gestão da unidade continuaria sendo do município e que, com a implantação do novo modelo, conseguiria expandir o quadro funcional e qualificar o atendimento. “Desde que entrei na prefeitura, há reclamações. A única maneira de melhorar, é mudando o contrato. Se eu seguir com as mesmas pessoas, a tendência é que as queixas continuem”, explica.
Ouça, na íntegra, a declaração do mandatário canelinhense sobre o tema:
Duas coisas não se pode dizer a respeito do ex-vice-prefeito Luiz Rogério da Silva (PSB): que ele seja acomodado e que não tenha competência para o serviço público. As melhorias no Samae (Serviço Autônomo Municipal de Água e Esgoto) de Tijucas, autarquia que administra desde a reeleição do prefeito Eloi Mariano Rocha (PSD), têm sido frequentes e nítidas. Mas é na atenção pessoal e técnica, no trato intimista das situações de maior gravidade, que ele vem se destacando.
Hoje, por exemplo, com as chuvas que assolam o município e comprometem a distribuição de água, Rogerinho fez questão de participar in loco das resoluções. E fez transmissão ao vivo para a população, no Facebook, diretamente da unidade de captação, na Itinga, para dizer o que observou e orientar quem precisasse.
Dar a cara a tapa, aliás, é outra das virtudes do presidente do Samae. Nunca fugiu das cobranças e satisfações ao contribuinte. Para alguns, é um marqueteiro excepcional — o que não deixa de ser verdade —; mas para muitos continua sendo um servidor público ciente das suas obrigações e sensível ao interesse comum.
Depois da troca de farpas entre a procuradora geral do município de São João Batista, Neiva Cordeiro, e o vereador Gustavo Grimm (CIDADANIA), o prefeito Pedro Alfredo Ramos (MDB) entrou em cena e, sábado (29), em live de meia hora no Facebook, reafirmou a confiança na equipe e desafiou o parlamentar a provar as acusações que fez, sob pena de assumir as consequências. O teor da intriga passa por um suposto pedido ou oferta de benesses em troca da regularização de uma questão imobiliária, de 2017, o que gerou ampla repercussão na cidade. O enredo envolve ainda o ex-vereador e advogado Leôncio Cypriani (PSD), atualmente assessor jurídico do governo de Nova Trento.
A exaltação dos ânimos teve, agora, intervenção do empresário Alyson dos Santos, ex-progressista e irmão do ex-prefeito Aderbal Manoel dos Santos (PP). Ele esteve com Pedroca ontem para pedir uma trégua em relação ao vereador. O acordo foi o de que Grimm não tocaria mais no assunto, e, em troca, o chefe do Executivo batistense também esqueceria a questão, mantendo, assim, ampla maioria no parlamento da Capital Catarinense do Calçado.
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PANOS QUENTES
Fontes do paço municipal garantem ao Blog que hoje, na primeira sessão do ano, a bancada governista viria fortemente armada contra Grimm na tribuna da Casa do Povo. E que a visita do caçula dos irmãos Santos ao mandatário batistense teria sido providencial para o, agora ordenado, livramento do vereador dos ataques situacionistas.
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POR VIABILIDADE
Alyson dos Santos teria um objetivo primordial para se envolver nessa contenda: a manutenção do propalado Centrinho na Câmara. O trio formado por dissidentes de partidos de oposição e situação, e do qual Gustavo Grimm participa com Elisandro dos Santos (PP) e Mário Teixeira (PSL), ficou fragilizado com o imbróglio e perdeu força nos pleitos com a gestão do município.
O empresário teria esperanças de que, no futuro, com o grupo consolidado politicamente, seria capaz, em aliança com o primo e compadre Heriberto Eurides de Souza (PSC) — ex-vereador e candidato a prefeito nas eleições de 2020 —, de criar uma terceira via forte e coesa para desbancar os tradicionais MDB e PP no processo eleitoral de São João Batista.
Carismático, o ex-prefeito Daniel Netto Cândido (sem partido) continua chamando a atenção — sobretudo de adversários — em São João Batista; e, vez ou outra, servindo como alvo para referências zombeteiras e memes em redes sociais. O mais recente tiro, a propósito, saiu pela culatra.
Uma publicação no Facebook quis atribuir a Cândido a pecha de, agora, por conta da egressão política com o atual prefeito Pedro Alfredo Ramos (MDB), ser indiferente aos problemas da Capital Catarinense do Calçado. Na postagem, o autor usou um gift com a imagem do jogador de futebol Cristiano Ronaldo sorrindo e a frase “Daniel Cândido vendo quatro assaltos, três feminicídios, duas explosões, cinco assassinatos e um homem com um facão em frente à prefeitura”.
O secretário adjunto de Estado do Desenvolvimento Social, pretenso postulante ao parlamento catarinense nestas eleições, tirou de letra: “Já vou avisando que não vou deixar de sorrir e nem de trabalhar muito por causa disso, não”, escreveu. E o meme viralizou. Desde então, já alcançou mais de 8 milhões de visualizações.
Figura enredada no prélio contra a transformação do Presídio Regional de Tijucas em penitenciária industrial quando vereador, o atual suplente Juarez Soares (PP) encontrou, agora, motivo para a desforra. Fez transmissão de 30 minutos, ontem, no Facebook, para se dizer “revoltado” com a liberação da reforma da unidade e tratar o prefeito Eloi Mariano Rocha (PSD) — de quem era aliado — de “traidor da população”, conforme escreveu na publicação.
Em tempo: o ex-parlamentar, assim que o mandato de reeleição de Mariano Rocha iniciou, entrou em rota de colisão com o chefe do Executivo tijuquense. Considerou que deveria ter sido aproveitado na administração municipal e, inclusive, teria instigado colegas progressistas na Câmara Municipal, no início da legislatura, a cobrarem maior participação do partido no governo. E hoje, a propósito, já fez nova postagem e disse que “enquanto o prefeito de Tijucas quer mais presos na cidade, ele quer mais policiais”. Pois, então?!
Os feitos da ex-vereadora Lialda Lemos no cargo, de 2009 a 2016, continuam rendendo nos tribunais. Responsável por inúmeras ações — especialmente contra as gestões de Elmis Mannrich (MDB) e Valério Tomazi (MDB) — que ainda tramitam nas instâncias da Justiça, ela, agora, experimentou o lado inverso da situação. E precisa pagar indenização por danos morais ao servidor público municipal Cristiano da Silva, com quem vinha duelando judicialmente nos últimos anos.
Motorista da Secretaria Municipal de Saúde em 2015, Silva cumpria expediente em caráter de plantão, com uma ambulância estacionada em frente de casa, quando a então parlamentar publicou fotos da ocorrência no Facebook com a legenda “Em Tijucas pode!!! Motorista faz plantão em casa e leva a ambulância #TdViradoAvesso”. O servidor, munido de documentos e declarações que comprovavam a licitude do ato, acionou Lialda na Justiça e ganhou a causa.
A sentença, de 2018, previa indenização de R$ 20 mil; mas a ex-vereadora recorreu e conseguiu a diminuição para R$ 5 mil. Ontem, enfim, foi expedida a intimação para que a decisão seja cumprida.
O pedido de impugnação da candidatura de Neusa Ramos Régis (PDT) a vereadora, protocolado pela coligação “O Povo de Novo”, foi negado. De acordo com os impugnantes, ela teria realizado propaganda eleitoral antecipada — quando, supostamente, expôs o número de urna em uma rede social no período pré-campanha —; mas a acusação, porém, foi desconstruída.
Na sentença, o Ministério Público Eleitoral decidiu pelo indeferimento da impugnação por insuficiências de provas. Os advogados de defesa alegaram que Neusa não cometeu qualquer crime eleitoral e que a imagem apresentada pelos impugnantes, de um print de tela com a publicação da candidata no Facebook, teria sido montada. Ela, portanto, continua candidata.