Caso o acordo entre PL e MDB se confirme em Tijucas, um dos membros de reputação das fileiras do Manda Brasa estaria disposto a se candidatar a vice-prefeito em chapa com o partido do governador Jorginho Mello. Uma corrente em favor do advogado João Batista Souza, irmão do saudoso vereador Edson José Souza, vem sendo considerada na mesa de discussões.
Batista, como ficou popularmente conhecido, tem relações estreitas no comando da Cerâmica Portobello, companhia que serve por décadas, e apoio ora irrestrito da família. O sobrinho Rafael Souza, corretor de imóveis e administrador de um grupo de lojas da franquia Cacau Show, goza de muito prestígio na regência do PL tijuquense e aparece como principal entusiasta da proposta.
Outras hipóteses apreciadas nas reuniões liberalistas para uma possível composição com o MDB têm sido o vereador Cláudio Eduardo de Souza e o próprio ex-prefeito Elmis Mannrich.
O prefeito Eloi Mariano Rocha (PSD) está em outra sinuca de bico. Com a indicação do vereador Maickon Campos Sgrott (PP) como representante do governo na disputa da prefeitura praticamente confirmada, o chefe do Executivo municipal precisa, agora, resolver outro impasse: o da composição da chapa. Ou ele prestigia o seu PSD, ou contenta o UNIÃO BRASIL.
Embora ainda mantenha esperanças de ser o escolhido para concorrer ao cargo máximo do município, o presidente da Câmara, Rudnei de Amorim (PSD), passou a ser fortemente especulado como opção para a vice-prefeitura no dueto com Sgrott. O problema é que o colega de parlamento Maurício Poli, nome de comando no UNIÃO BRASIL, quer a mesma coisa e teria comunicado Mariano Rocha de que, para manter a aliança, não abriria mão da vaga.
Corre por fora, ainda, outro vereador: Claudemir Correia, o Bigodinho, que estaria disposto a ser a via do PSD nessa encruzilhada. Mas as chances são pequenas. Quase nulas.
Fato é que na lista de tribulações, o deferimento de Sgrott como candidato sem provocar fissuras irremediáveis no grupo – ainda a conferir – deixou de ser a principal. Mariano Rocha voltou ao calvário e pode, mais uma vez, ter que deixar o próprio partido na gaveta.
As conversas se desencontraram. E para que fique claro, o Blog elucida: a aliança entre PL e MDB em Tijucas, que vem sendo costurada na esfera superior, segue em discussão. As diferenças dizem respeito apenas à cabeça da chapa e, evidentemente, com cada partido de um lado do cordão.
A posição do empresário Thiago Peixoto dos Anjos (PL), externada na nota “Desacordo”, publicada anteriormente, não rechaça a conjuntura, mas a proposta de candidatura a vice-prefeito no projeto emedebista.
Porta-vozes do PL confirmam as negociações e, inclusive, abonam a ideia de coligação. Mas, em tempo, aceitariam o acordo com o MDB apenas se pudessem indicar o candidato a prefeito na chapa. Mesmo entendimento teria o vereador Fernando Fagundes, outro dos pré-candidatos liberalistas à prefeitura.
Na outra ponta da mesa estão o deputado estadual Emerson Stein e o ex-prefeito Elmis Mannrich, pré-candidato do MDB ao cargo máximo do município. Para ambos, a composição ideal teria o candidato a vice-prefeito por indicação do PL.
Os diálogos seguem na esperança de que uma das partes ceda e que se chegue ao entendimento. Até as convenções, marcadas para agosto, tudo pode acontecer. Inclusive, nada.
O advogado e ex-vereador Leoncio Paulo Cypriani desafiou o presidente do MDB de São João Batista, Anderson Dalsenter, a superar o seu PSB na conquista de cadeiras na Câmara Municipal nestas eleições. E registrou publicamente que apostaria R$ 100 mil no resultado.
Dentre os possíveis candidatos ao parlamento municipal, o Partido da Pombinha apresentaria, além de Cypriani, eleito em 2016 no MDB com a maior votação da história da Capital Catarinense do Calçado – 1.516 votos –, o ex-prefeito Jair Sebastião “Nonga” de Amorim.
Na calculadora, o jurista e presidente municipal do PSB estima que o partido eleja entre dois e três vereadores. Número, na projeção que faz, que o MDB não alcançaria.
DESFORRA
As rusgas entre Cypriani e Dalsenter envolvem ainda o ex-prefeito Daniel Netto Cândido (PSD), que firmou aliança com a claque emedebista no município.
O ex-vereador garante que, independentemente dos ressentimentos com o MDB, prefere as trincheiras opostas a Cândido sob qualquer circunstância.
O presidente municipal do PSB aguarda a definição das conjunturas e postulações para decidir que caminho tomar. E projeta que, caso o ex-prefeito retome o comando do município, seria um “Leão” na Câmara durante a próxima legislatura.
As conversas entre o MDB e o PL tijuquenses se intensificaram nos últimos dias. As orientações têm partido de cima, com a bancada emedebista na Assembleia Legislativa e o governador Jorginho Mello na mesa das discussões.
Um dos principais entusiastas do acordo vem sendo o deputado estadual Emerson Stein (MDB), de Porto Belo, por acreditar que Tijucas tem potencial eleitoral muito interessante para o futuro de ambas as legendas.
Não se tem detalhes, entretanto, que os pré-candidatos a prefeito das duas agremiações – Elmis Mannrich (MDB), Cláudio Eduardo de Souza (MDB), Fernando Fagundes (PL), Thiago Peixoto dos Anjos (PL) e Sidney Machado (PL) – mantenham a mesma linha de diálogo entre si. Mas, as informações mais recentes dão conta do desejo de construção conjunta com participação do Estado.
PROFECIA
Semanas atrás, a propósito, Mannrich, principal liderança do MDB municipal e postulante à prefeitura, revelou ao Blog que aguardava uma definição no PL local para reavaliar o cenário e programar os próximos movimentos. O que indica, evidentemente, que o ex-prefeito não seria resistente à aliança.
Nada que já não se pudesse prever. Principais movimentos de oposição em Nova Trento, PP e PSDB se uniram novamente, assim como nas últimas quatro eleições, para tentar a retomada da prefeitura.
A coalizão, entretanto, deve, pela primeira vez, ser relegada ao arroubo de outro partido. O PL assumiu posição de protagonista no município, indicou o ex-vereador e ex-secretário municipal Maxiliano de Oliveira (ex-PP) como pré-candidato a prefeito, e angariou o apoio das duas tradicionais legendas. O quarteto oposicionista se consolida, ainda, com o UNIÃO BRASIL do pastor evangélico Luiz André Teixeira da Costa, concorrente ao cargo máximo do município em 2020 com 129 votos.
POR GRAVIDADE
O casamento entre PP e PSDB vinha enfrentando dificuldades. Muito por conta da imposta coadjuvação aos tucanos, que iniciaram o projeto conjunto em 2008 e foram, pouco a pouco, sendo minimizados à condição de adjuntos no processo.
Agora, com a ascensão do PL, as duas legendas formalizaram mais uma vez o acordo e assumem, desta vez, o mesmo volume. As possibilidades tendem à indicação do candidato a vice-prefeito, com Edson Hugen (PP), Lerci Girola (PP), Gabriel Battisti (PSDB) e Joel Garbari (PSDB) dispostos.
A frase “não vamos a reboque de ninguém” é repetida sistematicamente, quase como um mantra, por lideranças do PL de Tijucas. Boa parte delas acredita que o partido deve seguir um caminho próprio e defendem, inclusive, a candidatura em “chapa pura”.
Ontem, em um encontro de pré-candidatos do partido, os comandantes do projeto garantiram mais uma vez que os liberalistas terão um candidato a prefeito e que outros partidos só seriam bem-vindos para uma composição, com a condição de indicar apenas o vice da chapa.
Fontes do Blog garantem, ainda, que os nomes da legenda ao Legislativo já estariam praticamente definidos e aguardam somente pela data estipulada pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral) para a validação das candidaturas. Estes, aliás, participaram de uma palestra sobre marketing político, durante a reunião.
O CABEÇA
Com três postulantes ao cargo máximo do município, o PL ainda segue com indefinição do indicado. Dias atrás, o braço-direito do governador Jorginho Mello, Heleno Orlandino Martins, recebeu em mãos uma pesquisa de intenção de votos.
Os números, a propósito, foram apresentados aos pré-candidatos, no início da semana, em audiência na Capital do Estado. Estiveram presentes no encontro o vereador Fernando Fagundes, o empresário Thiago Peixoto dos Anjos e o presidente do PL tijuquense, Alberto Carlos “Tito” Dolorini.
Um dos mais tradicionais grupos políticos de Tijucas está sob nova direção. O vereador e pré-candidato a prefeito, Maickon Campos Sgrott, assumiu, na última semana de abril, a presidência do Progressista local, substituindo o então comandante da legenda, ex-vereador Vilson Natálio Silvino.
Vilsinho da Pisobello, como ficou conhecido, foi o responsável pela regência do grupo nos últimos quatro anos. Entretanto, o ex-secretário de Obras e Serviços Urbanos passou o bastão a Sgrott, em movimento com vistas no pleito municipal de outubro.
O Blog apurou que a mudança permitirá que o pré-candidato a prefeito do partido consiga organizar o grupo para as eleições, com base em suas próprias convicções. O start oficial do projeto está marcado para o próximo dia 29, com uma noite de filiações.
O desejo de representar o PL nas eleições municipais de outubro, em Tijucas, segue vivo no empresário Thiago Peixoto dos Anjos. O segundo colocado no pleito de 2020 defende, entretanto, a união do grupo e, principalmente, a coalizão das lideranças.
Em entrevista ao programa LINHA DE FRENTE, Peixoto dos Anjos explicou que, embora houvesse um acordo prévio de que os números das pesquisas de intenção de voto fossem determinantes para a definição do indicado, os três postulantes poderiam chegar a um consenso, por meio do diálogo.
“A forma justa é a pesquisa. Mas uma boa conversa sempre resolve. Da forma que for resolvido, não vai deixar mágoas, rastros, rusgas com ninguém… Quem tiver mais habilidade eleitoral, capacidade de agrupar, capacidade de voto e tenha estrutura. Acredito que os três tem essas condições”, pontuou, em referência ao vereador Fernando Fagundes e o ex-secretário municipal Sidney Machado.
O empresário, ainda, defende uma indicação natural, para evitar que uma imposição atrapalhe os planos do grupo. “Toda vez que algo foi goela abaixo, deu errado. Todo mundo que bateu o martelo e queria ser de qualquer forma, não levou sorte. É só olhar o histórico da cidade. Se não for construído, conversado, subindo degrauzinho por degrauzinho, não dá certo. E nós vamos fazer pra dar certo”, ponderou.
PREFERÊNCIA
Embora ainda defenda a sua própria indicação, Peixoto dos Anjos garante que apoiaria qualquer decisão do partido e que poderia, inclusive, compor chapa como candidato a vice-prefeito ou ajudar, de alguma outra forma, caso Fagundes seja o escolhido.
“O Fernando é um cara de quatro eleições. Um cara testado, retestado e aprovado pelas urnas. Tem uma capacidade de articulação no Governo do Estado enorme, querido… Eu me sentiria 1.000% à vontade de estar ao lado dele, apoiando como candidato a prefeito, caso for. Vamos tentar botar o partido lá dentro, com todo mundo ajudando”, explicou.
O UNIÃO BRASIL de Tijucas reforça sua condição de “noiva” na política local. O partido, que há pouco tempo sequer tinha representação no município, hoje aparece como boa opção para composições e conjunturas para o pleito de outubro.
Naturalmente, as lideranças do movimento têm uma aproximação maior com os pré-candidatos governistas, de PSD e PP. Entretanto, não há qualquer definição. De certo, até aqui, somente a intenção de cumprir um papel de destaque em chapa majoritária, conforme orientação da Executiva estadual.
O grupo aguarda pelas movimentações e, neste momento, uma regra é clara: a próxima jogada precisa ser certeira. “Estamos articulando, conversando, para, quando dermos um passo, que seja o passo certo. Tudo depende de mais pessoas, de pesquisas… mas está caminhando”, revelou ao Blog, com exclusividade, o vereador e um dos articuladores do projeto Maurício Poli.
Parlamentar de primeiro mandato e possível indicado em eventual composição, Poli pontua que as recentes ações consolidaram o partido em Tijucas. “Hoje, o UNIÃO tem uma bancada com três vereadores. Não somos pequenos. E estamos nos fortalecendo a cada dia”, resumiu.