A vereadora Neli Ferreira Trindade (MDB), de Canelinha, que não havia sido apresentada na convenção emedebista como candidata à reeleição, voltou ao cenário e tentará uma das nove cadeiras do parlamento canelinhense pela quinta vez.
Especula-se na Terra das Cerâmicas que a candidatura do vereador Thiago Vinícius Leal (MDB) à prefeitura tenha elevado os números de votos potenciais da experiente parlamentar, já que os emedebistas mais ferrenhos optam, via de regra, por candidatos que fazem parte da ala “raiz” do partido.
Caso obtenha êxito, a parlamentar entra para o hall de recordistas de mandatos no município. Hoje, somente o vereador Francisco Honorato Cardoso Filho, o Chico – que não concorrerá novamente à Câmara -, e o ex-vereador Adair da Conceição Lopes Filho, o Dica, foram eleitos cinco vezes para o parlamento. A conferir.
A conjuntura oposicionista formada por PL e MDB, em Bombinhas, oficializará, logo mais, em convenção municipal, os nomes dos candidatos à prefeitura, com vistas nas eleições municipais de outubro.
Se não houver qualquer surpresa, a vereadora Isabela Camile da Silva dos Santos (PL) deve ser apresentada como candidata a prefeita do grupo, conforme já indicavam os prognósticos bombinenses.
O postulante à vice-prefeitura será um emedebista. O escolhido deve ser o empresário Irivaldo Spader, conhecido popularmente por Alemão, filho do saudoso ex-vereador Iraci Spader.
A convenção dos dois partidos está marcada para 19h22, no salão do Restaurante Repouso do Xerife, situado na Avenida Manoel José dos Santos, nº 1.375, na região central de Bombinhas.
A secretária de Cultura do município, Paula Regina da Silva, eleita vereadora no PSD, filiou-se hoje ao UNIÃO BRASIL. A expectativa de participação no pleito majoritário, provavelmente como candidata a vice-prefeita na chapa governista, teria motivado a manobra.
Mas o especulado ingresso do vereador Maickon Campos Sgrott no PSD não se confirmou. Ele permanece no PP, e se for chancelado representante do governo na disputa da prefeitura com Paulinha de adjuvante, provocaria um marco na política tijuquense. Seria a primeira vez que a dupla situacionista ignoraria frontalmente o partido do prefeito articulador na proposta de sucessão.
Em tempo: Eloi Mariano Rocha, o chefe do Executivo tijuquense e base intelectual da construção governista para o pleito de 2024, é o presidente do PSD no município.
A especulada candidatura de uma mulher no pleito majoritário de Tijucas, em outubro, ganhou força a partir dos últimos acontecimentos na política da Capital do Vale. E a favorita para a representação feminina no processo seria a secretária de Cultura, Juventude e Turismo, Paula Regina da Silva (PSD).
Isso porque a vereadora licenciada pretende continuar no comando da pasta, mesmo ao término do prazo de desincompatibilizações, o que indica um desinteresse em concorrer novamente ao Legislativo. Além disso, Paulinha, como se apresentou nas urnas, revelou que deve retornar à Câmara em maio, para a conclusão do mandato.
O movimento permitiria que ela concorresse apenas na eleição majoritária. Nos bastidores do poder, a professora vem sendo apontada como possível candidata a vice-prefeita em chapa com o vereador Maickon Campos Sgrott (PP), escolhido da gestão para a sucessão municipal.
Ao Blog, com exclusividade, a secretária pontuou que não tem pressionado o grupo pela preferência, mas revelou que abraçaria a oportunidade se ela aparecesse. “Ao Legislativo, não quero mais. Para vice-prefeita ou prefeita, eu até iria. Mas sem pressionar e desde que fosse uma indicação natural”, explicou.
HISTÓRICO, MAS NÃO INÉDITO
A primeira e, até os dias atuais, única mulher a concorrer no pleito majoritário, em Tijucas, foi Priscila Santiago da Rosa, então no PRB – hoje Republicanos -, quando dividiu chapa com o candidato a prefeito da legenda, Adair Santinho “Mão-Santa” Bertotti, em 2008.
A histórica liderança exercida pela ex-prefeita Sandra Regina Eccel, de Nova Trento, no MDB, acontecerá, a partir de agora, somente nos bastidores. Candidata à prefeitura por seis vezes (1996/2000/2004/2008/2012/2016), a única mulher a governar uma cidade do Vale não pretende mais concorrer a cargos eletivos.
Uma das justificativas, aliás, é a predisposição do filho da ex-secretária de Estado do Desenvolvimento Regional, Luiz Fernando Eccel Rachadel, que participa de sua primeira legislatura, em governar o município. Embora ainda seja jovem, o herdeiro da família Eccel deve assumir, em breve, a presidência do MDB e aparece, inclusive, como um possível sucessor de Tiago Dalsasso.
“A Sandra não. Hoje, ela só quer ajudar o prefeito Tiago e, depois, ajudar o filho. Se meu filho vai traçar essa vida, os meus dias estão voltados para esse projeto. É um projeto de partido e, claro, no meu caso, levando o nome do Luiz Fernando. Foi tanto sofrimento… É coisa pra essa juventude”, afirmou, em entrevista ao programa LINHA DE FRENTE.
DESACORDO
A ex-prefeita neotrentina não escondeu as divergências com o também ex-mandatário, Orivan Jarbas Orsi, que foi, justamente, o seu vice-prefeito em 2004, mas que, em 2008, confrontou o grupo governista e venceu as eleições.
“Ele fez o que, naquele momento, foi dito a ele para fazer. Se ele queria ser candidato naquele pleito [2008], ele tinha que criar um ambiente de desacordo para ser o candidato. Vínhamos de união, de um trabalho bacana juntos. Achei isso correto? Não. Não era esse o acordo. Mas foi a opção que ele teve e digamos que não estava errado, porque ele logrou êxito”, disse.
Entretanto, na avaliação da líder emedebista, a carreira política de Orsi sofreu prejuízos provocados pelo rompimento. “Trouxe desconfianças que ele carrega até hoje. ‘Será que o Orivan cumpre? Que vai honrar com a palavra?’. O que está acordado não é caro. Caro é romper acordos”, explicou.
As eleições terminaram, mas os rescaldos da campanha abalizam ainda mais o MDB tijuquense. O imbróglio da vez tem como pano de fundo os repasses do MDB Diversidade para duas candidatas a vereadoras que teriam sido exclusivamente usados no projeto de conquista da prefeitura. O caso já envolve líderes da legenda, acusações de parte a parte, advogados, e até ameaças de denúncia no Ministério Público.
De acordo com fontes precisas do Blog, o dinheiro — R$ 31.400 divididos e destinados a uma candidata negra e outra de origens indígenas — teria servido para alguns gastos da campanha majoritária, entre mídia, salão de beleza, pagamentos de cabos eleitorais e despesas afins, que seriam compensadas na semana pós-pleito. Uma das candidatas, entretanto, discordante da manobra, encerrou a conta no dia seguinte às eleições e sustou os cheques que havia assinado; e provocou um pandemônio nas internas do partido.
Contabilidade e lideranças, agora, quebram a cabeça para encontrar uma solução antes que o episódio tome proporções maiores e que a candidata a vereadora, acusada de usurpação, orientada por um especialista em Direito Eleitoral, cumpra o que prometeu e chame o Ministério Público para a discussão. Pois, então?!
A ex-prefeita de Bombinhas e candidata a deputada estadual Ana Paula da Silva (PDT) não joga a toalha. Embora o grupo de trabalho do prefeito Elói Mariano Rocha (PSD) tenha estabelecido franca sustentação à campanha da itapiranguense Marlene Fengler (PSD) ao parlamento estadual, a ex-mandatária bombinense ainda tenta, com argumentos muito convincentes – sobretudo, de que a região precisa de uma representante legítima na Assembleia Legislativa –, angariar apoios na administração municipal de Tijucas.
Dias atrás, Paulinha e Mariano Rocha estiveram juntos na Festa de Nossa Senhora dos Navegantes, na Praça, e depois, conforme a foto, foram tratar de política e das eleições de 2018 na casa do chefe do Executivo tijuquense.
O prefeito Elói Mariano Rocha (PSD) e o colegiado escancararam. A candidata da administração municipal de Tijucas ao parlamento catarinense é, de fato, sem cerimônias, a itapiranguense Marlene Fengler (PSD), ex-coordenadora da Escola do Legislativo e braço direito, por anos, do deputado estadual e candidato a governador Gelson Merisio (PSD).
Nas reuniões com servidores em cargos comissionados, os líderes do governo têm deixado claro que a eleição de Marlene – e com votação expressiva em Tijucas – é uma questão de honra, e de fundamental importância para os rumos da gestão cola-branca no município. Pois, então?!
Hoje, no fim do prazo para registros de candidaturas, certamente surgirão algumas surpresas. Uma delas, de última hora – por inferência da reaproximação entre Marcio Rosa e a cúpula do PMDB de Tijucas –, seria o lançamento da campanha da sogra do advogado, Lucidalva Duarte Lopes (PMDB), por uma cadeira na Câmara Municipal.
Indícios de que Rosa esteja, realmente, bastante envolvido no processo; sobretudo contribuindo com a proporcionalidade feminina da nominata do PMDB na corrida pelo Legislativo.