De acordo com o prefeito Eloi Mariano Rocha (PSD), o governo de Tijucas conta atualmente com três pré-candidatos à sucessão municipal: os vereadores Maickon Campos Sgrott (PP), Rudnei de Amorim (PSD) e Maurício Poli (UNIÃO), todos da bancada governista na Câmara.
A informação foi publicizada ontem, no evento de filiações do PP, na sede do Jardim Portobello. Independentemente das alternações do chefe do Executivo municipal, chama a atenção que curiosamente a lista tenha desprezado o projeto do vice-prefeito Sérgio “Coisa Querida” Cardoso (PSD), que se colocava até então entre as opções para a disputa da prefeitura nestas eleições.
Mas o ato tem por quê.
Diante das especulações e elocubrações, o adjunto tijuquense conscientemente teria retirado a pré-candidatura. A decisão não foi direcionada pessoalmente a Mariano Rocha, mas à cúpula estadual do partido, que muito provavelmente repassou a posição ao mandatário municipal.
Coisa Querida vem programando um encontro com apoiadores para um comunicado oficial. E no texto de renúncia, diz-se, não faltariam discursivas a respeito do termo “ingratidão”. A conferir.
A frase “não vamos a reboque de ninguém” é repetida sistematicamente, quase como um mantra, por lideranças do PL de Tijucas. Boa parte delas acredita que o partido deve seguir um caminho próprio e defendem, inclusive, a candidatura em “chapa pura”.
Ontem, em um encontro de pré-candidatos do partido, os comandantes do projeto garantiram mais uma vez que os liberalistas terão um candidato a prefeito e que outros partidos só seriam bem-vindos para uma composição, com a condição de indicar apenas o vice da chapa.
Fontes do Blog garantem, ainda, que os nomes da legenda ao Legislativo já estariam praticamente definidos e aguardam somente pela data estipulada pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral) para a validação das candidaturas. Estes, aliás, participaram de uma palestra sobre marketing político, durante a reunião.
O CABEÇA
Com três postulantes ao cargo máximo do município, o PL ainda segue com indefinição do indicado. Dias atrás, o braço-direito do governador Jorginho Mello, Heleno Orlandino Martins, recebeu em mãos uma pesquisa de intenção de votos.
Os números, a propósito, foram apresentados aos pré-candidatos, no início da semana, em audiência na Capital do Estado. Estiveram presentes no encontro o vereador Fernando Fagundes, o empresário Thiago Peixoto dos Anjos e o presidente do PL tijuquense, Alberto Carlos “Tito” Dolorini.
O prefeito Paulo Henrique Dalago Muller (PSD), de Bombinhas, foi diagnosticado com um câncer na região do pescoço. Um laudo médico apontou um tumor maligno na tireoide, conforme comunicado emitido pelo próprio mandatário, através das suas redes sociais.
Dalago Muller explicou que realizou uma série de exames e afirmou que deverá ser submetido a uma cirurgia nas próximas semanas. Entretanto, o bombinense garante que se mantém tranquilo e pronto para enfrentar a doença.
“Minha vida sempre foi pautada por muitos desafios. Sempre enfrentei todos com muita coragem e de cabeça em pé. Com Deus ao meu lado, venci todos. Este que se coloca a minha frente, não será diferente. Será uma batalha, mas como sei que Deus e muitas pessoas estão ao meu lado, a cura virá”, escreveu.
Mais tarde, Paulinho publicou um vídeo agradecendo pelas mensagens recebidas desde o comunicado. “Estou bem, minha cabeça está boa. É mais um desafio que vou superar, com a ajuda e torcida de todos. Vocês vão se incomodar muito comigo e ainda terão que me aturar”, brincou.
O vereador e pré-candidato a prefeito de São João Batista, Gustavo Grimm (PL), apresentou, semana passada, uma Moção de Apelo aos poderes constituídos do Brasil, pedindo a destinação do polêmico FEFC (Fundo Especial de Financiamento de Campanha) para as vítimas das enchentes no Rio Grande do Sul.
A proposta foi encaminhada para a Câmara dos Deputados, ao Senado Federal e à Presidência da República. Grimm justificou que a classe política “deve fazer a sua parte” e colaborar com o povo gaúcho, nesta que é uma das maiores catástrofes climáticas das últimas décadas.
O Fundo Eleitoral ganhou o apelido de “Fundão” e distribuirá cerca de R$ 5 bilhões aos partidos que têm representação na Câmara Federal. Uma vez aprovado, cabe ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral) função de dividir o recurso.
Cinco ou seis conversas em um intervalo de 30 dias foram determinantes para que o prefeito Eloi Mariano Rocha (PSD), de Tijucas, convencesse o vereador Maickon Campos Sgrott (PP) a colocar novamente o seu nome à disposição para representar o grupo governista no projeto de sucessão.
Algumas delas, aliás, contaram com a relevante participação do pai do parlamentar, o ex-prefeito Uilson Sgrott. Apesar da insistência de Mariano Rocha, a aceitação não foi tão simples. Naquele momento, a empresa TCA Transportes, administrada pelos Sgrott, demandava a atenção total dos dois gestores.
A condição mudou após a contratação de um novo servidor, que conseguiu suprir as necessidades e permitiu o retorno de Maickon ao cenário. “Fomos reavaliando e pontuei pra ele que nosso retorno dependia da substituição do Maickon na empresa”, revelou o vereador, em entrevista ao programa LINHA DE FRENTE.
“Pedi duas semanas para entrar no processo de negociação e contratação. Depois do aperto de mãos com a pessoa que está me substituindo, eu fui ao gabinete, conversei com o prefeito e, se não fosse ele, eu não estaria como pré-candidato hoje. O pedido dele foi: ‘Maickon, precisamos da sua ajuda e do seu nome’. Era sim ou não. Simples assim”, completou.
RELAÇÃO SAUDÁVEL
Embora sejam adversários dentro da trincheira governista, Sgrott garante que nutre uma relação de “extrema parceria, saudável e de respeito” com os outros dois pré-candidatos do movimento à prefeitura, Sérgio “Coisa Querida” Cardoso e Rudnei de Amorim, ambos do PSD.
O parlamentar, entretanto, defende a escolha do “melhor nome”. “Tenho certeza que o grupo de situação vai escolher o melhor nome, para que se tenha maior chance de êxito. Precisamos fazer com que a situação tenha o melhor time para levarmos o grupo a administrar o município por mais quatro anos. Se não escolher bem esse nome, pode ocorrer a alternância”, opinou.
INTERVENÇÃO ESTADUAL
A especulada interferência de lideranças estaduais do PSD, como o deputado estadual Júlio Garcia e o prefeito de Chapecó, João Rodrigues – que teriam preferências óbvias para que o candidato seja do partido do prefeito Eloi Mariano Rocha -, seria, na avaliação de Sgrott, uma atitude “abrupta” e “autoritária”.
“Agir dessa maneira seria um erro. Colocar determinado nome a qualquer custo pode quebrar o vaso e não conseguir mais colar. Um partido não chega sozinho. Em 2020, o PSD fez chapa pura, mas teve o apoio do PP e do PSB. Se não for o 55, o grupo tem que olhar como um todo. Se não entendermos que a calculadora está somando, algo pode acontecer e prejudicar o resultado do pleito”, explicou.
O empresário Thiago Peixoto dos Anjos (PL), de Tijucas, não tem problema em dizer que leva uma vida de morada dupla. O pré-candidato a prefeito trabalha na Capital do Vale, onde administra três empresas. Entretanto, costuma dormir em Itapema, onde mantém uma residência.
Em tempos de pré-campanha, o fato não fica de lado por opositores e membros de correntes políticas diferentes, claro. Constantemente, sempre que Peixoto dos Anjos é citado, alguém imediatamente pontua: “mas o Thiago mora em Itapema”.
O próprio empresário explicou a questão em recente entrevista ao programa LINHA DE FRENTE e afirmou que apenas dorme na cidade da Costa Esmeralda, para que a esposa fique perto do restaurante que administra. Portanto, todos os dias Peixoto dos Anjos faz o percurso que separa os dois municípios algumas vezes. “São apenas dez minutos”, lembra.
“Tem homens que têm dificuldade em falar isso, mas eu falo. Minha esposa tem a sua empresa, que relativamente é maior que a minha. Então, lá em casa, a renda maior é dela. Então, temos uma casa em Itapema, ao lado do negócio dela. Prefiro eu me deslocar, ir e voltar várias vezes, do que ela”, disse, em meio às gargalhadas.
Thiago Peixoto acredita que a condição não o atrapalharia na administração, caso, evidentemente, seja eleito em outubro. “Não é demérito pra administrar a cidade. Estou todo dia aqui. Tento convencer ela a vir pra cá, mas enquanto o negócio dela for melhor que o meu, vamos ficar dos dois lados”, completou.
Um dos mais tradicionais grupos políticos de Tijucas está sob nova direção. O vereador e pré-candidato a prefeito, Maickon Campos Sgrott, assumiu, na última semana de abril, a presidência do Progressista local, substituindo o então comandante da legenda, ex-vereador Vilson Natálio Silvino.
Vilsinho da Pisobello, como ficou conhecido, foi o responsável pela regência do grupo nos últimos quatro anos. Entretanto, o ex-secretário de Obras e Serviços Urbanos passou o bastão a Sgrott, em movimento com vistas no pleito municipal de outubro.
O Blog apurou que a mudança permitirá que o pré-candidato a prefeito do partido consiga organizar o grupo para as eleições, com base em suas próprias convicções. O start oficial do projeto está marcado para o próximo dia 29, com uma noite de filiações.
O drama vivido há mais de duas semanas pelo povo do Rio Grande do Sul sensibilizou o prefeito Tiago Dalsasso (MDB), de Nova Trento. O mandatário, que já havia determinado e organizado a arrecadação de donativos para as vítimas da enchente, decidiu ceder servidores para ajudar em resgates.
Leonardo Moritz, que atua como agente de Proteção e Defesa Civil na cidade de Santa Paulina, deslocou-se até a cidade de Canoas, na região metropolitana de Porto Alegre, onde atuará em resgates aquáticos. Um grupo formado, ainda, por policiais militares de Tijucas e agentes da Defesa Civil de São João Batista, deve atuar na cidade gaúcha até o fim de semana.
A prefeitura de Canoas enfrenta uma situação de emergência com cerca de 50 mil habitantes em áreas de risco, indicadas por alertas de evacuação. Desde então, o município gaúcho passou a pedir ajuda de voluntários com embarcações para a retirada de moradores.
“Ficamos contentes em ajudar. Estamos assistindo as imagens devastadoras e ficamos muito sensibilizados. Recebemos esse pedido de ajuda e, prontamente, o nosso agente Leonardo aceitou embarcar nesta missão. Nova Trento seguirá fazendo o possível para ajudar o povo gaúcho”, disse o prefeito neotrentino.
O prefeito Diogo Francisco Alves Maciel (PL), de Canelinha, viajou ao Rio Grande do Sul, nesta segunda-feira (13), para entregar pessoalmente os donativos arrecadados na Cidade das Cerâmicas, para as vítimas da maior tragédia climática do Estado vizinho.
Alves Maciel deve visitar, hoje, os municípios que compõem o Vale do Taquari, a mais devastada pelas enchentes. A região, aliás, já havia sofrido, em setembro passado, com o que seria, até então, o pior fenômeno ambiental de sua história. Entretanto, os estragos desta vez superaram com folga.
“Vamos percorrer toda a região do Vale, distribuindo alimentos e mantimentos, tudo aquilo que trouxemos e arrecadamentos em Canelinha e na nossa região. Vamos enviar um pouco do carinho do povo canelinhense aos irmãos gaúchos”, pontuou o mandatário canelinhense.
Se existe, de fato, uma opção deliberada do prefeito Eloi Mariano Rocha (PSD) pelo vereador Maickon Campos Sgrott (PP) na indicação do representante governista para o pleito de outubro, as evidências têm sido evitadas. Pelo menos o vice-prefeito Sérgio “Coisa Querida” Cardoso (PSD) e o vereador Rudnei de Amorim (PSD), os outros dois pretendentes à candidatura, ignoram os sinais e seguem de prontidão.
Na populosa Feijoada do Betinho, sábado (11), na Joáia, o quarteto se fez em duplas. Enquanto o chefe do Executivo percorreu o salão, de mesa em mesa, com o parlamentar progressista a tiracolo, Cardoso e Amorim estiveram sempre mais próximos um do outro. Mas confraternizaram entre si, conversaram, riram, e não deram mostras de que poderia haver alguma dissidência.
Mariano Rocha tem adotado como rotina a perigosa – mas conveniente – estratégia de alimentar esperanças nos três, embora os acenos sejam claramente mais expansivos na direção de Sgrott. Entretanto, as amofinações causadas na seara peessedista, principalmente entre figuras destacadas, como o prefeito de Chapecó, João Rodrigues, e o deputado estadual Júlio Garcia, teriam freado o ímpeto do mandatário tijuquense. O perfil remansoso, de “paz e amor”, que Coisa Querida e o presidente da Câmara Municipal têm em comum, também contribui para que os dissabores do processo sejam velados, sem fissuras públicas, até que as cartas finalmente sejam postas na mesa.