A ex-vereadora e ex-secretária municipal Rúbia Alice Tamanini Duarte, de São João Batista, teve papel decisivo na construção da futura composição entre PSD e REPUBLICANOS, com vistas no pleito de outubro.
Nos últimos dias, os peessedistas, liderados pelo ex-prefeito e pré-candidato Daniel Netto Cândido, trabalhavam com a possibilidade de disputar a eleição com uma chapa pura. Se o cenário fosse confirmado, Rúbia Tamanini seria a candidata à vice-prefeitura.
Entretanto, a ex-vereadora declinou da pré-candidatura para abrir espaço ao REPUBLICANOS e, por consequência, ao radialista e agora pré-candidato a vice-prefeito do grupo, Jonatam Cordeiro.
O próprio comunicador agradeceu publicamente pelo gesto, durante entrevista à Rádio Clube. “Foi um passo gigantesco dela abrir mão, talvez, da última possibilidade que ela teria de concorrer, para aderir a um grande projeto. Poucas pessoas teriam essa atitude. Isso é fazer política”, pontuou Cordeiro.
Sem qualquer surpresa, o PL de Canelinha oficializou ontem, em convenção partidária conjunta, a pré-candidatura do prefeito Diogo Francisco Alves Maciel à reeleição. O evento reuniu pré-candidatos da futura coligação, no plenário da Câmara de Vereadores.
O mandatário, conforme já antecipado, terá novamente a companhia de Antônio Carlos Machado Júnior (PSD), em repeteco da chapa vencedora do pleito passado. Além de PL e PSD, o grupo terá a participação de PODEMOS, REPUBLICANOS e PSDB.
“Antes tínhamos projetos e ideias. Pensavam que era um sonho e me apelidaram de contador de sonhos. Agora não. Temos mais responsabilidade, bagagem e muito mais a apresentar. Temos avalistas, que são pessoas que passam por onde asfaltamos, usam postos que reformamos ou construímos. Hoje, mais do que um sonho, temos um compromisso de trabalho por Canelinha”, frisou Alves Maciel.
“Temos a convicção de que estamos no caminho correto. Precisamos melhorar muito, mas que já acertamos e estamos entregando a cidade que propusemos na campanha. Mas ainda temos muito a fazer. Nossa credibilidade aumentou, porque não prometemos, mas fizemos”, pontuou Machado Júnior.
O grupo de situação que tentará a reeleição do prefeito Diogo Francisco Alves Maciel (PL), de Canelinha, receberá o reforço do PSDB. O martelo foi batido na noite passada, após uma série de conversas entre os líderes dos movimentos.
Alves Maciel e o vice-prefeito Antônio Carlos Machado Júnior (PSD), que também pretende concorrer à reeleição, foram os responsáveis diretos pela costura, incorporando os tucanos ao projeto que já contava com PL, PSD, REPUBLICANOS e PODEMOS.
A articulação peessedebista foi feita pelo ex-vereador e atual presidente da legenda na Cidade das Cerâmicas, Fernando de Souza, com participação ativa da empresária Geraldina Mafra, que concorreu à prefeitura canelinhense em 2008 e à vice-prefeitura em 2012.
Circulam rumores de que um dos grupos postulantes à prefeitura de Tijucas tenha interesse no ex-secretário de Estado da Administração Prisional e Socioeducativa, Edemir Alexandre Camargo Neto, para a composição da chapa majoritária. Atualmente, o advogado e policial penal, de família tradicional no município, cumpre expediente no Ministério Público de Santa Catarina.
Em atenção ao Blog, Camargo Neto garante desconhecer as especulações e rechaça qualquer intenção de concorrer a um cargo eletivo nestas eleições. “Não recebi convite para me candidatar a vice-prefeito. Fui, sim, procurado por um grupo de empresários locais que identificaram no meu nome o potencial eleitoral capaz de representar uma novidade aliada à experiência na administração pública, mas recusei. Me sinto muito bem aonde estou”, revela.
O ex-secretário de Estado, entretanto, não descarta a carreira política no futuro. “Quem sabe um dia, se Tijucas realmente me quiser nesta missão”, conclui.
SEM BANDEIRA
A suposta candidatura de Camargo Neto, aliás, neste momento, sequer teria viabilidade legal. Embora tenha participado ativamente dos governos de Raimundo Colombo (PSD), Eduardo Pinho Moreira (MDB) e Carlos Moisés da Silva (REPUBLICANOS) em cargos de confiança, e sempre cotado para as disputas eleitorais em Tijucas, ele jamais foi filiado a uma agremiação partidária. E assim permanece.
O radialista Jonatam Cordeiro, de São João Batista, não tem dúvidas e garante que é pré-candidato a prefeito. Dias atrás, a propósito, o comunicador recebeu o aval da executiva estadual do REPUBLICANOS para seguir na construção de um projeto próprio, até a definição de uma eventual conjuntura.
Embora a legenda tenha passado recentemente por mudanças no comando em Santa Catarina, que a colocaram na “órbita” do PL – liderado na Capital Catarinense do Calçado pelo empresário Felipe Lemos -, existem, ainda, lideranças ligadas ao prefeito Pedro Alfredo Ramos, do MDB, e ao ex-prefeito Daniel Netto Cândido, do PSD.
Cordeiro, entretanto, afirmou em entrevista ao programa LINHA DE FRENTE, ontem (11), que o REPUBLICANOS batistense buscará a participação em um projeto “vitorioso” e ponderou que existem chances reais para o êxito eleitoral.
“Buscamos um projeto vencedor. Sempre fui MDB e a minha saída foi justamente para buscar meu espaço. Estamos vendo o cavalo passar encilhado, com uma possibilidade real. Formamos um grande time, temos o aval do conselho do Estado e as pesquisas vão apontar qual será o nosso caminho”, explicou o radialista.
SEM PROBLEMAS
O locutor avalia ainda que a proximidade com o atual mandatário, de quem foi coordenador de Comunicação e Imprensa no início da gestão, não seria um empecilho para um futuro confronto nas urnas e deixou aberta a possibilidade de uma conjuntura.
“Tenho um grande respeito e tenho ele como um amigo que quero levar pra vida. O Pedroca, de onde saiu e o que se tornou como empresário, vice-prefeito e prefeito, chegou a um patamar muito alto. Deixará um legado inquestionável. Mas, temos divergências de ideias. Estamos seguindo um caminho e podemos conversar com todo mundo. Não tenho problema político com ninguém”, ponderou.
Diz a célebre frase que a política é como uma nuvem que, em determinado momento está em um lugar, mas rapidamente muda. Em São João Batista, a nebulosidade é intensa e o céu aparece em diferentes formas ao longo do dia.
Desta vez, as nuvens de REPUBLICANOS e MDB estiveram mais próximas. Em terra, os presidentes Ademir José Rover (REPUBLICANOS) e Anderson Dalsenter (MDB) estiveram reunidos para tratar de uma possível conjuntura para as eleições municipais.
Participaram da audiência, ainda, o radialista Jonatam Cordeiro – pré-candidato republicano à prefeitura -, e os vereadores emedebistas Milson da Silva, Teodoro Marcelo Adão e Ademir Germano. De certo no encontro, somente que as legendas seguirão conversando com outros movimentos políticos do município, antes de definir o futuro.
Entretanto, fontes do Blog que acompanham de perto as tratativas já garantem que existem “grandes chances” dos dois partidos estarem juntos em outubro. O martelo, porém, deve ser batido somente em julho. A conferir.
Na oposição do governo de São João Batista o que não faltam são pré-candidatos à prefeitura. Embora nomes como o do empresário Felipe Lemos (PL) e dos ex-vereadores Fábio Norberto Sturmer (PP) e Juliano Peixer (UNIÃO) se destaquem, as apostas não param por aí.
Na coalizão PL/PP/UNIÃO/PODE, que pode ter a adesão de outros partidos – como o REPUBLICANOS, por exemplo –, apresentam-se ainda como opções os vereadores Gustavo Grimm (PL), Mário Teixeira (PL), Mateus Galliani (PP) e Elisandro dos Santos (PODE).
Soma-se ao grupo, caso o PSB seja acoplado, o nome do advogado e ex-vereador Leôncio Paulo Cypriani, atual assessor jurídico do gabinete do prefeito Tiago Dalsasso (MDB), em Nova Trento.
A postulação da vez, no entanto, seria a do ex-vereador Leonardo Kammer, o Léo, filho do notável empresário Laudir José Kammer, o Alemão, que tem capital político e econômico capazes de mudar os rumos do pleito batistense. Filiado ao PODEMOS e com pretensões claras de concorrer ao cargo máximo do município, o jovem ex-parlamentar garante que teria, atualmente, uma das menores rejeições do grupo.
O ex-vereador e ex-secretário municipal de São João Batista, Juliano Peixer, mantém vivo o desejo de disputar a prefeitura batistense, nas eleições municipais de outubro. A recente desfiliação do MDB, aliás, teve o projeto de candidatura como principal motivo.
Peixer afirmou, em entrevista ao programa LINHA DE FRENTE, ontem (11), que havia se colocado à disposição do partido para a concorrência. Entretanto, percebeu que parte da cúpula emedebista tinha a intenção de acompanhar o ex-prefeito Daniel Netto Cândido (PSD) e, portanto, não lançar um candidato próprio.
“Eu dizia que queria construir um projeto de mudança e sólido, e que não estava ali pra ser vice do Daniel, que é o que eles queriam. Briguei pra ser o candidato, mas não vi evolução e saí pro União Brasil. Tenho uma aproximação grande com o deputado federal Fábio Schiochet, presidente estadual do partido”, revelou.
O agora pré-candidato pelo União Brasil avalia que sua antiga legenda se encontra “perdida”. Pontuou, ainda, que a indecisão do prefeito Pedro Alfredo Ramos, o Pedroca, com quem nutre boa relação, colabora para a dificuldade da estruturação do partido.
“A gente (o grupo) só ajudou o MDB e o MDB não nos ajudou. O MDB continua perdido em São João Batista. O Pedroca ora é pré-candidato, ora não é. O MDB ora quer dar o vice pro Daniel, não quer… Então, hoje é um partido sem gestão. Tivemos que sair, se não, não conseguiríamos criar um projeto de mudança, um projeto organizado e que possa, realmente, trazer a cidade pra frente”.
GRUPO FORTE
A “mudança” defendida por Peixer pode ganhar, no futuro, as companhias de PL, PP, Podemos e Republicanos. A proximidade com o empresário Felipe Lemos (PL), que também pretende concorrer à chefia do Executivo municipal em outubro, não atrapalharia o projeto, defende o ex-vereador.
“O Felipe é um jovem, tá entrando na política agora com muita vontade e gás. Temos um alinhamento de grupo, de que querer que a nossa cidade vá pra frente. A partir do momento que ele tá trabalhando, botando seu nome na rua, ele tem que brigar pra ser cabeça de chapa. Lá na frente podemos estar juntos. Ou eu declino e apoio ele, ou ele declina e me apoia. Existe ainda o Fábio da Ravel (Fábio Norberto Sturmer) e Mateus Galliani no PP. Temos 4 ou 5 pré-candidatos, mas só cabem dois”, ponderou.
A especulada candidatura de uma mulher no pleito majoritário de Tijucas, em outubro, ganhou força a partir dos últimos acontecimentos na política da Capital do Vale. E a favorita para a representação feminina no processo seria a secretária de Cultura, Juventude e Turismo, Paula Regina da Silva (PSD).
Isso porque a vereadora licenciada pretende continuar no comando da pasta, mesmo ao término do prazo de desincompatibilizações, o que indica um desinteresse em concorrer novamente ao Legislativo. Além disso, Paulinha, como se apresentou nas urnas, revelou que deve retornar à Câmara em maio, para a conclusão do mandato.
O movimento permitiria que ela concorresse apenas na eleição majoritária. Nos bastidores do poder, a professora vem sendo apontada como possível candidata a vice-prefeita em chapa com o vereador Maickon Campos Sgrott (PP), escolhido da gestão para a sucessão municipal.
Ao Blog, com exclusividade, a secretária pontuou que não tem pressionado o grupo pela preferência, mas revelou que abraçaria a oportunidade se ela aparecesse. “Ao Legislativo, não quero mais. Para vice-prefeita ou prefeita, eu até iria. Mas sem pressionar e desde que fosse uma indicação natural”, explicou.
HISTÓRICO, MAS NÃO INÉDITO
A primeira e, até os dias atuais, única mulher a concorrer no pleito majoritário, em Tijucas, foi Priscila Santiago da Rosa, então no PRB – hoje Republicanos -, quando dividiu chapa com o candidato a prefeito da legenda, Adair Santinho “Mão-Santa” Bertotti, em 2008.
A lacuna que se abriu com o distanciamento entre o PL e o prefeito Eloi Mariano Rocha (PSD) pode ser devidamente preenchida. O interesse em um acordo parece mútuo para a regência liberalista em Tijucas e o ex-prefeito Elmis Mannrich (MDB). As negociações têm se intensificado nos últimos dias.
Os entraves, em princípio, seriam os projetos e as expectativas para as eleições de outubro. Uma vez que o PL tem três pré-candidatos a prefeito, Mannrich, por ora, não abre mão da cabeça de chapa. Mas as conversas devem continuar até que uma das partes decida ceder.
Como trunfo, os liberalistas teriam um cargo de alto escalão no governo de Jorginho Mello para oferecer ao ex-prefeito em troca do apoio do MDB. Mannrich, caso aceitasse, ficaria entre os coordenadores de campanha, ou, na melhor das hipóteses, a depender de consenso, candidato a vice-prefeito.
Uma colocação estratégica no governo estadual não seria novidade para o ex-chefe do Executivo tijuquense. Entre 2015 e meados de 2021, Mannrich vagueou por autarquias como Imetro-SC (Instituto de Metrologia de Santa Catarina) e Aresc (Agência Reguladora de Serviços Públicos de Santa Catarina), sempre em postos de comando, durante as gestões de Raimundo Colombo (PSD), Eduardo Pinho Moreira (MDB) e Carlos Moisés da Silva (REPUBLICANOS).
ÚLTIMO ATO
Cientes das tratativas com a principal força de oposição, e na tentativa derradeira de uma reaproximação, interlocutores da administração municipal teriam sondado lideranças do PL sobre a possibilidade de uma retomada. As respostas foram claras e concisas: “neste momento, não”.