O desfile em comemoração aos 67 anos de São João Batista, sábado (19), foi transformado em vitrine eleitoral. Entre fanfarras e aplausos, quem roubou a cena foram os políticos, literalmente à frente das escolas – que sempre se mantiveram como protagonistas do evento.
Prefeito, vice, vereadores e secretários deram as caras. E não estavam sozinhos: o deputado federal Fabio Schiochet (UNIÃO) e o secretário de Estado da Infraestrutura e Mobilidade, Jerry Comper (MDB), também marcaram presença, e desfilaram.
No palanque ou na passarela, a política sempre arranja seu lugar no cortejo.
Ontem, enquanto Juliano Peixer (UNIÃO) era diplomado prefeito de São João Batista, seu correligionário e confrade Fábio Schiochet, deputado federal, sentava no banco dos réus do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), a 1.600 quilômetros da Capital Catarinense do Calçado, em julgamento de processo movido por opositores nas eleições de 2022.
As empreitadas, contudo, foram positivas para ambos. O batistense recebeu o passaporte para governar o município a partir de janeiro, e o parlamentar conservou o mandato na Câmara Federal.
Peixer e Schiochet, no entanto, continuam ligados e têm outra prova de fogo, juntos, nas próximas semanas. A ação judicial demandada pelo PL de São João Batista e seu presidente, empresário Felipe Lemos, que concorreu à prefeitura batistense na eleição recente, aguarda decisão do TRE (Tribunal Regional Eleitoral). O processo versa sobre a interferência direta do deputado no resultado das eleições municipais e o uso de recursos púbicos para influenciar o eleitor, a partir de um vídeo gravado com o então candidato a prefeito do UNIÃO durante o período de campanha.
Em primeira instância, o prefeito eleito se saiu vitorioso. O veredito do TRE deve ser dado em janeiro.
O ex-vereador e ex-secretário municipal de São João Batista, Juliano Peixer, mantém vivo o desejo de disputar a prefeitura batistense, nas eleições municipais de outubro. A recente desfiliação do MDB, aliás, teve o projeto de candidatura como principal motivo.
Peixer afirmou, em entrevista ao programa LINHA DE FRENTE, ontem (11), que havia se colocado à disposição do partido para a concorrência. Entretanto, percebeu que parte da cúpula emedebista tinha a intenção de acompanhar o ex-prefeito Daniel Netto Cândido (PSD) e, portanto, não lançar um candidato próprio.
“Eu dizia que queria construir um projeto de mudança e sólido, e que não estava ali pra ser vice do Daniel, que é o que eles queriam. Briguei pra ser o candidato, mas não vi evolução e saí pro União Brasil. Tenho uma aproximação grande com o deputado federal Fábio Schiochet, presidente estadual do partido”, revelou.
O agora pré-candidato pelo União Brasil avalia que sua antiga legenda se encontra “perdida”. Pontuou, ainda, que a indecisão do prefeito Pedro Alfredo Ramos, o Pedroca, com quem nutre boa relação, colabora para a dificuldade da estruturação do partido.
“A gente (o grupo) só ajudou o MDB e o MDB não nos ajudou. O MDB continua perdido em São João Batista. O Pedroca ora é pré-candidato, ora não é. O MDB ora quer dar o vice pro Daniel, não quer… Então, hoje é um partido sem gestão. Tivemos que sair, se não, não conseguiríamos criar um projeto de mudança, um projeto organizado e que possa, realmente, trazer a cidade pra frente”.
GRUPO FORTE
A “mudança” defendida por Peixer pode ganhar, no futuro, as companhias de PL, PP, Podemos e Republicanos. A proximidade com o empresário Felipe Lemos (PL), que também pretende concorrer à chefia do Executivo municipal em outubro, não atrapalharia o projeto, defende o ex-vereador.
“O Felipe é um jovem, tá entrando na política agora com muita vontade e gás. Temos um alinhamento de grupo, de que querer que a nossa cidade vá pra frente. A partir do momento que ele tá trabalhando, botando seu nome na rua, ele tem que brigar pra ser cabeça de chapa. Lá na frente podemos estar juntos. Ou eu declino e apoio ele, ou ele declina e me apoia. Existe ainda o Fábio da Ravel (Fábio Norberto Sturmer) e Mateus Galliani no PP. Temos 4 ou 5 pré-candidatos, mas só cabem dois”, ponderou.
Os vereadores Maurício Poli e Cláudio de Oliveira assinarão, logo mais, suas fichas de filiação ao União Brasil. A dupla, já há muito tempo, flertava com as saídas do PSB e PP, respectivamente, e participava, mesmo que nos bastidores, do grupo criado recentemente na Capital do Vale.
Um evento deve chancelar a adesão dos parlamentares tijuquenses, com a presença das duas mais expressivas lideranças do UNIÃO-SC: o presidente da legenda no Estado e deputado federal Fábio Schiochet e o ex-prefeito de Florianópolis e candidato a governador pelo partido em 2022, Gean Loureiro.
Estarão presentes, ainda, o trio que compõe a bancada do partido na Assembleia Legislativa catarinense: Jair Miotto, Sérgio Guimarães e Marcos da Rosa. O encontro está marcado para às 18h44 na Associação Jardim Porto Belo.
As lideranças municipais do União Brasil, de Tijucas, têm um encontro com os principais nomes da legenda em Santa Catarina, agendado para o início do próximo mês. O evento será realizado com portas fechadas, apenas para integrantes do grupo.
O membro de maior destaque, atualmente, é o presidente do Poder Legislativo, Maurício Poli (PSB). O vereador, embora já participe ativamente da corrente, precisa aguardar a janela de filiação partidária, aberta somente em março de 2024.
O Blog apurou que, neste momento, a presidência do União Brasil Tijuquense é exercida pelo jovem bacharel em direito Jhone Renner Poli, com quem o parlamentar ostenta boa proximidade e, inclusive, laços familiares.
Ingressos garantidos
Quatro figuras de relevância do UB catarinense estão confirmados: o deputado federal e presidente da legenda em Santa Catarina, Fábio Schiochet, e os deputados estaduais Repórter Sérgio Guimarães, Jair Miotto e Marcos da Rosa.
A recente federalização do União Brasil com o PP não alterou o planejamento do presidente da Câmara Municipal de Tijucas, vereador Maurício Poli (PSB), que pretende assumir o controle do partido no município. Nesta semana, ele conversou, mais uma vez, com o ex-prefeito de Florianópolis, Gean Loureiro (União), sobre a proposta.
Com a manobra, a maior parte das ações do União no território catarinense ficam com o deputado federal Fábio Schiochet, com quem Poli também tem relação estreita.
A federação, entretanto, pode ter outros desdobramentos. O presidente do Legislativo tijuquense, que se coloca como opção para a disputa da prefeitura em 2024, entende que a aproximação com o PP tem benefícios locais e que pode fortalecer ainda mais os laços com o vereador Maickon Campos Sgrott (PP), outra das alternativas governistas para a concorrência majoritária e com quem tem melhor alinhamento na Câmara desde o início da legislatura.
Entra ano, sai ano, mudam gestões, e o problema do Hospital São José, em Tijucas, continua o mesmo: a falta de recursos para o custeio dos serviços. Embora a prefeitura tenha aumentado o valor do repasse municipal, os aportes de outras fontes públicas seguem, ainda, como necessidades urgentes para a administração da unidade.
As dificuldades foram mais uma vez expostas nesta semana, durante explanação do diretor do hospital, Marcos Marcelino, nas tribunas do Legislativo tijuquense.
A situação sensibilizou de maneira especial o presidente da Câmara, vereador Maurício Poli (PSB), e o colega Cláudio de Oliveira (PP), que, já no dia seguinte, articularam um auxílio de R$ 100 mil para a gestão do São José. A verba vem do gabinete do deputado federal Fábio Schiochet (União), que enviou diligentemente a secretária parlamentar Nadir Marques Silva para a autenticação do subsídio.
O prefeito de Canelinha, Diogo Francisco Alves Maciel (PSL), vai jantar com o governador Carlos Moisés da Silva (PSL) hoje à noite na Casa d’Agronômica. O encontro, com outros peesselistas catarinenses ao redor da mesa, deve ser de definições sobre as eleições de 2022. O chefe do Executivo estadual quer saber se teria apoio suficiente entre os correligionários para tentar a reeleição.
Presidente estadual do PSL, o deputado federal Fábio Schiochet diz, sem pestanejar, que compõe a ala bolsonarista do partido — que não é a mesma de Moisés. Bolsonaro (Jair Messias, presidente da República), aliás, já declarou que apoiaria o senador Jorginho Mello (PL-SC) na disputa ao governo de Santa Catarina em 2022.
E no jantar desta noite, obviamente, o joio deve ser definitivamente separado do trigo.
Conforme combinado, o deputado federal Fábio Schiochet (PSL-SC) veio a Tijucas, ontem, especialmente para entregar ao prefeito Eloi Mariano Rocha (PSD) e ao secretário de Saúde do município, Vilson “Tem” Porcíncula, o empenho de R$ 100 mil na atenção básica dos tijuquenses. Intermediador da solicitação, o empresário Bruno Bordin (PSL), candidato a vice-prefeito nas eleições municipais de 2020, acompanhou o ensejo.
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SEM BANDEIRAS
No discurso, Schiochet — presidente estadual do PSL — lembrou o resultado do pleito municipal em Tijucas e disse que, passado o período eleitoral, é preciso “enrolar as bandeiras e pensar conjuntamente”. Enalteceu a postura de Bordin e pediu, abertamente, que ele assuma os desígnios do partido na Capital do Vale.
De acordo com o deputado, o jovem diretor administrativo da Manecar Veículos reúne todas as qualidades que um líder precisa ter.
Passadas as eleições, Tijucas continua. O jovem empresário Bruno Bordin (PSL), candidato a vice-prefeito no pleito de 2020 em chapa com Thiago Peixoto dos Anjos (PDT), intermediou, e o deputado federal Fábio Schiochet (PSL-SC) atendeu a Capital do Vale. Uma emenda de R$ 100 mil para a Saúde municipal, da cota pessoal do parlamentar, foi oficializada em 12 de abril.
Bordin e Schiochet — que preside o PSL no território catarinense — criaram relação próxima ainda durante a campanha, e vêm mantendo contato desde então. Eles têm encontro marcado amanhã, às 18h, no gabinete do prefeito Eloi Mariano Rocha (PSD), na entrega formal da verba.