terça-feira, 1 de julho de 2025 VALE DO RIO TIJUCAS E COSTA ESMERALDA

Reprovação prenunciada

Postado em 2 de maio de 2022

A ex-vereadora Rúbia Alice Tamanini Duarte — que deixou o comando da Secretaria Municipal de Assistência Social de São João Batista no início de janeiro e recebeu, sexta-feira (29), chamado do governo estadual para ocupar a secretaria adjunta de Estado do Desenvolvimento Social — não deve contar com o aval da Câmara Municipal para se afastar das funções de professora na Capital Catarinense do Calçado. A apreciação do parlamento foi marcada para hoje, e, na boca de urna, conjetura-se que ela não teria os votos necessários para ganhar a causa.

Sequer a bancada situacionista, sobretudo os vereadores do MDB, devem aprovar consonantemente a cessão da batistense para o Estado. Pesa contra ela o imbróglio, ainda velado, mas com capítulos cada vez mais sintomáticos, entre o prefeito Pedro Alfredo “Pedroca” Ramos (MDB) e seu antecessor, Daniel Netto Cândido (PODE), que fez a indicação da professora para o cargo que ocupou até mês passado no governo estadual.

ALTERNATIVA

Segundo consultoria jurídica do Blog, Rúbia não precisaria passar pelo crivo da vereança. Bastava pedir licença não remunerada ao prefeito em exercício Almir “Déi do Gás” Peixer (PSD) — com quem tem excelente relação — e aceitar a nomeação do governador Carlos Moisés da Silva (REPUBLICANOS) para a secretaria adjunta de Estado.

Mas, mesmo que a cessão seja reprovada na Câmara, ela teria, ainda, tempo para recorrer a esta opção.

BASTIDORES

Aos seus, intimamente, a ex-vereadora viria garantindo que seja qual for o resultado da votação no Legislativo batistense, vai aceitar o convite do governo estadual. Nos bastidores, especula-se que ela esteja apenas observando atitudes e posturas de aliados e oposicionistas para compreender a cena política do município e decidir que caminho tomar no futuro.

A exemplo de 2020, quando abriu mão de uma candidatura para contemplar o grupo que integrava, Rúbia se mantém na lista de cotações para a disputa da prefeitura nas próximas eleições da Capital Catarinense do Calçado.

DOIS PESOS

Caso semelhante passou pela Casa no ano passado, quando o Executivo pediu a cessão de outros dois servidores ao governo estadual, dentre os quais Rildo Vargas, tradicional correligionário do grupo governista. Na ocasião foram apenas três votos contrários — todos da bancada do PP — sob a justificativa de que não haveria fundamento legal para a transferência. Os demais vereadores, sem exceção, foram favoráveis.

Desta vez, a expectativa diz respeito à eventual mudança dos votos situacionistas e as motivações, alegações e satisfações a partir daí.

Águas passadas

Postado em 22 de setembro de 2021

As rusgas entre o prefeito Pedro Alfredo Ramos (MDB) e seu principal oponente no pleito de 2020, o ex-vereador Heriberto Eurides de Souza (PSC), definitivamente ficaram para trás. Tanto que o chefe do Executivo batistense teria considerado, surpreendentemente, em recente atuação de bastidores, a nomeação do rival no comando da Secretaria de Administração — uma das mais importantes pastas da estrutura municipal.

Pedroca teria revelado ao vereador Gustavo Grimm (CIDADANIA) o desejo de contar com Betinho no colegiado municipal; e o parlamentar deu a informação ao jornalista Jonas Hames, durante entrevista à Rádio Super. Assim que o fato foi publicizado, porém, vereadores da base e cúpula emdebista passaram a pressionar o prefeito, que negou tudo. O candidato vencido nas eleições de 2020 também não confirma qualquer convite ou sondagem do paço. Pois, então?!

À disposição

Postado em 5 de abril de 2021

Quem imagina que o jovem empresário Bruno Bordin (PSL) tenha concorrido nas eleições de 2020 em Tijucas apenas por curiosidade, engana-se. O gerente administrativo da Manecar Veículos, candidato a vice-prefeito no recente pleito municipal, pretende se manter na política e participar ativamente das próximas disputas.

Na concorrência geral de 2022, Bordin deve trabalhar nos bastidores e abraçar campanhas de deputados estadual e federal que contribuem com Tijucas. Mas a ideia, em princípio, seria fortalecer as bases e manter o nome em evidência e à disposição do eleitorado para as eleições de 2024.

Cem dias

Postado em 31 de março de 2021

Oficialmente, a diretora do Sisam (Serviço de Infraestrutura, Saneamento e Abastecimento de Água Municipal) de São João Batista, Andréia Costa, pediu afastamento do cargo por 30 dias para tratamento de saúde. Mas, nos bastidores, especula-se que o plano do prefeito Pedro Alfredo Ramos (MDB) — de remanejamento do colegiado municipal depois de cem dias de governo — já esteja sendo posto em prática.

Na função, neste momento, está o assessor de gabinete Plácido Vargas, que, segundo rumores, pode ser efetivado. Outras pastas e departamentos que devem sofrer alterações de comando seriam Planejamento e Compras; e até a Secretaria de Administração estaria sob profunda análise.

Ajuda de custo

Postado em 4 de junho de 2019

A lamentada morte do empresário Elson Junckes, há um mês, impactou diretamente a cena política de Tijucas. O surgimento de novos rostos na disputa proporcional, principalmente, estava surpreendentemente atrelado à atuação de bastidores do ex-presidente do PSDB.

Vários são, hoje, os postulantes à Câmara Municipal que frearam a intenção de concorrer no pleito de 2020 porque tinham a “garantia” de que seriam apoiados economicamente por Junckes.

Pedra cantada no Blog e no quadro Política em Foco – que o colunista apresenta no Jornal TopNotícias, no Portal TopElegance às quintas-feiras – deu bingo. Já consta, desde ontem, no sistema de informações partidárias do TRE (Tribunal Regional Eleitoral), a comissão provisória do PSL em Tijucas com o ex-bombeiro militar Gerson Henrique Marcelino na presidência.

O litígio entre Marcelino e o servidor público municipal Renato Sartori, que concorriam diretamente pelo comando da sigla no município, durou meses. Desde dezembro, o PSL não tinha representação na Capital do Vale. Nos bastidores do processo, porém, o jogo era intenso; e as melhores cartas sempre estiveram com o ex-bombeiro.

Aliado a figuras basais do partido na região – como o deputado estadual Onir Mocellin, militar reformado, de quem é assessor parlamentar na Assembleia Legislativa, e o próprio governador Carlos Moisés da Silva, a quem acompanhou nas incursões pelo estado durante a campanha –, não tardou para que o ex-diretor de Trânsito do município conquistasse a simpatia e a preferência da cúpula peesselista. Sartori, por sua vez, tinha apenas uma promessa do presidente estadual do PSL, Lucas Esmeraldino, e o discurso vago de que havia conquistado ampla votação para o chefe do Executivo estadual e para o presidente Jair Bolsonaro nas eleições de 2018 em Tijucas.

Pesaram, ainda, contra o chefe do Departamento de Estrada de Rodagem do município o histórico político no PT e uma candidatura a vereador rejeitada, em 2016, no PEN, por falta de prestação de contas com a Justiça Eleitoral, além da recorrente austeridade verborreica nas redes sociais e em encontros públicos confrontando cidadãos e parte da imprensa que não o reconheciam como presidente municipal da legenda – o que, de fato, não era, desde dezembro. Líderes do PSL estadual passaram a acompanhar atentamente o comportamento dos concorrentes ao comando do partido em Tijucas, a receber informações de ambos, e formaram a balança.

Marcelino se valeu da discrição, do lastro e do conhecimento prático sobre o trâmite político. Enquanto o concorrente se impunha no Facebook, o ex-bombeiro buscava perfis técnicos para a formação de uma comissão capaz de seduzir a cúpula peesselista e formalizava ofícios em papel timbrado, cordiais, rubricados por parlamentares afins, ao comando estadual do partido. Há 16 dias, o presidente do PSL em Santa Catarina rubricou o “visto” no pedido de homologação da legenda em Tijucas para um time que contava com ex-militares, um servidor da Justiça estadual, advogado e contador, além de jovens idealistas e empresários da cidade. O documento era sustentado, ainda, por quatro dos cinco deputados estaduais do PSL mais bem votados em 2018: Ricardo AlbaAna CampagnoloCoronel MocellinSargento Lima. Foi o xeque mate.

Na semana passada, no encontro regional do partido, o então postulante à presidência do PSL tijuquense Gerson Marcelino foi chamado à mesa protocolar e sentou ao lado de Esmeraldino; enquanto Sartori esteve o evento inteiro na plateia e, quando teve a palavra, achincalhou a mídia “mentirosa” e cobrou efusivamente uma posição do comando estadual do partido. E a decisão foi, enfim, tomada.

Terceira via

Postado em 22 de março de 2019

Nem só de Renato SartoriGerson Henrique Marcelino vive o PSL de Tijucas. Passarinho incolor chega para contar que tem mais gente interessada no comando do futuro diretório municipal do partido.

De acordo com a ave sinsitra, o empresário Modestino Jacondo Crocetta Batista estaria formando uma chapa para concorrer com as outras duas já estabelecidas. Figura ativa no meio político, o administrador do Posto Modesto teria um amigo, deputado federal peesselista, que estaria orientando o trâmite e agindo nos bastidores.

Presidência da Câmara

Postado em 19 de novembro de 2018

De um vereador governista, ao Blog, em off: “o vereador Vilson Natálio Silvino (PP) é o próximo presidente da Câmara Municipal de Tijucas, haja o que houver. Temos tudo sob controle”.

As cartas já estavam na mesa. Desde sempre. Assim que conseguiram ser maioria, os situacionistas definiram Juarez Soares (PPS) em 2018, Vilsinho em 2019 e Maria Edésia da Silva Vargas (PT) ou Rudnei de Amorim (DEM) em 2020. O primeiro terço da tarefa foi cumprido, mas o atual presidente quebrou o protocolo, negociou com os opositores e assumiu candidatura à reeleição.

Soares justifica que decidiu concorrer novamente à presidência da Casa porque, quando precisou, no momento em que se lançou pré-candidato a deputado estadual, não encontrou apoios na administração municipal e sequer nos colegas de bancada. Para os confrades de vereança, “é um tiro no pé”. Parlamentares de situação entendem que o rótulo de “traidor” pode abreviar a promitente carreira política do atual presidente.

BASTIDORES

Enquanto o chefe da mesa diretora do Legislativo rema, a bancada situacionista atira a âncora. Nos bastidores da eleição, marcada para 13 de dezembro, as negociações seguem à toda. Não será surpresa – como nunca foi, e tem sido recorrente – se um, ou até dois opositores acompanharem o presidente do PP na votação. Quem viver, verá!

Caminho aberto

Postado em 18 de outubro de 2018

Nem bem terminaram as eleições para a legislatura 2019-2022 na Alesc, e as negociações para composição da mesa diretora do Legislativo fervem nos bastidores da política catarinense. E a região, há décadas em segundo – ou terceiro, ou quarto – plano, agora vem sendo altamente considerada.

Que ninguém se surpreenda caso a ex-prefeita de Bombinhas, Ana Paula da Silva (PDT), eleita em quinto lugar entre todos os postulantes ao parlamento catarinense, inicie o quadriênio no comando da Assembleia. A convenção vem sendo desenhada; ela quer, e já tem apoiadores.

Reunião estratégica

Postado em 29 de agosto de 2018
Foto: Nei Jasper

Os bastidores da política seguem à toda em Tijucas. Ontem, a professora Noíde Mafra Jasper promoveu uma reunião estratégica em torno da candidatura a deputado federal do farmacêutico Edi Carlos de Almeida (PSB), de Tubarão.

O encontro, no Jardim Portobello, contou com as gratas presenças do ex-deputado estadual Renato Hinnig, do professor universitário Dilvo Tirloni e do administrador Matias Fidelis Angeli, que geriu a Rádio Vale em Tijucas e que, atualmente, exerce função de comando no Condes (Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social) de Balneário Camboriú. O mote da reunião foi o marketing político e administrativo da campanha do tubaronense à Câmara Federal.