Os números da pesquisa apresentada aos membros da executiva do MDB de Tijucas serviram para reforçar a intenção do partido de encabeçar o projeto para a retomada da prefeitura, com ou sem coligação.
Prestigiado dentro do ninho periquito, o pré-candidato a prefeito Elmis Mannrich goza do apoio irrestrito dos correligionários, não enfrenta qualquer resistência interna e aguarda apenas a chegada do período das convenções partidárias para confirmar a candidatura.
Articuladores emedebistas mantém conversas com outros movimentos políticos da Capital do Vale, como o PL e o UNIÃO BRASIL. Entretanto, eventuais conjunturas só seriam aceitas para a indicação do vice de Mannrich na futura chapa e outras funções no projeto.
Caso o acordo entre PL e MDB se confirme em Tijucas, um dos membros de reputação das fileiras do Manda Brasa estaria disposto a se candidatar a vice-prefeito em chapa com o partido do governador Jorginho Mello. Uma corrente em favor do advogado João Batista Souza, irmão do saudoso vereador Edson José Souza, vem sendo considerada na mesa de discussões.
Batista, como ficou popularmente conhecido, tem relações estreitas no comando da Cerâmica Portobello, companhia que serve por décadas, e apoio ora irrestrito da família. O sobrinho Rafael Souza, corretor de imóveis e administrador de um grupo de lojas da franquia Cacau Show, goza de muito prestígio na regência do PL tijuquense e aparece como principal entusiasta da proposta.
Outras hipóteses apreciadas nas reuniões liberalistas para uma possível composição com o MDB têm sido o vereador Cláudio Eduardo de Souza e o próprio ex-prefeito Elmis Mannrich.
As conversas se desencontraram. E para que fique claro, o Blog elucida: a aliança entre PL e MDB em Tijucas, que vem sendo costurada na esfera superior, segue em discussão. As diferenças dizem respeito apenas à cabeça da chapa e, evidentemente, com cada partido de um lado do cordão.
A posição do empresário Thiago Peixoto dos Anjos (PL), externada na nota “Desacordo”, publicada anteriormente, não rechaça a conjuntura, mas a proposta de candidatura a vice-prefeito no projeto emedebista.
Porta-vozes do PL confirmam as negociações e, inclusive, abonam a ideia de coligação. Mas, em tempo, aceitariam o acordo com o MDB apenas se pudessem indicar o candidato a prefeito na chapa. Mesmo entendimento teria o vereador Fernando Fagundes, outro dos pré-candidatos liberalistas à prefeitura.
Na outra ponta da mesa estão o deputado estadual Emerson Stein e o ex-prefeito Elmis Mannrich, pré-candidato do MDB ao cargo máximo do município. Para ambos, a composição ideal teria o candidato a vice-prefeito por indicação do PL.
Os diálogos seguem na esperança de que uma das partes ceda e que se chegue ao entendimento. Até as convenções, marcadas para agosto, tudo pode acontecer. Inclusive, nada.
Para o empresário Thiago Peixoto dos Anjos, pré-candidato liberalista à prefeitura de Tijucas, a aliança MDB/PL, que vem sendo costurada na esfera estadual, não contemplaria o planejamento local. Segundo colocado no pleito majoritário de 2020, ele garante que a possibilidade de uma conjuntura, conforme convenção interna, seria muito remota.
“Temos conversado incessantemente com a executiva estadual do partido e sempre deixamos claro que nossa proposta, de apresentar uma política diferente para a população, prevaleceria. Todos os membros do PL de Tijucas têm o mesmo pensamento”, declara Peixoto dos Anjos, com exclusividade ao Blog.
O empresário, aliás, garante que rejeitaria peremptoriamente uma candidatura a vice-prefeito em pretensa chapa com o MDB, e que, em caso de acordo entre as legendas, preferiria se afastar do processo.
“Sempre estive disposto a ajudar o PL, seja da forma que for. Tenho excelente relação com o Emerson (Stein, deputado estadual e articulador da coalizão) e com o Elmis (Mannrich, ex-prefeito e pré-candidato emedebista ao Executivo municipal), com quem converso muito. Mas não tenho o mínimo interesse em abandonar as minhas convicções por uma circunstância que buscasse apenas o poder”, conclui.
NADA PESSOAL
O posicionamento tem duas vias. Ao tempo que se mostra desinteressado na candidatura a vice-prefeito em chapa com o MDB, Peixoto dos Anjos rechaça qualquer contingenciamento com o grupo governista.
“Se não me disponho a caminhar com o MDB, que, assim como nós, tem sido combativo no âmbito local, muito menos aceitaria um acordo com a situação, com o PP ou o PSD. Respeito todas as bandeiras e movimentos, mas temos maneiras diferentes de enxergar a política”, pontua o empresário.
A frase “não vamos a reboque de ninguém” é repetida sistematicamente, quase como um mantra, por lideranças do PL de Tijucas. Boa parte delas acredita que o partido deve seguir um caminho próprio e defendem, inclusive, a candidatura em “chapa pura”.
Ontem, em um encontro de pré-candidatos do partido, os comandantes do projeto garantiram mais uma vez que os liberalistas terão um candidato a prefeito e que outros partidos só seriam bem-vindos para uma composição, com a condição de indicar apenas o vice da chapa.
Fontes do Blog garantem, ainda, que os nomes da legenda ao Legislativo já estariam praticamente definidos e aguardam somente pela data estipulada pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral) para a validação das candidaturas. Estes, aliás, participaram de uma palestra sobre marketing político, durante a reunião.
O CABEÇA
Com três postulantes ao cargo máximo do município, o PL ainda segue com indefinição do indicado. Dias atrás, o braço-direito do governador Jorginho Mello, Heleno Orlandino Martins, recebeu em mãos uma pesquisa de intenção de votos.
Os números, a propósito, foram apresentados aos pré-candidatos, no início da semana, em audiência na Capital do Estado. Estiveram presentes no encontro o vereador Fernando Fagundes, o empresário Thiago Peixoto dos Anjos e o presidente do PL tijuquense, Alberto Carlos “Tito” Dolorini.
O ex-deputado federal Deltan Dallagnol, reconhecido nacionalmente por ter coordenado a força-tarefa da Operação Lava Jato quando, à época, atuava como procurador da República, esteve em Bombinhas, nesta semana, para um encontro com lideranças do NOVO.
A legenda vem se organizando com vistas nas eleições municipais de outubro e tem, inclusive, a advogada Jadna Matias da Silva como pré-candidata à chefia do Executivo municipal, além de pré-candidatos ao Legislativo.
Dallagnol recebeu mais de 345 mil votos dos paranaenses, em 2022, mas teve o registro da candidatura cassado pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral), no ano passado, resultando na perda do mandato de deputado federal.
Em forte discurso ao público presente, junto à pré-candidata a prefeita do NOVO bombinense, o paranaense defendeu o combate à corrupção, o envolvimento de “pessoas competentes” na política e outras pautas abordadas pela legenda.
O vereador e ex-presidente do Poder Legislativo de Canelinha, Robinson Carvalho Lima, confirmou, em entrevista ao programa LINHA DE FRENTE, quinta-feira passada, que está à disposição do bloco oposicionista – formado especialmente por UNIÃO BRASIL E PP -, para concorrer à prefeitura em outubro.
Embora tenha a pretenção, o advogado, que completa o seu primeiro mandato na Câmara, explicou que a especulada candidatura é resultado da atuação no Legislativo, mas o projeto ainda depende da adesão e das estratégias do grupo.
“As coisas aconteceram ao natural. Hoje, tenho pesquisas eleitorais que nos condicionam a colocar o nome à disposição. Isso é fruto de um trabalho. Temos um grupo e, dentro desse grupo, precisamos definir uma estratégia e, se esse grupo entender que eu sou a melhor opção, estarei a frente”, pontuou o parlamentar.
Carvalho Lima revelou, ainda, a intenção de tentar a reeleição como vereador, caso a candidatura majoritária não seja viabilizada. “Posso ir à reeleição como vereador e será só mais uma vez. Quero ter o conhecimento, nas urnas, se a população aprovou meu trabalho. Mas hoje, sou pré-candidato a prefeito”, completou.
Se existe, de fato, uma opção deliberada do prefeito Eloi Mariano Rocha (PSD) pelo vereador Maickon Campos Sgrott (PP) na indicação do representante governista para o pleito de outubro, as evidências têm sido evitadas. Pelo menos o vice-prefeito Sérgio “Coisa Querida” Cardoso (PSD) e o vereador Rudnei de Amorim (PSD), os outros dois pretendentes à candidatura, ignoram os sinais e seguem de prontidão.
Na populosa Feijoada do Betinho, sábado (11), na Joáia, o quarteto se fez em duplas. Enquanto o chefe do Executivo percorreu o salão, de mesa em mesa, com o parlamentar progressista a tiracolo, Cardoso e Amorim estiveram sempre mais próximos um do outro. Mas confraternizaram entre si, conversaram, riram, e não deram mostras de que poderia haver alguma dissidência.
Mariano Rocha tem adotado como rotina a perigosa – mas conveniente – estratégia de alimentar esperanças nos três, embora os acenos sejam claramente mais expansivos na direção de Sgrott. Entretanto, as amofinações causadas na seara peessedista, principalmente entre figuras destacadas, como o prefeito de Chapecó, João Rodrigues, e o deputado estadual Júlio Garcia, teriam freado o ímpeto do mandatário tijuquense. O perfil remansoso, de “paz e amor”, que Coisa Querida e o presidente da Câmara Municipal têm em comum, também contribui para que os dissabores do processo sejam velados, sem fissuras públicas, até que as cartas finalmente sejam postas na mesa.
Contrariando boa parte de suas explanações públicas nos últimos três anos, quando afirmava, sempre que questionado, que não pretendia concorrer novamente à prefeitura de São João Batista, o prefeito Pedro Alfredo Ramos (MDB) decidiu, agora, que quer disputar novamente o pleito.
O mandatário batistense reavaliou o cenário e chegou a conclusão de que poderia fazer “muito mais” pelo município em um segundo mandato. Pedroca pontuou, em entrevista ao programa LINHA DE FRENTE, que “aprendeu” a ser prefeito durante o exercício do cargo.
“Tenho certeza que faria o dobro do que fiz. Eu trabalhei muito. Eu tenho orgulho do meu trabalho e sei o que fiz pela minha cidade. Vejo que não posso desistir. Com a minha humildade, transparência e honestidade, tenho certeza que eu teria que ser mais quatro anos prefeito da cidade. Só tenho medo de não conseguir, por me sentir cansado e, às vezes, decepcionado”, justificou o mandatário.
A candidatura à reeleição, entretanto, estaria condicionada a um acordo prévio com o ex-prefeito Daniel Netto Cândido (PSD), de quem Pedroca se reaproximou recentemente. O prefeito garantiu que uma pesquisa deve ser fator decisivo na escolha.
“Daniel sempre foi fiel ao MDB e o MDB ama o Daniel. Tive problema com o Daniel, ele não foi legal comigo. Depois que fui candidato, ele me apoiou. Eu me arrependo muito do que fiz pra ele. Se o Daniel for candidato, apoio de coração com um vice do MDB. Eu e ele prometemos uma coisa: ninguém vai jogar. Vamos fazer uma pesquisa, se ele ganhar com 1% eu vou respeitar e ele vai ser o candidato. Se eu ganhar, o candidato sou eu. Temos que estar juntos”, revelou.
O VICE PERFEITO
Embora garanta a existência deste alinhamento, Pedroca prefere que seu vice, caso sua candidatura seja oficializada, não seja do PSD. O adjunto perfeito, na visão do mandatário, tem nome, sobrenome e integra um grupo oposicionista: o ex-presidente da Câmara de Vereadores e recém-chegado ao PL batistense, Mário Antônio Garcia Teixeira.
“Quando decidi ser candidato a prefeito, escolhi meu vice. Eu disse que era o Déi do Gás (Almir Peixer) e foi ele. Hoje, meu vice se chama Mário Teixeira. Eu vou lutar por isso. Confio em mim. Meu candidato é ele. Jovem, acompanhei esse guri atrás de emenda. Lembro muito do Aurino Teixeira, pai dele. Antes dele falecer, prometi a ele que o filho dele seria meu vice. Ele chorou e perguntou se eu faria isso por ele. Eu adoro aquele guri e confio nele”, contou o prefeito.
A ficha de filiação do empresário Osmar Vidal Rachadel Filho, o popular Mazinho da Borracharia, ao PL de Tijucas, mal havia sido assinada e já passou a não ter validade. Isso porque, cerca de 20 dias após a primeira adesão, Mazinho decidiu embarcar no projeto dos Progressistas e se filiou ao partido.
Alinhado às ideologias “conservadoras”, Mazinho sempre esteve próximo dos partidos que apoiavam, direta ou indiretamente, o ex-presidente da República, Jair Bolsonaro. A ida ao PL, obviamente, era mais uma prova de fidelidade ao “bolsonarismo”.
Em atenção ao Blog, o empresário, entretanto, afirmou que decidiu seguir um “caminho que acredita” e justificou a ida ao PP por avaliar que a candidatura à prefeitura do vereador Maickon Campos Sgrott, em outubro, seja a melhor alternativa para o município.
“Sigo caminhos que acredito. E lá (no PL), não encontrei esse caminho. Nada contra as pessoas que lá estão, até porque são todos, de alguma forma, conhecidos e amigos. Entendo que o melhor pra Tijucas, hoje, é um jovem gestor com muita capacidade. E isso não encontrei em nenhum dos candidatos que colocaram seu nome à disposição, a não ser o Maickon”, revelou.
Mazinho e Sgrott, com largos sorrisos, posaram para uma foto e exibiram a ficha recém-assinada. O empresário pretende, ainda, concorrer a uma cadeira do Legislativo municipal e já se apresenta como um pré-candidato no novo partido.