A posse da técnica em enfermagem Adenilza Iolanda Ramos (PDT), na Câmara de Vereadores de Tijucas, dias atrás, foi histórica. Afinal, “Dedê”, como ficou conhecida, passa a ser a primeira – e única, até hoje -, mulher negra a ocupar uma cadeira do Legislativo municipal.
A vereadora permanecerá no cargo por 30 dias, durante a licença do titular, Cláudio Eduardo de Souza (PDT). Em sua posse, Adenilza reforçou a importância da representatividade. “Quando olho para trás, vejo o legado de mulheres inspiradoras, como minha mãe. Hoje, como primeira mulher negra a assumir uma cadeira nesta Casa, vejo que finalmente seremos representadas, ainda que tenha demorado 76 anos para que este momento chegasse”, pontuou.
O Poder Legislativo de Tijucas, instituído em 1948, teve apenas outros dois vereadores negros. O primeiro foi Luiz Antonio da Silva, conhecido como “Luiz da Farmácia”, em 1983. Somente em 2023, após 40 anos, o segundo, Édson Ferreira de Lima, o “Edinho do Casarão”, assumiu uma cadeira no parlamento municipal, mas, este, por 30 dias.
Recém-empossado deputado estadual, o ex-prefeito de São João Batista, Daniel Netto Cândido (PODE), não consegue conter a felicidade de, enfim, ocupar o lugar com que sempre sonhou. Aliás, o batistense nunca escondeu, nem mesmo no período em que governou a Capital Catarinense do Calçado, que planejava estar, um dia, entre os 40 membros do parlamento catarinense.
Tanto que, por ora, ele garante que o foco está em aproveitar ao máximo a oportunidade concedida pelo colega de legenda Camilo Martins (PODE). Entretanto, mesmo que de forma comedida, não descarta uma nova candidatura à chefia do Executivo municipal nas eleições deste ano.
Em entrevista ao programa LINHA DE FRENTE, apresentado pelo colunista na TV Vip, o mais novo parlamentar catarinense afirmou, ontem, que gostaria de seguir como deputado, mas, se necessário fosse, retornaria à cidade natal para concorrer novamente à cadeira de prefeito.
“Amei ser prefeito de São João Batista. Eu quero ser deputado. Estou deputado por 30 dias, mas, se eu tiver que voltar a ser prefeito, para me dedicar e fazer melhor do que eu fiz em oito anos, com certeza não me furtaria”, disse.
CHANCE MÍNIMA
Os mais otimistas, inclusive, aguardavam ansiosamente pela chegada de abril e, com ele, a definição da eventual candidatura do deputado estadual Lucas Neves (PODE) à prefeitura de Lages. O fato poderia, na análise dos apoiadores de Cândido, abrir espaço para que o batistense assumisse novamente o cargo e, em caso de vitória do correligionário no pleito municipal, herdasse definitivamente na cadeira.
Entretanto, a expectativa não deve se confirmar. A legislação permite que um membro do Poder Legislativo concorra ao Executivo sem que precise renunciar, nem mesmo se licenciar da função.
Mas, além disso, o ex-mandatário batistense acredita que o colega dificilmente deixaria a Alesc. “Ele representa não somente Lages, mas toda a região. Certamente tem compromissos com essas cidades, se adaptou muito bem ao parlamento e não abriria mão disso”, explica.
ABERTO AO DIÁLOGO
Caso a pré-candidatura ao cargo máximo de São João Batista se confirme, Daniel Cândido consideraria uma conjuntura inédita, até mesmo com adversários de outras eleições. Durante a entrevista, o ex-prefeito e deputado estadual revelou, inclusive, que já conversou com lideranças de partidos rivais, como o presidente do PP batistense, ex-vereador Fábio Norberto Sturmer, e com antigos desafetos, a exemplo do empresário Felipe Lemos, presidente municipal do PL.
“É bom pra cidade? É um projeto pessoal ou um projeto cidade? Se for projeto cidade, sento com todos. Não tem problema nenhum”, garantiu.
O ex-prefeito de São João Batista e suplente de deputado estadual Daniel Netto Cândido (PODE) saboreia o momento que mais aguardou desde as eleições gerais de 2022: a convocação da Alesc para assumir uma cadeira no parlamento catarinense. O pedido de licença do titular Camilo Martins (PODE) foi publicado ontem à noite, e abriu espaço para o batistense.
A posse de Cândido, aliás, já está agendada e deve ser oficializada no dia 7 de fevereiro, no plenário, no retorno das sessões do Legislativo. Entretanto, o ex-mandatário batistense pode assumir a vaga na próxima segunda-feira (29).
O ex-prefeito Juliano Duarte Campos, de Governador Celso Ramos, assinará, logo mais, filiação ao PSD. A adesão, aliás, ocorre em evento promovido pela legenda, em um pub do município.
Duarte Campos e PSD são velhos conhecidos. Afinal, o ex-mandatário gancheiro foi reeleito em 2016 justamente com o número 55 nas urnas. Ao Blog, o mais novo peessedista da região afirmou que está, agora, à disposição do partido.
Embora esteja cotado para disputar a cadeira de prefeito, ocupada por ele entre 2013 e 2020, o ex-chefe do Executivo não confirma a candidatura. “O projeto de futuro a Deus pertence. Meu nome esta à disposição. Prefeito, vereador, governador, vice-governador ou nada, se o partido assim entender”, explicou.
A iniciativa de oportunizar que os colegas suplentes ocupem, por até 30 dias, uma cadeira na Câmara de Vereadores de Tijucas, encabeçada por Maickon Campos Sgrott (PP), produziu um fato histórico nesta semana, após nova mudança nos quadros do Legislativo.
Sgrott optou por se manter licenciado do cargo – ocupado no mês de outubro por Fernanda Estela Rocha -, e garantir a posse do também suplente Édson Ferreira de Lima, conhecido como “Édinho do Casarão”, durante o penúltimo mês de 2023.
Édinho, a propósito, será o primeiro negro a servir à comunidade tijuquense como vereador nas últimas quatro décadas. O último havia sido Luiz Antônio da Silva, o “Luiz da Farmácia”, eleito em 1982, pelo MDB.
O ex-prefeito de São João Batista e suplente de deputado estadual Daniel Netto Cândido (PODE) conta os dias para o fim do prazo de desincompatibilizações. Não porque pretenda deixar a assessoria da bancada do PODEMOS na Assembleia Legislativa para concorrer a qualquer cargo nas eleições municipais, mas porque um dos titulares do partido no parlamento catarinense, o deputado estadual Lucas Neves (PODE), deve deixar o posto para disputar a prefeitura de Lages em 2024.
Com o afastamento, previsto para o início de abril próximo, o batistense herdaria automaticamente a vaga na Alesc por pelo menos seis meses.
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PLANOS
Daniel Cândido, ao contrário do que se especula, sequer considera se candidatar novamente à prefeitura de São João Batista – onde esteve por oito anos, entre 2013 e 2020. Ele quer estadualizar cada vez mais o nome para que em 2026, nas próximas eleições gerais, tenha maior sucesso no pleito estadual.
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ALTERNATIVA
A gente próxima, o ex-prefeito revela, ainda, que poderia concorrer a uma cadeira na Câmara Federal em 2026.
Cândido projeta uma disputa ainda mais acirrada na esfera local, com lideranças destacadas na região – a exemplo, especialmente, do prefeito de Canelinha, Diogo Francisco Alves Maciel (PL) -, e, para não dividir o eleitorado, entende que, caso seja bem-sucedido na passagem pela Alesc, adquira condições para pleitear uma vaga no Congresso Nacional.
O vereador Maickon Campos Sgrott (PP), de Tijucas, segue o projeto de dividir a vereança com colegas de partido, cedendo a cadeira no parlamento municipal por um mês, permitindo que os suplentes colaborem e participem da legislatura.
Desta vez, quem assumirá a função será Fernanda Estela Rocha (PP). Com a posse, realizada na noite desta segunda-feira (02), o Poder Legislativo tijuquense contará, mais uma vez, com duas representantes femininas.
Antes de Fernanda, já haviam assumido o exercício do cargo, no sistema de rodízio implementado por Sgrott, os suplentes Júlio Bucoski, Leonel João David, Tânia Roncálio e Rogério Freitas. “No PP, os suplentes tem vez e podem ajudar apresentando suas demandas para a melhoria da nossa cidade”, frisou o agora vereador licenciado.
O sistema de rodízio implementado pelo vereador Maickon Campos Sgrott (PP), de Tijucas, permitiu que o suplente Rogério Freitas (PP) assumisse, ontem (3), a cadeira no Poder Legislativo municipal. Esta é a quarta vez que o ex-presidente da Câmara se licencia da função, permitindo a participação de correligionário na legislatura.
A intenção de Sgrott é permitir que os colegas apresentem suas propostas e ideias. Além de Freitas, Júlio Bucoski, Leonel João David e Tânia Roncálio já participaram do sistema, todos por um mês. A expectativa é de que, ao término do mandato, oito suplentes tenham a chance de representar seus eleitores na Câmara.
Com a iniciativa, Sgrott abdica do cargo e, evidentemente, dos vencimentos de vereador. Ao assumir a função, Rogério de Freitas classificou o ato do colega como uma “demonstração de união, parceria e liderança”.
As chances do ex-prefeito de Governador Celso Ramos, Juliano Duarte Campos (PSB), na esperança de garantir uma cadeira na Assembleia Legislativa, aumentaram. Semana passada, o procurador-geral da República, Augusto Aras, apresentou ao STF (Supremo Tribunal Federal) pedido de revisão na regra da distribuição de vagas nas eleições proporcionais. Ele deu parecer favorável a três ADIs (Ações Diretas de Inconstitucionalidade), em tramitação no STF, que contestam um trecho da reforma eleitoral, realizada em 2021 pelo Congresso.
Caso os argumentos sejam aceitos, o gancheiro poderia herdar o posto inicialmente atribuído a Rodrigo Minotto (PDT).
Na apuração nominal, Duarte Campos somou 18.816 votos e Minotto fez 28.685. Entretanto, na contagem final, incorporados os votos na legenda, o PSB supera o PDT: 92.851 contra 82.141. E seria esse total partidário, acima do quociente eleitoral, que, segundo a proposta, garantiria o ingresso na Alesc.
O prazo, entretanto, seria um entrave. O caso está nas mãos do ministro Ricardo Lewandowski, que vai se aposentar compulsoriamente do STF em 11 de maio.
As rusgas entre o governador Carlos Moisés da Silva (PODE) e o ex-prefeito de Jaraguá do Sul e deputado estadual eleito Antídio Lunelli (MDB) nunca caíram tão bem para uma região quanto para a Costa Esmeralda, que pode iniciar 2023 com mais uma cadeira na Assembleia Legislativa.
Foi por conta do “chute” de Moisés no jaraguaense e a escolha de Udo Döhler (MDB) para a composição da chapa governista que Lunelli e Jorginho Mello (PL) se irmanaram no pleito. Da relação, cada vez mais estreita, teria iniciado uma negociação para que, se eleito governador, o senador pudesse contar com o ex-prefeito de Jaraguá do Sul no comando da Infraestrutura estadual. E, com a possível nomeação, abrir-se-ia espaço para o primeiro suplente do MDB na Alesc: o ex-prefeito de Porto Belo, Emerson Stein.
As bases já foram ajustadas nos bastidores e, de acordo com fontes precisas do Blog, a manobra apenas não se confirmaria caso Mello fosse derrotado por Décio Lima (PT) no segundo turno da eleição estadual — possibilidade que, para os envolvidos na aliança, é quase inexistente.