segunda-feira, 16 de setembro de 2024 VALE DO RIO TIJUCAS E COSTA ESMERALDA

PT por perto

Postado em 2 de outubro de 2023
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Foto: Divulgação

O burburinho das últimas semanas, nos bastidores da política de São João Batista, sobre uma possível entrada do Partido dos Trabalhadores na gestão de Pedro Alfredo Ramos (MDB), foi confirmado nesta segunda-feira (2), com o anúncio de mais uma mudança no alto escalão do governo.

Ângelo Zunino (PT), candidato vencido nas eleições de 2020, quando representou a legenda e somou apenas 163 votos, assume, a partir de hoje, a Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico, antes comandada por Wellington Jacó Messias.

Nas coxias da prefeitura, especula-se que o movimento do mandatário tem como objetivo aproximar o município do Governo Federal, sobretudo na captação de recursos para a recuperação da destruição deixada pela maior catástrofe climática da história da Capital Catarinense dos Calçados, há quase um ano.

Alfredo Ramos, inclusive, decidiu homenagear o presidente da República, Luís Inácio Lula da Silva (PT), com um quadro na parede de seu gabinete, visando, justamente, atrair os olhos do chefe máximo do país ao município catarinense. O Blog, com exclusividade, noticiou o caso em março deste ano, na nota “Na parede”.

Liberal 

Postado em 18 de setembro de 2023
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Foto: Luan Lucas

O empresário e pré-candidato a prefeito de Tijucas, Thiago Peixoto dos Anjos (PL), não teme uma concorrência interna no partido, para a definição do nome que representará a legenda do governador Jorginho Mello em 2024. 

As lideranças liberais já haviam sondado o vereador Fernando Fagundes (MDB) – que também vislumbra a candidatura em pleito majoritário -, e conta, ainda, com o empresário Sidney Machado (PL), que também se apresenta como uma opção. 

Peixoto dos Anjos, em entrevista ao programa LINHA DE FRENTE, quinta-feira passada, comparou o grupo a uma equipe de futebol. “Todo time grande tem dois, três jogadores bons. Não tenho egoísmo e sei que a política não é feita disso. Ela é feita de trabalho, de agregar, trabalhar junto para chegar ao ideal”, explicou. 

Conjuntura

O mais novo filiado do PL tijuquense garante, ainda, que gostaria de disputar as eleições tendo o parlamentar emedebista como colega de chapa. Entretanto, a ordem dependeria dos resultados de pesquisas de opinião popular. 

“É uma relação que não é de ontem. Não seria juntar duas peças diferentes. São dois caras que há 20 anos andam e trabalham juntos. A primeira pessoa que botou um adesivo dele fui eu. Pedi votos. Nós dois seria redondinho”, completou. 

Marcas do passado

Postado em 25 de agosto de 2023
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Foto: Luan Lucas

Passados mais de sete anos, o ex-vereador Antônio Zeferino Amorim, de Tijucas, ainda contesta os números de uma pesquisa, apresentada pelo grupo oposicionista da época, para indicar Eloi Mariano Rocha como candidato a prefeito em 2016.

Naquela feita, Tonho Polícia era apontado como o representante do movimento contrário ao então prefeito Valério Tomazi (MDB). Entretanto, os números do citado levantamento mudaram os planos. Para Amorim, eles não existiam.

“O professor Eloi é um camarada bom, fui vereador com ele muito tempo. Mas ele vinha de uma eleição que não fez nada de voto. E já na próxima eleição, aparece na pesquisa como mais votado. É algo que não condiz com a realidade”, explica.

O candidato a vice-prefeito de 2012 afirmou, ainda, ontem, no programa LINHA DE FRENTE, que “barões” do grupo não aceitavam sua candidatura. Teriam, inclusive, negado aportes financeiros, caso o ex-policial militar fosse o escolhido. “A pesquisa veio só para complementar”, conclui.

Emedebista?

Tonho Polícia garantiu, ainda, que, embora tenha votado em Elmis Mannrich na eleição de 2016, não se tornou emedebista. “Eu continuo sendo PDS, mas nessa turma que está aí não voto. Meu voto foi de protesto. Se o Elmis sair de novo, eu voto. Ou o Zé Bigonha, se fosse vivo, eu também votaria”, afirma.

No papel

Postado em 16 de agosto de 2023
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Foto: Divulgação

O ex-vereador, ex-secretário de Saúde e candidato vencido nas eleições municipais de 2020, Maxiliano de Oliveira (até então no PP), agora está filiado ao Partido Liberal de Nova Trento.

O anúncio foi feito hoje, logo após a assinatura da ficha de filiação, que contou com a ilustre presença do governador de Santa Catarina, Jorginho Mello (PL). O movimento, a propósito, coloca Max como o provável candidato do partido em 2024.

Ao confirmar a adesão, lideranças do PL neotrentino ainda comentaram sobre a hipótese de uma tríplice aliança com o PP e o PSDB – aliados há 15 anos na Terra de Santa Paulina.

ENTRETANTO…

Embora tenha participado da cerimônia de filiação, o chefe do Executivo catarinense e presidente estadual da legenda havia, há algumas semanas, determinado a continuidade do PL no governo de Tiago Dalsasso (MDB).

O pedido, inclusive, não foi bem digerido por lideranças locais do partido – o que pode ter provocado uma mudança de opinião do mandatário. Agora, os neotrentinos mais atentos à política aguardam ansiosamente pelas cenas dos próximos capítulos.

Vice suplementar

Postado em 31 de julho de 2023
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Foto: Luan Lucas

Mesmo que fosse, de certa forma, beneficiado e alçado ao cargo de vice-prefeito, por meio da eleição suplementar, o então vereador de Porto Belo, Ailto Neckel (PL), tentou convencer o – na época – adjunto portobelense, Elias Cabral (PL), a assumir a prefeitura, logo após a renúncia do titular e hoje deputado estadual, Emerson Stein (MDB)

Neckel revelou, em entrevista ao LINHA DE FRETE, quinta-feira passada, na TV Vip, que foi ao gabinete de Cabral e pediu para que não renunciasse à função. “Eu conversei. Insisti pra ele tocar o município. Mas ele queria seguir a vida como professor. É formado, tem doutorado e foi uma decisão dele. Respeitei”, contou o vice-prefeito.

O atual presidente do Partido Liberal no município explicou, ainda, que o nome de Elias Cabral estava sendo trabalhado pela legenda para a eleição de 2024 e seria, indubitavelmente, o candidato da legenda à prefeitura, para dar continuidade ao trabalho iniciado em 2022.

Passado e futuro

O adjunto portobelense explicou, ainda, que sequer imaginava que poderia ser candidato. Hoje, Neckel avalia que o prefeito Joel Orlando Lucinda (MDB) deve buscar a reeleição no ano que vem e gostaria, inclusive, de manter a chapa vencedora.

“Tem tudo para dar segmento. Não seria justo o prefeito Joel ficar só dois anos em um mandato e não ir à reeleição. Mas, sou tranquilo. Se o PL não for como vice, tranquilo. Só Deus sabe”, disse.

Longe das urnas

Postado em 19 de junho de 2023
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Foto: Luan Lucas

Os louros e a popularidade adquirida pelo trabalho realizado no comando da Polícia Militar no Vale do Rio Tijucas, tornaram o tenente-coronel Eder Jaciel de Souza Oliveira um prefeiturável, embora, o militar jamais tenha considerado publicamente a hipótese.

Apesar das constantes negativas, com a volta para a região, no ano passado, e a nomeação para o comando do 31º Batalhão de Polícia Militar – somando as cinco cidades do Vale à Costa Esmeralda -, o reconhecimento cresceu e atingiu níveis ainda mais elevados.

Mesmo assim, o sempre “Major Eder”, garante que não pensa em ser candidato a qualquer cargo eletivo. Os compromissos públicos, os acordos e tratativas que fazem parte da rotina dos políticos, não agradam o policial.

“Não me vejo indo no pagode pedir votos. Ou no sertanejo. Não me vejo indo no futebol de várzea dar camisetas pra pedir voto. É necessário saber fazer esse jogo. Eu não me vejo, não sou esse doce de coco e não tenho esses gostos populares”, explicou, em entrevista ao programa LINHA DE FRENTE, quinta-feira passada (15), na TV Vip.

Contribuição

Postado em 5 de outubro de 2022
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Foto: Divulgação

O empresário Sidney Machado, popular Ney da Tijusat, se vangloria da vitória acachapante do senador Jorginho Mello (PL) em Tijucas, na corrida ao governo. Diz que foi o único entre os cinco candidatos a prefeito nas eleições de 2020 que garantiu, desde o início, apoio ao predileto do presidente Jair Bolsonaro (PL) na concorrência estadual.

 

Ele, aliás, de fato, tem estado muito próximo do grupo de sustentação da campanha do candidato. É figura frequente nas reuniões de apoiadores em Nova Descoberta, na hospitalidade do presidente da Associação de Moradores do bairro, José Vicente de Souza e Silva, o Zezinho, onde Mello e o senador eleito Jorge Seif (PL-SC) já estiveram seguidas vezes.

 

Por conta do resultado local, e crente na sua importante contribuição, Machado adianta, agora com mais segurança, que deve postular novamente a prefeitura na concorrência municipal de 2024.

Candidato da moda

Postado em 4 de julho de 2019
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O case de sucesso nas eleições de 2016 em Tijucas vem sendo estudado, e pode ser reproduzido em 2020 na vizinha São João Batista. O grupo oposicionista passou a projetar no ex-vereador e professor Gregório de Souza Filho, popular Gorinho, do PSL, um perfil de candidato a prefeito que, tempos atrás, dificilmente seria considerado.

Professor aposentado, ex-presidente do Legislativo, ex-diretor de escola e personagem político de vanguarda – qualquer semelhança com o mandatário tijuquense Elói Mariano Rocha (PSD) não é mera coincidência –, Gorinho está no radar da oposição. A proposta vem sendo discutida internamente, sem alarde, mas tem agradado e gerado expectativas.

Na estrada

Postado em 24 de agosto de 2018
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O ex-secretário regional de Brusque, Jones Bosio, que concorre a uma cadeira na Assembleia Legislativa pelo DEM nestas eleições, diz-se “deixado na estrada” pela classe política de Tijucas. Nas lamúrias, cita as amizades que fez na Capital do Vale e os R$ 8 milhões investidos na reforma da EEB Cruz e Sousa quando geriu a extinta SDR (Secretaria de Desenvolvimento Regional). “Hoje, aqueles que me carregavam no colo quando fui secretário sequer atendem às minhas ligações”, reclama.

Bosio garante que tem equipes de campanha em 72 dos 295 municípios catarinenses; mas que na Capital do Vale não conseguiu, ainda, formar um grupo de trabalho. “É o único município do Vale em que não estou representado”, revela.

Quatorze: A busca pelo vice perfeito

Postado em 22 de novembro de 2016
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Desde a oficialização da candidatura de Elmis Mannrich à prefeitura de Tijucas nas eleições 2016, o presidente municipal do PMDB tinha uma prerrogativa que não abria mão. Era exclusivamente dele, sem interferência da executiva do partido, a escolha do candidato a vice-prefeito. Internamente, nas discussões das possibilidades, pregava-se que não havia a necessidade de que o segundo nome na chapa somasse votos ou apoios – virtude das sucessivas pesquisas pré-eleitorais, todas amplamente favoráveis –; mas que também não trouxesse qualquer negatividade à campanha.

Vereador por cinco legislaturas consecutivas, com longo histórico de serviços prestados ao PMDB, de família tradicionalmente periquita e numerosa, Edson Souza não estava entre as primeiras opções. Longe disso, aliás; embora houvesse uma corrente nas internas do partido que defendia essa hipótese. Mannrich temia principalmente os efeitos da recente Operação Iceberg, deflagrada pelo Deic (Departamento Estadual de Investigações Criminais) em 2015, e que ainda investiga 16 membros do parlamento municipal por desvios de verbas públicas em diárias de cursos inexistentes em Curitiba. Para o candidato a prefeito, a formação da chapa com o vereador traria essa mancha à campanha.

Enquanto isso, tentativas frustradas se acumulavam. O primeiro convite, a propósito, teria sido feito no início de março. O empresário Sebastião Koch, da rede de supermercados Koch, nega que tenha recebido a oferta; mas uma série de informações extraoficiais garante que as tratativas existiram. E, embora tenha havido insucesso nessa empreitada, estava, portanto, traçado o perfil ideal nas intenções do presidente municipal do PMDB. Mannrich ansiava por alguém que não participasse diretamente da roda política, e que, se possível, trouxesse poderio econômico à campanha. Os demais ensaios evidenciam essa predisposição.

As oposições caminhavam lentamente, e seus líderes não se entendiam. Não havia, pois, partido – com exceção do PSD, que liderava um movimento de rivalidade – impedido de compor com o PMDB, e adversários também eram considerados. Tanto que o empresário Geremias Teles Silva, um dos sustentáculos do DEM no município, recebeu, por intermédio do ex-prefeito e ex-deputado estadual Nilton “Gordo” Fagundes (PMDB), com quem tem relação muito próxima, uma sondagem de Mannrich. A negativa chegou pelo mesmo mensageiro. O proprietário da Comparts reafirmou seu desinteresse por candidaturas eletivas e o compromisso ora firmado com o irmão, vereador José Leal da Silva Júnior (PSD), e com o engenheiro Sérgio Fernandes Cardoso, que encabeçava a campanha dos peessedistas no município.

Também filiado ao DEM e com largo histórico cola-branca, o contabilista José Carlos de Souza recebeu o chamado de Mannrich para uma possível composição. E gostou do que ouviu. Em princípio, ficou balançado com o convite; mas cedeu à resistência da família, especialmente da mulher, que rejeitou peremptoriamente a ideia.

As notícias acumulavam dramaticidade nos noticiários de bastidores – a exemplo do blog –, e depois de cada empenho fracassado na busca pelo candidato a vice-prefeito, os entusiastas do movimento “chapa pura” ganhavam novos adeptos nas internas do PMDB de Tijucas. As pressões para que o vereador Edson Souza participasse da composição majoritária aumentavam; e, embora Mannrich ainda resistisse, reconhecia que as alternativas estavam ficando escassas e que manter a unidade da legenda também seria um bom negócio. Mas havia, além do parlamentar, opções que pudessem cumprir o perfil idealizado pelo ex-prefeito nas fileiras do partido. O empresário Luiz Antônio Maurício, em princípio, trazia os requisitos básicos: jamais havia concorrido a qualquer cargo eletivo, participava ativamente do movimento peemedebista, e tinha poder econômico satisfatório. Mas, apesar do apelo, também esbarrou em pendências pessoais – entre elas, a reação contrária da família. A escala voltava à estaca zero.

Melhor colocado entre os opositores nas pesquisas pré-eleitorais, o policial rodoviário federal aposentado Adalto Gomes (PT) remava sozinho, sem apoios consistentes, pela candidatura a prefeito. Chegou a vencer uma concorrência interna no movimento L.I.M.P.E., liderado pelo PSDB, mas não teve os prometidos aportes políticos oficializados, e passou a considerar outras hipóteses. Ser candidato a vice-prefeito era uma delas. Petistas da executiva municipal passaram a discutir as possibilidades de uma composição majoritária em dois encontros com Mannrich. As conversas não evoluíram; porque o presidente municipal do PMDB temia que a aliança com o PT – que acumulava rejeições avassaladoras na esfera nacional – pudesse comprometer a campanha, e porque o candidato a prefeito vencido em 2012, que não participou das reuniões com o líder peemedebista, também não estava convicto de que esse seria o melhor caminho.

Neste momento, o nome do empresário Elson Junckes, que presidia o PSDB no município, ganhava força entre alguns membros da executiva peemedebista. Unia o ineditismo político à robustez financeira; mas, na contrapartida, trazia as rusgas acumuladas em oito anos de uma oposição despótica protagonizada pela vereadora Lialda Lemos (PSDB) ao PMDB na Câmara. As diferenças pessoais entre Mannrich e o líder tucano também eram empecilho. Enquanto houvesse escolha, um preferia não ter que conviver com o outro.

Não havia muito mais criatividade nos juízos do presidente municipal do PMDB, e Souza, o vereador, aguardava paciente e pacificamente. A proximidade das convenções partidárias já era uma realidade, e o candidato a vice-prefeito ideal não surgia. Em meio à angústia, o nome da ex-secretária de Educação do município, professora Márcia Machado Maurício – que comandou a pasta na segunda gestão de Mannrich, justo no período em que o Ideb (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica) municipal mostrou a sua pior marca –, chegou a ser considerado; mas não empolgou.

O último empenho, porém, foi com o jovem empresário Thiago Peixoto dos Anjos, que administra o Hotel do Valle em paralelo às investidas no mercado imobiliário da cidade e região. Mais uma vez a família, e, especialmente, o temor pelos custos da campanha, foram determinantes para a negativa ao convite. Na manhã seguinte, em 2 de agosto, três dias antes da convenção oficial do PMDB, Mannrich se reuniu com Edson Souza e oficializou, enfim, a chapa pura, como grande parte do diretório peemedebista desejava para a disputa das recentes eleições majoritárias.

Que o candidato a vice-prefeito tenha influenciado negativamente na campanha do PMDB, conforme receava o presidente municipal do partido, não se pode afirmar. Pode-se, sim, afiançar que esse equívoco, se existiu, não está na conta de Mannrich. Afinal, tentativas, de acordo com os fatos narrados neste penúltimo episódio da série “Os 15 Motivos”, não faltaram. Além de serem derrotados, juntos, nas eleições de 2016 por uma diferença epopeica de votos, Elmis & Edson perderam também, durante a campanha, o discurso de que os vereadores investigados na Iceberg estavam abraçados aos adversários.