quinta-feira, 21 de novembro de 2024 VALE DO RIO TIJUCAS E COSTA ESMERALDA

Caminho livre

Postado em 26 de julho de 2023
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Foto: Luan Lucas

Se nada mudar nos próximos dias, o vice-prefeito Almir Peixer (MDB), de São João Batista, deve ser absolvido do processo de quebra de decoro pela Câmara Municipal. A votação, em sessão especial, foi agendada para a próxima segunda-feira (31).

Fontes precisas do Blog garantem que a maior parte da bancada de oposição decidiu votar pela absolvição. Para que o adjunto batistense perca o mandato, dois terços do parlamento precisam optar pela cassação.

Internamente, os oposicionistas do governo avaliam que a pena seria muito dura para um ato isolado e sem graves consequências para o município. Eles ponderam, no entanto, que caso houvesse uma punição intermediária, como o pagamento de uma multa, por exemplo, optariam por ela.

ARQUIVAMENTO

A denúncia protocolada pelo vereador Teodoro Marcelo Adão (MDB) junto ao MP-SC (Ministério Público de Santa Catarina) foi arquivada nesta semana. O promotor de justiça Márcio Vieira analisou as informações e justificativas coletadas, e decidiu pelo indeferimento.

De acordo com os autos, não foram encontrados elementos que justificassem a apuração de atos de improbidade administrativa. Portanto, segundo Vieira, não existem indícios de irregularidades provocadas pelo vice-prefeito.

Explicações

Postado em 16 de maio de 2023
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Foto: Luan Lucas

O prefeito em exercício de São João Batista, Almir “Déi” Peixer (MDB), garante que não tem qualquer envolvimento com o caso dos empresários, no interior de seu gabinete, segurando maços de dinheiro em fotos viralizadas há algumas semanas.

Déi explicou ao Blog, nesta manhã (16), que havia combinado de almoçar com o grupo. Enquanto ele assinava alguns documentos da administração, os convidados, sem seu consentimento, fizeram os registros e enviaram em grupos de conversa online.

“O que estava com o dinheiro, ficou uns três ou quatro minutos dentro do gabinete. Quando assinei os documentos, levantei e fomos embora. Mas eles fizeram a brincadeira, que não tem cabimento e que não podia fazer. Eles sabem que fizeram uma loucura e estão me defendendo”, contou com exclusividade.

Peixer ainda justificou que não seria possível revistar quem entra em sua sala. “Pode entrar qualquer um com dinheiro, um revólver, qualquer coisa”, ponderou.

Cassação

O assunto do momento na política batistense é a possível cassação de Almir Peixer, que vem sendo discutida entre os vereadores. Na sessão ordinária de ontem (15), o prefeito em exercício prestou esclarecimento aos parlamentares.

Perguntado sobre a possibilidade de perder o cargo, Déi afirmou: “Eu expliquei a verdade, nenhuma linha fora. Eu nunca menti ou inventei. Falei o que aconteceu. Não tenho medo, mas seria cassado irregularmente”.

Na barca

Postado em 14 de março de 2023
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Foto: Redes Sociais

O projeto do PL de São João Batista teve mais uma comemorada adesão, ontem. Nas redes sociais, o presidente da legenda no município, empresário Estevan Nascimento, celebrou a filiação da pastora Fernanda Adorne.

Nascimento e Fernanda se enfrentaram no pleito majoritário de 2020. Ele já representava o PL, e ela estava no PSC. A líder religiosa, inclusive, conquistou 892 votos, praticamente o dobro da votação do liberalista.

A filiação foi tratada pelos líderes do PL batistense como um “reforço”. Na mesma publicação, o presidente municipal do partido garantiu que, nos próximos dias, mais “nomes de peso” serão anunciados.

Urnas e represálias

Postado em 31 de outubro de 2022
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Que o Vale do Rio Tijucas deu vitória incontestável ao presidente Jair Bolsonaro (PL) no segundo turno da eleição presidencial, não é surpresa. Afinal, foram 31.020 votos de vantagem sobre o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na região. Somadas as totalizações nos cinco municípios, chega-se a 46.321 para o candidato à reeleição contra 15.301 do concorrente eleito. Portanto, provas mais que suficientes da inclinação consistente do eleitorado regional ao movimento do atual chefe da Nação.

Daí, e a partir do resultado do pleito, surgem as revinditas. Uma lista de empresários e comerciantes locais que possivelmente teriam manifestado algum tipo de apoio a Lula passou a circular nos grupos de conversação online para que a população do Vale tomasse ciência, na visão dos autores, de onde e de quem não comprar. Pois, então?!

CANCELAMENTO

Mesmo fora da política, o ex-vereador Abel Grimm, de Canelinha, que já foi filiado ao PT, tem sido um dos alvos do cancelamento de bolsonaristas na região. Uma mensagem de áudio em que ele critica a manifestação de caminhoneiros na BR-101 com frases como “sem-vergonhas, que levaram pau e estão todos quebrados” vem sendo disseminada nas redes juntamente com uma foto da fachada da loja de materiais para construção que o ex-parlamentar canelinhense administra em São João Batista.

Não se tem certeza, no entanto, que a declaração de Grimm tenha a ver com o resultado da eleição. Na mesma gravação, ele faz referência ao preço do litro do diesel e a um possível aumento do combustível em razão das paralisações.

Infidelidade

Postado em 6 de outubro de 2022
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O prefeito de Tijucas, Eloi Mariano Rocha (PSD), coordenador da campanha de reeleição do governador Carlos Moisés da Silva (REPUBLICANOS) na região, não ficou nada contente com o resultado do pleito no município que administra. Nesta semana, segundo fontes do Blog, ele reuniu os comissionados da prefeitura e fez questão de manifestar essa insatisfação.

Durante o encontro, Mariano Rocha teria falado sobre “traição” e intimado os comandados infiéis a se apresentarem e pedirem para deixar os cargos que ocupam antes que ele mesmo tomasse as medidas necessárias.

Peça prioritária do envolvimento do prefeito na eleição estadual, Moisés somou apenas 3.898 votos na Capital do Vale. O governador ficou atrás de Gean Loureiro (UNIÃO), que fez 4.443, e sequer alcançou a metade da votação do primeiro colocado, Jorginho Mello (PL), com 8.930. Pois, então?!

Causa regional

Postado em 5 de outubro de 2022
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Embora os cinco prefeitos do Vale do Rio Tijucas estivessem imbuídos na reeleição do governador Carlos Moisés da Silva (REPUBLICANOS) — com o mandatário tijuquense Eloi Mariano Rocha (PSD) na coordenação regional de campanha —, apenas dois conseguiram, de fato, que o chefe do Executivo estadual fosse o mais votado nos municípios que administram.

Os louros ficam nas contas dos prefeitos de Canelinha, Diogo Francisco Alves Maciel (REPUBLICANOS), e de Major Gercino, Valmor “Pita” Pedro Kammers (REPUBLICANOS), casualmente – ou não – os únicos que se transferiram para o mesmo partido de Moisés na janela de março.

Nos outros três colégios eleitorais, o governador foi superado facilmente, e com grande diferença de votos, por Jorginho Mello (PL). No maior, Tijucas, ele, aliás, ficou atrás, também, de Gean Loureiro (UNIÃO). A maior distância para o primeiro colocado, entretanto, foi registrada em Nova Trento, com espaço de quase 40 pontos percentuais.

Segundo turno local

Postado em 5 de outubro de 2022
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As disputas locais que afastaram a deputada estadual Ana Paula da Silva (PODE) e o ex-prefeito de Porto Belo, Emerson Stein (MDB), que eram muito próximos, ganharam novos contornos no fim das eleições, domingo (2). Na festa da vitória, o prefeito de Bombinhas e companheiro da parlamentar reeleita, Paulo Henrique Dalago Müller (UNIÃO), disse que seu “maior orgulho foi ver o ex-prefeito de Porto Belo derrotado na eleição”. Não tardou para que a declaração, gravada em vídeo, fosse amplamente disseminada nos grupos de conversação online da região e se transformasse em assunto principal das rodas sociais e balcões de botequim.

Stein, por sua vez, manteve-se resiliente. Não respondeu à polêmica e chegou a dizer, em entrevistas pós-eleição, que torcia pelo sucesso de Paulinha no mandato renovado e que sua intenção, com a candidatura ao parlamento, era a de aumentar a representatividade da região na Assembleia.

A coordenação de campanha do ex-mandatário portobelense, no entanto, não se conteve. Fez questão de enaltecer a votação do candidato na regional litorânea e retrucar que, entre Bombinhas e Tijucas, na concorrência íntima com a deputada estadual, ele saiu vencedor com diferença considerável. Somados os resultados nos quatro municípios, foram 15.554 votos para Stein e 10.538 para Paulinha.

Dever de casa

Postado em 3 de outubro de 2022
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Quem não decepcionou, aliás, foi a deputada estadual reeleita Ana Paula da Silva (PODE), de Bombinhas, que garantiu a oitava posição geral na corrida ao parlamento catarinense com 58.694 votos e se manteve como representante única, genuína e residente da região do Vale do Rio Tijucas e Costa Esmeralda no Legislativo barriga-verde.

Embora os apoiadores de Paulinha conjeturassem uma votação extraordinária, próxima dos 100 mil, ela, ainda assim, superou a marca de 2018 em mais de 7 mil votos e liderou com sobras a lista de postulantes do PODEMOS à Assembleia. As exceções, mais uma vez, vieram da “avalanche bolsonarista” no Estado, com as eleições de nada menos que 11 deputados estaduais do PL.

Um revés, entretanto, ficou na performance da parlamentar como cabo eleitoral. Durante toda a campanha, ela tentou emplacar a reeleição do governador Carlos Moisés da Silva (REPUBLICANOS), que sequer alcançou o segundo turno. Fato que, a propósito, considerado o fraco desempenho do chefe do Executivo estadual, pode ter, inclusive, refletido negativamente na colheita pessoal da ex-prefeita de Bombinhas nestas eleições.

Por um triz

Postado em 3 de outubro de 2022
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Faltou pouco para que o Vale do Rio Tijucas emplacasse, depois de três décadas, um representante genuíno, residente, na Assembleia Legislativa. O ex-prefeito de São João Batista e ex-secretário adjunto de Estado, Daniel Netto Cândido, chegou à marca dos 20.110 votos; e viu o correligionário Lucas Neves ser eleito na terceira vaga do PODEMOS com 23.053.

Inegavelmente, pesaram nessa conta as acusações que o prefeito Pedro Alfredo Ramos (MDB) decidiu fazer ao antecessor nas últimas semanas e o recente apelo público do empresário Laudir “Alemão” Kammer para que o eleitor batistense, “por favor”, não votasse no desafeto. O estrago foi grande.

Mesmo os opositores presumiam que Cândido alcançasse no município que governou por dois mandatos consecutivos um mínimo de 8 mil votos. Mas não chegou aos 5 mil em casa. Votação, evidentemente, muito abaixo da expectativa de quem deixou a prefeitura com níveis de aprovação popular jamais computados na história da Capital Catarinense do Calçado. Pois, então?!

Reprovação prenunciada

Postado em 2 de maio de 2022
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A ex-vereadora Rúbia Alice Tamanini Duarte — que deixou o comando da Secretaria Municipal de Assistência Social de São João Batista no início de janeiro e recebeu, sexta-feira (29), chamado do governo estadual para ocupar a secretaria adjunta de Estado do Desenvolvimento Social — não deve contar com o aval da Câmara Municipal para se afastar das funções de professora na Capital Catarinense do Calçado. A apreciação do parlamento foi marcada para hoje, e, na boca de urna, conjetura-se que ela não teria os votos necessários para ganhar a causa.

Sequer a bancada situacionista, sobretudo os vereadores do MDB, devem aprovar consonantemente a cessão da batistense para o Estado. Pesa contra ela o imbróglio, ainda velado, mas com capítulos cada vez mais sintomáticos, entre o prefeito Pedro Alfredo “Pedroca” Ramos (MDB) e seu antecessor, Daniel Netto Cândido (PODE), que fez a indicação da professora para o cargo que ocupou até mês passado no governo estadual.

ALTERNATIVA

Segundo consultoria jurídica do Blog, Rúbia não precisaria passar pelo crivo da vereança. Bastava pedir licença não remunerada ao prefeito em exercício Almir “Déi do Gás” Peixer (PSD) — com quem tem excelente relação — e aceitar a nomeação do governador Carlos Moisés da Silva (REPUBLICANOS) para a secretaria adjunta de Estado.

Mas, mesmo que a cessão seja reprovada na Câmara, ela teria, ainda, tempo para recorrer a esta opção.

BASTIDORES

Aos seus, intimamente, a ex-vereadora viria garantindo que seja qual for o resultado da votação no Legislativo batistense, vai aceitar o convite do governo estadual. Nos bastidores, especula-se que ela esteja apenas observando atitudes e posturas de aliados e oposicionistas para compreender a cena política do município e decidir que caminho tomar no futuro.

A exemplo de 2020, quando abriu mão de uma candidatura para contemplar o grupo que integrava, Rúbia se mantém na lista de cotações para a disputa da prefeitura nas próximas eleições da Capital Catarinense do Calçado.

DOIS PESOS

Caso semelhante passou pela Casa no ano passado, quando o Executivo pediu a cessão de outros dois servidores ao governo estadual, dentre os quais Rildo Vargas, tradicional correligionário do grupo governista. Na ocasião foram apenas três votos contrários — todos da bancada do PP — sob a justificativa de que não haveria fundamento legal para a transferência. Os demais vereadores, sem exceção, foram favoráveis.

Desta vez, a expectativa diz respeito à eventual mudança dos votos situacionistas e as motivações, alegações e satisfações a partir daí.