O prefeito interino de Porto Belo, Ailto Neckel de Souza (PL), recebeu o prefeito eleito de Itapema, Carlos Alexandre “Xepa” de Souza Ribeiro (PL), ontem (30), para alinhar as próximas etapas da obra da ponte sobre o Rio Perequê.
A estrutura responsável por conectar os dois municípios continua em construção e, atualmente, os motoristas precisam utilizar duas pontes temporárias, uma em formato de balsa e outra instalada pelo Exército, para o deslocamento interno entre o Perequê e a Meia Praia.
É consenso entre as duas partes, porém, a urgência no andamento dos trabalhos e na conclusão total da nova ponte. Entretanto, como medida emergencial, os poderes políticos portobelenses e itapemenses pretendem garantir a manutenção das estruturas provisórias até o fim da obra.
O Poder Executivo de Porto Belo será chefiado durante os próximos 10 dias pelo vice-prefeito reeleito Ailto Neckel de Souza (PL). O agora prefeito interino assumiu o cargo ontem (21), em rápida cerimônia no paço municipal, com a presença de vereadores, secretários, presidentes das fundações portobelenses e servidores da prefeitura.
Joel Orlando Lucinda (MDB), o titular e agora prefeito licenciado, ficará afastado das funções até o dia 1º de novembro. O mandatário aproveitará o período para descansar e adotar procedimentos de cuidado com a saúde, sobretudo após o desgaste provocado pelo período eleitoral.
“A decisão já havia sido tomada antes das eleições. Nos reunimos com a equipe e fizemos a transmissão. Foram 45 dias de eleições e, logo em seguida, trabalhamos incansavelmente no Festival do Camarão. Nestes dias, vou cuidar da saúde e passar um tempo maior com a família”, justificou Lucinda.
ALINHAMENTO
A relação harmoniosa de Lucinda com o adjunto, a propósito, permite e facilita movimentos similares. Neckel de Souza, após assumir o posto interinamente, agradeceu pela oportunidade e garantiu o andamento dos projetos.
“Assumo a prefeitura de Porto Belo dando continuidade ao trabalho do prefeito Joel. Agradeço a oportunidade. Acompanho de perto os trabalhos que ele vem realizando e, junto com a equipe, vamos continuar fazendo o melhor para a nossa cidade”, destacou o interino.
Próximo de se aliar ao projeto de reeleição do prefeito Pedro Alfredo Ramos (MDB) em São João Batista, o PODEMOS agendou convenção municipal para domingo (4), às 19h30, na sede da ABV (Associação Batistense de Veteranos), no Krequer.
Embora a ordem do dia prenuncie as escolhas dos candidatos a prefeito e vice, o encontro deve oficializar a conjuntura com o MDB e a definição do empresário Leonardo da Silva Kammer, popular Léo, como companheiro de chapa de Pedroca na proposta de renovação do mandato governista nestas eleições. As candidaturas ao Legislativo, evidentemente, frequentam a pauta do evento podemista com o presidente do partido, vereador Elisandro dos Santos, no pelotão de frente.
CONSENSO
O futuro do PODEMOS nas eleições batistenses dependia inicialmente do alinhamento entre lideranças locais, que se dividiam sobre o acordo com o MDB – mas acabaram anuindo à proposta – e, por fim, da aprovação da deputada estadual Ana Paula da Silva, presidente do partido em Santa Catarina.
O descompasso foi sanado nos últimos dias, e a confirmação da aliança registrada ontem, em reunião definitiva entre Léo Kammer, Elisandro dos Santos e Paulinha (foto).
Lideranças da velha-guarda e com vasto histórico de contribuições ao MDB de Tijucas foram convocadas para colaborar com a construção do projeto de retomada da prefeitura, encabeçado pelo pré-candidato emedebista, Elmis Mannrich.
O grupo se reúne sistematicamente para alinhar estratégias e metodologias de trabalho. Os participantes convidados, a propósito, tem experiência em pleitos municipais e, por isso, receberam o chamado de Mannrich.
Nesta semana, o partido organizou um encontro com presenças como as do ex-secretário municipal e advogado Celso Leal da Veiga Júnior, o ex-prefeito Valério Tomazi, e os ex-vereadores Neri José Martins, Elói Pedro Geraldo e Gerson Henrique Marcelino.
Na seara liberalista de Tijucas, os vagões se alinharam nos trilhos. E a locomotiva deve ser, ao que tudo indica, o empresário Thiago Peixoto dos Anjos.
Os últimos dias foram de conversas apuradas, reuniões com a cúpula do PL estadual e ajustes internos. O potencial de votos registrado nas pesquisas, somado ao recall do pleito de 2020, foi determinante para que Peixoto dos Anjos assumisse a condição de alternativa mais viável do partido para a disputa da prefeitura.
O martelo foi batido na noite de ontem. As definições envolvem ainda outra questão: o PL vai concorrer nestas eleições com chapa pura. E a composição do dueto liberalista cabe ao vereador Fernando Fagundes, que assentiu à proposta e deve se candidatar a vice-prefeito.
As recentes e emocionadas mostras de disposição para continuar governando São João Batista a partir de 2025, dadas extensivamente pelo prefeito Pedro Alfredo Ramos (MDB) na imprensa, parecem não ter sido levadas a sério. Para o consórcio MDB/PSD, o nome do atual chefe do Executivo tem sido prontamente desconsiderado na proposta de sucessão.
O assunto tem sido debatido cautelosamente, mas, de acordo com o jornal Correio Catarinense, as duas legendas estão alinhadas em torno do ex-prefeito Daniel Netto Cândido (PSD), que o grupo estima como alternativa mais viável para o pleito.
Cabe ao MDB a indicação do candidato a vice-prefeito. Posto para o qual, a propósito, Pedroca estaria impedido por conta da legislação eleitoral brasileira.
Contrariando boa parte de suas explanações públicas nos últimos três anos, quando afirmava, sempre que questionado, que não pretendia concorrer novamente à prefeitura de São João Batista, o prefeito Pedro Alfredo Ramos (MDB) decidiu, agora, que quer disputar novamente o pleito.
O mandatário batistense reavaliou o cenário e chegou a conclusão de que poderia fazer “muito mais” pelo município em um segundo mandato. Pedroca pontuou, em entrevista ao programa LINHA DE FRENTE, que “aprendeu” a ser prefeito durante o exercício do cargo.
“Tenho certeza que faria o dobro do que fiz. Eu trabalhei muito. Eu tenho orgulho do meu trabalho e sei o que fiz pela minha cidade. Vejo que não posso desistir. Com a minha humildade, transparência e honestidade, tenho certeza que eu teria que ser mais quatro anos prefeito da cidade. Só tenho medo de não conseguir, por me sentir cansado e, às vezes, decepcionado”, justificou o mandatário.
A candidatura à reeleição, entretanto, estaria condicionada a um acordo prévio com o ex-prefeito Daniel Netto Cândido (PSD), de quem Pedroca se reaproximou recentemente. O prefeito garantiu que uma pesquisa deve ser fator decisivo na escolha.
“Daniel sempre foi fiel ao MDB e o MDB ama o Daniel. Tive problema com o Daniel, ele não foi legal comigo. Depois que fui candidato, ele me apoiou. Eu me arrependo muito do que fiz pra ele. Se o Daniel for candidato, apoio de coração com um vice do MDB. Eu e ele prometemos uma coisa: ninguém vai jogar. Vamos fazer uma pesquisa, se ele ganhar com 1% eu vou respeitar e ele vai ser o candidato. Se eu ganhar, o candidato sou eu. Temos que estar juntos”, revelou.
O VICE PERFEITO
Embora garanta a existência deste alinhamento, Pedroca prefere que seu vice, caso sua candidatura seja oficializada, não seja do PSD. O adjunto perfeito, na visão do mandatário, tem nome, sobrenome e integra um grupo oposicionista: o ex-presidente da Câmara de Vereadores e recém-chegado ao PL batistense, Mário Antônio Garcia Teixeira.
“Quando decidi ser candidato a prefeito, escolhi meu vice. Eu disse que era o Déi do Gás (Almir Peixer) e foi ele. Hoje, meu vice se chama Mário Teixeira. Eu vou lutar por isso. Confio em mim. Meu candidato é ele. Jovem, acompanhei esse guri atrás de emenda. Lembro muito do Aurino Teixeira, pai dele. Antes dele falecer, prometi a ele que o filho dele seria meu vice. Ele chorou e perguntou se eu faria isso por ele. Eu adoro aquele guri e confio nele”, contou o prefeito.
A especulada concorrência territorial entre a deputada estadual Ana Paula da Silva (PODE), de Bombinhas, e o ex-prefeito de São João Batista, Daniel Netto Cândido (agora no PSD), foi escancarada. Embora fossem correligionários e mantivessem o discurso de “time”, essa relação nunca passou da diplomacia.
A outorga do PODEMOS batistense ao empresário Alyson dos Santos, irmão do ex-prefeito Aderbal Manoel dos Santos (PP), desafeto de Cândido, evidencia o distanciamento entre a parlamentar e o ex-secretário adjunto de Estado.
Paulinha, agora presidente estadual do partido, concordou que na Capital Catarinense do Calçado o PODEMOS fosse oposição ao projeto do ex-colega de bancada, que planeja concorrer novamente à prefeitura nestas eleições. A legenda deve formar aliança com PL, PP e UNIÃO no município.
Publicamente, a deputada tem dito que ingressou na presidência do PODEMOS para desatrelar a legenda das ações do governo Jorginho Mello e do PL – justamente o avesso das intenções do ex-presidente Camilo Martins – e aproximar o partido da proposta do PSD. Mas na prática, em São João Batista, que pode ser exceção, o alinhamento tem sido rigorosamente o oposto desse plano.
Inspirado no movimento responsável por catapultar a candidatura de Décio Lima (PT) ao Governo do Estado, ano passado, lideranças de oposição e alinhadas ao Governo Federal, em Porto Belo, vêm organizando um grupo semelhante ao da “Frente Democrática”.
Partido dos Trabalhadores (PT), Partido Socialista Brasileiro (PSB) e Partido Verde (PV) devem estar juntos na aliança pela prefeitura portobelense. Neste momento, dois nomes são trabalhados como opções viáveis para a disputa, mas, a definição, ocorrerá somente em 2024.
A advogada Rosana Schlichta, representante da comunidade evangélica e atual presidente do PSB municipal, figura entre as alternativas. Ela preside, ainda, o Conselho dos Direitos da Criança e do Adolescente de Porto Belo.
Já o servidor público municipal, Leandro Silva, lotado na Saúde, apresenta-se como postulante a prefeito pelo PT. Silva, até o momento, é o único petista portobelense que se colocou à disposição para o pleito. Além disso, é filho de um dos fundadores da legenda na cidade.
O Blog apurou que, independentemente da escolha do representante, os três partidos estarão juntos. A ideia é formar um “projeto popular e democrático” com o intuito de “produzir uma renovação completa na política de Porto Belo”, revelou uma fonte.
A parceria entre o prefeito de Canelinha, Diogo Francisco Alves Maciel, e o empresário Felipe Lemos, de São João Batista, tem ido muito além da política e dos encontros de fim de semana nos rodeios da região. Amigos desde sempre e recém-filiados ao mesmo partido, o PL, eles têm, de tempos para cá, usado essa proximidade para o bem comum.
Nas enchentes de dezembro, Lemos enviou, em forma de doação, três retroescavadeiras das empresas que administra para serviços no município vizinho. E dias atrás, quando Canelinha foi novamente castigada pelas chuvas, o empresário refez o ato, com a cessão, mais uma vez, de uma máquina para o trabalho de recuperação da cidade.
NAS URNAS
No campo eleitoral, a propósito, estão alinhados e em plena sintonia. Enquanto Alves Maciel planeja a reeleição em 2024, com chances claras de sucesso, o tijuquense radicado em São João Batista aguarda as definições locais para se provar pela primeira vez nas urnas com um projeto arrojado de candidatura a prefeito da Capital Catarinense do Calçado.