quinta-feira, 21 de novembro de 2024 VALE DO RIO TIJUCAS E COSTA ESMERALDA

Cálculos e negociações

Postado em 11 de novembro de 2024
  •  
  •  
  •  
  •  
  •  
Foto: Divulgação

O domo político da futura administração municipal de Tijucas definiu, com vistas no controle das ações da Câmara, os vereadores de oposição da próxima legislatura que estariam suscetíveis a acompanhar o governo na Casa do Povo. Para ter maioria, os situacionistas precisariam conquistar três parlamentares.

Os alvos, pelo menos em primeiro momento, seriam os estreantes Flávio Henrique Souza (MDB) e Renato Laurindo (PL), e mais o revindo Fabiano Morfelle (MDB). Com os três, representantes da gestão 2025-2028 estariam afinando conversas.

POR GRAVIDADE

As negociações para que o reeleito Erivelto “Danone” Leal dos Santos (PL) assuma o comando da FME (Fundação Municipal de Esportes) continuam. Caso o acordo seja firmado, o próximo suplente do PL, Écio Helio de Melo, herdaria uma cadeira na Câmara.

Não seria surpresa se, como condição, Ecinho, originário do PP e com duas legislaturas governistas, aceitasse regressar ao ninho cola-branca. Os primeiros contatos, inclusive, teriam sido realizados.

CONVICÇÃO

Para o zimbório de situação, uma reviravolta parece garantida. Eles trabalham com a certeza de que o eleito José Vicente de Souza e Silva (PL), que teve a candidatura suspensa durante a campanha e ainda compete na Justiça para a validação dos votos, não consiga ser diplomado vereador.

Nesse caso, o quociente eleitoral do PL seria diminuído e o do UNIÃO BRASIL se sobressairia. Com a derrocada de Zezinho, a vaga ficaria com José Roberto “Betinho” Giacomossi (UNIÃO), proveniente da aliança situacionista.

Grupo de cobranças

Postado em 15 de outubro de 2024
  •  
  •  
  •  
  •  
  •  
Foto: Raíssa Rocha

Dirigentes do Tiradentes Esporte Clube, que se restabeleceu e passou a disputar competições oficiais neste ano, têm travado uma verdadeira batalha com a prefeitura de Tijucas nos últimos meses. Eles reivindicam o pagamento das emendas impositivas da Câmara Municipal, essenciais para a manutenção da estrutura, profissionais, e despesas com viagens e taxas da Federação Catarinense de Futebol.

O município deveria, desde o ano passado, efetuar repasses na ordem dos R$ 85 mil ao clube. As emendas foram destinadas por cinco vereadores: Erivelto “Danone” Leal dos Santos (R$ 25 mil), Fernando Fagundes (R$ 20 mil), Esaú Bayer (R$ 15 mil), Maurício Poli (R$ 15 mil) e José Roberto “Betinho” Giacomossi (R$ 10 mil). Entretanto, pouco mais de metade desse montante foi remetido ao Tiradentes.

Ontem, uma comitiva do clube esteve na prefeitura em audiência com o prefeito Eloi Mariano Rocha, que prometeu a quitação do débito para o fim do dia. O dinheiro, porém, não entrou na conta do clube; e hoje, mais uma vez, representantes do Tiradentes montaram campana no paço municipal. Eles aguardam por uma posição do secretário de Administração e Finanças, Rosenildo de Amorim.

A situação foi intensificada no desabafo, em comunicação interna, do presidente do Tiradentes, advogado Vinícius Voigt Severiano, de que estava convivendo com cobranças de credores do clube, quitando compromissos mais urgentes com recursos pessoais, e considerando interromper o projeto.

Xeque

Postado em 10 de abril de 2024
  •  
  •  
  •  
  •  
  •  
Foto: Arquivo Pessoal

O ex-vereador Sérgio Murilo Cordeiro e o presidente do Samae (Serviço Autônomo Municipal de Água e Esgoto de Tijucas), Luiz Rogério da Silva, impuseram situação de absoluto desconforto ao prefeito Eloi Mariano Rocha (PSD) com apenas um movimento no tabuleiro.

Em suma, podaram a autoridade e ataram as mãos do chefe do Executivo tijuquense na articulação governista. Para manter chances de sucesso nas eleições de outubro, Mariano Rocha, em tese, precisaria, agora, render-se aos caprichos do UNIÃO BRASIL e da dupla de estrategistas. O mandatário tijuquense ainda não assimilou o golpe.

Serginho e Rogerinho, para tanto, usaram dissidentes do movimento situacionista, como os vereadores Maurício Poli e Cláudio de Oliveira, e, ao mesmo tempo, mutilaram o PSD, partido do prefeito, com a translação da secretária de Cultura do município, Paula Regina da Silva, e do vereador suplente José Roberto “Betinho” Giacomossi.

Eles criaram a “noiva”, que pode casar com quem quiser e quando quiser. As convenções acontecem apenas 45 dias antes das eleições, e, até lá, estariam aptos a receber cortejos, pedidos de namoro, e avaliar quem seria o pretendente mais vigoroso. Não necessariamente aquele que o voluntarioso alcaide indicar. Pois então…

Janela fechada 

Postado em 8 de abril de 2024
  •  
  •  
  •  
  •  
  •  
Foto: Divulgação

O fechamento da janela de filiações partidárias, na última sexta-feira (5), mostrou que houve grande revolução no parlamento tijuquense durante o período. O PSD, que outrora tinha absoluta maioria, agora divide as atenções com o PL. 

A legenda que, aliás, administra o município há pouco mais de sete anos, elegeu cinco representantes. Entretanto, perdeu um parlamentar e conta, agora, com quatro nomes: Rudnei de Amorim, Nadir Olindina Amorim, Paulo César “Frango” Pereira e Claudemir “Bigodinho” Correa

Já o PL, que sequer era representado na Câmara, foi alçado ao topo da lista, com as recentes filiações de Fernando Fagundes, Erivelto Leal “Danone” dos Santos, Esaú Bayer e Ecio Hélio “Ecinho” de Melo

Outro partido que também inexistia no Legislativo tijuquense era o UNIÃO BRASIL. A dupla Maurício Poli e Cláudio de Oliveira, responsáveis pelo pontapé do projeto, recebeu, no último dia, a companhia de José Roberto “Betinho” Giacomossi, que deixou o PSD. 

TRADIÇÕES ENFRAQUECIDAS 

Dois dos mais tradicionais movimentos políticos brasileiros e rivais históricos em Tijucas, MDB e PP, sofreram duras baixas no quadro de vereadores. O primeiro chegou a ficar, momentaneamente, sem um parlamentar sequer. Fato mudado pela adesão de Cláudio Eduardo de Souza, também nos momentos finais. 

Os Progressistas, integrantes da bancada governista, elegeram três representantes. Com duas saídas, uma para o UNIÃO e outra para o PL, restou a Maickon Campos Sgrott a missão de retratar as ideias da legenda. 

ZERADOS

O PDT, em 2020, surpreendeu e desempenhou papel de protagonismo nas eleições, na condição de “terceira via”. Passados quase quatro anos, a legenda perdeu as duas representações no Legislativo. Situação semelhante a do PSB, que chegou a presidir a Casa do Povo, mas que também voltou à estaca zero.

Mudança de hábito

Postado em 20 de março de 2024
  •  
  •  
  •  
  •  
  •  
Foto: Arquivo Pessoal

A cada amanhecer, uma surpresa no tema “indecisão do prefeito Eloi Mariano Rocha (PSD) sobre o candidato à sucessão”. O chefe do Executivo tijuquense quer, agora, a participação do funcionalismo na escolha e orientou cada servidor em cargo de comissão a realizar uma “pesquisa” entre familiares e amigos para, a partir do feedback, chancelar a indicação.

Mariano Rocha vem dizendo, de sala em sala, que tem três bons pré-candidatos e que precisa da ajuda da equipe para se decidir. As referências são ao vice-prefeito Sérgio “Coisa Querida” Cardoso (PSD) e aos vereadores Rudnei de Amorim (PSD) e Maickon Campos Sgrott (PP).

JUNTOS NA DOR

A insistência do prefeito em recomendar Sgrott – que desistiu da pré-candidatura meses atrás e nunca pensou em reconsiderar a decisão – tem unido Coisa Querida e Amorim.

O adjunto tijuquense e o líder do governo na Câmara se deram as mãos e, de acordo com fontes precisas do Blog, vêm concordando em um ponto: a inabilidade de Mariano Rocha na condução do processo pode dificultar a eleição.

DEBANDADA

Como consequência primária da hesitação do mandatário tijuquense, aliados vêm trilhando o caminho da independência e se desfazendo das amarras do grupo governista.

A perda dos vereadores Ecio Hélio de Melo para o PL, Maurício Poli e Cláudio de Oliveira para o UNIÃO, e as especuladas migrações dos suplentes José Roberto “Betinho” Giacomossi e Ezequiel de Amorim para grupos alternativos, dão o tom da instabilidade encetada na demanda política do governo.

Soma-se aos prejuízos a conjuntura com o PL municipal, que caminhava serena para a oficialização da aliança, inclusive com bases de acordo estabelecidas, e foi atravancada por conta do embaraço de Mariano Rocha na definição de um nome para a sucessão.