O prefeito Eloi Mariano Rocha (PSD), de Tijucas, vive seus dias finais no comando do Executivo municipal. O mandatário encerra, dia 31, o período de oito anos no mais relevante cargo do município.
Na agenda do último mês estão as visitas diárias nas obras em andamento. Nesta quarta-feira (4), a propósito, Mariano Rocha vistoriou canteiros no interior da Capital do Vale, nos bairros Timbé e Oliveira.
O programa LINHA DE FRENTE desta quinta-feira (5), exibido em todas as plataformas do VipSocial e apresentado pelo colunista, recebe justamente o prefeito tijuquense, ao vivo, a partir das 19h30.
Na pauta da entrevista estão o rescaldo das eleições e a participação do mandatário na vitória de Maickon Campos Sgrott (PP), a transição de governo, os planos para o futuro e a avalição final do governo. Não perca!
O prefeito eleito Maxiliano de Oliveira (PL), de Nova Trento, saboreou, há quase dois meses, o gosto da vitória nas eleições municipais, quatro anos após amargar uma derrota para o mesmo adversário de 2024, o prefeito Tiago Dalsasso (MDB).
Em entrevista ao programa LINHA DE FRENTE, quinta-feira passada (28), Max revelou que, apesar das dificuldades que o pleito apresentava, confiava no êxito do grupo, inclusive com diferença superior aos 216 votos que separaram os vencedores dos derrotados.
“Eu tinha certeza que seria difícil. Em algumas circunstâncias não tínhamos escolhas, tínhamos que enfrentar a campanha. O sonho e a segurança de que a gente ia ganhar a eleição nunca saíram do nosso coração. Tínhamos plena consciência e convicção que tínhamos chances, mas não imaginávamos que a margem seria tão justa”, pontuou.
A virada de chave, na avaliação do próximo mandatário neotrentino, foi o evento promovido uma semana antes das eleições.
“Quando fizemos nossa carreata, acho que foi o grande boom da campanha. Foram em torno de mil carros na carreata, um movimento de famílias, crianças, mulheres, um envolvimento muito grande sem bagunças e bebedeiras. Era um sentimento de que a vitória estava muito próxima”, explicou.
PRIORIDADE
Oliveira contou ainda que, ao assumir o governo neotrentino, pretende dar prioridade para melhorar a Saúde, pasta que comandou durante quase oito anos, na gestão de Gian Francesco Voltolini (PP), entre 2013 e 2020.
“Prioridade um é a Saúde. Precisamos recompor, reestruturar e reorganizar. A estrutura física está aí, os equipamentos estão aí e temos profissionais. Mas é como um xadrez. Colocar cada peça no lugar certo do tabuleiro e recomeçar o jogo. Precisamos reorganizar todos os processos”, justificou.
O experiente vereador reeleito de Canelinha, Eloir João Reis (PSD), o Lico, não digeriu bem o tratado de divisão da presidência do Legislativo arquitetado por cinco parlamentares eleitos na base governista, da qual também fazia parte. Pelo contrário.
Ao ouvir a proposta e descobrir que não seria contemplado no projeto, dias atrás, o ex-prefeito e ex-vice-prefeito – conhecido pelo perfil moderado -, elevou o tom com os correligionários. Reis argumentava que sua “história política” tinha que ser “respeitada” e que, por isso, deveria presidir a Casa do Povo por pelo menos um ano.
O grupo, que já somava o número de votos necessários para a vitória na eleição interna, não desistiu da ideia e manteve o acordo. Alguns, inclusive, lembraram o atual presidente do parlamento canelinhense que, no passado, apoiaram seus projetos políticos, com trabalhos, votos e até aportes financeiros para as campanhas.
CONTRA-ATAQUE
Especula-se que, desde a fatídica reunião, Lico estaria buscando apoio na trincheira oposicionista da próxima legislatura. Com os três votos da ala somados ao próprio sufrágio, o ex-prefeito dependeria apenas de um dissidente da aliança governista para alcançar novamente o posto.
As primeiras sondagens, a propósito, já teriam acontecido, mas as respostas, segundo apurado pelo Blog, foram negativas.
O slogan “Mudar Faz Bem”, que contribuiu com a vitória do prefeito Eloi Mariano Rocha (PSD), de Tijucas, em 2016, foi importante para eleger outro mandatário, oito anos após a campanha cola-branca na Capital do Vale.
Eleito no início de outubro, o próximo prefeito de Major Gercino, Rodrigo dos Santos (PP), adotou a frase em sua campanha eleitoral, após a indicação de um amigo tijuquense, e também teve êxito. Em entrevista ao programa LINHA DE FRENTE, nesta quinta-feira (21), o progressista revelou a inspiração.
“Um amigo, o Elieo Hamilton Ventura, de Tijucas, me deu essa ideia e disse que caíria muito bem em Major Gercino. Disse ao meu vice-prefeito que tinha esse slogan. Todos gostaram, inclusive nosso coordenador de campanha. E automaticamente pegou. Deu certo, realmente funcionou”, contou o prefeito eleito.
TRANSIÇÃO
Quem não concordou e não tem colaborado com a mudança, a propósito, é o prefeito Valmor Pedro Kammers (UNIÃO), o Valmor do Pita. Santos, seu sucessor, reclamou publicamente da postura do mandatário que, supostamente, não estaria disposto a facilitar o processo de transição.
“O prefeito entendeu, de repente, que não havia necessidade [da transição]. Vendo isto e sabendo que a transição é um processo complicado, devido ao nosso debate acalorado, decidi fazer um requerimento pedindo informações convenientes e que eu preciso para dar andamento aos trabalhos no nosso município”, pontuou.
Embora represente a bancada de oposição, que será minoria na legislatura vindoura, a experiente vereadora eleita Lourdes Matias (NOVO), a Lurdinha, pode ser a fiel da balança na eleição para a presidência da Câmara.
Com sete dos nove parlamentares, os vereadores vitoriosos no grupo governista, do prefeito eleito Alexandre da Silva (PSD), não teriam qualquer dificuldade em garantir a indicação do presidente, caso não houvesse qualquer dissidência. Mas houve.
O Blog apurou que Cláudio Rogério Espíndula (PP), o Claudinho, vereador mais votado no pleito proporcional, é o favorito para o cargo, mas não por unanimidade, já que Leandro José dos Santos (PSD), o LeandroGarcia, tem a mesma pretensão.
Tanto Espíndula, quanto Santos, a propósito, teriam procurado a ex-vice-prefeita – que cumprirá seu terceiro mandato no parlamento bombinense -, em busca de um voto fora da bola situacionista, que os deixariam mais próximos da vitória.
As propostas, porém, foram prontamente recusadas e, segundo apurado pelo Blog, a parlamentar novista, eleita no grupo da advogada Jadna Matias da Silva (NOVO), deve adotar uma postura de oposição e independente. A conferir.
O prefeito eleito Alexandre da Silva (PSD), de Bombinhas, em momento algum duvidou que venceria as eleições municipais neste ano. A certeza era sustentada por números de frequentes pesquisas de intenção de votos, todas com margens amplamente favoráveis ao projeto.
Entre os quatro grupos envolvidos no pleito, Silva e o candidato a vice-prefeito, José Antônio “Tonho” Olímpio (PODE), apareciam, a cada novo levantamento, com condições claras de vitória – o que se confirmou no último dia 6 de outubro.
“Sempre respeitei os três candidatos ali colocados, mas sempre tive a certeza [da vitória]. Fiz muitas visitas e diariamente estou em contato com nossa população. Então tinha certeza que a população queria isso. Meu nome sempre esteve muito alto nas pesquisas. Tinha certeza que a população queria o Alexandre e o Tonho”, revelou Silva, em entrevista ao programa LINHA DE FRENTE, ontem (24).
CARA PRÓPRIA
Embora represente a continuidade de uma administração de 12 anos, entre as gestões da hoje deputada estadual Ana Paula “Paulinha” da Silva (PODE) e do prefeito PauloHenrique“Paulinho” Dalago Muller (PSD), o futuro mandatário garante que pretende governar a seu modo.
Entretanto, pondera que o apoio das duas principais lideranças do grupo será importante para a sequência dos projetos e o desenvolvimento do município.
“Quem estará como CPF, a partir de janeiro, é o Alexandre. O governo é meu e do Tonho. Mas, quem faz sozinho? Como eu não vou aproveitar a experiência e o trabalho deles? Precisamos dessa parceria pra buscar recursos. Mas o governo é do Alexandre e do Tonho”, pontuou.
Após mais de 30 anos de vida pública, o vereador reeleito por Canelinha e presidente do Legislativo municipal, Eloir João Reis (PSD), o popular Lico, já sabe a data em que encerrará a trajetória política: 31 de dezembro de 2028.
O ex-prefeito concorreu a cargos eletivos em oito das últimas nove eleições, ausentando-se das urnas somente em 2008, ano em que concluiu o período no comando do Executivo canelinhense e decidiu não tentar a reeleição.
Na carreira, Lico acumula cinco candidaturas ao Legislativo, com sucesso em três delas. Já nas disputas majoritárias foram duas tentativas como prefeito, com retrospecto de uma vitória e uma derrota, além de um êxito como candidato a vice-prefeito de Antônio da Silva (PP), em 2012.
Dias atrás, na primeira sessão ordinária de Câmara de Vereadores após as eleições de 2024, o presidente comunicou a decisão. “Terei uma pessoa pra me substituir daqui quatro anos. Sei o momento de parar”, revelou Lico nos microfones do plenário.
O deputado estadual Emerson Stein (MDB), de Porto Belo, não conteve a emoção após a apuração dos votos e confirmação da vitória expressiva do prefeito reeleito Joel Orlando Lucinda (MDB), no último domingo (6).
Stein, antecessor de Lucinda na prefeitura portobelense, classificou o resultado como uma “vitória do respeito e do trabalho”, e afirmou que o município “continuará no caminho certo”.
“Agradeço ao nosso povo por mais este lindo momento. Porto Belo continuará no caminho certo. Uma vitória do respeito, da união, da humildade, da gratidão e, principalmente, do trabalho”, escreveu o parlamentar.
O new fact da política tijuquense envolve a secretária de Assistência Social, Bianca Bibiani Machado, que apareceu ontem à noite nas fotos com os candidatos do PL na disputa da prefeitura. As imagens foram, inclusive, publicadas nas redes sociais do marido da gestora, o policial militar Vinícius Ribeiro.
Fontes do Blog informam que a adesão de Bianca ao projeto de Thiago Peixoto dos Anjos (PL) e Fernando Fagundes (PL) se deu em decorrência de uma conversa entre a secretária e o candidato governista no pleito, vereador Maickon Campos Sgrott (PP). Ela queria garantias de que fosse ser mantida no posto em caso de vitória do progressista nas eleições, o que, obviamente, não teve.
A comandante da pasta de Assistência Social integra, agora, o grupo de dissidentes do governo que apoiam a proposta liberalista em Tijucas. Antes dela, o vice-prefeito Sérgio “Coisa Querida” Cardoso (PSD) e o vereador Claudemir “Bigodinho” Correia (PSD) haviam feito o mesmo movimento.
Personagem central de quatro dos últimos cinco pleitos municipais, o PT, em Tijucas, segue longe de ser protagonista no processo pré-eleitoral. Nem mesmo a recente mudança na regência local, feita em uma articulação da cúpula estadual, promoveu resultados práticos para a legenda.
Um dos motivos, apontam os especialistas, seria o afastamento da “velha guarda” petista. O Blog apurou que parte dos filiados mais antigos decidiram deixar a legenda por não concordarem com a “interferência” do presidente estadual do PT e presidente nacional do Sebrae, Décio Lima.
Lideranças que estiveram afastadas nos últimos anos e que pretendiam retornar ao movimento, sobretudo por conta da oxigenação provocada pela eleição de Luiz Inácio Lula da Silva, em 2022, decidiram permanecer distantes. Uns, aliás, aguardam pela eleição do diretório municipal, prevista para janeiro do ano que vem.
“Não aceitamos conversar com terceirizados. São pessoas que se filiaram em outubro de 2023”, confessou um destes personagens – ativo nos movimentos petistas há décadas -, em atenção ao Blog, sob condição de anonimato.
DESGASTES
Há, ainda, dificuldade do partido em compor com qualquer outro grupo político já estabelecido na Capital do Vale. A acirrada rivalidade em nível nacional, por exemplo, é um dos motivos para a rejeição dos demais movimentos.
Na prática, há um entendimento nos bastidores de que quem abraçar o PT, mesmo se aproximando do Governo Federal, teria dificuldades em explicar a aliança ao eleitorado tijuquense e, por consequência, sofreria prejuízos no processo.